domingo, dezembro 24, 2006

LapTop de US$ 100 chega ao Brasil


Chegaram ao Brasil os primeiros LapTops do programa OLPC (One Lap Top per Child http://www.laptop.org/index.pt_BR.html), criado pelo Cientista da Computação Nicholas Negroponte. Enganaram-se os que diziam que não seria possível a entrega da promessa do LapTop de cem dólares, destinado ao nobre princípio da inclusão digital. Os equipamentos já se encontram em fase experimental com crianças, isso mesmo, com crianças, pois nada melhor para efetuar esses testes do que os próprios usuários para os quais ele foi desenvolvido. Chegaram nessa semana que antecede ao Natal, em torno de cem computadores portáteis, e foram distribuídos para universidades em todo o País, para a fase de testes, mas as primeiras impressões foram extremamente positivas. As máquinas se mostraram com bateria adequada ao uso escolar, a qualidade da tela impressionou pela definição apresentada, a velocidade de acesso aos aplicativos foi muito boa e o dispositivo para acesso à Internet sem fio funcionou perfeitamente.
Parece que estamos um pouquinho mais perto do sonho de diminuir a cruel exclusão que aflige aos países em desenvolvimento, em especial a exclusão causada pelo acesso quase inexistente das populações mais pobres aos recursos educacionais mais avançados.
Que esperamos de futuro, se a maioria de nossos jovens, somente têm acesso à educação básica escolar? Na grande maioria das vezes em escolas municipais ou estaduais, que apesar do esforço do corpo docente ali existente, normalmente não conta com recursos educacionais que possibilitem uma familiaridade maior de nossas crianças com aquelas ferramentas que poderiam acompanhá-las a vida toda, tornando seu processo de aprendizado mais fácil e eficaz.
Pois bem, com essa iniciativa do programa OLPC, esse futuro parece estar mais delineado, e começamos a ver uma luz no fim do túnel. Sabemos que, cada vez mais, as profissões criam maior dependência da eletrônica, apoiando-se fortemente nas ferramentas de interatividade e Internet, e ter a parte mais promissora de nossa sociedade, as crianças, alijadas desse processo nunca pareceu fazer sentido. Se conseguirmos dar sustentabilidade a esse programa no Brasil, através de um processo educacional eficiente, manutenção adequada das máquinas e principalmente oferecendo um conteúdo de qualidade, ninguém segurará os nossos profissionais do futuro.

domingo, dezembro 17, 2006

Pirataria

No texto impecável dos irmãos Wachowski, em determinada cena do filme Matrix (www.whatisthematrix.warnerbros.com), temos um diálogo em que Mr. Smith apresenta uma tese ao personagem Neo, em que diz que o único organismo vivo que se assemelha com o ser humano é o vírus, no sentido que toma conta de determinado corpo, do qual depende sua sobrevivência, e mesmo assim o aniquila. É claro que a intenção dos autores é provocar a percepção do mal que estamos causando ao meio-ambiente, sem o qual não vivemos.
Além de uma ótima dica para quem ainda não assistiu a trilogia Matrix, gostaria de me aprofundar um pouco no significado dessa frase, que sempre me intrigou muito. Apesar de concordar com a importância do tema preservação do meio-ambiente, queria aqui tomar a visão da pirataria, de forma análoga à citação do filme Matrix. Acho totalmente aplicável, pois não consigo entender pessoas que gostam muito de jogar vídeo games, por exemplo, mas ao invés de comprarem seus jogos e pagarem aos autores e produtores, preferem comprar CDs “piratas” ou baixarem de forma gratuita através da internet. Ora, no extremo, se todas as pessoas fizessem a mesma coisa, não haveria mais jogos, pois ninguém seria capaz de continuar trabalhando de graça, sem receber nada em troca. Se isso não acontece, é porque ainda existe uma quantidade razoável de pessoas que preferem adquirir legalmente seus programas, o que estimula os desenvolvedores e programadores a fazerem mais programas. Então fica outra pergunta, se alguns aceitam pagar pelo que estão recebendo, porque outras pessoas aceitariam tranqüilamente utilizar gratuitamente jogos não oficiais, sabendo que isso é ilegal? E por fim, o que nunca consigo entender, é como alguns pais conseguem estimular seus filhos a fazerem o mesmo, ou seja destravam os consoles de jogos de seus filhos, assim que os compram, para que possam utilizar-se de CDs não originais, ou mais comumente chamados “piratas”.
Será que existe alguma razão que diga que a utilização de jogos “piratas”, é menos considerado como infração, do que um roubo de carro ou de carteira, por exemplo? Confesso que como engenheiro, a interpretação das leis não é meu forte, mas sempre achei que fosse a mesma coisa.
E por outro lado fico imaginando que, se todos pagássemos, haveria uma diversidade maior de jogos, o que seria melhor para todos e acabaria estimulando que mais empresas e programadores desenvolvessem novos jogos, o que acabaria por baratear os jogos, pela maior competição, enfim seria melhor para todos. Então nesse fim de ano, fica meu conselho, se comprar um console de games para seu filho, seja X-Box, Nintendo ou Play Station, deixe-o original, não demonstre a seu filho que a lei tem duas interpretações, afinal é contra isso que temos brigado tanto como cidadãos, não é?

sábado, dezembro 09, 2006

RFID - Identificação por Rádio Freqüência

Recentemente, em uma viagem pela rodovia Anhanguera e depois de muito ler a respeito, resolvi instalar um “Sem Parar” no meu carro, que me possibilitaria passar de forma mais rápida nos pedágios dessa rodovia (que não são poucos), economizando tempo, me livrando do transtorno dos trocos e moedas e ainda com o conforto e segurança de pagar ao final do mês, no meu cartão de crédito.
O “Sem Parar” nada mais é do que um chip de rádio freqüência, que vem acondicionado em uma caixinha de plástico e fica colado pelo lado interno do pára-brisa, e avisa ao pedágio quando vamos passar, de forma que sejamos identificados para que possa ser feito o débito do valor correspondente em nosso cartão de crédito, simples e rápido!
Já existe convênio de utilização desse mesmo dispositivo em vários estacionamentos de lojas, shoppings e aeroportos, que passam a oferecer o mesmo conforto na hora de pagar.
RFID é uma sigla que vem do inglês e que significa Radio Frequency Identification, ou seja identificação por rádio freqüência. A utilização do RFID para pagamento automático de pedágios é a ponta do iceberg, na realidade a capacidade de automação que esse simples dispositivo proporciona é assombrosa. Com o barateamento dessa tecnologia, passaremos a ter a disponibilidade de etiquetas de supermercado com essa tecnologia, ou seja, entraremos no supermercado, colocaremos tudo o que quisermos no nosso carrinho e poderemos tranqüilamente levar diretamente todas as compras para nossos carros, sem preocuparmo-nos com as longas e sempre existentes filas nos caixas de pagamento. Isso será possível porque as mercadorias adquiridas serão lidas automaticamente assim que passarmos com o carrinho pela saída da loja, bem como nossa identificação pessoal e, existindo crédito, o valor total da compra será debitado automaticamente.
As mesmas etiquetas permitirão controle de validade de alimentos, estoques de produtos nas lojas e em nossas casas.
Um cartão com essa tecnologia, e de uso pessoal em nossas carteiras, permitirá pagarmos o ônibus, metrôs, trens urbanos, entrada em cinemas e teatros, enfim um sem número de utilizações de pagamento, de forma segura, rápida e integrada.
Quem viver verá.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Comércio Eletrônico

Soubemos do recente interesse das empresas Americanas.com e Submarino de juntarem suas operações. Tratam-se da maior e da segunda maior empresas de comércio eletrônico (e-commerce) do Brasil, que juntas faturarão mais de dois bilhões de reais por ano. E o mais interessante é que suas operações têm pouco mais de seis anos. Mesmo sabendo que no caso das Lojas Americanas já existia a loja convencional como base para a operação, a forma de administração de custos e de logística de uma operação de venda eletrônica é muito diferente de uma loja tradicional.
Comparando o ritmo de crescimento do comércio de varejo tradicional, conseguimos observar que o comércio eletrônico vem crescendo a taxas mais altas. Isso é fruto da expansão da Internet banda larga e da penetração de computadores nos nosso lares, bem como de uma mudança de hábito da nossa população, que vai pouco a pouco experimentando novas formas de compra, e se acostumando com o conforto e economia de poder escolher antecipadamente o que se vai comprar, tendo todas as informações à disposição, ao alcance de um simples “clique” e, depois de definido o bem que se pretende adquirir, basta acessar um site de comparação de preços, como o Buscapé por exemplo (www.buscape.com.br) e temos em instantes, o lugar mais seguro e em que a mercadoria que pretendemos comprar apresenta-se com o menor preço. É difícil concorrer assim não?
Existe certamente espaço para todos que queiram prestar um bom serviço, seja com o modelo baseado no relacionamento e diferenciação, seja no modelo baseado na diversificação ou então no modelo baseado em preços.E a tão procurada segurança, será que teremos a mesma segurança em nossas compras eletrônicas que temos quando fazemos nossas compras em lojas físicas? Nesse quesito, o comércio eletrônico é imbatível, pois permite que paguemos somente após recebermos em nossas casas, permite ainda que em caso de desistirmos da compra, façamos a devolução do bem e que não tenhamos que pagar nada a mais por isso, isso sem falar as inúmeras formas de pagamento e parcelamento através de cartões de crédito, que sem dúvida possuem uma transação bem mais segura de forma eletrônica pela Internet, do que quando o utilizamos em lojas e restaurantes, e que ficam passando de mão em mão, até que assinemos o recibo da transação, autorizando a operação. Então, vamos às compras de natal, pela Internet é claro!

quarta-feira, novembro 22, 2006

O spam nosso de cada dia

De tempos em tempos, recebemos em nossas caixas de correios de e-mail, notícias de crimes e novas formas de agressão, cometidas por criminosos digitais. Essas notícias normalmente chegam até nós de forma espontânea e não solicitada (ou o que chamamos de spam), pois invadem a privacidade de nossos e-mails sem pedir licença e, não raro, trazem textos de alerta, que mais do que nada, servem mais para nos deixar preocupados do que informados propriamente dito, pois ora mostram fulano que foi seqüestrado, com base nas informações retiradas do Orkut, ora beltrano que foi vítima de um pseudo-seqüestro, elaborado com base nas informações retiradas do perfil existente no MSN, ora relatam o caso de uma pessoa que ao acordar, descobriu que tinha sido vítima de vários transplantes de órgãos não autorizados, e que ainda de quebra havia adquirido alguma (ou algumas) doenças incuráveis, e para não falar das não menos freqüentes, mensagens na forma de cadeia, que trazem alegria, felicidade, riqueza e saúde, mas que se forem quebradas, serão implacáveis pelos males que trarão ao incauto leitor que não re-enviar esses mal intencionados e-mails a uma dúzia de pobres amigos, que de novo terão suas caixas de entrada abarrotadas de conteúdo inútil.
Também recebemos falsas notícias de crimes cometidos nos sinais de nossas cidades, nos caixas eletrônicos, nos telefones que ao serem atendidos propiciam clonagens dos números telefônicos, que a partir de então gerarão contas telefônicas astronômicas, sem que nada possa ser feito.
E quem já não recebeu mensagens de bancos, de associações de proteção ao crédito, de lojas eletrônicas, ou mesmo de pessoas que não conhecemos nos oferecendo fotos desinibidas, ou envio de cartões pessoais, onde links maliciosos no texto esperam nossos “cliques” desatentos, para que programas maliciosos se instalem em nossos computadores?Todos esses casos são spam, ou seja informações recebidas e não solicitadas, que atrapalham o tráfego na Internet e que, além de não possuírem o caráter informativo, ainda propagam o pânico nas pessoas crédulas que levam a sério seus conteúdos. Pense bem, alguém conhece de fato alguém que foi vítima real de clonagem, seqüestro, transplante ilegal ou mesmo chantagem pela Internet, através de e-mails recebidos ou fatos retirados na Internet? Convenhamos que na grande maioria das vezes, a fonte não é verificada e apenas propagamos esses boatos entre nossos amigos, ajudando a reforçar essa rede de bobagens na Internet. Façamos nossa parte então, dando um fim ao Spam, deletando de forma impiedosa esses e-mails, e poupando nossos amigos de recebê-los.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Músicas em formato Digital

Ao final do ano passado, uma revista feminina muito popular no Brasil (Contigo) divulgou uma pesquisa em que as entrevistadas diziam o que mais queriam, e o primeiro lugar foi tocador de MP3 (formato compactado de músicas digitais), em segundo lugar sexo, e em terceiro lugar CDs ou DVDs...
Pois bem, a música é universal, desperta sentimentos positivos, acalma, nos faz viajar e diverte muito. Bem, se a maioria das pessoas gosta de músicas e as gravadoras e distribuidoras trabalham todas com exclusividade, era de se esperar que o negócio da música estivesse em franca expansão correto? Errado! Na realidade é um mercado que está encolhendo.
As gravadoras e distribuidoras não entenderam o negócio da música, e ao invés de tentarem desenvolver novas maneiras de distribuírem seus conteúdos, pura e simplesmente fizeram-se de lesadas, e buscaram formas de inibir a distribuição de conteúdo digital na Internet. Grande erro estratégico, pois enquanto a penetração de computadores e de Internet cresce a olhos vistos, o mercado de distribuição de CDs patina, correndo sério risco de perder o bonde da história.
Adquirimos um CD da banda preferida de meu filho, que há muito tempo ele almejava. Chegando em casa, sua primeira reação foi gravar as músicas preferidas em seu tocador de MP3 para que pudesse ouvi-las onde quisesse, qual não foi sua surpresa ao descobrir que o disco veio com uma proteção de DRM (do inglês – Digital Right Management, ou controle de direitos autorais), esse aplicativo na prática impede que as músicas sejam copiadas para qualquer outro dispositivo digital. Ou seja, se ele tivesse “baixado” as músicas gratuitamente pela Internet, sem pagar nada a ninguém, poderia gravar e distribuir essas músicas sem nenhum problema, como as adquiriu legalmente, pagando direitos autorais, fica impedido de ouvir essas mesmas músicas em outro dispositivo, parece irônico não?
Por essas e outras é que vemos que o negócio de distribuição de músicas somente cresce na forma digital, inclusive de forma legal, através dos portais oficiais como iTunes, iMusica, Terra e Uol, e como o mercado digital está só começando, existe muito espaço para ser ocupado, por empresas empreendedoras e que se dêem ao trabalho de entender o que seus consumidores querem: boa música, adquiridas de forma segura e confortável, sem o risco de infestarem suas máquinas com vírus ou softwares mal-intencionados, e acima de tudo pagando um preço justo por esse prazer.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Lap Top de 100 dólares chega ao Brasil no ano que vem

Fiquei muito contente de ver essa notícia no site comparatel (www.comparatel.com.br), relativa ao início do processo de fornecimento do LapTop destinado à inclusão digital. Acendamos uma vela para que tal iniciativa chegue ao final da maneira correta.

"O fabricante do laptop para fins educacionais do projeto One Laptop Per Child (OLPC), a taiwanesa Quanta Computer, confirmou que Brasil está na lista dos países que já encomendaram unidades do notebook.
A empresa taiwanesa, maior fabricante terceirizada de notebooks do mundo, tinha estimado anteriormente que só começaria a produção em volume no segundo trimestre do próximo ano. A previsão agora é que a produção em massa seja iniciada no primeiro trimestre de 2007. As primeiras unidades já começaram a ser fabricadas ainda este ano. A expectativa é de produzir de 5 milhões a 10 milhões de unidades de laptops no próximo ano. Segundo a Quanta, já formam confirmados pedidos da Argentina, Brasil, Líbia, Nigéria e Tailândia.
O projeto OLPC tem como objetivo assegurar que estudantes em países em desenvolvimento acompanhem a evolução digital das nações mais ricas, colocando em suas mãos um laptop dotado de recursos wireless.
Desenvolvido em conjunto por acadêmicos e grupos da indústria, o laptop de 100 dólares vai rodar Linux, com processador de 500MHz da AMD, será pronto para conexão sem fio, e terá 128 MB de memória e 500 MB de armazenamento em memória flash. O aparelho não terá disco rígido."

quinta-feira, novembro 09, 2006

Os desafios do VoIP

Na palestra desta semana no CenterConvention em Uberlândia, durante o seminário de tendências tecnológicas, abordei os desafios do VoIP (voz sobre protocolo Internet). Além da já muito comentada inclusão digital, haja vista possuirmos no Brasil mais de 70 milhões de usuários de telefonia celular, 55 milhões de usuários de telefonia fixa e apenas 32 milhões de internautas, acredito que a tecnologia de voz sobre protocolo Internet - VoIP, apresente três grandes desafios ainda por vencer:
O primeiro é relativo a qualidade dos aparelhos, pois enquanto no passado o telefone que nossas avós tinham em casa, normalmente em posição de destaque na sala, era fornecido pela concessionária de telefonia e durava décadas (sendo inclusive declarado no imposto de renda) os acessórios para VoIP podem ser comprados em qualquer lojinha, a partir de 6 reais e esses microfones e fones de ouvido, de qualidade duvidosa, interferem na qualidade da transmissão e recepção de voz.
Outro desafio é decorrente das especificidades do Brasil. O protocolo IP foi pensado através da flexibilidade oferecida pela tecnologia de compressão de voz, que parte do princípio que em uma conversação telefônica, apenas 22% da informação é útil, sendo 26% passível de compressão e os restantes 52% silêncio, ou seja, podem ser suprimidos. Quando estamos pensando em voz, não há problemas, e conseguimos sistemas perfeitamente inteligíveis de conversação, agora quando pensamos em FAX, esse mesmo sistema torna-se preocupante, pois por vezes comprime ou suprime o que não pode se perder na ligação e acabamos por não conseguir transmitir nosso fax pela VoIP, isso sem falar nas ligações a cobrar, características também do sistema brasileiro de telefonia, que por vezes não encontram respaldo nas tecnologias de VoIP. Essas dificuldades são passíveis de solução, mas têm exigido dedicação de nossos técnicos no momento da ativação das facilidades.
E por fim temos o desafio da concorrência, pois no mercado nacional de VoIP existem mais de 140 empresas oferecendo serviços, dessas apenas 6 são empresas de grande porte e apenas 4 oferecem numeração telefônica. Não me atreveria a dizer quantas pagam seus impostos ou dispõem de técnicos dedicados ao atendimento de seus clientes. Tenho notado no mercado empresas que vendem a tecnologia de VoIP através de marketing de relacionamento (semelhante ao modelo de venda de cosméticos), ou mesmo modelos de cascata, onde a cada usuário indicado, ganha-se um valor em dinheiro pela indicação.
Frente aos desafios dessa tecnologia, que não são poucos, me parece adequada a escolha de um parceiro tecnológico que possa no mínimo entender nossas necessidades e identificar as melhores opções, dentre as muitas existentes, que possam melhor nos atender, e tenho dito!

domingo, novembro 05, 2006

Conceito de Ética

Nessa semana tive o privilégio de assistir a uma palestra com o filósofo e teólogo Leonardo Boff e com o também teólogo, psicanalista, educador e escritor Rubem Alves. Ambos abordaram o conceito de ética sob um novo prisma. Definem a ética como aquela ação que expande e desenvolve a humanidade e o meio ambiente, e não mais o conceito filosófico e exato. Entendem o meio ambiente como a expansão do Ethos, que é o meio que nos circunda e abriga, anteriormente entendido como nossa casa, e que agora assume novas fronteiras, não falamos de nossas cidades, de Minas ou Gerais ou do Brasil, mas sim do nosso planeta.
Nesse conceito, é correto dizer que amar ao próximo é a mais pura expressão da ética (entendam aqui que a palavra próximo não se refere apenas aos seres humanos, mas a todos os seres vivos do planeta). Vale aqui a máxima ou regra de ouro, que nos ensina a querer para outro o mesmo que queremos para nós próprios, ou ainda fazer aos outros o que gostaria que fizessem a você.
De forma análoga, podemos entender com anti-ético a falta de compaixão (paixão ou sensibilidade pelo outro), a exclusão em todos os sentidos (exclusão digital, social, econômica, etc).
Sempre defendi a inclusão digital como fundamental ao processo educacional, e me preocupa o fato de termos apenas um terço de nossa população no Brasil com acesso à informática. Sabendo da importância da Internet nos processos de automação, comércio, educacional e de formação do conceito de cidadania através das iniciativas do governo eletrônico, transações comerciais e até entretenimento, como podemos dormir com um barulho desses, sabendo que dois terços da população não tem acesso a esse universo? E o mais crítico desse cenário é o que está por vir, pois sabemos que a ferramenta com maior potencial de desenvolvimento dos últimos anos é a Internet, portanto a grande maioria dos movimentos inovadores, incluindo os educacionais de base, certamente passarão também por ela. Ou seja temos uma das maiores ferramentas, com potencial para melhorar em muito nossa situação de país em desenvolvimento, e simultaneamente temos a maior parte de nossa população alijada desse processo, por total incapacidade de relacionar-se com esse meio. É dessa realidade que estou falando, e desse conceito, agora ampliado, do que é ética e de como podemos trabalhar para mudar essa realidade que aqui se apresenta.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Que venha o Wimax!

Tenho comentado sobre a possibilidade de conexão à Internet através de antenas, trata-se da tecnologia Wi-Fi, já bastante comum na maioria dos aeroportos do mundo e do Brasil, também disponível em shoppings, restaurantes, algumas cadeias de lanchonetes e cafés e outros lugares onde pessoas podem freqüentar e acessar a Internet através de seus computadores portáteis ou PDAs (como palms e organizadores pessoais por exemplo).
Gostaria de abordar agora o WiMax, que equivale a mesma tecnologia Wi-Fi, porém com uma capacidade inúmeras vezes amplificada, de forma a permitir coberturas muito grandes, assim através de uma única antena, conseguimos oferecer acesso a internet em um raio de até 50 quilômetros, em condições especiais.
Para algumas cidades poderemos oferecer acesso a internet para cidade inteira através de uma única antena (há também um compromisso com a visibilidade, por se tratar de propagação de ondas e da quantidade de usuários que utilizarão o sistema simultaneamente). Para operar a tecnologia WiMax, é necessário que a operadora possua uma licença da Agencia Reguladora de Telecomunicações, que é a Anatel. A aquisição das freqüências necessárias à prestação desse serviço se dará através de licitação pública, e existirão compromissos de utilização da freqüência, de forma a possibilitar a melhor utilização possível desse serviço.
As vantagens dessa tecnologia permitirão não somente o acesso a banda larga sem fio, pois uma vez que disponhamos de aparelhos celulares com tecnologia de dados, poderemos fazer Voz sobre IP (protocolo Internet) nos próprios aparelhos celulares. Assim a tão esperada tecnologia de terceira geração – 3G, que levou as maiores empresas de telecomunicações da Europa a investirem mais de 40 Bilhões de dólares nas aquisições de licenças para operar, pode se ver em situação de ter que enfrentar uma tecnologia concorrente, com muito maior capacidade de dados, e por um preço muitíssimas vezes menor.
Para se ter uma idéia do avanço da tecnologia de VoIP nos celulares, já existem no mercado 25 modelos de aparelhos celulares com essa tecnologia, sendo que todos os fornecedores planejam grandes investimentos nessa área. Acredito que mais uma vez, a velocidade de introdução de novas tecnologias e possibilidades de novos serviços impulsionará a utilização de novos meios de comunicação, que eventualmente nem tenham sido ainda discutidos no âmbito da agência reguladora. Bom para o usuário e para a sociedade em geral, que experimentarão novos usos da tecnologia e terão a seu dispor um maior número de concorrentes oferecendo serviços.

sexta-feira, outubro 20, 2006

One Laptop per Child

O cientista da computação Nicholas Negroponte, que criou o Media Laboratory, do MIT, que é reconhecido atualmente como o maior centro de desenvolvimento tecnológico de informações do mundo, vem pregando essa máxima, One Laptop per Child, ou seja um Laptop por criança.
Ele defende que todas as crianças do planeta devem possuir um computador portátil, com valor de no máximo cem dólares, e que essa plataforma serviria para elevar a educação do mundo a um patamar jamais visto. Entendo que não caiba aqui nesse espaço a discussão de qual necessidade é mais premente no mundo atual, se a fome, se o amor ou se a educação, que aqui se reveste do termo “inclusão digital’. Obviamente uma criança sem ter o que comer não pode ter condições de desenvolver-se intelectualmente, por outro lado, face à velocidade com que a tecnologia tem se desenvolvido, aliado ao fato de que até o ano 2003 mais da metade do globo nunca havia feito uma única ligação telefônica na vida (ou seja a exclusão digital de qualquer tipo de tecnologia suplantava 3 bilhões de pessoas) mostra o quanto temos que investir na inclusão, seja ela tecnológica ou social, pois estamos vendo o resultado dessa diferenciação de realidades em nossa sociedade dia após dia.
Nossos filhos nascem dentro de uma realidade educacional e de relacionamentos que já considera a tecnologia como algo natural, e entendo aqui natural como sendo a falta da necessidade de se recorrer a um manual para utilizar-se de qualquer traquitanice tecnológica, enquanto que a imensa maioria dos jovens na atualidade, sequer têm acesso comunitário a qualquer tipo de tecnologia. Como falamos de estar preparados para um futuro que ainda não visualizamos o contorno claramente, somente sabendo que se molda de forma totalmente diferente do que conhecemos, não há como tolerar uma realidade dessas, que só faz piorar a diferenciação social experimentada pela nossa atual sociedade.
O computador de baixo custo já é uma realidade também no Brasil, onde temos exemplos como o da empresa Novatium (www.novatium.com.br), que vem se especializando nesse tipo de máquina. De qualquer forma, seja através de um sistema tecnológico mais acessível, seja através de políticas governamentais inclusivas ou seja através da nobre ação voluntária de pessoas com essa disponibilidade, o fato é que devemos fazer algo para mudar essa realidade que se nos apresenta no momento.
Concorda comigo quanto a essa necessidade? Então junte-se aos bons, inicie alguma ação política ou social, que auxilie a mudar a realidade que aí está!

quarta-feira, outubro 11, 2006

O poder está com o usuário

Já tinha comentado sobre os modelos comerciais e financeiros que utilizamos para valorizar uma empresa, e citei como exemplo o YouTube, que não gera receita nenhuma e ainda investia mais de US$ 500.000,00 por mês na manutenção e ampliação de sua infra-estrutura, e que mesmo assim tinha uma valorização superior a um bilhão de dólares, pois bem com a finalização da venda do YouTube para a Google nessa semana por nada menos que 1,6 Bilhões de dólares fica comprovado que uma empresa vale mesmo muito mais que sua capacidade de geração de caixa, ou mesmo seu faturamento.
Estaríamos vivendo então uma nova bolha da Internet, época em que todas as empresas com faturamento menor que despesas e custos valiam uma fortuna? A resposta é não! Então de onde vem o valor de um programa de vídeos amadores, onde mais de 100.000 vídeos são postados diariamente?
Estamos vivendo um momento em que o conteúdo gerado pelo próprio usuário tem um valor incrível, pois cada vez mais, é esse conteúdo que gera interesse e gera audiência, seja ele conteúdo de vídeo, de texto (Blogs e páginas pessoais), de áudio (podcastings) ou mesmo conteúdos pessoais (é o caso dos sites de relacionamento). Com isso o poder está migrando das grandes corporações das comunicações (jornais, televisão e rádios) para os usuários que colaboram e criam o seu próprio conteúdo. Algumas empresas da era da Internet já perceberam isso, e vem daí a valorização atingida nessa semana pelo YouTube. Não se discute aqui a qualidade da imagem, o tempo de duração da transmissão, se o vídeo é dublado ou legendado, e mesmo se nele trabalha alguém conhecido, em contra-partida se tem a sensação de poder assistir o que quiser, quando quiser, e quantas vezes quiser, e mais, caso o conteúdo lhe pareça de gosto duvidoso ou possua caráter ofensivo, ainda pode-se denunciá-lo e o mesmo é rapidamente retirado do ar, ou seja, a censura é feita diretamente pelo usuário, nada mais democrático! Se eu não gosto de determinada forma de escrita ou redação, não visito mais aquela página, pois iguais a ela existem milhões, se não concordo com determinada notícia ou artigo, escrevo e me comunico diretamente com quem a escreveu, cada vez mais vemos mídias convencionais publicando mídias novas e alternativas, assim temos programas de rádio que são divulgados também em podcasting, programas de TV que são divulgados também através de vídeo na Internet, jornais e revistas que publicam simultaneamente seu conteúdo em Papel e na Internet. Enfim estamos vivendo em uma época onde quem manda é o leitor ou ouvinte, que bom!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Os tons de nossos aparelhos celulares

E por falar em personalização, não tem nada mais personalizado do que diferenciar a campainha do seu aparelho celular, com a música com que mais nos identificamos.
Junto com a tecnologia dos aparelhos móveis celulares, fomos brindados com a possibilidade de escolhermos, dentre uma lista de possibilidades, aqueles tons de campainha que mais gostássemos nos nossos aparelhos, de forma que quando alguém nos chamasse ao telefone poderíamos diferenciar pelo toque, que se trata de nosso aparelho, e em alguns modelos, até saber quem nos chama pelo toque apresentado. Mas até esse momento, somente era possível escolher o toque de uma lista fixa, contida com próprio celular. Com a evolução da tecnologia dos aparelhos e da transmissão de dados e mensagens sobre o celular, tornou-se possível escolhermos várias músicas em um portal de opções, o que aumentou incrivelmente a possibilidade de personalizarmos nossos celulares.
Depois dos downloads de tons, vieram os crazytones (ou tons malucos), onde podemos escolher, ao invés de músicas, sons engraçados como o de uma vidraça quebrando, crianças chorando, portas batendo, e até mesmo imitações de artistas e apresentadores famosos, que falam frases como “atenda esse telefone”. Mais recentemente, foram lançados os Nametones que nada mais são do que uma série de nomes gravados, com frase que nos lembram de atender ao celular, assim quando meu telefone tocar, poderei ouvir a voz do Faustão dizendo “atende o telefone Eduardo, ô loco meu”.
São opções divertidas que vão possibilitando mais e mais que cada aparelho celular fique com o jeitão de seu dono.
Agora a última novidade do sistema celular em termos de personalização, são os Ring Back Tones, ou também conhecidos RBT. Nesse serviço, o usuário escolhe a música que será ouvida por quem ligar para ele, ou seja, ao invés de ouvirmos aquele som monótono “tu tu tu” enquanto esperamos que alguém atenda a chamada, poderíamos ouvir Beatles por exemplo (bem melhor não?).
Como podemos observar, multiplicam-se diariamente as opções de serviços avançados e novas possibilidades de tornar nosso relacionamento com a tecnologia uma experiência mais personalizada e única. Por outro lado aumenta também a responsabilidade das empresas prestadoras desses serviços, de tornarem o uso dessa tecnologia mais simples, fáceis de usar e até mesmo intuitivos, pois como diz minha filha, ninguém merece ficar perdendo tempo lendo manuais, parece castigo!

sábado, setembro 30, 2006

A tão buscada personalização

Quem se lembra do tempo que tínhamos à nossa disposição apenas o sistema de telefonia convencional, ou seja, o bom e velho telefone preto com disco, que ficava em posição de destaque na sala de nossas casas, normalmente com uma toalhinha sob ele?
É desse tempo também o hábito de decorarmos os números de telefones dos nossos amigos e parentes. Havia sempre uma agenda ao lado do telefone, onde anotávamos os números de telefones das pessoas com as quais nos relacionávamos, e para aquelas que mereciam contatos mais freqüentes, sabíamos de cor seus respectivos números telefônicos.
Pois é, logo depois vieram os telefones celulares, que foram recebendo memórias cada vez maiores, que hoje já têm capacidade de armazenar centenas de nomes e números telefônicos, e não são somente os números que são armazenados, também aceitam os endereços de e-mails, afinal de contas a maior parte dos celulares atuais já permitem o envio de e-mail. Mas o interessante é que com o celular, quando pensamos em ligar para alguma pessoa, procuramos pelo nome dela na lista de contatos de nosso aparelho. De forma semelhante, para mandarmos um e-mail ou SMS através de nossos computadores ou aparelhos celulares, também procuramos na nossa lista de contatos pelo nome da pessoa com quem pretendemos nos corresponder.
E mais recentemente com a onda dos messengers, que são os comunicadores online da Internet (ICQ, Yahoo Messenger, MSN, TudoMais, etc), passamos a nos comunicar com as pessoas buscando-as em nossa lista de apelidos! Quer uma coisa mais pessoal e amigável que chamar alguém pelo apelido?
E com o tempo, vão ficando para trás as preocupações com agendas em papel e a necessidade de decorarmos o número de cada telefone, acostumamos a apenas apertar um botão de nosso celular, ou computador e pronto, achamos quem queremos pelo nome.
Não precisamos saber a cidade da pessoa com quem queremos falar, pois não necessitamos mais saber o código DDD dessa pessoa, também não precisamos saber seu endereço e CEP, pois entregamos eletronicamente a mensagem, e de quebra podemos anexar fotos, filmes, nossa voz ou a música que nos veio a cabeça naquele momento.
Sem falar na vantagem que é sermos chamados pelo nome, que comprovadamente é o som que mais gostamos de ouvir, ao invés de um número, código ou endereço.

sexta-feira, setembro 22, 2006

O bem sempre vence no final

A tão propalada catástrofe do convívio social e eterna briga do bem contra o mal, aparentemente privilegiará ao bem no final, pelo menos na Internet.
Perto de tantos atentados à razão com que somos bombardeados diariamente, sobre crimes digitais, seqüestros bolados com dados extraídos da Internet, vírus que invadem nossos computadores e buscam fragilidades de segurança para roubar nossos dados pessoais, páginas importantes da internet que são atacadas por criminosos digitais, buscando unicamente provar que conseguem fazê-lo, parece inconsistente dizermos que o bem prevalecerá ao mal. Mas é isso que nos mostra o exemplo da wikipedia (http://www.wikipedia.org/).
Quando soube que existia na Internet um serviço equivalente a uma enciclopédia, mas que podia ser editada por absolutamente qualquer pessoa, imediatamente imaginei a bagunça em que isso se tornaria, pois certamente os textos não seriam confiáveis, pois seriam escritos por pessoas comuns e não especialistas, sem falar que mesmo que o autor de determinada nota estivesse bem intencionado, ainda corria o risco de que alguém entrasse livremente no que ele havia escrito e mudasse deliberadamente para uma definição incorreta. Isso se daria pelo simples prazer de atrapalhar algo sério, ou mesmo pela incapacidade de se fazer algo confiável através da contribuição de pessoas simples.
Pois bem, não é isso que a Wikipedia vem nos mostrando, muito pelo contrário. Ela recebe milhares de contribuições diariamente (em dezenas de idiomas) e na maioria absoluta dos exemplos, as definições encontram-se adequadas e corretas.
Quando algo inadequado é ali colocado, como uma definição errada, por exemplo, ela é corrigida por alguém, em apenas quatro horas. Lembro também o benefício que a essa organização nos dá, através da crítica e da dúvida, pois nada do que achamos pode ser automaticamente dado como certo, há que se passar ainda por análise criteriosa do conteúdo, ou seja, ainda nos aguça a inteligência e crítica sobre o que estamos lendo.
É um exemplo de uma organização caórdica (definição criada por Dee Hock fundador da Visa) pois é uma ordem que surge de uma aparente desordem ou oriunda do caos, já que é um exemplo de um sistema que pode evoluir em qualquer direção, certa ou errada, e que invariavelmente tem evoluído rapidamente para um aprimoramento de suas definições e pela complementação por novas definições.
Acho isso um exemplo muito bom do potencial das pessoas, se acreditarmos e lhes dermos as ferramentas adequadas.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Os modelos de negócio da internet

Discute-se muito sobre a bolha da internet, e de todos os que nela apostaram e se deram mal, quando o valor de vários negócios despencou e muito investidor deu adeus a seu rico dinheirinho. Isso foi o fim dos negócios na Internet? Absolutamente não!
Estamos vivendo um processo que na minha visão é natural, onde pelo ineditismo do modelo de negócio, ainda não amadurecemos o suficiente para entendermos na plenitude as oportunidades e riscos envolvidos nos negócios eletrônicos, traduzidos e oferecidos pela Internet.
A experiência da década passada, conhecida como “a explosão da bolha da Internet”, serviu para nos ensinar vários aspectos:
- Existe vida depois da explosão: isso é verificado pela infinidade de negócios que nasceram ou sobreviveram depois dessa fase, e que vão bem do ponto de vista comercial.
- Também nos mostrou que o modelo de análise que fazemos para avaliação de negócios, eventualmente não se presta para tudo, haja vista que nessa semana foi divulgado que o You Tube (www.youtube.com) , que investe cerca de 500 mil dólares mensalmente na sua infra-estrutura, que praticamente não tem receita nenhuma, pois não é explorado comercialmente, vale perto de 1 Bilhão de dólares.
- Que nem tudo que está sendo oferecido pela Internet é o mesmo negócio. Esse na realidade é o aprendizado principal. A Internet é instrumento de colaboração para relacionamento e organização de empresas e pessoas, é instrumento de distribuição de produtos e logística, é instrumento de venda de produtos e serviços, é canal de distribuição de entretenimento, é meio de divulgação de comunicação e marketing, é instrumento de aprendizado e estudo, é ferramenta de automação de processos, enfim seu poder está exatamente na sua capacidade de oferecer inúmeros serviços e produtos, que mudam o tempo todo.
Nesse contexto, parece que não faz sentido querer mensurar o sucesso ou insucesso da Internet, usando-se para isso os meios convencionais de análise e medida. Equivaleria a tentarmos apertar parafuso utilizando-se de um martelo, estaríamos certamente utilizando a ferramenta inadequada.
Assim aproveitemos a diversidade e inovação de negócios proporcionada por essa que, certamente é a vedete das tecnologias desse século, usando adequadamente a poderosíssima ferramenta representada pela Internet, que tem potencial de tornar nossas vidas mais seguras, mais interessantes e mais divertidas.

sábado, setembro 02, 2006

Pelas ondas da internet

E o Japão foi o primeiro país do mundo a ter um número maior de usuários acessando a internet através de aparelhos celulares do que através de PC (computadores pessoais).
Ao final do ano passado, eram 69 milhões de usuários acessando a web pelo celular, contra 66 milhões que acessavam pelo PC.
É claro que não podemos analisar esse dado isoladamente, e traçar a partir dele teorias relativas a abrangência desse mesmo fato por todo o mundo. Sabemos que existe uma infinidade de situações que propiciam esse fenômeno no Japão, sabemos que o tráfego intenso obriga milhões de japoneses a gastarem horas e horas de seu dia, dentro de ônibus, trens e metrôs (no Japão as linhas de metrô, possuem cobertura de celular), nessas situações acessar a Internet através de seus celulares é uma distração. O alto poder aquisitivo também facilita o consumo e a demanda por serviços avançados, o avanço tecnológico do mercado japonês também é destacado e se não fosse essa série de fatores, ainda temos a cultura do povo japonês, que se relaciona extremamente bem com inovações tecnológicas. Mas acredito que mesmo com essa série de fatores específicos, ainda assim o fato é relevante e demonstra o potencial de uma ferramenta que somente muito recentemente, começamos a utilizar de forma mais intensiva.
Essa tendência de utilização do celular para acesso a Internet já pode ser sentida nos Bancos, que cada dia fazem mais investimentos nessa forma de transação, buscando conforto para seus usuários a um custo menor.
Tivemos experiências recentes bastante interessantes na disponibilização de serviços úteis na Internet celular, como por exemplo o acesso ao catálogo telefônico. Quando estamos em nossas casas e escritórios, eventualmente o catálogo encadernado pode ser mais confortável de consultarmos do que nossos celulares, por outro lado, se estivermos dirigindo e nossos carros apresentarem problemas, garanto que o mais confortável é termos acesso a uma lista com todos os mecânicos, borracheiros e chaveiros da cidade, bem ao alcance de nossas mãos, dentro de nossos celulares. De forma semelhante, podemos ter acesso a informações de emergência como endereços e telefones de hospitais, pronto-socorros, delegacias, correios e etc.
E se precisarem de uma mãozinha, em caso de emergência, não hesitem, lancem mão de seus celulares.

quarta-feira, agosto 30, 2006

m-payment

O telefone celular pode ser utilizado para pagamento de contas, é o que chamamos de m-payment (pagamento móvel). Já tivemos várias iniciativas no Brasil, utilizando o conceito de pagamentos através do aparelho celular. Em nossa empresa tivemos inclusive a primeira operação bem sucedida no País, de aquisição de refrigerantes em máquinas, através de pagamentos transacionados pelo celular do usuário. Digo bem sucedida porque a operação era simples, segura, não apresentava problemas e tinha uma quantidade grande de usuários.
A dúvida que fica é se o mercado está adequadamente preparado para essa inovação. Podemos analisar essa questão do ponto de vista tecnológico, e neste quesito acredito que existem formas suficientemente seguras e práticas para que se efetuem pagamentos através do celular, pois utilizamos chaves de segurança (códigos que garantem que a transação é segura e efetuada pelo dono do celular) que tornam essa operação mais segura do que pagar a conta do restaurante com seu cartão de crédito entregando-o ao final do jantar na mão do garçon. Também podemos utilizar sistemas de pagamento através de códigos de barras ou textos curtos (SMS), onde uma instituição bancária ou de crédito valida a operação, e devolve ao estabelecimento que está recebendo o pagamento, a informação de que a operação não é fraudulenta, e que o usuário possui fundos para efetuar determinada compra.
Também não temos problemas quanto à penetração desta tecnologia no mercado, pois a quantidade de usuários móveis no Brasil, já ultrapassou a quantidade de usuários bancários (mais de 90 milhões de usuários), o que por si só, já representaria uma quantidade mais que adequada para justificar novos usos dessa tecnologia.
Por parte do mercado financeiro e comércio, não creio também que existam maiores problemas, pois essa forma de pagamento seria apenas mais um canal para oferta de produtos de pagamento instantâneo ou de venda a crédito, e com diferenciais ainda em relação à operação com cartão, relativos a custo e segurança.
Então resta analisarmos do ponto de vista do usuário, ou seja, os usuários de Telefonia Móvel no Brasil, estariam dispostos a lançar mão desta inovação? Essa forma de pagamento, em vários mercados no mundo inteiro, já é bastante popular, mostrando-nos que é possível a sua utilização em larga escala. Vi inclusive uma pesquisa no Japão, onde perguntavam aos entrevistados o que eles nunca deixavam de levar consigo, e o maior índice se deu exatamente com o aparelho celular, não a carteira ou os documentos.
Assim acompanharemos essa evolução, que até certo ponto é cultural, de uso de novos meios de pagamento através do celular aqui no Brasil. O que precisamos buscar é maior conveniência, segurança e simplicidade, para que a experiência dos usuários seja bem sucedida.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Smartphones

Com a onda de recebermos nossos e-mails através do celular, começamos a ouvir falar com maior freqüência dos smartphones.
São chamados de smartphones, ou telefones inteligentes, exatamente porque possuem algumas características superiores às de um telefone celular convencional.
Por acessarem e-mails e também a Internet, normalmente possuem uma tela um pouco maior que as encontradas nos aparelhos celulares, sendo que vários possuem também um mini teclado acoplado. Não são confortáveis obviamente para fazermos uso de Internet, como fazemos em nossos lares e escritórios, pois a interface não é adequada para longas conexões, as letras são pequenas e as velocidades disponíveis, na sua grande maioria, são inferiores às disponibilizadas pelas tecnologias de banda larga, existente da rede telefônica, por outro lado, têm a imensa vantagem de poderem acessar a Internet de qualquer lugar, pois são portáteis. Além do acesso a web, permitem uma infinidade de facilidades, entre elas o acesso a e-mails, uma memória que já ultrapassa 2 Gbytes (ou seja, uma memória grande o suficiente para guardar algo em torno de 400 músicas, ou centenas de fotos ou mais de três horas de filmes com resolução muito boa). Como esses celulares possuem sistemas operacionais semelhantes aos encontrados em nossos computadores pessoais, ainda permitem que utilizemos os aplicativos mais comuns da Microsoft como Excell, Word e Power-point, sem falar nos jogos disponíveis, acesso a agenda do dia e de contatos, alem de uma enorme quantidade de aplicativos, disponíveis na Internet, e que podem ser “baixados” pela Internet para o celular como planilha de gastos financeiros, planilhas de conversão monetária, tabela de horário mundial, catálogo de produtos, catálogos de clientes e também funcionam como gravadores de voz, de vídeo e de música.
Mas se ele possui tantas facilidades, deve ser grande e pesado, dirão vocês! Que nada, na realidade para as pessoas que já estavam acostumadas a fazerem uso de organizadores pessoais, como Palms e PDAs, a substituição por um smartphone é vantajosa, pois temos as mesmas funcionalidades, porém com custo e peso bem abaixo que a soma de produtos (celular + organizador pessoal, ou agenda eletrônica), sem falar que com a utilização cada vez mais popular de fones de ouvido com tecnologia sem fio (do tipo Bluetooth), não importa tanto o tamanho do celular, pois normalmente ele fica na bolsa, e o usuário anda somente com o fone de ouvido, que é muito mais prático e leve que um aparelho celular convencional. Mas cuidado para não adquirirem um modelo que tenha restrição à utilização em outras operadoras.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Quais facilidades buscamos como usuários?

Recentemente participei de uma discussão sobre as facilidades disponíveis na área de telecomunicações e informática, e as facilidades efetivamente requeridas pelos usuários.
Dizia-se, “de que adianta termos tanta funcionalidade, se nem sequer utilizamos dez por cento delas?”.
Ora acredito que não devamos confundir sermos simples com sermos simplórios! Assim podemos ter uma infinidade de facilidades, suportadas por aplicativos amigáveis, que sejam utilizáveis de forma simples e naturais e principalmente, que dispensem o uso de manuais, para sua plena utilização.
Lembro-me ainda do primeiro aparelho celular que adquiri, tela verde, bateria pesada que durava quase um dia, se eu não falasse muito, e que precisava ter o manual lido, se quiséssemos fazer uma ligação ou gravar um nome e telefone na memória. Atualmente os manuais são acessórios aos quais recorremos somente em último caso, e somente se não tivermos nenhuma criança em casa, pois é engraçado como parece que eles já nasceram com todos os manuais decorados, pois mexem em tudo.
Agora os celulares possuem uma tecnologia que se chama OTA (over the air) onde é possível enviarmos configurações e atualizações através de sinais de rádio, não necessitando que o usuário entenda de configurações avançadas ou perca seu tempo atualizando o seu aparelho, a operadora tem condições de fazer isso automaticamente para ele.
Vejam o exemplo das versões mais atualizadas do sistema operacional mais utilizado no mundo, o Windows da Microsoft, ele vem recebendo mais e mais inovações anualmente, ficando cada vez mais completo e com maiores facilidades, por outro lado, nunca a sua utilização foi tão amigável. O sistema operacional se atualiza automaticamente, faz as verificações de segurança, avisa da ocorrência de eventos que comprometam a segurança da máquina, e enviam avisos a Microsoft sobre falhas encontradas, como forma de tratá-las deixando o produto mais robusto e imune à falhas. Veja que tudo isso ocorre automaticamente, praticamente sem intervenção do usuário, e sem que tenhamos que telefonar para um serviço de atendimento ao usuário.
É desse mundo que estamos falando, e sobreviverão as empresas e fornecedores que melhor entenderem esse jogo, e oferecerem soluções simples, e não simplórias, a seus clientes.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Onde agregamos valor?

Tive um problema com um produto que adquiri através de um portal tradicional de venda na Internet. Após a aquisição de um Play Station Portátil para meu filho, por um descuido, ele caiu no chão e trincou a tela de cristal líquido. Por ser um equipamento importado, não consegui repará-lo na rede de assistência técnica da Sony, na cidade em que moro. Entrando em contato com o portal onde adquiri o produto, me enviaram um kit de devolução (pela Internet), fui a uma agência do correio, coloquei o produto dentro de uma caixa e colei a etiqueta existente no kit, e depois de trinta dias, recebi um e-mail informando que o produto não tinha conserto, e que estavam me dando o crédito no valor da compra inicial, para que eu adquirisse novamente o mesmo produto, ou qualquer outro existente no portal que fosse de meu interesse. Solução simples rápida e funcional!
Fico pensando sobre o futuro das lojas tradicionais, onde entramos e raramente somos recebidos com bom humor pelo vendedor, e não raro deixamos de encontrar o que estávamos procurando. Acredito que estejam fadadas à extinção! Sim, pois o único valor que agregam é a disponibilidade imediata (em alguns casos) do produto que procuramos. Por outro lado isso tem um custo, que normalmente é repassado ao preço final, sendo que normalmente pela Internet, adquirirmos o que queremos pagando em dez ou doze vezes sem acréscimo, o que não é comum de acharmos em qualquer loja.
O valor que uma loja virtual agrega então ao processo de venda, é a garantia de acharmos o que queremos, pois temos ao alcance de nossas mãos centenas de lojas virtuais para vasculhar, também percebemos uma chance maior de economia, pois como os custos de uma loja virtual são menores, normalmente os preços praticados também o são, sem falar que ainda contamos com uma série de portais que fazem o papel de buscar os melhores preços para nós. Tudo isso somado a facilidade de recebermos em nossa casa o que queremos, sem termos que enfrentar estacionamentos e vendedores que não entendem o que queremos.Então será o fim das lojas tradicionais? Claro que não! Aquelas que se diferenciam pelo bom atendimento, pelo conhecimento traduzido na forma como esclarecem nossas dúvidas a respeito de um produto ou outro, pela capacidade de entender nossos problemas e necessidades, propondo soluções e produtos que nos auxiliem, certamente terão seus negócios expandidos. Ou seja, valorizaremos não o fato da loja ser real ou virtual, mas a maneira como somos atendidos em nossas diversas necessidades. E obviamente somente sobreviverão aquelas empresas que de fato agregarem valor para seus clientes.

domingo, agosto 06, 2006

Discurso para uma turma de engenheiros recém-formados da FEI

Discurso que fiz como Patrono da última turma de engenheiros formados na FEI (onde também me formei em 89). Mostra como encaro e considero o uso da tecnologia:


Boa noite

Meus cumprimentos aos colegas formandos da turma de dezembro de 2005 do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana Padre Sabóia de Medeiros, prezados amigos e familiares, queridos e saudosos mestres,

Peço-lhes desculpa por estar lendo o que tenho a falar, mas esse recurso me ajuda a driblar a emoção, que certamente dificultaria-me as palavras nesse momento.

Muito me honra ter sido escolhido patrono desta brilhante turma, que chega agora a um momento de vitória e consagração de expectativas, de ver cumprida uma das etapas mais importantes de suas vidas acadê-micas, junto de uma das mais conceituadas instituições de ensino desse país,

Reconhecendo a responsabilidade que essa escolha me traz, gostaria de comentar alguns pontos, onde minha experiência possa, de alguma forma, contribuir para o sucesso de suas carreiras;

Apesar da quantidade crescente de profissionais que são apresentados ao mercado todos os anos, continuamos vivenciando a realidade de que várias vagas no mercado, são difíceis de serem preenchidas.


Deixando de lado a qualidade do ensino, pois entendo que fazemos parte de uma minoria que teve acesso a uma qualidade diferenciada de formação, como a que recebemos na FEI, o que falta para fechar essa equação?

Entendo que o conhecimento, uso de tecnologia e de técnicas administrativas são fundamentais, mas não são essenciais.

Essencial é o uso que fazemos desse conhecimento. Essencial é o resultado que esse conhecimento traz para a sociedade, essencial é o tanto que conseguimos melhorar a vida das pessoas, através da aplicação de conhecimento e tecnologias. Assim não se entreguem à sedução da tecnologia pela tecnologia.

O que vem diferenciando os profissionais no atual mercado de trabalho, ano a ano, é a sua capacidade de liderar equipes, mesmo em momentos incertos e nebulosos, sua capacidade de traduzir o presente, às vezes incompreensível aos olhos de muitos, de forma que possamos utilizar essa informação para traçar planos que nos ajudem a atravessar crises, pois estejam certos, elas virão.

Quando saí da FEI em 1989, a China era apenas um país imenso do outro lado do mundo, sem ação efetiva sobre a economia do Brasil na maioria dos mercados em que atuamos, a Internet no Brasil era restrita a uma parcela irrisória da população, a planta de telecomunicações era aproximadamente um quarto da atual, que já ultrapassa 140 milhões de linhas, ainda falávamos em duas Alemanhas, Bin Laden estava em treinamento militar, patrocinado pelos Estados Unidos e a inflação no Brasil alcançava o pico de 80% ao mês.

Citei apenas meia-dúzia de mudanças no panorama mundial e local, que podemos reconhecer como rupturas, que afetaram imensamente o mercado de trabalho, no qual agora vocês ingressam com vontade, apenas para reforçar a importância de trabalharmos com foco em visão estratégica e visão de futuro, e sem realçar em demasia o modo como as coisas sempre foram feitas ou as tendências históricas, haja vista que as mudanças mais profundas, são de difícil previsibilidade, e sermos agentes de mudanças também é essencial.

Deve se olhar atentamente para a formação que se recebe na faculdade, e valorizar entre uma infinidade de informações que são passadas a respeito de equações, comportamentos físicos e químicos, mecânica, termodinâmica, eletricidade, desenho, e uma série de outras cadeiras técnicas, valorizando também a vivência entre colegas e mestres, as inúmeras superações de dificuldades que passaram nesses cinco anos, a forma como se prepararam para ultrapassar os desafios que lhes foram apresentados, a solidariedade presente nos grupos de estudo, para com aqueles que, por diversos motivos, apresentaram maiores dificuldades na compreensão da matéria, a maneira como festejaram as vitórias, e até o aprendizado que se obteve com os eventuais resultados aquém do esperado neste mesmo período. Ou seja, o que levamos desse período em que investimos durante cinco anos em nossa formação, é um misto de conhecimento técnico e humano, e não existe possibilidade de dizer qual deles é mais importante.

Confiem nos conceitos simples da vida, não compliquem sua vida profissional com palavras, siglas e termos desnecessariamente técnicos.

Nas entrevistas futuras, não digam o que imaginam que o entrevistador eventualmente queira ouvir, e sim aquilo em que vocês de fato acreditam, se isso não melhorar as suas chances de serem contratados, pelo menos os fará pessoas mais felizes;

Preocupem-se pessoal e profissionalmente com o meio-ambiente, ele é o legado que deixaremos para nossos descendentes;

Lembrem-se que atualmente, a responsabilidade social das empresas é algo que aparece inclusive no balanço das mesmas. Existem empresas que publicam inclusive um Balanço Social, onde são destacadas todas as ações praticadas na área de responsabilidade social e de contribuição a cidadania.

Em um País em que a impunidade foi comemorada na semana passada com dancinhas ridículas no Plenário da Câmara, cumpre-nos a responsabilidade de criar e propagar uma Nação mais ética, séria e comprometida com o futuro, através de nossa atuação profissional.

Sejam empreendedores. Dentro ou fora de organizações vale muito nossa capacidade de construir algo, com base nas nossas crenças, valores e objetivos pessoais.

E como disse Paulo Freire, é hora de esperança, mas não esperança do verbo esperar e sim do verbo esperançar. Esperança que se consagra, assim como a formatura de vocês, através de esforços concretos em ações que acreditamos e pelas quais agimos e construímos algo, e disso, nós engenheiros FEIANOS entendemos muito bem!

Muito obrigado!

Música na internet

A eterna briga entre gravadoras e os sites, programas e portais que disponibilizam músicas normalmente é referente ao risco de se disponibilizar algum conteúdo musical em meios sobre os quais não incidam nenhum tipo de controle ou limitante, estimulando assim que ouvintes se divirtam com músicas, sem no entanto pagarem absolutamente nada por esse privilégio. É o que chamamos normalmente de pirataria digital!
Será que já não enfrentamos dilema semelhante quando da disseminação dos gravadores que utilizavam fitas magnéticas? Que atire a primeira pedra quem, com mais de trinta anos, não tenha se divertido fazendo gravações e mixagens em aparelhos que chamávamos três-em-um (vitrola, rádio e toca-fitas) das músicas e conjuntos que mais nos atraíam, para que depois, despreocupadamente ouvíssemos em nossos toca-fitas automotivos, ou mesmo tocássemos nos bailinhos que tanto nos encantavam.
Bem existem diferenças básicas sim, que justifiquem a preocupação das gravadoras, e são em essência duas: primeiramente com relação a qualidade, pois enquanto nas gravações utilizando fitas magnéticas, mesmo que gravássemos utilizando fitas de cromo ou ferro-cromo, ainda assim, a cada gravação que fizéssemos perdíamos um pouco de qualidade, impedindo assim que houvesse gravação sobre gravação sobre gravação... Outro ponto importante é que a forma que disseminávamos nossas gravações, restringia-se a um ou outro amigo mais próximo, a quem presenteávamos com aquela fita ou gravação.
Já quando pensamos em gravações digitais (seja as que armazenamos em nossos computadores, tocadores de MP3, ou mesmo copiamos para nossos CDs) não existe limitação do número de execuções em detrimento da qualidade da gravação e a sua replicação dá-se em questão de segundos, para milhares e até milhões de pessoas. Ou seja existe sim um risco do mercado convencional de CDs vir a sofrer maiores abalos do que o que já sofre.
A parte boa disso tudo? É que podemos a partir de agora escolher as músicas que compraremos, e não mais os discos. Também não somos limitados a ouvir a quantidade de músicas que as gravadores nos impõem, e sim temos liberdade para colocar discografias inteiras em um único CD. Isso sem falar que a melhor forma de disponibilizarmos milhões de cópias simultaneamente é disponibilizando esse conteúdo, devidamente digitalizado, através da própria Internet, mas lembrem-se: sempre de forma legal!

Onde veremos nossos programas no futuro?

Em um momento que assistimos a discussão do novo padrão de TV digital (americano x europeu x japonês) questiono-me se nós telespectadores, estamos realmente prontos para o que vem por aí, do ponto de vista de conteúdos exibidos na telinha (ultimamente já não é mais telinha, face à quantidade de TVs que vêm sendo vendidas, em especial pelo momento pré-copa do mundo que vivemos)

Acredito que devamos fazer uma análise mais ampla a esse respeito, pois estaríamos assistindo nossos programas nos aparelhos televisores porque o escolhemos ou porquê nunca tivemos outra possibilidade alternativa?

Mas o que podemos esperar? Ver televisão, sem a televisão? É isso mesmo!

E o estranho da frase vem do fato de ser tão comum assistirmos a nossos programas preferidos nesse equipamento que, ver TV já virou sinônimo de ver jornais, novelas, filmes, propagandas, desenhos programas de auditório e uma infinidade de conteúdos que já chegam a nossas casas através desse equipamento.

Mas se é tão comum, o quê mais podemos esperar? Ora existe uma infinidade de possibilidades para termos acesso a diversos conteúdos, desde geladeiras que já vem com TV acopladas a suas portas, até relógios, celulares e obviamente a Internet.

Mas provavelmente alguns de vocês se perguntarão: E o conforto de assistirmos sentados em um bom sofá, em um tamanho adequado de tela, no aconchego de nossa sala, embalado por um som excelente garantido pelos equipamentos de home theatre atuais? Essa preocupação somente faz sentido para alguns formatos de conteúdo, que de fato são mais adequados para esse ambiente, por outro lado, existem uma infinidade de conteúdos, que poderiam perfeitamente serem transmitidos e assistidos em um meio alternativo. Em uma viagem por exemplo, o tamanho de uma tela de celular pode não ser tão incômoda, principalmente se ela significar ver os gols do time de nosso coração, que de outra forma não teríamos acesso até chegarmos a uma TV convencional!

Em situações emergenciais, como as verificadas em catástrofes ao redor do mundo (ainda bem que o Brasil na maioria das vezes está imune a uma série de catástrofes naturais), nesses casos quantas vezes não ficamos aflitos até termos acesso a uma TV para sabermos o que está ocorrendo? Sem falar que por vezes, ao acharmos um TV, não está passando o que precisamos ver. Não seria interessante, nesse caso, termos acesso a um canal de informações, via Internet ou celular, onde pudéssemos saber das últimas notícias, 24 horas por dia?

Poderíamos nos inscrever em alguns canais de notícias por exemplo, e indicarmos quando gostaríamos de ser informados sobre algumas informações, no momento em que ocorressem. Por exemplo advogados que estivessem seguindo a processos, engenheiros que estivessem interessados em processos públicos de licitação, acompanhamento dos nossos times queridos, resultados de campeonatos e olimpíadas, acompanhamento de votações, enfim uma lista sem fim de eventos que poderiam perfeitamente serem enviados a nossos celulares por short message, ou aquelas mensagens que recebemos diariamente, informando que a notícia que nos interessa já encontra-se disponível. Poderíamos então visualizá-la através do celular, da Internet, ou mesmo através da TV de nossa casa, a vantagem nesse caso é o que chamamos de tecnologia push, ou seja somos avisados de que o que queremos ver, já se encontra disponível.

O novo padrão de TV digital também permitirá esses serviços avançados, juntamente a uma série de outros, como guia de programação online, possibilidade de fazermos compras do que está sendo apresentado na TV, através de comandos no controle remoto, onde receberíamos depois em nossas casas o artigo que “clicamos” ao ver o pragrama (comprar o sapato que determinado ator está usando na novela por exemplo), também teremos a possibilidade de acesso a internet pela TV. Todas são possibilidades avançadas de novos serviços, mas que encontram utilização adequada considerando-se o tamanho do aparelho de TV, não possibilitando a portabilidade por exemplo, que é comum termos quando pensamos em aparelhos celulares, que cabem em nossas palmas da mão.

Então não acredito em tecnologia que venha a substituir totalmente outra, mas creio que teremos uma convivência amistosa entre diversas tecnologias, possibilitando que mais uma vez, o usuário seja o grande beneficiado, pois poderá escolher onde verá suas últimas notícias, como seu partido se saiu nas últimas eleições e mesmo qual foi o placar do último jogo do Timão!

O indivíduo hiper-conectado

Outro dia, ouvia em um programa de rádio americano (que aliás eu acesso pela Internet), a importância que a Internet tinha nesses tempos e, que na opinião do comentarista, não se podia mais viver sem ela. Aquela afirmação me incomodou um pouco, ora somos seres humanos e esse relacionamento nosso com algo artificial ser chamado de vital me pareceu no mínimo exagerado, pensei cá com meus botões: nós brasileiros não somos assim...,mas esse pensamento não me abandonou rapidamente, será que não somos mesmo assim?

Hoje o site americano de relacionamento social (Orkut –www.orkut.com) possui a maioria de seus usuários brasileiros(vejam só vocês!), o Brasil também possui a maior quantidade de transações bancárias via Internet do mundo, também possuímos um tempo de navegação (quantidade de tempo que o usuário fica conectado na Internet) maior que o usuário americano, também estivemos entre os primeiros a exigir que a entrega da declaração de imposto de renda se desse totalmente via Internet. Isso para não mencionar os resultados de eleições, que no Brasil temos em duas ou três horas após o término da votação, ao passo que em outros países do primeio mundo levam-se dias para chegarem ao término da apuração. É parece que somos um pouco assim, seria isso ruim?

Ora a substituição do contato humano pelas informatização pura e simples, não é o objetivo buscado por nossa sociedade, estou certo disso, por outro lado sabemos das vantangens intrínsecas que a tecnologia pode, e via de regra trás para o nosso dia-a-dia. Foi-se o tempo em que buscávamos em lojas de discos (alguém lembra-se dos discos de vinil?) aquelas últimas paradas ou lançamentos, e éramos obrigados a levar, junto com as músicas que queríamos, uma série de outras músicas que compunham o disco, atualmente todos os distribuidores e gravadores disponibilizam músicas individuais pela Internet, compro somente a música que eu gosto e monto o disco que eu quiser, na forma como eu quiser.

Esqueceu-se de quem lhe disse sobre determinada receita de picanha no forno na última festa? Ou então não teve a oportunidade de anotá-la? Basta entrar na Internet, e algum site de busca lhe mostrará uma centena de receitas das melhores maneiras de se preparar uma picanha ao forno.

E assim adquirimos automóveis, livros, DVDs, eletrodomésticos, empregos, etc (há até os que acham a cara metade ...), pela Internet, através de programas específicos, onde informamos o que procuramos e o programa nos traz uma pesquisa mostrando os melhores preços para aquele artigo específico, e ainda faz um ranking dos referidos fornecedores, relacionando-os a prazo de entrega, custo de frete e tradição no negócio, o pagamento mais seguro para isso é o cartão de crédito que, apesar de não possuir a melhor segurança do mundo, ainda assim tem o reconhecimento das administradoras de cartão do mundo todo, que sua utilização na internet ainda é mais segura do que quando pagamos nosso restaurante de final de semana e nosso cartão é levado, sabe-se lá para onde, pelo garçon.
Nem começamos ainda a explorar as potencialidades da Internet para a educação, mas dez entre dez educadores do mundo inteiro, reconhecem o potencial da Internet, como agente de universalização do conhecimento para toda a sociedade. Vemos estarrecidos como programas complexos, e por vezes em idiomas diferentes do nosso, são facilmente manipulados por crianças e adolescentes, sem medo de cometerem alguma gafe que desconfigure o computador ou mesmo de chegar a algum caminho que danifique algo no computador. Muito pelo contrário, parece que a Internet e sua linguagem foram feitos para os jovens, tamanho é a naturalidade com que essa interação ocorre.
É claro que o bom bate-papo acompanhado do cafezinho nos dias de semana e da cervejinha aos finais de semana nunca acabará. O ser humano é social por natureza e sempre buscará todas as maneiras de manter-se em contato com o maior número de amigos e pessoas com quem tenha afinidade possível. Então não se trata da tecnologia substituir o contato humano, muito menos subverter o relacionamento tão especial para nós. Não se trata de se colocar ou o desenvolvimento natural da humanidade ou o desenvolvimento calcado no indivíduo hiper-conectado. Não temos essa limitação, então não se trata de termos isso OU aquilo e sim termos isso E aquilo.

Novas fontes de informações

Encontra-se em discussão atualmente no mundo inteiro, uma nova forma de obter-se informações de forma online, ou seja, por meio da Internet.
Se você tivesse que escolher entre três opções, qual seria a mais interessante: Um dicionário que contivesse 435.000 verbetes e custasse R$ 170,00, um segundo dicionário que contivesse mais de 600.000 verbetes e custasse algo em torno de R$ 360,00 ou um dicionário que possuísse mais de um milhão e duzentos mil verbetes, estivesse disponível em mais de 90 idiomas, estivesse sendo revisto e atualizado o tempo todo e que fosse gratuito? Pois é, nos dois primeiros exemplos citamos dicionários convencionais e tradicionais, que podem ser adquiridos em qualquer boa livraria do País e no último caso citamos a Wikipedia, um dos maiores fenômenos da Internet, representada por um dicionário disponível na Internet (www.wikipedia.org) que além de receber milhares de correções diariamente, ainda possibilita que qualquer pessoa que acessar o programa, ainda possa escrever qualquer definição que quiser, ou mesmo criar qualquer palavra que lhe der na telha, de forma gratuita, ou se preferir e descobrir que determinado idioma não se encontra disponível, ainda iniciar uma tradução do mesmo dicionário em um novo idioma!
Esse programa é o que temos de mais expressivo em exemplo de software colaborativo, quer dizer, aquele software ou programa que pode ser atualizado por qualquer pessoa, de forma livre e simultânea na Internet.
Mas se todos podem escrever o que quiser, qual a utilidade da wikipedia? Vocês desconfiarão sobre a confiabilidade dela, haja vista que não existe censura prévia sobre o conteúdo e o que é escrito, assim qualquer pessoa poderia entrar nesse programa e definir que Ronaldo Gaúcho foi um filósofo grego do século VII, e sabem o que é mais interessante? Mais de 90% do que ali se encontra está correto. As pessoas que se dedicam a contribuir com esse software pesquisam e colocam, na sua grande maioria, definições corretas sobre vários assuntos.Nesse sentido, um grande valor é gerado: a necessidade de se pensar muito a respeito do que se lê, analisar criticamente e não ir acreditando em tudo que se encontra pela frente. Como em tudo o que lemos sempre existe uma certa parcialidade de quem escreveu, que acaba por se somar à nossa própria interpretação, acabo por acreditar que a Wikipedia não tenha nada de ruim, ainda colaborando de forma decisiva para o desenvolvimento de nosso espírito crítico.

Os limites de comunicação de nossos filhos

Como pais e educadores, temos acompanhado a evolução da educação e dos costumes a que nossos filhos ficam expostos. Muitas coisas mudaram desde que saímos da nossa adolescência. Brincávamos sempre na rua, jogávamos bola, polícia e ladrão, clubes de bairro, figurinhas, bicicleta, carrinho de rolimã – minha infância em São Paulo não deve ter sido diferente da de vocês. E hoje, as crianças podem brincar nas ruas? Podem jogar bola na rua (que rua?), figurinhas são auto-adesivas e não servem para “bater” somente para serem coladas nos álbuns, e também não existem figurinhas carimbadas, as brincadeiras de rua foram pouco a pouco sendo substituídas por brincadeiras dentro de casa, tudo em nome da segurança.
Quando entramos no quarto de nossos filhos eles estão com o computador ligado, com várias janelas abertas, demonstrando que estão fazendo várias atividades simultaneamente (escrevendo no orkut, conversando com várias pessoas nos sistemas de conversação online como messengers, olhando o boletim da escola, vendo um site de seu grupo de música preferido, etc, etc) também invariavelmente estão com o livro aberto, a TV ligada e talvez algum CD rodando ao fundo no computador mesmo.
E quando perguntamos o que estão fazendo, a resposta é uma só: “Estou estudando!”
E acredito que estejam mesmo estudando. Não da forma como sempre fizemos, pois enxergam o mundo de uma forma muito diferente da nossa, percebem muito mais características do mundo que os cerca dentro daquele ambiente cheio de informações simultâneas, do que nos era possibilitado há trinta ou quarenta anos.
Para as crianças de hoje em dia, existe uma lista sem fim de possibilidades de comunicação, se comunicam através de uma linguagem quase própria, pois abreviam, usam figuras de linguagem onomatopéicas, e desenhos para demonstrarem o que estão sentindo naquele momento, mas o que é mais importante, se comunicam intensamente, não importa se o interlocutor está do outro lado da rua, ou se está do outro lado do mundo, vale tudo. Experimentam a sensação de falar com alguém de algum lugar do mundo, quando estão disputando uma batalha nos games online, e têm essa comunicação facilitada pela necessidade do objetivo comum, pois ambas crianças têm o mesmo objetivo por estarem no mesmo clã, por quererem dominar o mesmo inimigo.
Observo divertido meu filho falando com pessoas do mundo inteiro, e lembro-me que com a mesma idade, aprendia inglês na escola e ficava pensando para que serviria o idioma, pois nunca havia saído do Brasil e nada me dizia que o faria em um curto prazo.
Essa é a realidade a que nossos filhos são submetidos diariamente, nós entendemos até certo ponto, mas não fazemos parte da mesma geração, o que nos dificulta enxergar onde isso vai parar, o que mais me intriga é imaginar como será a educação, quando essa geração dos nossos filhos, estiver na idade de ensinar. Espero estar lá para acompanhar!

Nossos filhos e os vídeo-games

Muito se tem falado a respeito do desenvolvimento de crianças e o efeito que os jogos eletrônicos, ou mais comumente chamados vídeo-games, trazem sobre elas. Como todos sabemos, nesses tempos atuais, nossas crianças são apresentadas muito cedo a uma série de experiências, nem sempre adequadas ao seu desenvolvimento ou capacidade de compreensão, seriam então os vídeo-games mais um vilão dentre a série de episódios que têm potencial negativo sobre o desenvolvimento de crianças?

Quero defender a tese de isso não acontece. Muito pelo contrário, temos vários exemplos positivos de como um programa de computador com objetivo de entretenimento pode ser benéfico ao desenvolvimento cognitivo e até cultural da criança. Acompanho de perto, até onde meu raciocínio de adulto permite, como meu filho de 12 anos brinca e se diverte com jogos eletrônicos, e verifico que através deles, ele tem se interessado por aprender inglês, haja vista que a maioria dos jogos, atualmente são interativos pela Internet, e fornecem a capacidade do jogador se comunicar com pessoas do mundo todo, estabelecendo estratégias e se preparando para desafios que são os objetivos finais de cada jogo. E aprende também que deve se preparar para desafios, verificar seus pontos fracos e fortalecê-los, a importância de ter um time forte e unido para chegar a um objetivo comum, o quanto é importante que todos no mesmo time sejam bons para que se ganhe uma batalha, e não apenas o brilhantismo de alguns, garantem o resultado final favorável.

Mas e a preocupação com a violência representada por tantos jogos de guerra ou outros jogos baseados na capacidade do jogador aniquilar a maior quantidade de inimigos no menor tempo possível? Bem, é claro que sempre teremos escolhas entre as opções que fazemos diariamente, e algumas delas, podem nos levar a uma exposição inadequada à violência. Por outro lado a violência não entra em nossas casas apenas através dos jogos de comutador, basta ligarmos a televisão para acompanharmos seqüestros, assaltos a mão-armada, execução de inimigos extremistas de países rivais, analisarmos as primeiras páginas de vários jornais, lermos as revistas que nos chegam semanalmente, ouvirmos as notícias do rádio, assistirmos a uma partida de futebol, onde as torcidas guerreiam nas arquibancadas e até fora dos estádios, através de brigas sem sentido e explosões de violência que ferem nosso bom senso. Isso sem falar da violência a que todas as crianças estão sujeitas, sempre que ignoramos suas opiniões, que professores mal preparados lhes impingem idéias sem o devido cuidado para que entendam o contexto do que estão aprendendo, ou mesmo a violência representada por uma resposta ou comentário mal-humorado que fazemos frente a um questionamento da criança que por vezes é impertinente, mas que quase sempre representa uma dúvida legítima.

Não concordo que canja de galinha e cautela não façam mal a ninguém, muito pelo contrário tenho visto ótimas oportunidades por vezes serem desperdiçadas, frente a um excesso de cautela ou indecisão. Quanto ao efeito de uma super-alimentação baseada unicamente em canja de galinha, não acredito que existam estudos profundos sobre o tema, mas sou levado a crer que igualmente não deve ser lá tão saudável. Está claro que qualquer coisa em excesso é prejudicial a nossa saúde e bem estar físico e psicológico, assim preocupa-me o fato de tantas crianças que vão gradativamente tendo suas infâncias assistidas por programas de televisão, vídeo-games, internet, ou apenas jogos de futebol n a rua, em substituição a um sólido referencial adulto para a edificação de seu caráter e a um leque de atividades diversificadas, que permitisse o melhor desenvolvimento social, físico, cultural e cognitivo possível.

Cada vez mais nossos filhos estão sendo cerceados de usufruírem de um espaço público comunitário que lhes possibilitasse o maior convívio possível com outras crianças, e as brincadeiras que tantas vezes praticamos em nossas infâncias, e que nos ensinaram tantas coisas. Tudo isso em nome de uma propalada segurança, que somos forçados a procurar, dentro de nossas casas, entre muros altos ou no interior cercado de condomínio ou edifícios resguardados do ambiente externo, através de cercas eletrificadas, muros altos, alarmes e o que é pior, câmeras que a tudo monitoram o tempo todo.

Não é isso que queremos para nossos filhos, queremos sim que eles desenvolvam todo o tipo de atividade possível, para que tenham as experiências necessárias ao seu desenvolvimento, e tenho visto que um equilíbrio de bons programas de TV ou filmes, a companhia de autores reconhecidos pela facilidade de se comunicarem com o público jovem de maneira adequada, bons jogos de computador baseados na habilidade de estratégia e necessidade de interação com crianças de outros países, esportes e boas conversas operam milagres em nossas crianças. Todos temos preferências pessoais e nem todas as atividades necessárias são possíveis sem um certo esforço nossa, pois várias delas dependem de que levemos nossos filhos a praticarem, requerem por vezes nosso acompanhamento, para vermos se as atividades não representam perigo de relacionamento, pois a Internet abre possibilidades que devem ser supervisionadas para evitar-se eventos desagradáveis, ou seja, exigem um determinado compromisso de nosso tempo, caso contrário podemos ter eventuais desequilíbrios que levariam a excessos, esses sim prejudiciais ao desenvolvimento das crianças.

Nesse sentido acredito que nosso desafio seja aproveitarmos ao máximo o curto espaço de tempo com nossos filhos, tentando entender o que fazem nessas maquininhas e computadores, o que lêem, o que assistem na TV, quem são seus amigos na escola, na vizinhança e no clube e, na medida do possível, sempre lhes apresentar programas e alternativas saudáveis para seu desenvolvimento como cidadão.

Estamos no modelo de mídia digital correto?

Atualmente questionamos fortemente a pirataria e condenamos legalmente quem faz e quem adquire cópias ilegais de CDs de músicas e DVDs de filmes ou shows, será que conhecemos todos os ingredientes dessa salada? Será que todos os pontos importantes nessa disputa nos são colocados para que façamos o melhor juízo?
Não tenho o objetivo de fazer uma abordagem técnica ou jurídica sobre o tema, até porque me falta conhecimento para tal, mas gostaria de fazer uma abordagem do ponto de vista do usuário, que ao que parece, é quem menos entende porque tem que pagar tão caro por um produto, e que aparentemente a maior parte do valor pago não vai para o artista que cedeu os direitos das músicas, mas para a gravadora e a distribuidora, que elaboraram o disco e o distribuíram para o mercado.
Essa análise de valor é necessária, até para entendermos quem de fato se beneficia e quem é mais prejudicado com a pirataria. Parece que são a gravadoras e não os artistas, pois esses recebem uma parcela menor dos rendimentos de seus discos. Analisando por esse ângulo, quando adquirimos um CD na loja, à exceção dos impostos, estamos remunerando quase que exclusivamente a gravadora e menos aos cantores e bandas. Então o maior valor não estaria na arte que tanto nos encanta, mas na atividade técnica da gravação, e da gestão de logística que faz o CD chegar a nossas mãos.
Lembrando que em um CD nem sempre todas as músicas nos interessam igualmente e que pouco valor atribuímos ao disco material, e sim à música propriamente dita que ouviremos, não interessando se vem em uma caixa de plástico, ou numa caixa de papelão, em um ou em dois CDs.
Colocando todos esses ingredientes em uma lupa, fica fácil entender o sucesso do iTunes, sistema de música digital, lançado pela Apple, que vende música a música, diretamente aos ouvintes, sem ter a necessidade de entregar fisicamente a música, ou seja o que é entregue é um arquivo com a música e não um disco físico e real, que pode quebrar, riscar ou entortar se ficar ao sol. Um arquivo por outro lado é eterno, pode ser armazenado com segurança, ter cópias de segurança e ser ouvido pelo resto de nossas vidas.Estou certo que estaremos vivendo de agora em diante, um aumento do mercado legal, de venda de músicas através de sites na Internet especializados, e tenho a expectativa que no futuro existirão infra-estrutras que possibilitem aos artistas disponibilizarem suas músicas para que sejam vendidas e distribuídas diretamente aos ouvintes, resultando em uma maior receita para os autores e um valor menor de aquisição para que continuemos curtindo nossas bandas e artistas preferidos.

Internet sem fio

Sempre ouvimos falar em estarmos conectados “o tempo todo em qualquer lugar”. Antes que os guardiões da privacidade se voltem contra mim, alegando o inferno que nossa vida se tornaria caso isso ocorresse de forma ampla, geral e irrestrita, deixe-me explicar:

Atualmente temos acesso a internet em nossas residências através de linhas discadas, através dos modens convencionais que acessam a internet a velocidades que vão até algo em torno de 56 kbps/s (quilo bits por segundos) o que nos permite visualizar uma página carregada de informações e sons, em um tempo ao redor de 30 segundos. Também temos disponível em nossas residências a tecnologia de acesso a Internet por banda larga, onde as velocidades começam em 128 kbps e podem chegar a até 2 Mbps/s, onde as informações que necessitamos ver na Internet, são apresentadas quase que instantaneamente, ao clicarmos o botão de nossos mouses.

Também podemos acessar a Internet através de tecnologia celular móvel, através das conexões de dados de nossos celulares. Nesse caso, apesar da grande praticidade de uso, pois temos acesso a uma infinidade de informação em qualquer lugar que tenha cobertura celular, temos a desvantagem do formato da tela de nossos celulares o que acaba por limitar um pouco o uso que pode ser feito através desse meio, sem falar que as velocidades de acesso que os aparelhos celulares de segunda geração chegam, aproximam-se das velocidades de um modem linha discada, algo em torno de 50 kbps, o que também não é uma velocidade ideal para alguns tipos de acessos que precisamos, em especial aqueles que demandam informações multimídia como imagem, som e animação em geral.

Então a tecnologia que veio para permitir o acesso a Internet banda larga sem fio é o Wi-Fi ( que significa wireless fidelity ou fidelidade sem fios). Nessa tecnologia os acessos à internet em Banda Larga (as conexões WiFi alcançam a até 11 Mbps/s) são disponibilizados através de antenas que ficam em lugares públicos ou privados, dentro ou fora de estabelecimentos, e que colocam no ar a possibilidade de acessarmos a Internet através de Lap-Tops ou PDA (tipo palms por exemplo) em velocidade equivalente a banda larga.

Com essa tecnologia, podemos acessar nossos e-mails ou páginas pessoais e acessos empresariais, de qualquer lugar como cobertura Wi-Fi, quando estivermos em viagens e dispusermos de um plano de acesso a Internet em Banda Larga WiFi, como o disponibilizado pela CTBC. No nosso caso já são mais de 600 pontos de cobertura, espalhados por várias cidades do Brasil (todas as principais capitais do País), em pontos de interesse público como hotéis, aeroportos, restaurantes, Shopping Centers, cafés e etc.


Normalmente os usuários de Wi-Fi não contratam esses serviços pensando em utilizá-lo nas cidades onde residem, pois nesses casos já possuem acesso a Internet de seus trabalhos ou residências, mas contratam principalmente para poderem acessar a Internet quando estiverem em viagem. Essa tecnologia torna-se uma vantagem extremamente interessante para aquele profissional que precisa estar informado de tudo que está acontecendo no mundo, ou mesmo precisa de conexão à sua empresa enquanto viaja, nesse caso se enquadram os representantes comerciais, que ao invés de viajarem com pastas e catálogos, podem a partir de agora viajar com um computador portátil, o tempo todo atualizado com seus e-mails, listas de preços e propostas técnico-comerciais.

Além dos acessos públicos que comentamos anteriormente, também existe a possibilidade de acessarmos nossa rede particular ou de nossas empresas através da mesma tecnologia Wi-Fi. Para tanto devemos adquirir o modem com essa tecnologia que pode ser ligado diretamente a nossas redes privadas ou residenciais de banda larga. Nesse caso a cobertura das antenas é praticamente somente indoor, ou seja, dentro de nossos escritórios ou residências.

Atualmente quase todos os Lap-Tops ou Notebooks adquiridos no mercado brasileiro já permitem a conexão WiFi sem a necessidade de aquisição de nenhuma placa ou modem adicional, pois possuem a tecnologia de acesso Centrino© , que é um microprocessador e antena, internos aos computadores, que em área de cobertura WiFi, permitem imediatamente a conexão à Internet.

Não se trata portanto de perdermos nossa privacidade, podendo ser acessados o tempo todo e em qualquer lugar, através da tríade tecnológica (celular, banda larga e WiFi) mas sim de podermos, quando e somente quando nos interessar, ter acesso às informações que nos forem relevantes, sem enxergarmos os limitantes geográficos que temos atualmente, ou mesmo termos que nos deslocar até os escritórios e lan houses, para acessarmos nossos e-mails. Até porque, sempre nos restará a possibilidade de desligarmos nossos aparelhos para não sermos importunados.

Os internautas brasileiros

Li em um relatório do Ibope/Netratings, que nós, internautas brasileiros, batemos o recorde de tempo médio de acesso residencial mensal na Internet. O relatório aponta que os brasileiros ficam em média 19 horas e 24 minutos por mês, conectados na Internet. Somos superados apenas pelos internautas franceses, que ficam 4 minutos a mais do que nós durante o mês todo.
Esse fato serve para mostrar o quanto o brasileiro é adepto da utilização de inovações tecnológicas, mesmo sendo comparando com várias nações do mundo inteiro. Vale a pena lembrar que a Internet despontou em terras brasileiras muito depois de aparecer nos EUA, e em vários países da Europa, isso denota o quanto foi rápida a adesão brasileira a essa tecnologia de comunicação.
E temos exemplos em várias áreas, não somente a Internet, onde atestamos a adesão do brasileiro a inovações, como por exemplo, o sistema de declaração de Imposto de Renda, onde vários CPFs e CGCs são checados automaticamente, assim que as declarações são entregues, na década passada isso levava meses.
Também temos um ótimo exemplo no sistema eleitoral brasileiro, onde podemos nos orgulhar de possuir um dos mais avançados, seguros e integrados sistemas de todo o mundo. Assim que a última urna eletrônica é encerrada, imediatamente começamos as apurações, que no momento dão-se em horas e não mais em dias como no passado.
E de forma semelhante, também temos evoluído nossas transações bancárias, que cada vez mais rapidamente, têm migrado para a Internet, débito automático e entregas de talonário via correio, ou impressão automática em máquinas disponíveis 24 horas por dia.
Assim foi com a tecnologia do carro a álcool, com os carros movidos a gás, a tecnologia flex combustível, e mais recentemente a tecnologia que permite que um automóvel ande com gás, álcool ou gasolina.
Entendo que essas características do brasileiro fazem do Brasil um lugar ideal para trabalharmos a inovação. Lugar onde o histórico tem seu lugar assegurado, mas onde não é proibido inovar, muito pelo contrário, gostamos das inovações, e as utilizamos assim que são disponibilizadas, sem medo.
A leitura que faço é de otimismo, pois sabemos que das inovações que nos acometem no dia-a-dia é que advirá uma melhor qualidade de vida, um melhor nível de remuneração, maior longevidade e proximidade com nossos entes queridos.
Sendo assim, espero que desenvolvamos a inteligência necessária para podermos separar as inovações com real poder de alavancar melhores condições de vida, daquelas que meramente fazem algo desinteressante de forma nova, ou seja, nada agregam às nossas vidas.

Como usamos os Blogs?

Já escrevi anteriormente sobre Blogs, que são os diários publicados na Internet, escritos por pessoas no mundo inteiro. Ao todo são criados 80.000 Blogs no mundo inteiro. Além de podermos publicar o que quisermos nos Blogs, ainda é possível colhermos comentários a respeito do que escrevemos. Li que uma pesquisa na Europa, conduzida em mais de 30 países, onde foram entrevistados mais de 500 profissionais de relações públicas, concluiu que quase a metade deles estava se preparando para lançar um Blog. Isso significa que várias empresas já se preparam para divulgarem informações sobre seus produtos, tendências de mercado e principalmente colherem comentários, sugestões e críticas a respeito de seus produtos através de Blogs publicados na Internet. Isso é possível pois esse recurso é como um caderno de anotações, onde todos podem ler o que todos escreveram e também podem comentar a respeito, colocando ali as suas percepções. E não é só isso, também é possível fazer-se propagandas e anúncios institucionais através desse mesmo recurso, assim quando algum internauta digitar a palavra automóvel em um sistema de busca na Internet, como o Katatudo ou Google por exemplo, verá os Blogs ordenados seqüencialmente por relevância e eventualmente destacados, caso os proprietários do Blog tenham contratado o que se chama de link patrocinado, equivaleria a se fazer propaganda em uma revista gratuitamente, pagando-se apenas pelos leitores que lessem sua propaganda. Para aqueles que somente folheassem a revista, nada seria cobrado do anunciante. Fantástico não? Uma mídia interativa, onde podemos colher comentários de nossos clientes, e com uma efetividade diferenciada, o que mais podemos desejar? Pois acreditem que na mesma pesquisa, li que vários profissionais ainda relutam em criarem seus Blogs em função da dificuldade de controlarem (isso mesmo, eu escrevi controlarem) o que os visitantes escreverão nas suas páginas. Controlar, ou melhor, censurar o que nossos clientes escrevem nas páginas de um Blog comercial, seria equivalente a encomendarmos uma pesquisa de opinião, de um instituto sério, e depois pedirmos para somente recebermos os comentários que nos favorecessem, deixando de fora aqueles comentários que dissessem algo contrário a nossa empresa, em outras palavras, seria desprezar as informações com potencial de melhorarmos nossos produtos e serviços!
É, acredito que juntamente com a evolução tecnológica que temos vivido, também deveremos ver uma grande evolução do uso que fazemos das tecnologias que se encontram a nosso dispor.

A Geoweb

Estava lendo o último relatório “Previsão de Dez Anos” do IFTF (Institut For The Future), onde está prevista a existência da Geoweb, que seria uma infra-estrutura em Internet, globalizada, aberta e acessível, organizada por localização geográfica (situação sanitária, criminalidade, índice de desmatamento, emissão de poluentes, etc)

A tomar-se pela reputação do IFTF, instituto de estudos dedicados ao futuro, fundado em 1968 em Palo Alto na Califórnia, essa previsão, assim como tantas outras já proferidas pelo mesmo instituto, se realizará certamente.

Tenho acompanhado algumas iniciativas dentro da Internet, que apontam claramente para a criação de uma referência geográfica dentro da rede mundial de computadores, a Internet, dentre elas:

- A criação do Google Earth, onde temos um programa que fornece através de coordenadas precisas, imagens de satélite, onde partindo de uma imagem do continente Americano, por exemplo, podemos em sucessivas aproximações, chegarmos a enxergar o telhado de nossa residência;

- Vários sistemas de localização de veículos que já se utilizam da Internet, para que os usuários consigam acompanhar, em mapas georeferenciados, onde determinados veículos se encontram;

- Serviços semelhantes de localização, podem ser utilizados nos aparelhos celulares de uso pessoal, inibindo o seqüestro pessoal, com base em softwares que permitem a localização de seus usuários através da Internet;

- Também já existem softwares que analisam nosso interesse em pesquisas na Internet e, quando permitimos, nos propõem produtos e serviços,que tenham afinidade com o tipo de navegação que fazemos costumeiramente na Internet, e também com análise de proximidade (pode ser analisado o CEP por exemplo), assim nos são apresentadas ofertas, que tenham a ver com nossos interesses e que poderiam ser adquiridas em endereços próximos de nossa residência;

- As listas telefônicas há muito aparecem também na versão eletrônica em Internet, de forma que podemos pesquisar sobre o endereço ou nome que pretendemos procurar, sabermos imediatamente o número telefônico dessa referência, e através de mapa disponível no site, até sabermos como chegar até esse endereço;

Além dessas aplicações existentes na nossa atualidade, que de certa forma confirmam a predição do IFTF, o que mais podemos imaginar de aplicação da Geoweb?

Podemos imaginar um mapa que nos mostrasse de forma atualizada, os locais com maior percentual de queima de matéria orgânica, e conseqüente liberação de CO2 de forma precisa, e através de aproximações georeferenciadas, poderíamos chegar até ao endereço da fonte poluidora.

Quando fizéssemos downloads de programas e softwares através da Internet a rede poderia analisar automaticamente a localização de nossa máquina e a localização do servidor mais próximo e com melhor performance na Internet, que permitisse o menor tempo de download possível. Atualmente somos apresentados a uma lista de servidores e temos que escolher dentre eles, qual se nos apresenta com maior confiabilidade. Pergunto, com base em que fazemos a escolha desses sites, ou países, para recebermos o software que pretendemos “baixar” da Internet? Não seria melhor que rede analisasse as possibilidades para nós, e já oferecesse uma relação dos servidores, já classificados com as melhores condições de nos oferecer qualidade de transmissão?

Ao ouvirmos nossas rádios pela Internet, não poderíamos ser apresentados automaticamente às rádios existentes na nossa cidade de forma prioritária?

De forma semelhante, essas referências geográficas acompanhariam nossas buscas por drogarias, escolas de línguas, açougues, mecânicas, etc e etc, sempre mostrando com destaque aqueles produtos ou serviços que se encontrassem mais próximos de onde moramos, ou de onde indicássemos como endereço de interesse.

Bem, depois de analisarmos as possibilidades de exploração utilitária da Internet, devemos pensar em um dos maiores entraves do ponto de vista de desenvolvimento econômico e social, como conseguirmos diminuir a exclusão digital de boa parte de nossas comunidades? Pois de nada adianta termos disponibilidade de serviços avançados e com reconhecido potencial de melhorar resultados comerciais e mesmo intelectuais de quem utiliza a Internet, se ela não estiver ao alcance de todos.

E quando pensamos na disponibilidade da rede, não podemos pensar apenas na disponibilidade física, pois essa há tempos vem sendo equacionada e oferecida por diversos provedores de acesso. Nesse caso falo da disponibilidade intelectual, ou seja conhecimento para, em estando em contato com essa tecnologia, tirar o melhor proveito da mesma. Saber fazer a pergunta certa para chegar a melhor resposta da Internet.

Nesse campo da inclusão digital, existe muito espaço para ser desenvolvido em nossas comunidades, e atitudes que possuam real potencial de alavancar resultados na área de inclusão digital, devem ser perseguidos por fornecedores de infra-estrutura, governo, setores da educação formal, organizações e institutos com caráter educacional, de forma a tornar real e includente, um tecnologia que tem tudo para facilitar nossa vida e melhorar nossa produtividade e nossa qualidade de vida.