domingo, dezembro 22, 2013

Tempo, tempo, tempo, falta um tanto ainda eu sei...

Lendo o livro fantástico “O Poder dos Modelos Replicáveis” de Chris Zook e James Allen da Bain Company, deparei-me com a dica: É preferível a melhoria contínua e o planejamento em oposição à hesitação seguida de corrida ansiosa para a compensação do tempo perdido. Parece óbvio não é mesmo? Tão óbvio que é difícil de ser seguido...

Que atire a primeira pedra quem, que na liderança da implantação de um projeto de TI, não tenha tido que lidar com a ansiedade de equipes que, após meses de discussão e de “n” tentativas de viabilizar um produto ou projeto, pretenda tirar todo o atraso incorrido na implantação, sugerindo inclusive atividades em paralelo, encurtamento de fases do projeto, testes unitários em paralelo aos integrados ou pior teste em produção...

Fico imaginando que se o projeto de criação do mundo fosse feito através das práticas comuns na lida de TI, levaríamos de segunda à sexta-feira para determinar o escopo do que gostaríamos de implantar, ao sábado faríamos algumas reuniões para entender detalhadamente o escopo, que até o final do dia mudaria algumas vezes...pequenas mudanças a bem da verdade e na manhã de domingo começaríamos a pressionar o pessoal de codificação para terminar tudo até o final do dia, afinal de contas todas as empresas fazem o mundo em sete dias, não é possível que a nossa TI leve mais do que isso....mas e o escopo que só fechou no sábado à noite?.....veja bem, todos sabiam desde o início o que era para ser feito....vocês poderiam ter adiantado algo....Ah, esqueci de especificar isso mas não deve impactar muito ....eu acho.....mas o desenvolvimento deve levar em consideração a integração com todo o legado, de forma transparente.......mas que legado? Estamos criando o mundo agora?!? Isso para não falar do tempo de contratação, treinamento, operação assistida, etc etc..

Quando começamos a pensar em um projeto, desde o primeiro momento, é fundamental termos em mente, o tempo todo, as fases necessárias à sua implantação, e de que tempo precisaremos para que essas fases se desenvolvam. Sempre pensamos no tempo total para implantar uma ideia, mas nem sempre temos a mesma criticidade no olhar para separar o joio do trigo, sendo honestos na constatação que por vezes o tempo necessário a viabilização e/ou formatação de uma ideia é desproporcionalmente maior do que o tempo realmente necessário para a sua construção e implementação.


Essa realidade lhe soa familiar? Então mãos à obra, vamos mudar esse cenário para o ano de 2014. Nunca ouviu ou viu situação semelhante? Parabéns, e me diga uma coisa, como é mesmo a vida ai em Marte?