sexta-feira, outubro 27, 2006

Que venha o Wimax!

Tenho comentado sobre a possibilidade de conexão à Internet através de antenas, trata-se da tecnologia Wi-Fi, já bastante comum na maioria dos aeroportos do mundo e do Brasil, também disponível em shoppings, restaurantes, algumas cadeias de lanchonetes e cafés e outros lugares onde pessoas podem freqüentar e acessar a Internet através de seus computadores portáteis ou PDAs (como palms e organizadores pessoais por exemplo).
Gostaria de abordar agora o WiMax, que equivale a mesma tecnologia Wi-Fi, porém com uma capacidade inúmeras vezes amplificada, de forma a permitir coberturas muito grandes, assim através de uma única antena, conseguimos oferecer acesso a internet em um raio de até 50 quilômetros, em condições especiais.
Para algumas cidades poderemos oferecer acesso a internet para cidade inteira através de uma única antena (há também um compromisso com a visibilidade, por se tratar de propagação de ondas e da quantidade de usuários que utilizarão o sistema simultaneamente). Para operar a tecnologia WiMax, é necessário que a operadora possua uma licença da Agencia Reguladora de Telecomunicações, que é a Anatel. A aquisição das freqüências necessárias à prestação desse serviço se dará através de licitação pública, e existirão compromissos de utilização da freqüência, de forma a possibilitar a melhor utilização possível desse serviço.
As vantagens dessa tecnologia permitirão não somente o acesso a banda larga sem fio, pois uma vez que disponhamos de aparelhos celulares com tecnologia de dados, poderemos fazer Voz sobre IP (protocolo Internet) nos próprios aparelhos celulares. Assim a tão esperada tecnologia de terceira geração – 3G, que levou as maiores empresas de telecomunicações da Europa a investirem mais de 40 Bilhões de dólares nas aquisições de licenças para operar, pode se ver em situação de ter que enfrentar uma tecnologia concorrente, com muito maior capacidade de dados, e por um preço muitíssimas vezes menor.
Para se ter uma idéia do avanço da tecnologia de VoIP nos celulares, já existem no mercado 25 modelos de aparelhos celulares com essa tecnologia, sendo que todos os fornecedores planejam grandes investimentos nessa área. Acredito que mais uma vez, a velocidade de introdução de novas tecnologias e possibilidades de novos serviços impulsionará a utilização de novos meios de comunicação, que eventualmente nem tenham sido ainda discutidos no âmbito da agência reguladora. Bom para o usuário e para a sociedade em geral, que experimentarão novos usos da tecnologia e terão a seu dispor um maior número de concorrentes oferecendo serviços.

sexta-feira, outubro 20, 2006

One Laptop per Child

O cientista da computação Nicholas Negroponte, que criou o Media Laboratory, do MIT, que é reconhecido atualmente como o maior centro de desenvolvimento tecnológico de informações do mundo, vem pregando essa máxima, One Laptop per Child, ou seja um Laptop por criança.
Ele defende que todas as crianças do planeta devem possuir um computador portátil, com valor de no máximo cem dólares, e que essa plataforma serviria para elevar a educação do mundo a um patamar jamais visto. Entendo que não caiba aqui nesse espaço a discussão de qual necessidade é mais premente no mundo atual, se a fome, se o amor ou se a educação, que aqui se reveste do termo “inclusão digital’. Obviamente uma criança sem ter o que comer não pode ter condições de desenvolver-se intelectualmente, por outro lado, face à velocidade com que a tecnologia tem se desenvolvido, aliado ao fato de que até o ano 2003 mais da metade do globo nunca havia feito uma única ligação telefônica na vida (ou seja a exclusão digital de qualquer tipo de tecnologia suplantava 3 bilhões de pessoas) mostra o quanto temos que investir na inclusão, seja ela tecnológica ou social, pois estamos vendo o resultado dessa diferenciação de realidades em nossa sociedade dia após dia.
Nossos filhos nascem dentro de uma realidade educacional e de relacionamentos que já considera a tecnologia como algo natural, e entendo aqui natural como sendo a falta da necessidade de se recorrer a um manual para utilizar-se de qualquer traquitanice tecnológica, enquanto que a imensa maioria dos jovens na atualidade, sequer têm acesso comunitário a qualquer tipo de tecnologia. Como falamos de estar preparados para um futuro que ainda não visualizamos o contorno claramente, somente sabendo que se molda de forma totalmente diferente do que conhecemos, não há como tolerar uma realidade dessas, que só faz piorar a diferenciação social experimentada pela nossa atual sociedade.
O computador de baixo custo já é uma realidade também no Brasil, onde temos exemplos como o da empresa Novatium (www.novatium.com.br), que vem se especializando nesse tipo de máquina. De qualquer forma, seja através de um sistema tecnológico mais acessível, seja através de políticas governamentais inclusivas ou seja através da nobre ação voluntária de pessoas com essa disponibilidade, o fato é que devemos fazer algo para mudar essa realidade que se nos apresenta no momento.
Concorda comigo quanto a essa necessidade? Então junte-se aos bons, inicie alguma ação política ou social, que auxilie a mudar a realidade que aí está!

quarta-feira, outubro 11, 2006

O poder está com o usuário

Já tinha comentado sobre os modelos comerciais e financeiros que utilizamos para valorizar uma empresa, e citei como exemplo o YouTube, que não gera receita nenhuma e ainda investia mais de US$ 500.000,00 por mês na manutenção e ampliação de sua infra-estrutura, e que mesmo assim tinha uma valorização superior a um bilhão de dólares, pois bem com a finalização da venda do YouTube para a Google nessa semana por nada menos que 1,6 Bilhões de dólares fica comprovado que uma empresa vale mesmo muito mais que sua capacidade de geração de caixa, ou mesmo seu faturamento.
Estaríamos vivendo então uma nova bolha da Internet, época em que todas as empresas com faturamento menor que despesas e custos valiam uma fortuna? A resposta é não! Então de onde vem o valor de um programa de vídeos amadores, onde mais de 100.000 vídeos são postados diariamente?
Estamos vivendo um momento em que o conteúdo gerado pelo próprio usuário tem um valor incrível, pois cada vez mais, é esse conteúdo que gera interesse e gera audiência, seja ele conteúdo de vídeo, de texto (Blogs e páginas pessoais), de áudio (podcastings) ou mesmo conteúdos pessoais (é o caso dos sites de relacionamento). Com isso o poder está migrando das grandes corporações das comunicações (jornais, televisão e rádios) para os usuários que colaboram e criam o seu próprio conteúdo. Algumas empresas da era da Internet já perceberam isso, e vem daí a valorização atingida nessa semana pelo YouTube. Não se discute aqui a qualidade da imagem, o tempo de duração da transmissão, se o vídeo é dublado ou legendado, e mesmo se nele trabalha alguém conhecido, em contra-partida se tem a sensação de poder assistir o que quiser, quando quiser, e quantas vezes quiser, e mais, caso o conteúdo lhe pareça de gosto duvidoso ou possua caráter ofensivo, ainda pode-se denunciá-lo e o mesmo é rapidamente retirado do ar, ou seja, a censura é feita diretamente pelo usuário, nada mais democrático! Se eu não gosto de determinada forma de escrita ou redação, não visito mais aquela página, pois iguais a ela existem milhões, se não concordo com determinada notícia ou artigo, escrevo e me comunico diretamente com quem a escreveu, cada vez mais vemos mídias convencionais publicando mídias novas e alternativas, assim temos programas de rádio que são divulgados também em podcasting, programas de TV que são divulgados também através de vídeo na Internet, jornais e revistas que publicam simultaneamente seu conteúdo em Papel e na Internet. Enfim estamos vivendo em uma época onde quem manda é o leitor ou ouvinte, que bom!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Os tons de nossos aparelhos celulares

E por falar em personalização, não tem nada mais personalizado do que diferenciar a campainha do seu aparelho celular, com a música com que mais nos identificamos.
Junto com a tecnologia dos aparelhos móveis celulares, fomos brindados com a possibilidade de escolhermos, dentre uma lista de possibilidades, aqueles tons de campainha que mais gostássemos nos nossos aparelhos, de forma que quando alguém nos chamasse ao telefone poderíamos diferenciar pelo toque, que se trata de nosso aparelho, e em alguns modelos, até saber quem nos chama pelo toque apresentado. Mas até esse momento, somente era possível escolher o toque de uma lista fixa, contida com próprio celular. Com a evolução da tecnologia dos aparelhos e da transmissão de dados e mensagens sobre o celular, tornou-se possível escolhermos várias músicas em um portal de opções, o que aumentou incrivelmente a possibilidade de personalizarmos nossos celulares.
Depois dos downloads de tons, vieram os crazytones (ou tons malucos), onde podemos escolher, ao invés de músicas, sons engraçados como o de uma vidraça quebrando, crianças chorando, portas batendo, e até mesmo imitações de artistas e apresentadores famosos, que falam frases como “atenda esse telefone”. Mais recentemente, foram lançados os Nametones que nada mais são do que uma série de nomes gravados, com frase que nos lembram de atender ao celular, assim quando meu telefone tocar, poderei ouvir a voz do Faustão dizendo “atende o telefone Eduardo, ô loco meu”.
São opções divertidas que vão possibilitando mais e mais que cada aparelho celular fique com o jeitão de seu dono.
Agora a última novidade do sistema celular em termos de personalização, são os Ring Back Tones, ou também conhecidos RBT. Nesse serviço, o usuário escolhe a música que será ouvida por quem ligar para ele, ou seja, ao invés de ouvirmos aquele som monótono “tu tu tu” enquanto esperamos que alguém atenda a chamada, poderíamos ouvir Beatles por exemplo (bem melhor não?).
Como podemos observar, multiplicam-se diariamente as opções de serviços avançados e novas possibilidades de tornar nosso relacionamento com a tecnologia uma experiência mais personalizada e única. Por outro lado aumenta também a responsabilidade das empresas prestadoras desses serviços, de tornarem o uso dessa tecnologia mais simples, fáceis de usar e até mesmo intuitivos, pois como diz minha filha, ninguém merece ficar perdendo tempo lendo manuais, parece castigo!