Outro dia ouvia uma entrevista com João Marcelo Bôscoli (trip fm) fundador e diretor da Trama Musical, empresa que se nega a ser reconhecida como gravadora. Nessa entrevista a discussão era sobre o mercado de música e sua decadência. Na realidade o que está em decadência é a forma de distribuir músicas em CDs e DVDs não a música propriamente dita, essa está indo de vento em popa, pois nunca se consumiu tanta música quanto vemos atualmente. E nos mais diversos formatos: ringtones de celulares, full track downloads, P2P, MP3, Real Player, iTunes, por streaming e etc.
As gravadoras conseguiram feito inédito, obtiveram o desagrado amplo, geral e irrestrito de todos. Conseguiram ser odiadas pelos consumidores, pelos cantores e bandas, pelos distribuidores e a bem da verdade, ultimamente até pelos executivos das próprias gravadoras que andam a falar mal de suas empresas...e olha que trabalham com um produto que é pura emoção.
Esse fenômeno ocorre também com as telecomunicações, nunca se comunicou tanto, através de todos os meios possíveis, e-mails, telefones fixos, celulares, SMS, satélite, fax (?), Messengers e até correio de voz, por outro lado, se olharmos apenas o tráfego telefônico ou mesmo a quantidade de usuários de telefonia fixa somos levados a acreditar que estamos decrescendo o uso, o que é uma inverdade.
2 comentários:
Você deixou de comentar uma semelhança: em Telecom, também há o desagrado dos Executivos e, obviamente, dos ex-executivos... eu não podia deixar de aproveitar a deixa.
Ok, você tem razão, talvez essa seja uma característica então de mercados em profunda mudança, como é o caso do mercado de Telecom não é mesmo? Apesar que nesse caso existe uma diferença brutal em se falando de musculatura de negócios, pois o mercado de telecom é imenso, apesar da queda do uso de voz em telefonia fixa, ao passo que o movimento financeiro do mercado de música é muito menor, mas o fenômeno "descontentamento" existe mesmo, obrigado pelo comentário, abraços.
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