Segundo estudo da GSMA (GSM ASSOCIATION) e da firma de pesquisa
SBD, o mercado de carros conectados será avaliado em quase 40 bilhões de euros
em 2018, sendo 83% desse valor resultantes do crescimento da tecnologia SIM,
incorporada aos veículos para habilitar a conectividade móvel. Esta notícia lhe
surpreende? Também me surpreende, não pela inovação, mas pelo atraso! Não
consigo acreditar que demoraremos ainda mias de cinco anos para adotar de
maneira massiva a tecnologia de conectividade para nossos automóveis.
Temos várias tecnologias e usos
atualmente que, apesar de conhecidas, demorarão algum tempo até terem a maturidade
suficiente ou atingirem escala que permita serem adotadas com uma relação de custo
benefício adequada. Nesta categoria contamos com tecnologia genética, nano
tecnologia, tecnologia médica e biométrica, e várias outras, mas certamente a
tecnologia de conectividade celular não se enquadra nesta categoria.
Embarcarmos a tecnologia celular
em todos nossos automóveis agregaria pouco ao custo final do automóvel
principalmente se compararmos esse custo aos benefícios que colheríamos caso
tivéssemos esta tecnologia já disponível e extensamente adotada.
A questão da segurança e
rastreamento é o que sempre nos vem à cabeça, mas temos muito mais que isso,
imaginem as inúmeras possibilidades de serviços que poderiam ser prestados: agendamento
de manutenções, diagnósticos remotos, alarme de manutenção e de mal
funcionamento, downloads diversos de atualizações de software, de músicas, de
filmes para a central multimídia, conexões às caixas de e-mail com interface de
áudio, correio de voz, redes sociais, microblogs, informações mais precisas de
navegação, receber informações sobre condições de tempo, de tráfego, de
acidentes, limites de velocidades, vencimento de IPVA, seguros e mais uma infinidade
de serviços, que certamente viriam, assim que a conectividade estivesse
plenamente disponível.
Do ponto de vista de cobertura de
tecnologia celular não temos desafios, também não teríamos desafio pelo custo
de disponibilizar a interface no veículo, pois basicamente seria um celular
mais simples (sem bateria, teclado, carregador, e etc) e uma vez que tivéssemos
a possibilidade de termos webservices disponíveis e embarcados em nossos
veículos, abriríamos uma janela de oportunidades para que milhares de
desenvolvedores desenvolvessem uma infinidade de aplicações, que poderiam ser
disponibilizadas em portais, do tipo appstore.
Que venha logo esse futuro, quem
sabe isso também vale para motocicletas?