sábado, fevereiro 26, 2011

Robôs na escola?


O estudante russo Stepan Sopin de 12 anos, estava fadado a perder aulas por não poder comparecer normalmente à escola, em função do tratamento de leucemia que está seguindo. Foi ai que entrou em cena seu Robô, e através de uma câmera e tela instalados no Robô foi possível ao aluno assistir normalmente às aulas de sua casa, inclusive interagindo com colegas e com a professora através do computador de sua casa.
Este tipo de robô que já teve um custo proibitivo, atualmente está na casa dos US$ 3 mil, muito mais acessível portanto.
Trata-se de um exemplo extremo de tecnologia aplicada à educação, mas temos várias outras formas mais fáceis e mais simples de aplicarmos a tecnologia em prol do conhecimento de nossas crianças. Lembro-me das aulas de laboratório de biologia que tínhamos na época do ginásio, onde por limitação de equipamentos, fazíamos fila para podermos olhar por alguns instantes algumas células de cebola em um microscópio ótico. É apenas um exemplo, e certamente o acesso ao meu próprio microscópio ou minha própria célula de cebola, sozinhos não teriam me feito um profissional muito melhor do que sou hoje, mas enxergo possibilidades infinitas com as atuais tecnologias, de deixarmos a educação nas escolas muito mais interessante e rica.
Recentemente tivemos inclusive o exemplo do googleartprojects, onde o ditado “virtual nunca superará o real” perdeu o sentido, pois de forma virtual pudemos ter acesso a alguns detalhes de pinturas importantíssimas, que nunca seria possível de se observar a olho nu, principalmente na fila de um museu lotado.
Sempre fomos levados a acreditar que o tradicional nunca seria substituído pelo inovador, principalmente em termos de experiências e educação, pelo conservadorismo que existe nestes campos, mas o que temos visto é uma convivência pacífica e capaz de aprimorar a experiência, sempre que utilizarmos com inteligência as ferramentas tecnológicas que se encontram a nossa disposição. E a brincadeira ainda nem começou...

domingo, fevereiro 13, 2011

E as redes sociais continuam lá...


Sexta-feira passada, dia 11 de fevereiro, o ditador Hosni Mubarak anunciou sua renúncia na presidência do Egito após 30 anos no poder.
Durante os 18 dias de revolta, que culminaram com a sua saída, uma das providências do governo que tentava em vão se manter no poder, foi o bloqueio e censura das redes sociais, e eles estavam certos, apesar de não terem conseguido obviamente parar as redes sociais, elas foram os principais responsáveis pela onda de informações que correu o mundo, informando a respeito dos desmandos ali ocorridos, bem como sobre os excessos cometidos pela polícia e a reação do exército.
A comunicação cumpre papel fundamental em qualquer processo de mudança, pois se queremos envolver as pessoas sobre os motivos que nos levam a promover uma mudança, nada melhor do que informá-las a respeito, e da mesma maneira, se queremos evitar a mudança, nada melhor do que impedir a comunicação. Acontece que com o advento da internet, é praticamente impossível barrarmos a informação, sim pois um dos pilares da internet é exatamente ser imune às redes de transporte ou bloqueios, já que se trata de tecnologia que foi planejada para ser pervasiva e ubíqua, resistindo bravamente mesmo às mais intensas atividades de censura ou de cerceamento.
A ação do Egito no sentido de bloquear as informações via redes sociais não foi efetiva, a ação do governo Chinês não está sendo efetiva e nenhuma outra ação neste sentido tampouco será efetiva, não só pela tecnologia, mas principalmente porque as pessoas querem saber e conhecer o que se passa a seu redor, ainda bem!

terça-feira, fevereiro 08, 2011

O problema estava em uma plaquinha...


Semana passada tivemos um apagão que atingiu totalmente 7 Estados e paralisou parcialmente o Piauí. Em entrevista o diretor de operações da Chesf, Mozart Bandeira. informou que tratou-se de um problema isolado, em uma plaquinha de controle de uma das usinas, que informou erroneamente que havia problema na usina de Luíz Gonzaga em Pernambuco, que na realidade estava funcionando normalmente, com isso essa usina foi desligada e em seguida o que se viu foi um efeito dominó, pois com a falta de uma geradora o sistema se desequilibrou e caíram uma atrás da outra, várias usinas na região Nordeste do País.
Independentemente das declarações que se tratou de fato isolado, que não voltará a ocorrer, etc, etc, fica a pergunta: “Será que estamos tomando as medidas necessárias para que tal fato não volte a acontecer, a exemplo do que o governo da Califórnia fez, após o apagão de março de 2001, onde várias medidas foram tomadas, incluindo o redesenho de todo o sistema de controle e segurança das usinas, bem como iniciativas de diversificação da matriz de energia, sim pois de pouco adianta pensarmos que erros humanos ou sistêmicos não ocorrerão novamente, certamente acontecerão novamente, e com impactos cada vez maiores, tamanha é nossa crescente dependência de energia elétrica no mundo contemporâneo.
Temos que pensar em topologias mais independentes e seguras de geração de energia, incluindo aí as esquecidas PCHs (pequenas usinas hidrelétricas) que permitiriam alguma independência para as regiões, sem falar nas fontes eólicas e solares, já que estamos falando em Nordeste, onde estas fontes são abundantes.
Tudo menos a energia nuclear, que se por um lado é tida pelos especialistas como uma fonte de energia totalmente segura, de outro lado deixa-nos pensativos sobre o estrago que causaria aqui no território verde e amarelo uma falha em uma plaquinha como a que vimos aqui na Chesf :-(.
Apesar de ser engenheiro eletricista por formação, confesso que é um pouco de atrevimento estar escrevendo sobre um tema tão complexo quanto a matriz energética brasileira, o que me estimulou foi ver que ultimamente basta ter um conchavo político ou razoável influência sobre alguma bancada para ganhar a direção de importantes sistemas hidrelétricos no Brasil, é o caso de Furnas que atualmente foi concedido para a família Sarney através do “técnico” Flávio Decat. Bem antes em Furnas do que na presidência da Eletrobrás...

domingo, fevereiro 06, 2011

O bom e VELHO e-mail.


Já se vão mais de dez anos, estávamos em algum hotel e meu filho Lucas, que nesta época tinha por volta de cinco anos aparece correndo e esbaforido falando: “Pai conheci uma menina na piscina, e perguntei qual é o e-mail dela, e ela me perguntou o que é um e-mail, E agora, como explico para ela?”
Como todo pai, orgulhoso e coruja, contei esse “causo” várias vezes, ressaltando a precocidade de meu filho (em todos os sentidos). O engraçado é que se naquele tempo muitas pessoas não utilizavam ainda o e-mail, atualmente muitas pessoas já não utilizam tanto o e-mail como costumavam utilizar, sim porque atualmente o mais comum são as comunicações instantâneas através das redes sociais ou mesmo através dos instant messagings como MSN, Skype e outros.
Na empresa é a mesma coisa, é mais fácil enviar um SMS ou mesmo abrir uma janela para conversar através de chat, do que enviar um e-mail, e é por essas e outras que começamos a ver o uso do bom e, cada vez mais velho, e-mail, ser substituído por outras formas de comunicação.
Somam-se a estes usos mais contemporâneos, as más utilizações que se faz dos e-mails. Quem já não recebeu um e-mail propagando os efeitos de cremes milagrosos que fazem crescer, diminuir, cair ou nascer qualquer coisa? Isso para não falar dos e-mails com quase nada escrito mas com arquivos anexados do tamanho de uma bíblia, que logo que são enviados (normalmente para a empresa inteira) já recebemos um telefonema perguntando inocentemente : “Já leu meu e-mail” (Aff ninguém merece!).
O e-mail demorou tanto para ser integrado no celular que já nasceu desatualizado, pois antes de se tornar popular já foi ultrapassado pelo uso do facebook, este sim uma febre nos celulares de qualquer jovem :-P