domingo, março 11, 2012

Quando o COMO é mais importante do que o QUÊ





Estou lendo o livro “Como” de Dov Seidman, que apesar do prefácio ter sido escrito por Bill Clinton, que não é exatamente um ícone de integridade, mostra de uma forma inequívoca que estamos vivendo um momento em que o formato tem sido encarado de forma tão ou mais importante do que o próprio conteúdo, e que valores como a integridade, honestidade e respeito ao próximo, apesar de sempre terem sido importantes, em tempos de sociedade conectada (MundoConectado) assumem importância ímpar.
Assim a lanchonete que confia nos seus clientes a responsabilidade de pagarem e pegarem diretamente no caixa o troco que lhes cabe, ganha competitividade e preferência de seus clientes (será que alguém comerá 150 coxinhas apenas porque é possível não pagar por elas?).
A cantora Rhaissa Bittar e o escritor Paulo Coelho (para citar apenas dois exemplos desta nova época) ganham a simpatia de seu público ao disponibilizarem todo o seu conteúdo gratuitamente na internet.
O Palestrante e escritor Luciano Pires, distribui seu conteúdo através de programas de rádio e podcasts, gratuitamente. Em sua home page existe a opção para que os ouvintes deixem a contribuição que julgarem adequada, pelo conteúdo que recebem.
O Paulo Lima disponibiliza o conteúdo de suas revistas (a Trip e a TPM) gratuitamente na loja Apple, no iTunes e em downloads a partir de seu próprio site. São mais de 25 anos de entrevistas com os personagens mais inusitados e impactantes de nossa sociedade.
A mentira nunca teve pernas tão curtas... O curso não feito e relatado no CV é descoberto em segundos. O produto que propala qualidades inexistentes é desmascarado assim que colocado no mercado, por meio de redes sociais. O trailer do filme que é melhor que o próprio filme é exposto de tal forma na internet, que todos são avisados do embuste, e assim podemos escrever folhas e folhas de exemplos de que os nossos valores sempre existiram, mas que graças ao tanto que nossas sociedades estão conectadas, essas informações correm o mundo em questão de segundos, ou de “clickes”, obrigando empresas a se retratarem, administradores a se demitirem após seus balanços mostrarem-se não tão sólidos quanto suas apresentações pressupunham.
E com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, ainda tenho que tolerar uma cantina que insiste em conviver com filas para sermos atendidos, sendo que tudo o que precisamos, que não custa mais que um par de reais, está ali, logo ao alcance de nossas mãos, e que poderíamos simplesmente pegar o que queremos e deixar o pagamento correto na caixa, melhorando a performance do lugar, deixando o proprietário com um lucro maior, os clientes mais satisfeitos (pela confiança e pelo tempo economizado), mas não, ao invés disso vejo filas, funcionários mal humorados pela dupla responsabilidade (servir e cobrar). Meu amigo Dov, seria bom que viesse dar por essas bandas para nos ensinar um pouco sobre o Porque o COMO fazer algo significa tudo...nos negócios e na Vida.

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