O termo Nerd vem sendo utilizado desde a década de 60 para descrever o jovem ligado à tecnologias, estudioso, fora de moda, cheio de livros embaixo do braço, com espinhas na cara e com a cintura da calça muito próxima do peito. Bem, essa costumava ser a definição do termo, muito provavelmente influenciado pelo incômodo que a performance desses jovens provocava nos demais alunos, nem tão brilhantes na escola. Mas o significado desse termo foi mudando com o tempo, e atualmente, ao procurar na Wikipedia vemos que Lia Portocarrero define Nerd como o rapaz ou moça que nutre obsessão por algum assunto a ponto de pesquisar, colecionar, fazer música, escrever sobre o assunto e não sossegar enquanto não descobrir tudo a respeito do objeto de seu interesse, ou seja é o sonho de todo professor. Mas então porque os professores e escolas não despertam esse interesse “nerd” em seus alunos? Simples, porque isso só brota no que os jovens acreditam e achem que valha a pena, e nem sempre a escola se enquadra nessa definição. Aliás segundo Rubem Alves, a criança não gosta da escola primeiro porque não vê sentido no que está sendo ensinado e segundo porque os professores também não sabem para que têm que ensinar aquilo que algum burocrata escreveu no conteúdo programático de seu ano letivo, que pouco difere do que nossos pais ou avós aprenderam. Ora, se a maior parte de nosso conhecimento muda a cada 30 meses, imagina que sentido faça estudar algo que foi ensinado a nossos avós!
Hoje vemos nossos jovens dedicarem várias horas aos estudos de seus jogos de interesse, comunidades, esportes prediletos, relacionamentos, bandas, geringonças eletrônicas recém lançadas (meu filho demorou menos de uma semana para dominar totalmente o seu Iphone...), e também os vemos gastarem horas e horas frente aos livros escolares, ou pior, frente às apostilas, e oferecendo aquele olhar de desinteresse que somente os que são pais de adolescentes sabem reconhecer.
Será que essa saga de forçá-los a estudar aqueles assuntos que sabemos não serem importantes no seu futuro, e que servirão apenas para tentarem entrar na universidade, sendo imediatamente esquecidos após essa fase, faz algum sentido? Não seria melhor destinar-lhes cada segundo disponível que tivéssemos para explicar-lhes o que de fato fará diferença nas suas vidas ou mesmo mostrar-lhes o quanto o mundo está mudando rapidamente e o tempo todo? E viva Rubem Alves!
Hoje vemos nossos jovens dedicarem várias horas aos estudos de seus jogos de interesse, comunidades, esportes prediletos, relacionamentos, bandas, geringonças eletrônicas recém lançadas (meu filho demorou menos de uma semana para dominar totalmente o seu Iphone...), e também os vemos gastarem horas e horas frente aos livros escolares, ou pior, frente às apostilas, e oferecendo aquele olhar de desinteresse que somente os que são pais de adolescentes sabem reconhecer.
Será que essa saga de forçá-los a estudar aqueles assuntos que sabemos não serem importantes no seu futuro, e que servirão apenas para tentarem entrar na universidade, sendo imediatamente esquecidos após essa fase, faz algum sentido? Não seria melhor destinar-lhes cada segundo disponível que tivéssemos para explicar-lhes o que de fato fará diferença nas suas vidas ou mesmo mostrar-lhes o quanto o mundo está mudando rapidamente e o tempo todo? E viva Rubem Alves!
4 comentários:
Senti falando de mim nessa nova classificação de Nerd. Assim que entrei da faculdade de Publicidade minhas notas melhoraram até pq o conteudo é mais atualizado e estou estudando oq eu gosto.
Ótimo post!Mais que tecnologia, agora também com tendências culturais.
Obrigado pelo comentário Adolfo, a intenção da nova abordagem de Nerd era exatamente essa, a do indivíduo que entende tudo de alguma coisa e não aquela visão distorcida que tínhamos no passado. E o desafio é para as escolas que deveriam despertar o Nerd que existe em cada aluno...Abraços.
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