sábado, março 27, 2010

O stress vem de onde mesmo...?


Já virou lugar comum reclamar do stress e não raro o associamos a essa vida corrida que temos levado, colocando ainda a culpa na tecnologia que acaba nos assolando com toneladas de e-mails, mensagens, celulares que nos interrompem o tempo todo e câmeras que invadem a privacidade das pessoas, mas será que esse de fato é a raiz do stress que nos persegue? Tenho minhas dúvidas.
Costumo fazer hidroginástica bem cedo no clube, normalmente por volta das sete e quinze da manhã já tomei banho e no caminho para o estacionamento encontro com várias pessoas, já testei cumprimentar a todas, mesmo as que não conheço, ofereço um radiante “bom dia”, sabem o que acontece? Quando chego a receber um cumprimento em retorno, normalmente é tímido, em geral as pessoas estranham serem cumprimentadas por quem não conhecem.
A caminho da empresa, venho escapando de motoristas e motoqueiros que insistem em nos ultrapassar pela direita, esquerda, quase passando por cima de nossos carros, mesmo que o trânsito esteja parado alguns metros a frente.
Se paro em um posto para abastecer o carro, é comum presenciar uma discussão por qualquer pequeno motivo, demora no troco, demora para abastecer, a bomba que demora muito para encher o tanque, ou qualquer outro motivo sem importância, mas que basta para transformar o momento em uma guerra.
Vejam que nessas situações, nem chegamos a empresa ainda, ou seja sequer começamos a trabalhar, e já presenciamos várias formas de violência ou no mínimo de indiferença. E ainda assim culpamos a pobre da tecnologia pelo nosso stress.
Já pensou entrar em um hospital e ser operado com a mesma tecnologia disponível nos anos 60? Ou então dirigir no trânsito caótico de nossos dias sem contar com freios ABS, ar condicionado, direção hidráulica? Já imaginou como seria nossa vida na empresa se não tivéssemos e-mail? Ou então sem o aparelho celular ou a internet, você consegue imaginar sua produtividade sem esses brinquedinhos? Eu não!
Acredito que o stress esteja muito mais nas pessoas, dentro de suas cabeças, do que nas ferramentas que usamos diariamente. Experimente começar seu dia falando um BOM DIA ao primeiro que lhe cruzar o caminho, e não desista se não acontecer nada, se persistirmos poderemos obter um clima mais gostoso para conviver e, quem sabe, até com um pouco menos de stress!

domingo, março 14, 2010

Falando de memória, de tamanho e de peso...


A Toshiba desenvolveu protótipo de memória SSD (Solid State Device) com capacidade de 1 Terabyte, em parceria com a Universidade de Keio em Tókio. Mas o que isso significa? A indústria vem seguidamente perseguindo menores tamanhos de componentes com maiores capacidades de armazenamento e de processamento, até ai nada de novo.
O que se destaca nesta notícia é que estamos entrando em uma capacidade de armazenamento que já viabiliza a disponibilização de microcomputadores com memórias de estado sólido, aposentando os atuais discos rígidos ou winchesters. Com isso ganharíamos velocidade (a velocidade de acesso de uma memória do tipo SSD pode chegar a 250 MB/s), ganharíamos duração de bateria (as memórias do tipo SSD por não terem dispositivos móveis consomem bem menos bateria) e o mais importante, economizaríamos MUITO espaço, pois as memórias SSDs tem dimensão semelhante a de um selo postal e espessura da ordem de 2 milímetros.
Imaginem só o potencial dessa memória, que consegue armazenar 1 terabyte em espaço tão reduzido. Seria o sonho de pais que, como eu, preocupam-se com o tamanho e o peso das mochilas de seus filhos, com a utilização de uma tecnologia semelhante ao SSD as crianças poderiam levar apenas um cartão para a escola, onde estaria toda sua tarefa, seu histórico (desde que entrou na escola), notas de provas, trabalhos, livros e exercícios, prontuário médico e mais uma infinidade de informações e conteúdo. A criança poderia utilizar um netbook para manusear seu cartão de memória, ou então simplesmente inseri-lo nos PCs da escola.
Apesar do preço do dispositivo de memória e mesmo o preço de um netbook, acredito que seria viável, pois deixaríamos de adquirir livros e cadernos que, além de aliviar o impacto ambiental, também aliviariam a pressão sobre as costas de nossas crianças que são obrigadas a levar diariamente de cinco a dez quilos de material dentro de suas mochilas.
Será que estarei lá, quando finalmente a mochila de nossas crianças ficar mais leve ou mesmo deixar de ser necessária? É uma questão tecnológica ou de bom senso?

sábado, março 06, 2010

Quando a tecnologia não funciona


Li que o ex-presidente da IBM, Louis Gerstner, ao assumir a Big Blue em 2002 durante as apresentações que os então Vice-presidentes lhe faziam para mostrar como a empresa estava indo, em determinado momento pediu que desligassem o Power-point, e que passassem a apenas conversar. E se isso lhe acontecesse em meio a uma apresentação, você estaria preparado para “apenas conversar”?
Em uma reunião por vídeo conferência que fizemos nesta semana que passou, tivemos um problema de configuração, e no momento de iniciarmos a referida reunião o equipamento não funcionou. Nesse momento, olhares entre desesperados e acometidos de verdadeiro terror, pairam no ambiente, procurando ou por uma solução ou por alma caridosa que se disponha a resolver o problema, mas qual o quê, a menos que tenhamos um adolescente em um raio de alguns metros, essa solução pode demorar horas.
E olha que esses problemas não são exclusividade de nossas vidas, pois até o próprio pai do Windows, Mr Gates, recebeu tela azul na palestra de apresentação do Windows 98, na frente de milhares de pessoas, e teve que assumir ali mesmo, que às vezes a informática nos faz pagar alguns micos, e neste caso era quase um orangotango!
A saída é mesmo estruturar apresentações e reuniões na cabeça ou no papel mesmo, deixando as pirotecnias do Power point como último recurso, e de preferência usado com parcimônia, pois ninguém merece apresentação que mais parece demo de facilidades do Power point, tamanha a quantidade de efeitos que, por vezes, somos obrigados a assistir.
Sempre alimentei o sonho de ministrar uma palestra com uso mínimo, ou mesmo sem a utilização do Power Point, e não é que tempos atrás tive a oportunidade de comparecer a uma palestra do filósofo e educador Mário Sérgio Cortella, e para meu deleite, ela a proferiu sem se utilizar sequer de projetor de slides. Nessa situação, o máximo que poderia dar errado é com o microfone, e nesse caso, haja garganta!
E você, como se sairia se no início de uma apresentação fosse informado que teria que prosseguir sem a utilização do projetor multimídia ou de computadores, estaria preparado?