Dentro
do tema de melhorar a produtividade de TI, entendo que o mais nobre seja
realmente trazer o maior benefício com o investimento realizado. Este é a
disciplina mais nobre porque talvez trate-se do objetivo mais refinado da TI, visto a dificuldade que é o seu desenvolvimento, mas que, se bem gerenciado, permite extrair o maior valor possível do projeto e/ou investimento
realizado.
Os
senhores Richard Hunter e George Westerman, VP do Gartner e pesquisador do MIT
respectivamente, dentro de um estudo que elaboraram em 2009, e que encontra-se relatado
no livro “The Real Business of IT”, mostram que agregar valor não é somente
fazer os projetos certos, mas é também deixar de fazer os projetos “errados”. E
por projetos errados, entendam que sejam aqueles que por exemplo, não estão
totalmente aderentes ao modelo organizacional ou ao design de processos de sua
organização. Neste sentido, alguns projetos, mesmo que sendo bons projetos,
provavelmente se implantados, não encontrarão as condições necessárias para que
floresçam e tragam os frutos pretendidos (que atire a primeira pedra quem não
viveu ou conhece pelo menos um projeto de BI que ao ser implantado não tenha
trazido exatamente os resultados que pretendia, ou que não é usado na sua
totalidade).
Outra
armadilha comum é o projeto para implantação de alguma ferramenta, seja ela de
processo, de negócio ou operacional, que apesar de efetiva e de possuir cases
de sucesso, não é aplicável ao seu modelo de negócio, ou que não possui equipe
preparada (metodológica e culturalmente) para utilizá-la. Neste caso, na melhor
das hipóteses, o que se consegue é uma implantação sem muito desvio, mas que
dificilmente trará os benefícios pretendidos, até porque o problema a que a
ferramenta se prestava a resolver, não está sequer aceito pela empresa como um
problema ou então tem muitas outras prioridades na área operacional, que
antecedem a utilização de uma nova ferramenta.
Outra
armadilha que existe nas organizações, são os desejos isolados de usuários ou
de áreas cliente, que apesar de reais, por vezes não estão devidamente
alinhados à estratégia da empresa. Mas este é um tema para a próxima semana.
Nos vemos lá.
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