domingo, junho 05, 2011

Falta de tecnologia é que não é...



Em recente viagem à China, e África do Sul voei mais de 50 horas, percorrendo mais de 30.000 km, fizemos escalas em Dubai (ida) e Joanesburgo (volta) e sabem onde encontramos filas e atrasos nos vôos? Somente em Congonhas, no embarque para a cidade em que moro.

Costumo falar em tecnologia neste espaço, e para falar a verdade, nas áreas de aviação, transportes, logística e tráfego aéreo, temos uma tecnologia disponível capaz utilizar as informações disponíveis, como por exemplo quantidade de passageiros em cada vôo, calcular a quantidade de pessoas que estarão desembarcando a cada hora nos principais aeroportos do mundo, destinar os aviões automaticamente para onde possam ter mais fingers disponíveis e é possível até calcular antecipadamente quanto vai ser o faturamento das lojas do aeroporto, em função da quantidade de pessoas que desembarcarão em determinados períodos.

Temos aeroportos interligados à malha viária através de trens, de metrô, de esteiras inteligentes, isso sem falar nas inúmeras facilidades que os aeroportos internacionais possuem, dentre eles cobertura WiFi, lojas, hotéis, lounges VIP, restaurantes, vi até lugares especiais para rezar.

Agora comparar esta realidade que encontramos ao redor do mundo com o que temos aqui em nossos aeroportos é no mínimo frustrante. No último trecho de meu vôo, quando embarcaríamos para Uberlândia, o vôo atrasou algo em torno de uma hora e meia. Nada mal para um aeroporto que no mesmo momento tinha vôos com atrasos de mais de dez horas. Mas o problema é a falta de infra-estrutura. Não falo aqui de tecnologia de ponta, ou avançada, falo de banheiros, cadeiras e condicionamento de ar com capacidade para atender aos pobres passageiros, que se atrevem ainda a enfrentarem os aeroportos tupiniquins, e até aceitam pagar muito mais caro pelos vôos nacionais do que em situações semelhantes em países europeus ou E.U.A.

Se em um simples final de semana, domingo a noite, sem chuvas ou feriados os nossos aeroportos já se tornam um inferno, imaginem quando estivermos sediando jogos da copa do mundo. Espero que o futuro mostre que eu estava errado...