domingo, novembro 22, 2015

Analógico Digitalizado?

Muito se fala em Digital e em digitalizar-se os negócios, mas do que se trata essa onda?
As empresas tem buscado,desde sempre, melhorar suas performances tornando seus processos mais ágeis, mais simples e mais eficientes, causando uma experiência melhor a seus clientes. Mas se isso sempre foi feito, qual a novidade? É que doravante a maior parte dessas mudanças e evoluções contará com a utilização da Digitalização e de Analytics e BigData.
Assim, preferências de clientes são validadas e utilizadas em atendimento, ofertas, programas de fidelidade, deixando a experiência do cliente mais agradável e proporcionando relacionamentos que primem pela qualidade e eficiência. Gastaremos menos ou nenhum tempo em filas, respondendo a etapas irritantes em URAS que insistem em dar opções longas,com textos confusos, e que ao chegar na última opção já não lembramos mais quais eram as primeiras...
É muito mais um processo de transformação profundo nas empresas, em seus fluxos de levantamento de demanda, desenho de ofertas e fluxo de entrega e atendimento, do que pura e simplesmente utilizar-se ferramentas digitais para atendimento ou montagem de mailings ou portais de e-commerce.
Recentemente renovei o seguro de meu carro, como a maioria das companhias seguradoras, atualmente as apólices são digitais, e para ter acesso às mesmas há que se cadastrar no site da empresa e confirmar alguns dados. Bem, não consegui validar meu e-mail e senha neste site, tentei um reset de senha para novo cadastro, o que também não funcionou. Acessei o espaço do cliente para conferir minhas informações básicas, e não fui reconhecido. Tentei falar com alguém do atendimento via Chat, e a ferramenta me pedia o cadastro e acesso de usuário antes de inciar o chat, como meu acesso não foi validado, também não consegui ser atendido nesse canal. Quase desistindo, fui no bom e tradicional 0800, ligando para este sistema fui recepcionado por uma URA que tinha várias opções, menos reset de senha ou me deixar falar com um atendente. Resumindo, depois de testar cada uma das opções, desisti, quer dizer, entrei no ReclameAqui e deixei minha indignação registrada.
Fica a lição, digitalizar NÃO é utilizar ferramentas digitais, e sim tornar a vida do cliente mais simples!

segunda-feira, maio 04, 2015

Consumerização da computação


Lembro-me de que no  passado alguns equipamentos tinham sempre valores fixos, mesmo que evoluíssem em tecnologia embarcada, tenho a impressão que durante a maior parte da sua longa vida, um vídeo-cassete custou o equivalente a US $ 500,00, mais ou menos o equivalente a um CD player, um computador (que eram sempre modelos desktop) sempre custou em torno de US 1.500,00, já os laptops eram mais caros, chegando a casa dos US$ 3.000,00. Boa parte destas traquitanas aliás, eram adquiridas através de consórcio, que comerciantes informais (leiam-se comerciantes de mercadorias do Paraguai) organizavam, como forma de facilitar a aquisição de suas mercadorias.
 
Bem o Google divulgou que vai lançar seu PC embutido em uma pecinha do tamanho de um Chromecast, chamará Chromebit e será um pouco maior que um simples PenDrive, ligado diretamente na porta HDMI de uma TV digital e alimentado por uma porta mini USB, e com conexão por Bluetooth e mini USB para periféricos como mouse, teclado e impressora.

A Google não está sozinha na iniciativa, existem outros modelos da Acer e Asus, todos em torno de US$ 100,00.

É a consumerização da TI aplicada na veia. Quem lembra da iniciativa do OLPC (One Lap Top per Child) de nosso amigo Nicholas Negropontes do MIT, vai se lembrar que o objetivo é que todas as crianças do mundo tivessem a oportunidade de ter acesso a um computador, por exatos cem dólares, pois então! Infelizmente milhões de crianças no mundo ainda não tem acesso sequer a TV digital, que dirá ter a oportunidade de investir em um PC deste tipo, mas não podemos negar que é um bom início!

Como sempre, quem viver verá!

quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Quando a tecnologia não funciona...


Moro em um condomínio, e que, como em todo o condomínio, reina a preocupação com relação à segurança. No Brasil, em especial nas grandes cidades, temos um problema sócio-econômico, e por vezes acreditamos que, viver isolados de cercas, muros e sistemas avançados de segurança é a solução para todos os nossos males e preocupações. Bem temos que tentar resolver essa encrenca enquanto sociedade, e em que pese alguns momentos pessimistas, até acho que estejamos fazendo algum progresso, mas o fato é que os resultados práticos e imediatos ainda são modestos, então o que nos resta é investir na boa e velha tecnologia e em processos de segurança, que nem sempre são amigáveis, e dá-lhe sistemas inteligentes de câmeras de vídeo, que comparam padrões de fisionomia, leitoras biométricas, que além das leituras de nossas digitais, que nunca funcionam na primeira vez, e às vezes nunca funcionam mesmo, também comparamos as fotos cadastradas e ainda inserimos o sistema tradicional de senhas, e aí, até que enfim, o pobre condômino tem acesso ao condomínio. Mas a parafernália não parou por ai não, temos muito mais, sistemas de gravação de imagens com detetores de movimento e sensores infra-vermelho, sistemas de gravação de imagem remoto, fibra óptica instalada em todo o perímetro do condomínio para interligar as bases de dados das portarias com a central de dados centralizada e fazer as câmeras funcionar, mais vigilantes fazendo a ronda com motos ou carros. E como seria de se esperar, sempre há problema, o sistema não reconhece a digital de determinado condômino, alguns moradores não querem inserir tantos dados, ou decorarem suas senhas, ou possuem digitais ”gastas” , e por aí vai, isso para não falar dos portões eletrônicos e cancelas que quebram em uma frequência absurdamente maior do que gostaríamos.

E imaginem você que, em meio a essa “montoeira” toda de tecnologias que nem sempre funcionam bem, resolvemos por bem reformar uma de nossas portarias, e portanto começamos a quebrar tudo e desinstalar o sistema de acesso às cancelas. Dá para imaginar o inferno que virou não? Pois saibam que a nosso sistema nunca funcionou tão bem! Sabem como estamos sobrevivendo? Colocamos um porteiro com uma prancheta em pé na portaria verificando todos os moradores que entram no condomínio. Acabaram os erros de acesso, os moradores descontentes, até passamos a nos relacionar melhor com nossos vigilantes, não temos mais filas e a entrada ao condomínio ficou mais rápida e simples.
Sentiremos saudade desta eficiência quando o sistema automatizado voltar a funcionar...