domingo, setembro 26, 2010

Novos modelos de negócio


Vendo a lista divulgada recentemente na Forbes, descobri que Mark Zuckerberg (um dos fundadores do Facebook) está entre as 40 pessoas mais ricas dos Estados Unidos, com uma fortuna em torno de 7 bilhões de dólares, já tendo passado personalidades importante do mundo da tecnologia, como Steve Jobs por exemplo, o lendário fundador da Apple.
Como um negócio baseado em redes sociais, que a rigor quando foram idealizadas não geravam um único centavo de receita, apenas custos e investimentos, conseguem ser tão ou mais lucrativos que negócios sólidos e de sucesso como a Apple?
São as características do que chamamos da era do conhecimento, onde o conhecimento e a inovação aplicados aos negócios valem mais do que fábricas e maquinaria pesada.
O negócio de conteúdo na internet apenas iniciou sua jornada. Se fosse um jogo de futebol de noventa minutos, certamente não teríamos nem entrado em campo, face ao espaço que ainda temos por desenvolver, mas já vemos modelos interessantes e rentáveis de negócios na área de conteúdo na internet, conhecidos como OTT (Over The Top) uma vez que rentabilizam ganhos sobre investimentos que não lhes pertencem, neste caso as redes de banda larga que transportam seus conteúdos gratuitamente.
Recentemente tomei conhecimento de um site que funciona como uma rede social de escritores e leitores, trocando informações sobre boas dicas de leitura, mas com uma grande diferença, através deste site um autor (conhecido ou não) pode enviar seus textos para que sejam publicados de maneira virtual ou impressos em livros tradicionais e vendidos através deste site, que faz as vezes de editora, revendendo os livros para estes autores e depositando em suas contas correntes o valor resultante das vendas, trata-se do Bookess.
Também conhecemos o Kmisetas, site especializado em fabricar camisetas de acordo com as estampas e figuras enviadas pelos compradores, você diz como quer suas camisetas e elas são enviadas a sua residência em até 24 horas. Isso para não falar da Zazzle, que além de permitir que você crie suas camisetas personalizadas com as estampas que quiser, ainda as coloca a venda, revertendo parte dos ganhos para os criadores da estampa.
Quando estava na faculdade de Engenharia Industrial, o grande sonho de todo estudante de engenharia era abrir uma empresa ou trabalhar em uma empresa grande e sólida, onde pudesse se desenvolver ao longo de sua carreira profissional, atualmente já não é tão fácil aconselhar nossos filhos sobre que caminho profissional seguir. O ponto positivo é que com toda essa inovação a economia vem crescendo e, o que é o principal, permitindo que boas idéias cresçam e se desenvolvam!

domingo, setembro 19, 2010

Always in Beta tem limites?


A Expressão Always in Beta (sempre em teste) é antiga e significa um momento de ruptura no mundo da tecnologia. Marca o momento em que a velocidade da inovação é maior que o tempo necessário para que determinadas tecnologias e produtos sejam devidamente testadas e corrigidas antes de seu efetivo lançamento. É uma expressão que começou a ser utilizada para sistemas operacionais e softwares em geral, e que tinha inclusive respaldo do mercado, que preferia receber um produto com alguns bugs a ficar eternamente esperando pela depuração total de novas versões de software. Assim tornaram-se rotinas as novas versões ou softpacks da Microsoft, que além de algumas facilidades, serviam mesmo era para corrigir falhas e fragilidades nas versões atuais de seus produtos.
Acredito que esse conceito, apesar de largamente utilizado, está extrapolando seu campo de atuação. Imagine adquirir um aparelho celular com exclusividade, pagar US$ 300 (no Brasil custa o equivalente a R$ 2.000,00), pegar fila para ser um dos primeiros a possuir um Iphone 4, e descobrir logo que começar a utilizá-lo, que ele falha em uma de suas funcionalidades básicas: recepção!
Pior que isso, só escutar do presidente da empresa que o aparelho funciona bem, basta que os usuários aprendam como segurá-lo, já que a falha é provocada quando a mão obstrui a antena do iPhone 4. Uma forma de corrigir que foi inclusive citada pelo próprio presidente em entrevista coletiva, seria colocar fita adesiva sobre o ponto em que ocorre o referido problema. Entre fazer um Recall milionário ou remediar, a empresa da maçã optou pela segunda opção, distribuindo para os proprietários do iPhone 4 uma capinha que fazia as vezes da fita adesiva, e portanto isolava o ponto sensível à falhas de recepção, das mãos de seus usuários.
Equivaleria a adquirir um automóvel caro, e depois de descobrir que seus freios tem alguma falha que impede que o carro pare em segurança, receber da fábrica um tipo de calçado com salto mais alto, que compensasse a falha nos freios, fazendo com que pisássemos com mais força no pedal de freio, fantástico não?
Ainda bem que o iPhone 4 é quadradinho, diferente de todas as tendências atuais de linhas arredondadas, senão seria mais difícil resolver o problema das “capinhas” de recepção :-( .