segunda-feira, agosto 26, 2013

Carros conectados

Segundo estudo da GSMA (GSM ASSOCIATION) e da firma de pesquisa SBD, o mercado de carros conectados será avaliado em quase 40 bilhões de euros em 2018, sendo 83% desse valor resultantes do crescimento da tecnologia SIM, incorporada aos veículos para habilitar a conectividade móvel. Esta notícia lhe surpreende? Também me surpreende, não pela inovação, mas pelo atraso! Não consigo acreditar que demoraremos ainda mias de cinco anos para adotar de maneira massiva a tecnologia de conectividade para nossos automóveis.
Temos várias tecnologias e usos atualmente que, apesar de conhecidas, demorarão algum tempo até terem a maturidade suficiente ou atingirem escala que permita serem adotadas com uma relação de custo benefício adequada. Nesta categoria contamos com tecnologia genética, nano tecnologia, tecnologia médica e biométrica, e várias outras, mas certamente a tecnologia de conectividade celular não se enquadra nesta categoria.
Embarcarmos a tecnologia celular em todos nossos automóveis agregaria pouco ao custo final do automóvel principalmente se compararmos esse custo aos benefícios que colheríamos caso tivéssemos esta tecnologia já disponível e extensamente adotada.
A questão da segurança e rastreamento é o que sempre nos vem à cabeça, mas temos muito mais que isso, imaginem as inúmeras possibilidades de serviços que poderiam ser prestados: agendamento de manutenções, diagnósticos remotos, alarme de manutenção e de mal funcionamento, downloads diversos de atualizações de software, de músicas, de filmes para a central multimídia, conexões às caixas de e-mail com interface de áudio, correio de voz, redes sociais, microblogs, informações mais precisas de navegação, receber informações sobre condições de tempo, de tráfego, de acidentes, limites de velocidades, vencimento de IPVA, seguros e mais uma infinidade de serviços, que certamente viriam, assim que a conectividade estivesse plenamente disponível.
Do ponto de vista de cobertura de tecnologia celular não temos desafios, também não teríamos desafio pelo custo de disponibilizar a interface no veículo, pois basicamente seria um celular mais simples (sem bateria, teclado, carregador, e etc) e uma vez que tivéssemos a possibilidade de termos webservices disponíveis e embarcados em nossos veículos, abriríamos uma janela de oportunidades para que milhares de desenvolvedores desenvolvessem uma infinidade de aplicações, que poderiam ser disponibilizadas em portais, do tipo appstore.

Que venha logo esse futuro, quem sabe isso também vale para motocicletas?

segunda-feira, agosto 05, 2013

Estamos mesmo preparados?

Quem lida com tecnologia no dia a dia (e quem não lida hoje em dia?!?) é testemunha que tudo muda tão rapidamente, que nem sempre essas mudanças e atualizações tecnológicas pegam as pessoas totalmente preparadas para interagir ou mesmo tirar todo o proveito possível destas inovações.
Já nem falo mais no malfadado manual de uso, que tornou-se uma obrigatoriedade legal, e que certamente quase ninguém folheia.  Bom é o Kindle, que entrega o seu manual de forma eletrônica, tendência também seguida pelos fornecedores de tablet e celulares, se não forem ser utilizados, pelo menos não gastaram papel!
Mas as tecnologias embarcadas em veículos, tem exigido atitudes diferenciadas, tanto das oficinas quanto dos usuários. Não acredito que seja obrigado a levar meu carro até uma concessionária, apenas para que alguém faça o “reset” do seu rádio, que de uma hora para outra empaca igual burro teimoso e insiste em não reconhecer a entrada auxiliar, nem CD, nem FM, nem nada....acho que deveria vir já com botão “reset” no painel, pois já que a recomendação para esse problema é essa, pelo menos eu economizava uma ida até a concessionária, e pensando mais longe, junto com esse botão deveria vir agregada a função de “dislike”, assim cada vez que eu tivesse que pressioná-lo, automaticamente já apareceria uma reclamação na página do facebook do fabricante do automóvel.
O carro de meu filho tem várias inovações, mas as que mais irritam são os sensores que ou não funcionam ou funcionam de forma intermitente. Pensam que corrigiram na concessionária? Negativo, disseram que trata-se de carro novo, que ninguém ainda reclamou, que a falha não afeta a segurança....e por aí vai, aliás vamos, vamos andando com o carro acusando obstáculos traseiros que não existem, avisando de revisões desnecessárias pois o carro é novo, e etc e etc. Sabe como resolver? Manual? Nem pensar! Entre na internet, busque em algum fórum, em qualquer país, e encontrará problemas semelhantes que foram resolvidos de alguma forma.

Pena que na concessionária só saibam vender, por vezes nos “engabelar” e sequer saibam do que se trata um fórum...