Em fevereiro escrevi que
estava testando o NetFlix conectado a uma smart TV Samsung. Terminada a configuração
de todas as bugigangas (HD externo, WiFi, Home Theater e TV) família feliz pela
qualidade das imagens, mas com um gostinho de “quero mais”, face à limitação do
conteúdo oferecido pela NetFlix. Como existe um forte modelo de negócio nas
produtoras de conteúdo, e nesta cadeia as distribuidoras de canal aberto e
fechado certamente tem mais balas na agulha que empresas entrantes como a
NetFlix, obviamente não sobra muito lançamento para este último canal de
distribuição, então temos que nos contentar com séries e filmes que não sejam
lançamentos L .
Buscando outros conteúdos,
acabei assinando a Net Movies, empresa nacional, que possui um modelo de
atuação semelhante ao que a NetFlix faz nos Estados Unidos, ou seja,
complementa a oferta de conteúdo via streaming de vídeo (conteúdo assistido via
Banda Larga na internet) com a locação de DVDs e Blu-Rays, entregues no
conforto de sua casa, sem prazo para assitir, sem multas e o que é melhor, mais
barato que uma locação em uma locadora convencional ou a compra esporádica de
algum conteúdo via pay per view (que ainda são caros no Brasil). Pelo mesmo
preço que o NetFlix (R$ 15,00) além do conteúdo online, ainda se acrescenta a
possibilidade de receber DVDs em casa com horário marcado, e em uma promoção,
ainda tenho 50% de desconto ao pagar com o cartão de crédito de administração
do Bradesco.
É claro que o conteúdo ainda
não é atualizado, a exemplo do NetFlix, mas entendo que seja uma questão de
tempo, pois como a barreira de entrada deste serviço é muito menor (não temos
que comprar nenhuma caixinha, assinatura básica, sem custo de instalação, além
do preço ser substancialmente mais baixo) provavelmente ao atingir-se uma base
de assinantes mais expressiva, passarão a ganhar maior importância na cadeia de
distribuição das produtoras, e com isso começarão a receber alguns lançamentos,
e com o tempo estarão tão ou mais
competitivas que as operadoras de conteúdo por assinatura convencionais (via
satélite, MMDS ou Cabo).
Mais uma boa notícia para os
clientes, que terão mais uma opção de conteúdo de boa qualidade à sua
disposição.
3 comentários:
Estou fazendo algumas experiências parecidas também. Comprei um Apple TV no final do ano passado, uso tanto o NetFlix como a iTunes Store. O melhor do NetFlix é a seleção infantil, permite que as crianças assistam praticamente os mesmos desenhos mas sem serem exposta à quantidade brutal de propagandas da TV a cabo atual. Eu até gostei de poder rever alguns filmes antigos, ou ver alguns que eu não tinha visto, mas os lançamentos acabam fazendo falta. Mas por R$ 15 acho mais que justo.
Sobre a oferta da Apple, há diferenças interessantes. Comparado com o NetFlix, a qualidade de imagem dos filmes comprados do modelo pay per view da Apple é bem superior. O streaming funciona melhor, me parece mais estável. Os lançamentos é que me decepcionaram um pouco, demora para sair coisa nova. Os preços são meio salgados para o mercado brasileiro, mas dá para alugar uns dois ou três filmes por mês (se for usar muito, pesa). Mas o mais esquisito é que o catálogo não é permanente, filmes que estão disponíveis uma semana podem sumir depois e deixar o cliente na mão, se ele bobear.
A experiência tem sido legal. Hoje eu recomendo tanto o Apple TV, que assusta de tão simplificado, como o NetFlix. E acho estranho como é que o Google ainda não conseguiu transformar o YouTube em um player relevante na sala de estar. Mas é legal acompanhar e tentar entender essa revolução.
Valeu pelo post Carlitos.
Ainda não testei o Apple TV, aliás escreverei sobre a Apple no próximo texto, mas é inegavel que eles tem um modelo de negócios que faz muito mais sentido do que o da NetMovies. De qualquer forma, o YouTube com leanback também vem correndo por fora, e apesar dos conteúdos nem sempre tão atrativos, funciona bem na smarTV. Procurando melodia Imortal para minha mãe outro dia, e após a morte dos MegaUpload da vida, o único lugar em que encontrei o filme foi no bom e velho YouTube. Abraços meu amigo.
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