Outro dia tive uma experiência
ruim, tendo descido no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em meio a
uma manifestação de taxistas contra os motoristas de Uber, estes não circulavam
com medo de serem agredidos por aqueles, que por sua vez também não circulavam
porque estavam em manifestação. Em suma, nós passageiros ficamos sem um ou
outro serviço, que tal? Difícil obterem apoio de alguém, se deixam a parte mais
importante, seus clientes, sem nenhum serviço!
O engraçado é como não percebem
que o movimento não é de motoristas de um tipo de serviço para motoristas de
outro tipo de serviço. Na realidade miramos em um futuro próximo (jogos
olímpicos de Tóquio, 2020) onde não teremos motorista, nem de Uber nem de táxi
convencional! Em Tóquio viveremos a primeira experiência em escala comercial de
veículos autônomos circulando comercialmente no trânsito urbano.
Se juntarmos tecnologias que já
temos, como APIs do Google Maps (Waze), com semáforos inteligentes e com carros
autônomos, podemos garantir menores filas de espera e trânsito mais distribuído
nos eventos com maiores concentrações de público, e sem enfrentar greves,
manifestações e mesmo acidentes de trânsito.
Moro em uma cidade com menos problema
de trânsito do que grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, mas mesmo
assim, fazendo a verificação das velocidades médias no trajeto de minha casa
até a empresa, tenho verificado algo em torno de 40 km/h, ou seja, se estivesse
em um veículo autônomo, viajando em uma velocidade segura chegaria no mesmo
tempo, não precisaria buscar estacionamento na empresa, o trânsito seria muito
mais tranquilo e, a bem da verdade, nem precisaria ter automóvel.
Ano passado andei no Olli em uma
exposição em Las Vegas, trata-se de um veículo autônomo, feito pela StartUp
Local Motors, em impressoras 3D e com boa parte de seu material sendo
reciclável. Nunca pensei que estaria tão próximo de ver concorrentes do Olli andando
nas ruas do Brasil.