terça-feira, maio 19, 2009

Briga pelo vídeo


Vivemos um momento especial na indústria das telecomunicações, onde operadoras de TV a cabo avançam na oferta de serviços de telecomunicações antes somente oferecidos pelas operadoras de Telecom, como voz e internet banda larga, tratam-se das ofertas triple play, ou mais comumente chamadas 3play. Por sua vez, as operadoras de Telecom têm investido maciçamente em redes de altíssimas capacidades, utilizando tecnologias para redes de cobre (ADSL ou VDSL) para atingir velocidades que ultrapassam os 50 Megabits/s ou mesmo redes de fibras ópticas, chegando nesse caso a velocidades que partem na casa dos 100 Megabits/s e alcançam fácil a casa dos Gigabits/s.
As operadoras de TV por satélite também têm em suas ofertas os sistemas que comportam Sinal digital em alta definição (HDTV ou High Definition TV, TV em alta definição), e mais devagar do que nunca, não podemos esquecer o SBTVD, Sistema Brasileiro de TV digital.
Todos brigando pelo direito de chegar aos nossos lares com sinais de alta definição, visando nossa preferência e consequentemente nossa fidelidade enquanto clientes.
Além das alternativas oferecidas pelas operadoras citadas anteriormente, também vemos no mercado as possibilidades do usuário baixar os filmes que se interessar em Alta Definição (HDTV em 1080 linhas) de sites especializados, ou utilizando para isso programas especiais como Apple TV, itunes, player do Zune, ou mesmo programas específicos para download da categoria do rapidshare. Para essa última opção, a única coisa necessária é banda larga de qualidade, mais nada!
Os filmes podem ser armazenados no próprio PC, ou em ambientes melhor preparados pode-se dispor de slots específicos para armazenar vídeo, de altas capacidades, que comporão depois servidores de vídeos com capacidades de armazenamentos na ordem dos terabytes, pois a mídia está barata o suficiente para permitir o uso domiciliar desse tipo de equipamento. Na hora da diversão, ou seja para assistir aos filmes, podemos lançar mão dos telões de LCD ou Plasma, que vêm despencando de preços mês a mês, e que podem ser ligados ao servidor de vídeo de nossos lares. Também temos ofertas de aparelhinhos que ficam ligados na nossa rede banda larga e na nossa TV, que servem exclusivamente para fazer downloads de filmes. Tudo isso gratuitamente se forem baixados filmes de podcasts de vídeo ou videocasts, ou pagando valores de franquia da ordem de 30 a 40 dólares e adicionais de 50 cents por filme em HD.
Mesmo que as ofertas de conteúdo em português ou legendadas não sejam ainda muito diversas, é questão de tempo para que também esse conteúdo invada a rede, e quem ganhará com essa batalha intensa travada na indústria, certamente será o usuário, que terá várias opções de conteúdo à sua disposição.

terça-feira, maio 05, 2009

Comunicação rápida e ubíqua x comunicação de qualidade


Ouvindo o podcast do Oscar Motomura da Amana Key, deparei-me com uma discussão profunda e que afeta a todos – o tempo que dedicamos a nossos e-mails e o tempo que nos é roubado pelos mesmos e-mails. Há algo de contraditório nessa discussão, pois por um lado temos no e-mail um grande aliado de produtividade, que nos ajuda a chegarmos quase que instantaneamente a qualquer destino no mundo, de forma simples e rápida e por outro lado, temos a sensação do grande vilão que esse meio eletrônico tem se tornado, como se dar bem nessa equação?
Já conheci executivos que desenvolvem verdadeiras neuroses referentes à necessidade de responder aos correios eletrônicos no mesmo dia em que são recebidos. Junta-se a isso as horas de trabalho que são requeridas nessa atividade e teremos um quadro tendendo à insanidade, onde além da carga horária diária nas atividades profissionais que se exerce, ainda somam-se horas noturnas que se investe na resposta e leitura de e-mails intermináveis.
Ora o que se deve levar em conta é a qualidade sempre, e não a quantidade. Então que qualidade estamos colocando no ato de ler e responder centenas de correios diariamente? Será que temos tido oportunidade de colocarmos nosso melhor na atividade em consideração? Será que é melhor responder a tudo, mas investindo o pouco tempo que temos nessa atividade, de forma que pouco conseguimos escapar das respostas do tipo “piloto automático”?
Acho que vale o conselho de nosso mestre Oscar, muito melhor seria que fizéssemos uma escolha, mesmo que intuitiva, por aquelas mensagens que de fato valem a pena serem lidas, e para elas dedicar um tempo especial, de qualidade, que nos permitisse responder considerando todas as possibilidades e impactos de nossas palavras, bem como o que estaremos melhorando no mundo através daquela resposta e, somente após essa fase crítica, finalmente clickar no botão . E que se tivermos que mudar ou criticar alguma coisa, que não seja a ferramenta que entrega nossas idéias, mas sim as idéias propriamente ditas!