domingo, março 14, 2010

Falando de memória, de tamanho e de peso...


A Toshiba desenvolveu protótipo de memória SSD (Solid State Device) com capacidade de 1 Terabyte, em parceria com a Universidade de Keio em Tókio. Mas o que isso significa? A indústria vem seguidamente perseguindo menores tamanhos de componentes com maiores capacidades de armazenamento e de processamento, até ai nada de novo.
O que se destaca nesta notícia é que estamos entrando em uma capacidade de armazenamento que já viabiliza a disponibilização de microcomputadores com memórias de estado sólido, aposentando os atuais discos rígidos ou winchesters. Com isso ganharíamos velocidade (a velocidade de acesso de uma memória do tipo SSD pode chegar a 250 MB/s), ganharíamos duração de bateria (as memórias do tipo SSD por não terem dispositivos móveis consomem bem menos bateria) e o mais importante, economizaríamos MUITO espaço, pois as memórias SSDs tem dimensão semelhante a de um selo postal e espessura da ordem de 2 milímetros.
Imaginem só o potencial dessa memória, que consegue armazenar 1 terabyte em espaço tão reduzido. Seria o sonho de pais que, como eu, preocupam-se com o tamanho e o peso das mochilas de seus filhos, com a utilização de uma tecnologia semelhante ao SSD as crianças poderiam levar apenas um cartão para a escola, onde estaria toda sua tarefa, seu histórico (desde que entrou na escola), notas de provas, trabalhos, livros e exercícios, prontuário médico e mais uma infinidade de informações e conteúdo. A criança poderia utilizar um netbook para manusear seu cartão de memória, ou então simplesmente inseri-lo nos PCs da escola.
Apesar do preço do dispositivo de memória e mesmo o preço de um netbook, acredito que seria viável, pois deixaríamos de adquirir livros e cadernos que, além de aliviar o impacto ambiental, também aliviariam a pressão sobre as costas de nossas crianças que são obrigadas a levar diariamente de cinco a dez quilos de material dentro de suas mochilas.
Será que estarei lá, quando finalmente a mochila de nossas crianças ficar mais leve ou mesmo deixar de ser necessária? É uma questão tecnológica ou de bom senso?

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