domingo, março 31, 2013

Produtividade em TI – Agregando valor


Dentro do tema de melhorar a produtividade de TI, entendo que o mais nobre seja realmente trazer o maior benefício com o investimento realizado. Este é a disciplina mais nobre porque talvez trate-se do objetivo mais refinado da TI, visto a dificuldade que é o seu desenvolvimento, mas que, se bem gerenciado, permite extrair o maior valor possível do projeto e/ou investimento realizado.
Os senhores Richard Hunter e George Westerman, VP do Gartner e pesquisador do MIT respectivamente, dentro de um estudo que elaboraram em 2009, e que encontra-se relatado no livro “The Real Business of IT”, mostram que agregar valor não é somente fazer os projetos certos, mas é também deixar de fazer os projetos “errados”. E por projetos errados, entendam que sejam aqueles que por exemplo, não estão totalmente aderentes ao modelo organizacional ou ao design de processos de sua organização. Neste sentido, alguns projetos, mesmo que sendo bons projetos, provavelmente se implantados, não encontrarão as condições necessárias para que floresçam e tragam os frutos pretendidos (que atire a primeira pedra quem não viveu ou conhece pelo menos um projeto de BI que ao ser implantado não tenha trazido exatamente os resultados que pretendia, ou que não é usado na sua totalidade).
Outra armadilha comum é o projeto para implantação de alguma ferramenta, seja ela de processo, de negócio ou operacional, que apesar de efetiva e de possuir cases de sucesso, não é aplicável ao seu modelo de negócio, ou que não possui equipe preparada (metodológica e culturalmente) para utilizá-la. Neste caso, na melhor das hipóteses, o que se consegue é uma implantação sem muito desvio, mas que dificilmente trará os benefícios pretendidos, até porque o problema a que a ferramenta se prestava a resolver, não está sequer aceito pela empresa como um problema ou então tem muitas outras prioridades na área operacional, que antecedem a utilização de uma nova ferramenta.
Outra armadilha que existe nas organizações, são os desejos isolados de usuários ou de áreas cliente, que apesar de reais, por vezes não estão devidamente alinhados à estratégia da empresa. Mas este é um tema para a próxima semana. Nos vemos lá.

domingo, março 24, 2013

Produtividade em TI


O tema produtividade em tecnologia nem sempre é interpretado de forma adequada. O risco de darmos importância demasiada aos custos em detrimento de outras ferramentas de produtividade é real, e talvez advenha do fato de que melhorar a produtividade através de corte de custos seja sempre o passo inicial, mas manter-se nesta única estratégia, além de ineficiente, pode ser extremamente arriscado para a continuidade e perenidade de nossos negócios.
O tema é vasto e abrangente, então pretendo dividi-lo em capítulos para que possamos abordar de forma mais completa e adequada os pontos que mais impactam nossa produtividade no mundo dos negócios, e de como a área de TI pode auxiliar ou mesmo ser a principal aliada da área de negócios, frente a estes desafios.
Que atire a primeira pedra, quem nunca ouviu a célebre frase de que “a área de TI deve agregar valor aos negócios”, mas afinal de contas, o que é agregar valor aos negócios? E quanto desse valor seria suficiente? Dez por cento ao ano? Dobrar a produtividade de vendas anualmente? Melhorar a qualidade das tomadas de decisão, permitindo visão real e transparente de todos pontos críticos e estratégicos da organização em tempo real, através de ferramentas poderosas de BI (Business Intelligence)?
Em TI, tudo é possível de ser feito (ou algo bem próximo disto), o ponto que focaremos é se tudo DEVE mesmo ser feito, pois o simples fato de que algo seja possível de ser feito, não é garantia isolada de que o faremos e/ou tiraremos o devido benefício almejado das implantações que planejamos.
Pela absoluta importância e necessidade de controles mais rigorosos de projeto, já que nosso ambiente está ficando cada vez mais complexo, é natural que a disciplina de governança esteja cada vez mais desenvolvida e com metodologia para acompanhar e controlar praticamente todos os passos de um projeto, da sua concepção ao fechamento do mesmo, através de suas “lições aprendidas”. Mas até que ponto esta governança é positiva e a partir de que ponto começa a onerar desproporcionalmente o custo de implantação de projetos?
Como podem ver, a ambição desta série de posts é grande, e será tão melhor explorada, quanto mais inputs e sugestões tivermos de vocês, portanto mãos a obra no sentido de organizarmos nossas ideias ao redor deste tema, para ao final, termos material de valor em mãos, com potencial de alavancar nossa produtividade.
Abraços e até lá!