segunda-feira, dezembro 29, 2008

Aprendendo Ollie


No mês passado fomos convidados para o aniversário de 15 anos de minha sobrinha em São Paulo, é engraçado como que, em meio a uma série de inovações em costumes e tecnologias, algumas coisas resistem bravamente. Entre elas estão as festas e comemorações, que por representarem a alegria e celebração das pessoas permanecem incólumes no tempo. Mudam as técnicas de iluminação, os recursos áudio-visuais, que nos trazem à recordação momentos emocionantes, DJs assumem o lugar das tradicionais bandas ou dos econômicos Long Plays, de resto nada mais muda, ou seja permanecem as lembrancinhas, a emoção dos familiares, o rigor dos trajes, o nervosismo de adolescentes que se vêem confusos perante emoções de crianças em corpos de adultos e como não podia faltar, a Valsa, sim a Valsa. Mas quem sabe dançar valsa?
Perguntei ao meu filho, um dos quinze pares que dançariam a Valsa, como pretendia fazer, já que nunca havia dançado em bailes debutantes antes. A resposta? Simples, procurarei no YouTube!
Confesso que fiquei curioso em saber como se aprende a dançar através da internet, mas o fato é que deu certo, durante o baile ele até que se saiu bem (melhor do que eu costumava me sair nas minhas raras tentativas adolescentes de dançar...também pudera não existia YouTube na minha época de bailinhos).
Já havia conversado com alguns amigos a respeito do potencial do YouTube para transmissão de conhecimentos e até mesmo aulas, encontra-se de tudo nessa poderosa rede que interliga pessoas com conhecimentos ou interesse em ensinar outras pessoas. Vale a pena entrar no YouTube e digitar aula para ver a imensidão de conteúdo existente.
Agora o máximo para mim em termos de tele-aprendizado deu-se quando pilhei meu filho buscando a palavra Ollie no YouTube. Para quem não anda de skate ou não possui adolescentes em casa, aviso que trata-se de manobra complicadíssima, que desafia algumas leis da física, mas que é explicado detalhadamente, por vários experts, através do YouTube. Adivinhem quanto tempo demorou para que ele aprendesse como fazer o Ollie, através da observação da aula da net e de muita ralação no próprio skate? Algumas horas! Quer aprender a fazer seu próprio Blog? Procure no YouTube :-)

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Conhecendo os limites


Em 1965, o então presidente da Intel E. Gordon Moore fez uma previsão, que vinha se mantendo válida por décadas, de que a cada 18 meses o processamento dos chips teria uma evolução de 100%, dobrando portanto sua capacidade. Por volta de 2004, no entanto, quando chegamos à casa dos 3 GHz de freqüência de processamento dos circuitos integrados, começou a haver uma barreira física à continuidade da Lei de Moore, pois chegamos perto de atingir o limite físico do material Silício, que é a matéria básica da eletrônica desse século, assim nasceram os Duocore (dois processadores ou Quadicore (com quatro processadores), como alternativa ao rompimento dessa barreira imposta pelo material utilizado nos microprocessadores.
Acontece que esse “drible” eletro-físico também tem seus limites, e rapidamente chegaremos a outro dilema que é por um lado o tamanho necessário para cada microprocessador, que atualmente é composto por transistores, que já estão na casa dos 40 nM (nanometros) medida em torno de quatro vezes o tamanho de uma átomo (10 nM), e por outro lado a temperatura que atingimos quando compactamos por demais nossos microprocessadores, basta notarem como a evolução dos computadores vem acompanhada de perto pelas ventoinhas e sistemas de ventilação que garantem a temperatura do circuito em níveis normais. Os PCs ficam cada vez menores e mais compactos, mas por outro lado cada vez mais barulhentos pela necessidade de colocarmos refrigeração na placa de vídeo, no microprocessador, na fonte, na placa de áudio, se continuar nessa crescente em breve teremos, à semelhança da indústria automotiva, radiadores externos de temperatura nos nossos PCs.
Deveremos em breve escolher entre a computação quântica (em níveis sub-atômicos) ou a computação óptica, que apesar de não dissipar tanto calor, ainda é contraproducente, frente aos custos envolvidos. Quem viver verá!

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Todos estão na Web


É indiscutível a penetração da internet no mundo dos negócios, bem como a sua utilização como canal de relacionamento, de vendas, de pesquisa, de prova de conceito, enfim trata-se de um meio totalmente transparente, que mostra sua empresa como ela é, ou seja, se não existe uma estratégia de utilização da internet, é assim que aparecerá, e sua empresa será mais uma que coloca homepages no ar, onde se navega pouco tempo, seja pela absoluta falta de conteúdo e interatividade, ou mesmo pela confusão de se ver muito conteúdo de maneira não organizada.
Outra fatalidade são os pseudoBlogs “fale com o presidente” onde há pouca ou nenhuma interação com os presidentes das empresas, até porque normalmente não são eles que escrevem e respondem os posts, ou mesmo porque tratam-se de artigos similares a estação do ano, duram três meses sem nenhuma atualização. Esse tipo de ferramenta é muito efetiva, mas exige tempo e dedicação do executivo da empresa, e acredito que não deva ser utilizada caso não exista a pré-disposição de dedicação à mesma, motivo pelo qual poucas empresas o utilizam.
Existem as campanhas promocionais que tentam sem sucesso utilizar do canal internet de maneira insensata, normalmente são campanhas que são boladas pensando-se em criar o tão esperado efeito viral. Mais um erro estratégico: não se cria conteúdo para que vire efeito viral e sim se cria bons conteúdos que, dependendo da interpretação do público, pode ou não ser disseminado pela internet.
A interação com o público em geral deve obrigatoriamente ocorrer de forma bidirecional, e de preferência imediata, ninguém gosta de enviar opiniões ou sugestões e receber depois de semanas uma resposta lacônica, que tem gosto de padrão e cheira a resposta que é enviada a todos que se atrevem a emitir suas opiniões.
Também não é permitido nesse meio, cadastros eternos e infinitos, que pedem até o número de vezes que você espirrou ontem, isso ninguém perdoa.
Outra coisa que costuma afugentar os visitadores desses sites são os links mal feitos, onde se clicka e não se chega a lugar algum, o mínimo que se espera nesses casos é que a empresa teste o que está publicando para ver se está tudo funcionando.
Existe também o conteúdo "verdade eterna", trata-se daquele conteúdo que nunca muda, visite o site hoje, leia o conteúdo e nunca mais volte, pois depois de meses ele será o mesmo, nada muda.
Outra gafe constante são as opiniões dos visitantes, se não encontrar nenhuma crítica entre elas é fake! É impossível que não exista uma único leitor com alguma opinião de algo a ser melhorado, quando todos somente elogiam, pode desconfiar que as opiniões são editadas e isso ninguém merece!

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Power of the Click


A primeira vez em que ouvi o termo Power of the Click, foi em 2004 através de uma palestra do senhor John Patrick , ex-Vice Presidente de Tecnologias Internet da IBM, a idéia era demonstrar o imenso poder que reside na ponta dos dedos dos usuários de internet do mundo inteiro, pois com um simples click do mouse podem excluir sua empresa de suas vidas, ou passar a se relacionar com a mesma de forma fidelizada e ainda propagar suas boas experiências para todos aqueles com quem tiver contato.
Pois de lá para cá só tenho visto essa relação se fortificar, tendo a internet assumido um papel tão importante para algumas empresas e entidades, que passam a planejar estrategicamente o seu uso antes mesmo de canais ditos tradicionais. Dessa forma é cada vez mais comum vermos empresas apresentarem em sua estrutura pessoas responsáveis pelo relacionamento eletrônico, ou seja, profissionais que vasculham o dia todo Blogs, páginas de Orkut e de outros softwares sociais a procura de informações (elogios ou críticas) à suas empresas e tendo uma ação tática de anular eventuais efeitos negativos bem como amplificar as qualidades encontradas. Trata-se de um rico material oferecido de graça para as empresas que encontram-se atentas às oportunidades atuais.
Nem é necessário citar aqui os programas de fidelidade e relacionamento dos canais online de vendas, pois esses já são nossos velhos conhecidos, basta clicar em “minha página” no Submarino para ter uma idéia do que estou falando, lá eu encontro tudo o que pesquisei ultimamente, bem como sugestões e ofertas baseadas no meu perfil de compras.
No passado pensávamos que mais da metade da batalha estava vencida quando o cliente entrava em sua loja, pois agora somente podemos considerar a venda concluída quando decorrerem sete dias da mercadoria entregue sem que tenha havido nenhuma reclamação, caso contrário há que se efetuar a devolução do dinheiro e receber a mercadoria de volta, sem o menor questionamento ou constrangimento do cliente, já fiz várias trocas e devoluções e realmente funciona. Estamos vivendo a entrada na fase do Power of the Click.