quarta-feira, março 28, 2007

Telefonia Móvel no mundo


Colhi várias informações durante a visita que fiz à 3GSM World Congress em Barcelona, maior exibição de tecnologia móvel do mundo, e que acontece anualmente na Espanha.
Contamos com 2,5 bilhões de celulares no mundo, ou seja 4 em cada dez habitantes no mundo possui celular, e chegaremos ao próximo bilhão entre 2010 e 2011. Nesse momento teremos mais da metade da população mundial conectada através de tecnologia móvel celular. Para se ter uma idéia da popularidade dessa tecnologia, atualmente contamos com cerca de um bilhão de aparelhos televisores no mundo todo, esse é um dos motivos que faz tantas pessoas pensarem no celular como um dispositivo alternativo de mídia. Esse fato vem reforçando a possibilidade de sua utilização como instrumento de pagamento de compras, entradas de cinema e passagens de ônibus, trem ou metro. Se quase metade da população do mundo possui um aparelho celular, ele também pode ser utilizado para difundir o uso de músicas MP3, fazendo às vezes de um tocador de músicas digitais.
Sendo seu uso tão popular, pode ajudar a difundir também o acesso à Internet, pois rapidamente as tecnologias utilizadas nas conexões dos aparelhos celulares vêm permitindo acesso às redes de dados e, por conseguinte, à Internet, contribuindo para a inclusão digital.
Também presenciei presidentes de gravadoras referirem-se ao celular como sendo futuramente o principal canal de distribuição de músicas no mercado, quem poderia imaginar uma coisa dessas no passado?
As tecnologias de vídeo sobre celular também se popularizam muito rapidamente, já sendo possível a utilização desse aparelho para rápidas referências de vídeo, como clipes de músicas e até para os conhecidíssimos vídeos do You Tube.
Presenciei conexões de dados através de celular com velocidades de até 17 Mbits/s (35 vezes mais rápido que as velocidades normalmente utilizadas para acesso à Internet via banda larga, que usamos habitualmente). E uma grande evolução que pude ver, é que a diferença tecnológica que nos separa desse novo mundo já não é mais tão grande quanto costumava ser na década passada, muito pelo contrário, o que vi são facilidades que se apresentam à nossa porta e que brevemente povoarão nossas vidas, aqui em terras verde-amarelas, quem viver verá!

segunda-feira, março 19, 2007

IP na torradeira


Ouvi uma expressão no início dos anos 90, que apregoava que os endereços IP (endereços de Internet) estariam em todos os dispositivos que nos cercam no dia a dia “IP to the toast” (ou seja, IP na torradeira), teríamos todos os equipamentos de nossa casa conectados a Internet. Dei tanta importância à frase quanto daria se me tivessem dito que em dez anos estaríamos indo para nosso trabalho com um jato amarrado às costas, no melhor estilo dos Jetsons (desenho animado da década de setenta).
Acho que minha avaliação estava errada, os endereços IP e a internet não chegaram ainda às torradeiras (pelo menos não na que eu tenho em minha casa), mas chegaram aos aviões, às geladeiras, às televisões e obviamente aos celulares. No mês passado estive na maior feira de tecnologia celular do mundo em Barcelona, e todos os mais de mil expositores da feira estavam de alguma forma conectados à Internet ou ofereciam seus produtos através da mesma.
Nessa semana começou a Cebit, feira de eletrônicos que ocorre anualmente em Hannover – Alemanha, e li que a empresa Fydel SNT está lançando um computador para automóveis que ficará no painel, possuirá conectividade Internet via banda larga celular 3G e permitirá o controle de vários itens do automóvel como consumo, autonomia, tabela de manutenções e controle de itens de segurança, prestando-se também para a utilização plena, como se fosse um computador de nossa residência oferecendo acesso à Internet, aplicativos Windows e central multimídia de músicas, filmes e imagens.
É o que se tem chamado ultimamente de ubiqüidade da Internet - em todo o tempo e em todo o lugar. Esse conceito está adequado ao uso que a sociedade vem fazendo da Internet, que vem se mostrando como a maior plataforma de comunicação do Planeta. Se já permitia às pessoas se comunicarem entre si, passará a permitir que as máquinas também se comuniquem, de forma que nosso automóvel verificará a necessidade de combustível e calculará qual o melhor posto para abastecimento já calculando a diferença de preços entre os combustíveis dos postos de gasolina pelos quais passaremos, da mesma forma nossa geladeira “pedirá” ao supermercado, pela Internet, o que está faltando em seu interior, assim nunca faltará nada. Parece uma realidade muito distante? Que nada, está batendo à nossa porta.

sexta-feira, março 16, 2007

Olha a inclusão digital aí gente!


Divulgado ontem na PC World (http://pcworld.uol.com.br/) que o Brasil fechou o ano de 2006 em terceiro colocado no ranking de PC desktops vendidos, com a quantidade de 6 milhões de PCs, sendo que desse total, 2 milhões tratavam-se do primeiro PC (o primeiro PC a gente nunca esquece...). Sabemos que o programa PC conectado do governo Federal contribuiu bastante com esse número (não tanto quanto poderia), mas de fato o que estamos vendo é a popularização e uma maior penetração dos PCs em todas as classes sociais. Juntamente ao número de máquinas adquiridas, aumentará também o de aplicativos em geral que serão utilizados, aumentando gradualmente a quantidade de conhecimento produzido e distribuido. De fato uma boa notícia para comemorarmos.

domingo, março 11, 2007

Secretária Eletrônica




Outro dia, ao pegar meu aparelho celular, notei que haviam algumas ligações não atendidas, acessei meu serviço de secretária eletrônica, que é gratuito, para saber o que queriam, as pessoas que me ligaram e que eu não havia tido a oportunidade de atender, para minha surpresa não havia nenhuma mensagem!
Fico imaginando, porque será que algumas pessoas ainda relutam em deixar mensagens em secretárias eletrônicas. Seria algum assunto com prazo de validade, que somente pudesse ser discutido naquele instante? Será que algumas pessoas esquecem sobre o que iriam falar e ao serem atendidos pela secretária eletrônica se dão conta disso e desligam sem deixar mensagem? Será que algumas pessoas têm vergonha em falar com a minha secretária eletrônica? Talvez sejam saudades das secretárias eletrônicas antigas, aquelas que ficavam ao lado de nossos telefone, que usavam fitas para gravação, custavam caro, quebravam com freqüência e nem sempre gravavam de fato nossas mensagens.
Não pode ser o valor da chamada que inibiria as pessoas, pois quem faz uma ligação está preparado pelo menos para arcar com os custos dessa ligação, e falar com a secretária é muito mais barato do que falar com as pessoas diretamente, pois a ligação telefônica dura muito menos e o resgate das mensagens é gratuito.
O serviço é extremamente útil, pois podemos deixar a informação que nos motivou a fazer a ligação naquele momento, tento a certeza de que a informação não se perderá e nem que esqueceremos depois de ligar novamente.
Fica o enigma do porquê de algumas pessoas não utilizarem os serviços de secretária eletrônica de nossos telefones fixos e celulares.
Temos em desenvolvimento serviços que chamamos de mensagem unificada, onde será possível aos nossos clientes acessarem suas mensagens através de fax (transcrição de áudio em texto) através de e-mails (receberemos uma arquivo de áudio anexado a nossos e-mails), poderemos ver quem nos deixou mensagens através da internet, e de lá mesmo ouvir as mensagens, respondê-las, enviá-las a outra pessoa ou armazená-las em nossos computador ou no servidor de mensagens para serem ouvidas depois, e o mais interessante desse serviço na minha opinião, é o fato dos clientes serem entendidos de forma completa e única, não havendo diferenciação entre os diversos serviços utilizados como e-mail, celular, telefone fixo ou internet.
Talvez substitua a voz de minha secretária eletrônica pela da cantora Ana Carolina, como forma de estimular as pessoas a deixarem sempre mensagens para mim, que tal?

segunda-feira, março 05, 2007

O celular do próximo bilhão


Li uma entrevista do senhor John Chambers, presidente mundial da Cisco, há uns seis anos atrás, que me impressionou muito, dizia que 3 bilhões de pessoas nunca haviam feito uma única ligação telefônica na vida, ou seja, metade da população mundial na virada do milênio, estava de fora do processo de inclusão digital.
Desde essa época venho acompanhando esse processo e reforçando uma tese de que, a inclusão digital também é um caminho para a inclusão social, pois vemos que invariavelmente andam juntas. Nesse período, foram vários os esforços para alcançar o objetivo de transpor o enorme fosso de desigualdade social, representado aqui pela quantidade de pessoas no mundo que nunca tiveram acesso a nenhuma tecnologia de comunicações. A boa notícia é que esse esforço vem dando frutos. No momento em que escrevo esse artigo, já constamos com mais de 2,5 bilhões de aparelhos celulares no mundo. De todas as tecnologias existentes, sem dúvida foi a tecnologia celular a que mais se prestou para a popularização das telecomunicações ao redor do mundo, e caminhamos nos próximos 5 anos para o próximo bilhão de celulares, assim em 2012 já teremos mais da metade do planeta com acesso à tecnologia celular, podendo se comunicar com qualquer parte do globo, instantaneamente.
Lembram-se que quando foi lançada, a telefonia móvel celular era sinônimo de status social, pelo custo que tinha (linha mais aparelho)? Pois então, no Brasil já temos mais de 110 milhões de celulares, mais da metade do país possui aparelho celular em nosso País. Em muitos países emergentes do mundo, o que se vê é um movimento similar que faz crescer rapidamente a cobertura celular na Ásia e África, não só através de ações assistencialistas dos governos, mas principalmente através da iniciativa privada, que vem encontrando alternativas economicamente sustentáveis para implantar a tecnologia celular em países em desenvolvimento.
O aparelho celular deixou de ser símbolo de status e assumiu papel importante como ferramenta de desenvolvimento social e econômico.
Não há dúvida que nesse processo de desenvolvimento do mercado celular, também surgiram algumas formas não ortodoxas de incentivos. Aqui no Brasil existe um desequilíbrio de receitas, que faz com que as operadoras de telefonia fixas banquem parte do custo das redes móveis celulares, mas já está provado que é possível desenvolver o mercado, desenvolver a região em que se está inserido e ainda fazer isso de forma sustentável, basta trabalhar no modelo mais adequado. Então caminhemos para o nosso próximo bilhão de celulares!