domingo, maio 30, 2010

Riscos da tecnologia


Nesta semana, uma notícia circulou o mundo a respeito de um cientista inglês que eventualmente teria sido infectado por um vírus “informático”, as versões da notícia que encontrei na internet são confusas e não deixam muito claro o que realmente aconteceu, mas o sensacionalismo rendeu muitos spams.
Também foi divulgado que pesquisadores do J. Craig Venter Institute pela primeira vez obtiveram como resultado de pesquisas a criação de vida através de material 100% sintético.
Em que pese nossas necessidades de novas curas para várias doenças e mesmo a nossa necessidade premente por mais alimentos, temos que nos preocupar com o processo em que esses estudos são realizados, pois nem sempre todas as questões de segurança estão sob controle e não está totalmente afastado o risco de criarmos um super vírus ou super bactéria através de nossos experimentos.
O termo “engenharia genética” nos leva a acreditar que, como em todas as disciplinas da engenharia, tratamos com termos exatos, onde não reside dúvida ou espaço para interpretação dúbia, mas não é bem assim. Em experimentos de genética a regra é dar errado, dependendo do experimento são necessários centenas de erros para obtermos um acerto, como exemplo, podemos citar os casos de clonagem.
Para que se possa introduzir modificações no genoma, são utilizados vetores que trazem a informação desejada e normalmente utilizam-se de vírus para que se “enganem” a estrutura original, para que ela permita a “absorção” da nova carcterística, através deste exemplo, fica fácil de imaginar o risco de uma estrutura modificada desta forma fugir de controle e criar uma super praga ou super vírus.
Me ative apenas aos quesitos técnicos da questão, sem levantar a discussão sobre os quesitos morais e éticos, que dariam espaço para mais páginas e páginas de discussão, pois se por um lado a busca da cura de várias doenças é um fim nobre para a pesquisa, talvez patentear a descoberta e visar única e exclusivamente o lucro não seja assim tão nobre...
E por enquanto temos apenas que alertar, pois essas ameaças se realizam apenas em Hollywood nos filme do tipo Resident Evil...tomara que continuem assim!

quarta-feira, maio 26, 2010

A nova Muralha da China


Quando falamos da Grande Muralha da China, nos vem à memória a imensa construção Chinesa de mais de dois mil anos e extensão total acima dos oito mil quilômetros, e que alguns acreditam poder ser avistada da lua (esses alguns que acreditam nunca foram a Lua, pois na realidade ela não poderia mesmo ser avistada a essa distância...). Mas estamos neste post nos referindo à outra muralha, também conhecida como The Great Wall Proxy, ou grande Firewall da China, que censura todo e qualquer texto que possa referir-se de forma indesejada contra o partido ou contra o governo (que em última instância lá é a mesma coisa). Apesar do potencial econômico apresentado por esse país continente, ainda persistem por lá práticas de censura à livre expressão e não é todo tipo de acesso que é permitido aos internautas chineses. O Google por diversas vezes teve de suspender ou adequar suas operações para poder continuar operando naquele mercado.
Pois nesta semana foi a vez do Paquistão bloquear o acesso dos internautas de seu país ao conteúdo do YouTube, FaceBook e Google (o que sobrou para os paquistaneses acessarem?).
Quero crer que sejam atitudes isoladas, pois caso contrário teríamos que admitir que estamos regredindo ao invés de tornarmos o mundo cada vez mais acessível, cada vez mais conectado, estaríamos criando feudos ou guetos isolados de culturas e informações externas.
É como se estes países não se preocupassem com o que são ou o que pensam a seu respeito, desde que não fosse divulgado ou permanecesse em segredo...como se isso fosse possível:-P

terça-feira, maio 18, 2010

Inovação


Muito se fala em inovação e várias empresas colocam em seu credo alguma visão voltada para inovação. Elas estão certas ao fazer isso, pois é a melhor forma de estarem preparadas para o futuro, ou melhor, é a melhor forma de criar o futuro.
Dentre as iniciativas de inovação que se conhece, temos que destacar o modelo da 3M, reconhecida globalmente como case de inovação, empresa que coloca em seu planejamento estratégico e no objetivo de seus executivos que 20% de seu faturamento anual virá de produtos inovadores (que não existiam no seu portfólio no ano anterior).
Visitando a home Page da 3M, temos a impressão de estarmos diante de um laboratório de inovação aplicada, pois todos os estímulos são em prol da inovação. Baseam-se na metodologia Scamper (Substituir, Combinar, Adaptar, Modificar, Pesquisar, Eliminar e Reorganizar).
É fácil colocarmos em nossa missão estratégica alguns planos voltados para a inovação, transformá-los em realidade é bem mais complexo, pois está intimamente ligado com a cultura da empresa e mesmo com a capacidade das pessoas que executam suas atividades do dia a dia de lidarem com o novo o tempo todo. Você já não se deparou com o questionamento sobre porque inovar se o que estamos fazendo está dando certo alguma vez na vida? Pois então, essa é uma receita de como não se deve agir, pois é uma iniciativa (aliás acho que é uma acabativa...) que não favorece o novo.
Voltando ao site da 3M, notamos que existem documentos para downloads, cases de sucesso, links para empresas parceiras, técnicas de inovação, seminários de inovação e mesmo estudos de outras empresas que souberam inovar. É claro que nem todas as organizações precisam ter o eixo de inovação tão acentuado como a 3M, mas nem por isso precisamos estar amarrados com uma bola de ferro ao pé, onde se lê “aqui nada se muda, já que está dando certo, permaneceremos assim”. Pelo contrário, devemos estar o tempo todo antenados com o que está acontecendo no cenário global e principalmente entender o que está dando certo e que tem potencial de ser aplicado a nossas organizações.

domingo, maio 09, 2010

A tecnologia como aliada da sustentabilidade


Analisando a velocidade com que a tecnologia vem transformando alguns de nossos atuais utensílios em peças de museu, temos que nos perguntar qual seria o impacto para o ambiente global caso passássemos a trocar de Televisão na metade do tempo que costumávamos fazer no passado, o mesmo valendo para nosso aparelho de som, para nosso DVD e assim por diante.
A TV de tubo, apesar dos avanços das novas tecnologias (Plasma, LCD, OLED e até 3D) continua sendo vendida, mas minha geração já coleciona algumas peças que podem ir para o museu, cito entre elas, o bom e velho três em um, que toda residência classe média possuía (toca discos, rádio e toca fitas), o vídeo cassete, o vídeo laser (este teve vida tão curta que poucas famílias chegaram a adquirir), o próprio toca disco do tipo LP (Long Play), o CD player que vimos nascer e que praticamente está morto, devido ao avanço das tecnologias de compactação, como o MP3, e mesmo o DVD, mais recente, que já se prepara para a sua disputa com o Blu Ray.
Se adicionarmos à intensa velocidade com que as tecnologias evoluem o fato de que o lixo eletrônico é um problema que impacta nossa sociedade globalmente e que temos ainda o desafio de incluir mais da metade da população mundial, teremos aí um grande problema para solucionar.
Teremos que buscar a solução na própria tecnologia. Acredito que no futuro não fará sentido mais termos dispositivos distintos para cada uso que fizermos, haverão processadores em nossas residências, com grande capacidade de processamento, memórias adicionais externas, que possam ser aumentadas de forma modular e conexões por fibras óticas ou wireless, mas de altíssima velocidade, de forma que não seja necessário trocarmos os dispositivos a cada vez que surgirem novos usos, bastando aumentar a velocidade de transmissão ou de armazenamento.
Espero ter o privilégio de presenciar mais esta evolução.