terça-feira, julho 22, 2008

Eleições 2.0


Acompanhamos a evolução da campanha eleitoral de Obama nos Estados Unidos, que teve grande parte de sua vantagem sobre a senhora Clinton claramente apoiada sobre a Internet, em especial nos sites de relacionamento social como Facebook e Myspace, além de seu Blog pessoal, onde o candidato inteligentemente respondeu a questões relativas a seu programa de governo e sempre que possível, expunha-se pessoalmente para estabelecer diálogos abertos e sólidos junto a seus pretensos eleitores.
Entendo que a Internet não melhora nem piora a imagem de ninguém, apenas facilita a comunicação com os eleitores e seus candidatos, de forma que as idéias e projetos possam ser melhor discutidos e amplamente debatidos, antes de serem colocados em prática. Nessa situação, configura-se como importante ferramenta de nivelamento de expectativas e de projetos sociais, que encontram nesse ambiente um lugar propício e democrático para fortalecer o debate político.
Outra grande vantagem do meio eletrônico sobre o meio convencional (santinhos, comícios, debates, carreatas, e etc) é o seu custo. Na Internet consegue-se acesso imediato a milhões de pessoas por custos muito baixos, viabilizando campanhas mesmo a políticos que não disponham de tantos meios para entrar em uma campanha tradicional – o que definitivamente não era o caso de Obama.
E como tudo que diz respeito a web 2.0, devemos ressaltar a sua principal característica que é a interatividade. É aqui que mora o maior esteio e mais importante aspecto a ser observado na sua utilização, pois é através dela que conseguimos saber o que as pessoas pensam a respeito de determinados assuntos, como preferem que eles sejam encaminhados, que temas lhes parecem prioritários e todo o tipo de relacionamento saudável que um representante do povo deve ter com seus eleitores. No sistema eleitoral vigente, sobressai-se quem possui as melhores condições financeiras ou possui o apoio de seu partido e não efetivamente aquele candidato que possui as melhores respostas para as expectativas de seu eleitorado, pois a divulgação dessas idéias, bem como a coleta dos anseios dos eleitores através de pesquisas é muito caro, e nunca é acessível ao candidato iniciante ou que não possui forte relacionamento com seu partido, e isso praticamente elimina as chances dos novatos na política, e como o que mais queremos ver é a renovação política, que venha a eleição 2.0 também para o Brasil!

2 comentários:

@JoseAdolfo disse...

No sistema eleitoral vigente no Brasil, sobressai-se não quem possui as melhores condições financeiras ou possui o apoio de seu partido, mas também quem a mídia quer no poder e tem habilidade para sair com elegancia aos perguntas arriscadas nos debates.
Também espero pela eleição 2.0 aqui mo Brasil!
Ainda não será dessa vez...

Edu@rdo Rabboni disse...

Cara, que coisa que estamos vivendo hein? A mídia está intimamente ligada com a política, até porque ela é resultado de concessões públicas, e portanto...basta ver a quantidade de TVs, rádios e jornais que pertencem a políticos ou a famílias de políticos, certo? Continue se sentindo em casa no MundoConectado ( e por falar nisso, meu filho tem visitado frequentemente o Uberaba street, parabéns!)