quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Duas notícias interessantes...


Nessa semana recebemos duas notícias interessantes na mídia especializada, primeiro que a Microsoft abrirá parte de seu código fonte, como forma de mostrar-se menos perigosa aos olhos dos organismos anti-trust norte americanos. Como se trata de uma estratégia de defesa, talvez não impacte muito nos seus números de crescimento de mercado, ao contrário do que está fazendo o Yahoo, que escolheu a mesma ação (abertura de código fonte) como uma estratégia para desenvolver-se mais rápido, me parece mais acertado!

A segunda notícia que lí, mostra que o Google está participando de um consórcio que investirá 300 Milhões de dólares no lançamento de um cabo submarino de fibras ópticas, que interligará os EUA ao Japão através do Pacífico. A capacidade final de trnsporte suplantará 7 Tbps e reduzirá o custo de banda IP com um dos maiores focos de tráfego mundial, a Ásia. Esse fato aliado à estratégia de participar no leilão de frequências no EUA mostra definitivamente que o Google começa a posicionar-se também no segmento de infra-estrutura de telecomunicações, deixando de ser apenas over the top player, o que pode impactar consideravelmente o perfil dos participantes do segmento, concordam?

domingo, fevereiro 24, 2008

Livro Digital




O livro digital já existe há mais de dez anos, desde a chegada no mercado dos palm ou organizadores eletrônicos, que possuíam uma facilidade que funcionava como display de um arquivo eletrônico, que permitiam algumas facilidades como luz de fundo para se ler no escuro, o texto ia correndo para cima na velocidade escolhida, de forma que não se precisasse “folhear” o livro e uma disponibilidade de títulos que já ultrapassa os milhões de títulos para download, já que os livros eletrônicos são comprados pela Internet, e estão disponibilizados em minutos para leitura. Atualmente temos dispositivos específicos para e-books (livros digitais) como por exemplo o e-Book reader, a venda por R$ 800,00 na Internet.
Mas se existem tantas facilidades, porque o livro digital não decolou até hoje, haja vista que poucas pessoas o utilizam?
Acho que tem o apelo da posse, do material, do ter algo físico que possa ser pego, que tenha peso e que colocamos na estante (alguém ainda usa estante em casa?) ao passo que o livro digital nada mais é do que um arquivo digital, que pode inclusive ter validade, e que não ocupa nenhum outro espaço, além daquele existente na memória virtual de seu computador ou leitor de livros digitais.
Esse é outro diferencial do livro digital, ele é ecologicamente correto, pois não demanda a derrubada de árvores para sua confecção. Mas, e aquele conforto de pegar seu livro, a qualquer hora, abri-lo e começar a ler imediatamente? Gosto de ler deitado no sofá, como fazer isso com um computador ou leitor digital? Gosto de ler na piscina nos domingos pela manhã, e levar computador para piscina é coisa de nerd! Então para alguns tipos de leitura, o bom e velho livro é imbatível. Por outro lado, o mercado das enciclopédias praticamente se rendeu aos arquivos digitais, adquiridos via CD ROM, downloads da Internet ou páginas de acesso livre, como a wikipedia. Também os livros técnicos em especial os de universidade, vem experimentando uma nova modalidade de venda, que é o download por capítulos, como se tratam de livros mais caros e especializados, por vezes os alunos precisam de apenas alguns capítulos para estudar e podem baixar esses capítulos pela Internet, pagando apenas pelo conteúdo que precisarão naquele período de estudo. Acho que por enquanto não se trata de um formato OU outro, mas de um formato E outro, unindo o útil e o agradável.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Microsoft compra ou não o Yahoo?


A oferta começou no mês passado como um possível hostile takeover bilionário (quando a compra é forçada, através de aquisição de controle acionário) de 44 Bi US$, mas que não foi suficiente para convencer os principais acionistas do Yahoo de que seria um bom negócio a aquisição do seu portal pela Microsoft.

Apesar do Yahoo estar avaliado pelo mercado em 38 US$ Bi, o Wall Street Journal anuncia que a venda somente se efetivará caso o valor da transação alcance os 50 US$ Bi. Esse namoro entre as duas empresas vem do final de 2006, e é uma tentativa clara de fazer frente ao Google. Já pensaram a possibilidade do Google acabar adquirindo o Yahoo, o impacto que seria para a Microsoft?

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

E o 3G chega ao Brasil


Depois de lançada na Europa, a tecnologia 3G levou quase 5 anos para aparecer aqui em terras verde-amarelas, mas finalmente aportou, e bem aportada diga-se de passagem, pois no momento temos uma variedade muito maior de aparelhos celulares para essa tecnologia, bem como estabilidade tecnológica para oferecer maiores velocidades de acesso para os seus usuários.
A tecnologia 3G é aquela que possibilita utilizarmos acesso de dados e Internet em alta velocidade no sistema de telefonia móvel celular, pois até então somente possuíamos a tecnologia ADSL (rede telefônica convencional) ou Cable (rede de TV a cabo) para acessarmos a Internet via Banda Larga em nossas casas, através do 3G poderemos também utilizar a Banda Larga no celular para navegarmos no próprio celular, ou mesmo para utilizarmos nosso PC em casa ou Lap Top.
A grande vantagem da banda larga 3G é a mobilidade que é diretamente associada a cobertura, pois conforme as operadoras celulares forem instalando e melhorando seus sistemas, passaremos a ter uma cobertura suficiente para fazermos acesso à Internet de nossos LapTops na maioria dos pontos de nossas cidades, com todo o conforto. Por enquanto ainda serão necessários modens e placas de conexão em nossos computadores, mas rapidamente veremos essa tecnologia ser embarcada nas máquinas, assim como já é feito atualmente com a tecnologia Wi-Fi que equipa praticamente todos os Lap Tops disponíveis no mercado, através do Centrino ®.
A tecnologia sem fio para acesso Banda Larga não é a melhor tecnologia para transporte de sinais em larga escala, pela banda que utiliza e por conta do custo da solução, mas tem o apelo inegável da mobilidade, que aliada a planos flexíveis por parte das operadoras, poderá alavancar grandes negócios. É claro que os planos deverão ser repensados, não podemos voltar a experimentar planos baseados na quantidades de Bytes trafegados, como já ocorre em quase todas as operadoras, pois isso representa uma linguagem estranha a maioria dos usuários, o ideal seria mesmo o plano flat, onde fosse cobrada sempre o mesmo valor, independentemente do tempo utilizado ou dos Bytes trafegados, permitindo a todos os clientes controle de suas contas e simplicidade na interpretação de suas contas telefônicas.
Nem começamos a esbarrar nas imensas possibilidades dessa tecnologia ainda, imaginem uma alta capacidade de trafegarmos dados sobre os celulares, aliada a utilização de mapas de localização e posicionamento por satélites, teremos navegadores altamente eficientes, por valores eventualmente até subsidiados, dependendo do modelo comercial que se utilize!

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Mais do mesmo


Uma amiga minha me contava recentemente que ao juntar-se a um grupo que discutia, de forma preocupada, sobre a Febre Amarela, foi motivo de caçoada geral, por não estar totalmente a par da epidemia ou risco de epidemia que estávamos vivendo. Estivesse desatualizada há meses, faria sentido a estranheza, mas tratava-se de uma desatualização de horas ou minutos, provavelmente não havia ouvido rádio naquela manhã ou tido tempo de ler os jornais, pois qualquer jornal aberto, estação de rádio sintonizada, ou mesmo página de notícia da Internet que fosse aberta daria a mesma informação (exagerada por sinal) de que estávamos a beira do caos na saúde!
O que temos assistido com a proliferação dos meios de comunicação e a penetração da mídia de forma geral, é um bombardeio de informações, que nos chega de todas as formas, pelo celular nas mensagens de texto, pelos jornais, rádio, TV, newsletters que recebemos de páginas especializadas através de nossos correios eletrônicos, além dos famosos grupos de discussão do café, famosa rádio peão, que sempre reforça o que já sabemos.
Não quero abordar aqui a questão da privacidade, que também é um problema, pois essas notícias nos chegam em quase qualquer situação, estando trabalhando ou em férias, restando-nos pouco ou nada a fazer. Queria sim discutir a qualidade ou até a variedade das notícias.
Já que receberemos as mesmas notícias, às pencas, de todas as formas possíveis e imagináveis, poderíamos pelo menos ter a opção de escolhermos receber também boas notícias, e não somente aquelas relativas às tragédias, desconfianças e caos urbanos. Já imaginaram como seria agradável se tivéssemos a opção de escolher ou filtrar o tipo de notícia que receberíamos, de forma seletiva e eficiente?
Assim ao invés de receber a notícia de quantas pessoas morreram, poderíamos escolher receber quantas nasceram, gostaria de saber quantas pessoas encontraram uma carteira com dinheiro na rua e a devolveram ao seu dono (apesar de que essa situação, de incomum, já virou notícia também), sabermos quantos assaltos e tragédias foram evitados, sabermos quantas de nossas praias possuem suas águas próprias para banho e não o contrário. Mas como diria Zé Ramalho, esse não é o meu País!

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Googlezon




Em 2004 Robin Sloan e Matt Thompson criaram um documentário, denominado EPIC 2014 (http://epic.makingtihappen.co.uk/), onde previam, entre várias outras coisas, que o Google se juntaria a Amazon (http://www.amazon.com/ – maior livraria da Internet, que começou suas atividades em 1994, vendendo livros através da Internet, e que atualmente comercializa de tudo e entrega no mundo inteiro), e isso mudaria o rumo do mundo das notícias para sempre. O documentário é muito bem feito e vale a pena de se ver, pelas grandes sacadas e visão do que poderia acontecer, caso a previsão de fato ocorresse.
Mas que sentido faria essa fusão? Um site de busca e uma loja de venda de artigos pela Internet? Essa é uma visão incompleta dos dois portais, senão vejamos:
O Google na realidade é uma poderosa máquina de indexação de palavras que vasculha a Internet inteira e que de acordo com a relevância e importância das palavras, artigos, fotos e filmes, nos apresenta em forma de relação e em ordem decrescente de importância, resultados de buscas, facilitando-nos em muito a pesquisa na rede mundial de computadores. Também possui o Google News que é um portal que indexa notícias em portais no mundo inteiro e nos apresenta como uma versão digital e eletrônica de uma página que na realidade é uma mistura de todos os jornais e informativos de várias partes do mundo.
A Amazon por sua vez além da oferta e respectiva venda de artigos variados, ainda faz uma correlação entre os artigos comprados, verificando necessidades e afinidades entre os artigos, de forma que ao comprar determinado artigo nessa loja, ela nos apresenta outros artigos que possuem relação com o artigo comprado ou pesquisado, de forma a melhorar a experiência dos compradores em sua loja virtual. Ela também reconhece o seu cliente e lhe mostra sempre as últimas compras e eventuais novidades que tenham alguma relação com o que compramos ou pesquisamos preços.
As duas empresas unidas poderiam oferecer um portal de informações que analisasse o perfil de quem o acessa, e decidir quais informações são mais relevantes para aquele leitor especificamente, deixando a oferta da notícia de forma bruta para as mídias tradicionais como jornais, TV e rádio e passando a oferecer conteúdo personalizado, atendendo especificamente o interesse de cada um de seus usuários. Personalização total a baixo custo é uma ferramenta imbatível para um mercado competitivo como o mercado de informações!