quarta-feira, abril 21, 2010

Cidadania


No nosso dia a dia deparamo-nos com diversos flagrantes de desrespeito a cidadania, e por vezes nos lugares e situações mais inusitados. Freqüentemente ao levar meus filhos à escola vejo pais e mães que estacionam em fila dupla ou até tripla para poderem deixar seus filhos exatamente em frente ao portão e não precisarem andar alguns metros, caso tivessem que estacionar adequadamente seus carros, paradoxal essa situação não? Pois se levamos nossos filhos a escola é de se supor que quiséssemos que fossem educados, mas acabamos ensinando a não serem bons cidadãos.
E os maus exemplos infelizmente não param por aí, observem a quantidade de carros que trafegam acintosamente em velocidade inadequada em ruas que possuem escolas, inclusive nos horários de entrada e saída de crianças, alguns chegam ao absurdo de após deixarem seus filhos seguros na escola, saírem acelerando como se estivessem atrasados para algum compromisso, ou como se somente a segurança de seus filhos merecesse sua atenção.
E a lista de desrespeito a cidadania é extensa, são exemplos de carros estacionados em vagas exclusivas para portadores de necessidades especiais, aguardando o semáforo abrir enquanto mantém seus veículos sobre a faixa de pedestre, pessoas sentadas em assentos reservados a idosos e que não levantam quando pessoas nestas condições entram nos coletivos, pessoas que furam a fila tanto em bancos e supermercados como em seus veículos, enquanto aguardamos para entrar em alguma avenida e alguém ultrapassa a vários veículos pela direita e entra na frente de todos achando a atitude mais normal do mundo, e assim como essas, existem uma infinidade de outras atitudes dignas de serem punidas ou no mínimo utilizadas como exemplos para que mostrássemos a nossas crianças como NÃO se deve agir.
Pois bem, estava pensando a esse respeito outro dia, enquanto esperava o semáforo abrir e observava a quantidade de escolares que tinham que desviar dos vários veículos estacionados sobre a faixa de pedestres, acredito que essas atitudes sejam estimuladas face à uma completa incapacidade dos órgãos oficiais de fiscalizarem a maioria das situações, e até porque existe mesmo uma sensação de impunidade, somada a um anonimato, que acaba estimulando esses atos. Será que se tivéssemos o hábito de reclamar com esses cidadãos (cidadãos?) eles não diminuiriam seus atos de desrespeito? Se a cada vez que víssemos alguém estacionado sobre a calçada ou em fila dupla ou tripla, tirássemos uma foto com nosso celular e enviássemos para um portal, que publicasse esse registros de desrespeito a cidadania?
Que tal disponibilizar um portal que pudesse explicitar esses diversos exemplos contra a cidadania em nossas cidades?

domingo, abril 11, 2010

Novo sucesso da empresa da maçã



Quando o iPad foi anunciado por Jobs no ano passado, houve críticas de todos os lados, mas a principal era de que o produto não seria nem um iMac e nem um iPhone, e que portanto desagradaria a gregos e troianos, pois não seria compacto o suficiente para permitir ser carregado para todo o lado e não permitiria também o conforto de utilização que um iMac possibilita. Pois bem, a prática correspondeu à teoria, criticar ao Mago da Apple pode não ser um bom negócio, o lançamento do iMac foi um sucesso, vendeu 300 mil unidades no primeiro dia, e já existem comprometimentos de fábricas até o natal e uma estratégia de distribuição Global traçada e em contínuo processo de revisão, haja vista a dificuldade de atender ao desejo do consumidor em possuir o tablet em questão.
Mas o que saiu diferente da previsão dos críticos? Em minha opinião, sempre se pensa nos aspectos racionais e técnicos de determinados produtos, e suas escolhas pelo público não se dão somente baseados nesses quesitos, ousaria dizer inclusive que essa nem é a maior parte da preocupação dos usuários. O aspecto inovação, design, desejo, atualidade pesam imensamente, e nesse campo não tem para ninguém, Jobs nada de braçada.
A emoção envolvida na decisão de adquirir um tablet certamente não encontra amparo nas decisões racionais de utilização, preço, tecnologia, rede de assistência técnica e mais uma imensidão de pontos que, apesar de importantes, apenas serão utilizados para respaldar a decisão tomada, que é a de adquirir uma maquininha dessas.
É claro que nós, profissionais de tecnologia, temos que levar em consideração todos os pontos técnicos e racionais, enquanto planejamos o lançamento de determinados produtos, mas é imprescindível uma visão compartilhada e de conjunto com as áreas mais ligadas aos aspectos emocionais, como marketing e comunicação, pois só assim conseguiremos nos aproximar um pouco mais do que de fato passa pela cabeça do público que se relaciona com os produtos que desenvolvemos.
Ainda bem que a vida é dessa maneira, senão seria no mínimo previsível, e por conseguinte, muito chata de ser vivida.