sexta-feira, dezembro 31, 2010

Pope2You


Escrevi um texto em junho deste ano, que denominei mudança de hábito, e em função do tema, que citava vários exemplos de hábitos que vem mudando em nossa vida cotidiana, utilizei uma foto de uma freirinha, muito simpática por sinal, utilizando um computador pessoal. A foto de uma freira utilizando recursos de informática foi escolhida em função da igreja representar, no meu entender, a instituição mais conservadora da história da humanidade, e portanto, não muito voltada a inovações tecnológicas. Ledo engano!
Neste Natal o Vaticano disponibilizou a transmissão da Missa do Galo em streaming de vídeo para visualização via internet e até com suporte específico para iPhone.
Também através do site pope2you, é possível acompanhar textos publicados por Bento XVI, enviar-lhe cartões de natal, ouvir suas missas, ver fotos e vídeos e até adicionar aplicativos específicos para facebook, sem falar das visualizações em tempo real da Praça de São Pedro, nada ultrapassado não é mesmo?
Falar que o atual Papa vem mudando e modernizando o conceito de tecnologia dentro do Vaticano seria no mínimo tendencioso, pois essa onda começou muito antes, ainda com o Papa João Paulo II, que em 2001 participou pela primeira vez da cyberhistory, quando publicou documento oficial na internet convidando a igreja de todo o mundo a se “lançarem ao mar” da internet, para acelerar a evangelização no mundo.
E pensar que até hoje ainda existem empresas que não estão na internet ou continuam analisando a conveniência de entrarem de vez no MundoConectado da Internet, utilizando-se dos mais diferentes recursos atualmente disponíveis para redes sociais.
E você? Onde você está? E se não está na internet, onde você está?

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Viabilizando a domótica


A Domótica é uma tecnologia recente que permite a gestão de todos os recursos habitacionais. O termo “Domótica” resulta da junção da palavra latina “Domus” (casa) com Robótica (controle automatizado de algo).
Esta é a definição que encontrei para Domótica no Wikipedia. Não sei vocês, mas eu quando li, não pude deixar de pensar na casa dos Jetsons, onde tudo funcionava de forma automática, de acordo com nossas necessidades.
Essa imagem da casa dos Jetsons é antiga em minha memória, já tem quase quarenta anos, e de lá para cá, muita coisa tem evoluído, mas de forma isolada e não integrada.
Agora surge um projeto com esse objetivo, trata-se do projeto Hydra, desenvolvimento em Linux de um middleware que fará a integração de diversos eletrodomésticos e sistemas residenciais, visando a integração e automação residencial.

É importante entender que o fato de ser um middleware (programa de computador que faz a mediação entre os pragrama e os diversos aplicativos existentes) e estar sendo desenvolvido em Linux (software llivre) representam uma grande vantagem para o projeto Hydra, pois garantem que ele conseguirá interagir mesmo com elementos e sistemas mais antigos de nossos lares, e pelo fato de estar sendo desenvolvido em Software Livre possibilita uma distribuição mais democrática e com soluções de problemas de forma mais rápida e participativa.
Neste projeto estão previstos diversos sistemas de integração residenciais, dentre eles os de leitura de água e luz, permitindo que através de integração dos medidores com seus eletrodomésticos saiba-se exatamente a melhor forma de utilizá-los e consequentemente economizemos energia. Também estão previstas a interligação de diversos elementos como sistemas de alarme, telecomunicações, sistemas de som e entretenimento, games e até de dispositivos ligados ao nosso corpo, para permitir a telemedicina, onde determinados pacientes ou portadores de alguma doença que demande maior acompanhamento, pudessem ter vários de seus sinais (cardíacos, nível de glicose ou de gordura no sangue por exemplo) monitorados ininterruptamente por sistema inteligente ligado a alguma central de atendimento com médicos de plantão, para garantir toda a assistência necessário em caso de qualquer necessidade ou emergência.
Só não conseguiram resolver quem fará o papel da Rose, aquela simpática empregada doméstica robô da série Jetsons!

sábado, dezembro 11, 2010

"A verdade antes de tudo, senhores!"



A célebre frase de Rui Barbosa, consta de sua conferência: A imprensa e o dever da verdade, escrita em 1920, nada mais atual não é mesmo?
Conheci o Wikileaks em 2008 e apesar de por várias vezes pensar em escrever a respeito dele neste Blog, nunca o priorizei, e eis que agora ele invade os noticiários do mundo todo, em função das notícias ali publicadas e pelo fato de seu Editor e fundador, o australiano Julian Assange, ter sido declarado procurado no mundo todo pela Interpol e estar detido em cela isolada na Inglaterra. As acusações são de que teria supostamente molestado sexualmente duas mulheres na Suécia.
Em que pese a gravidade da acusação, gostaria de comentar neste espaço a respeito de outro tema: O incômodo da verdade - e de como as tecnologias atuais têm tornado a vida dos falaciosos e mentirosos mais difícil, na media em que alardeiam a verdade impiedosamente, doa a quem doer.
Graças ao Wikileaks soubemos que autoridades dos Estados Unidos chamam Putin e Medvedev de Batman e Robin, soubemos que o Governo Chinês solicitou o ataque ao site Google, após um alto político ter encontrado críticas a seu respeito no buscador e até crítica norte-americana ao “jeitinho brasileiro” foi divulgada, vejam só quanta ousadia!
Agora o que será mais grave, falar, ou pior, escrever o que não deve ser escrito ou divulgar o que foi escrito indevidamente?
Acabamos de passar por momento de decisão nacional sobre o futuro presidente do Brasil e pudemos verificar momentos conflitantes, onde depoimentos e entrevistas passadas divergiam frontalmente do que os candidatos diziam ser seus credos e valores atuais, isso está disponível fartamente na internet, Youtube, Blogs, redes sociais e sites de notícias.
Nosso ilustre brasileiro, Rui Barbosa, parecia antever a crise de cinismo em que o mundo se meteria. À tecnologia, somente coube o trabalho de facilitar a verdade, não lhe cabendo nenhuma outra culpa, mesmo que por vezes lhe vetemos o direito de existir, bloqueando seu site e impedindo doações que lhe sustentam, como é o caso do atual Wikileaks.

domingo, novembro 21, 2010

MVNO no Brasil



Foi apresentado para o conselho diretor da Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) no último dia 4, o texto final do regulamento do que será o modelo de MVNO para o mercado brasileiro. MVNO significa (Mobile Virtual Network Operator), é um modelo no qual permite-se que haja uma oferta de telefonia móvel, através de uma empresa ou instituição que não detém rede ou autorização para operar uma rede de telefonia móvel celular. Ora, mas se a empresa que vai oferecer o serviço móvel celular não possui rede ou autorização de operação como ela consegue ofertar o dito serviço? É aí que entra o termo “Operador Virtual” pois o que acontece na prática é que esta empresa adquire capacidade ou tráfego de uma operadora tradicional e revende para o mercado com a sua marca inclusa.
Vem da Inglaterra talvez os dois modelos mais bem sucedidos do mundo, o da Virgin e o da Tesco, que juntos já possuem mais de seis milhões de usuários de telefonia móvel, e servem de modelo para o funcionamento do MVNO. No primeiro caso, a Virgin, marca voltada para o mercado musical, aproveita sua força junto ao público jovem, com quem se identifica, oferecendo um serviço de telefonia móvel celular com esta marca. Já a Tesco usa além de forte marca do varejo, também sua força na logística, constituindo um forte canal de venda e de distribuição, que acaba representando conforto para seus usuários de telefonia móvel celular, que além de possuírem pontos de venda em praticamente qualquer lugar também enxergam no serviço uma forma de recompensa nos moldes dos programas de fidelidade, que ao invés de oferecerem milhas, oferece minutos para serem usados em sua rede de telefonia móvel.
No Brasil, como não vem sendo utilizado, o modelo ainda não se mostrou impactante para o mercado, mas podemos antever que ele represente uma oportunidade para as operadoras acessarem alguns nichos de mercado ainda não explorados adequadamente, e que poderão ser alcançados através de marcas parceiras, ou mesmo uma ameaça, caso as ofertas MVNO se sobreponham aos mercados já operados. Só o futuro ao final dirá qual a contribuição deste modelo para nosso mercado, eu fico no lado da torcida que espera que isso nos ajude a desenvolver ainda mais nosso crescimento da indústria proporcionando cada vez mais facilidades aos clientes deste, que já representa o quinto maior mercado mundial de telefonia móvel celular.

domingo, novembro 07, 2010

Conteúdo antes do meio


Nesta semana, no feriado de finados, comemoramos 90 anos da primeira transmissão de rádio comercial no mundo (rádio KDKA em Pittsburgh EUA), que naquela data transmitia o resultado das eleições. Menos de três anos depois, em 20 de abril de 1923, Roquette Pinto inaugurava a primeira rádio brasileira, tratava-se da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que nesta mesma data transmitiu a brilhante visão de futuro de seu fundador: “Todos os lares espalhados pelo imenso território do Brasil receberão livremente o conforto moral da ciência e da arte. A paz será realidade entre as nações. Tudo isso há de ser o milagre das ondas misteriosas que transportarão, no espaço, silenciosamente, as harmonias. Que incrível meio será o rádio para transformar um homem em poucos minutos, se o empregarem com alma e coração!”
Estupenda visão de Roquette Pinto que, mesmo achando as ondas de rádio “misteriosas” já vislumbrava o potencial transformador da comunicações na vida do homem moderno.
Nos mais de vinte anos em que atuo com tecnologia, já vivenciei os mais ardorosos debates sobre as tecnologias que predominariam no futuro próximo (ATM x IP, cable modem x ADSL, GSM x CDMA e mais recentemente na discussão do padrão a ser adotado para a TV digital no Brasil: SBTVD x DVB), sendo engenheiro não tenho como me furtar da obrigação de conhecer as diferenças entre cada tecnologia e possuir também meus argumentos de defesa em prol de uma ou outra, mas sempre achei muito mais importante a discussão sobre o conteúdo que se será transmitido sobre estas tecnologias. Entendo que aí more o segredo de uma possível evolução para nossa sociedade.
Não precisamos ir muito longe para nos depararmos com aplicados profissionais que defendam que a banda larga deva se consagrar através das tecnologias sem fio (celulares ou não) enquanto que uma outra grande porção de estudiosos defenderá com igual fervor a utilização das redes de cabos metálicos ou de fibra ótica para este fim. Eu, de minha parte, fico pensando como podemos fazer com que os outros 180 milhões de brasileiros excluídos do acesso banda larga possam começar a ter acesso a esta, que promete ser uma das tecnologias com maior poder transformador dos últimos tempos, talvez consigamos alcançar este patamar esquecendo-nos das defesas individualizadas e partindo para soluções compostas e mais criativas, que lancem mão de todas as tecnologias disponíveis, mas que não se esqueça que não basta poder transmitir, há que se cuidar também, e principalmente, do QUE transmitir.
Neste sentido meus amigos, temos que reservar tempo adequado e de qualidade, para discutirmos políticas de inclusão de bons conteúdos, de produção e de estímulo para criação de conteúdos com potencial de melhorar nossa população. Entendo ser esta uma pauta tão ou mais importante do que a dúvida sobre qual tecnologia prevalecerá em redes futuras.
Em tempo, Edgar Roquette Pinto era médico legista, antropólogo, etnólogo, ensaísta e professor, um homem interessadíssimo no desenvolvimento de nossa sociedade.

domingo, outubro 24, 2010

Redes WiFi


WiFi (Wireless Fidelity), sigla em inglês que designa um padrão de conectividade sem fios, que é seguido por uma aliança de fornecedores, para que todo equipamento com essa marca (WiFi) tenha compatibilidade de conexão sem fios à rede banda larga (aparelhos celulares, modens, roteadores, notebooks, iPads, netbooks, etc).
Vários lugares no mundo já dispõem de cobertura WiFi, principalmente aeroportos, Shopping Centers, Universidades e cafeterias, somam-se à essas coberturas as iniciativas das prefeituras do Brasil, que têm oferecido acesso gratuito banda larga WiFi para praças e parques públicos, como estímulo ao acesso à Banda Larga.
Nesta semana, o Nelson, um colega de trabalho que é profundo estudioso no tema Banda Larga, me apresentou um modelo de negócio para Redes WiFi muito interessante, trata-se da FON Networks.
Neste modelo o cliente adquire um roteador WiFi para instalar em sua residência ou comércio, e passa imediatamente a compartilhar seu acesso banda larga de maneira pública com qualquer pessoa que porventura tenha acesso àquela rede (cobertura física). Os participantes desta rede, por oferecerem seus acessos para que outras pessoas também acessem a rede mundial, passam a ter direito também a acessarem as demais redes de outros participantes. Neste modelo, há a opção de acesso pago ou acesso gratuito.
Essa rede tem cobertura no mundo inteiro, e já possuem parcerias com várias operadoras de redes banda larga, como não podia ser diferente, o Google também tem investimento nesta iniciativa.
Muito se comenta sobre as reais possibilidades de aumentarmos nossa penetração de Banda Larga no país, entendo que iniciativas como essa, associadas a uma política de desoneração tributária do acesso banda larga, poderiam rapidamente colocar o Brasil no mesmo patamar dos países mais desenvolvidos do mundo em internet, como Coréia e Japão. A internet não precisaria ser totalmente isenta de impostos, mas poderia receber uma classificação diferente da recebida atualmente, que a classifica de maneira semelhante a bebidas alcoólicas e cigarros, o que lhe confere o maior percentual de impostos no Brasil e o segundo maior no mundo!

domingo, outubro 17, 2010

Investindo em inovação


Walk the talk, expressão norte americana utilizada quando queremos sugerir que se pratique o que se diz, em outras palavras, fazer o que você diz que faz!
O Google neste sentido é um dos expoentes entre o discurso e a prática, pelo menos no que tange às práticas de inovação. Todos conhecem as políticas adotadas pela empresa Google para estimular seus funcionários a serem mais inovadores e criativos, neste texto gostaria de mencionar alguns exemplos de frutos colhidos dessa prática de gestão voltada a inovação.
-O3B, (Other 3 Billion), investimento em parceria com bancos de investimento e operadoras de redes de cabo e satélite, que visa oferecer acesso a internet à metade do mundo atualmente excluída digitalmente, esta é uma iniciativa em que o Google está envolvido desde 2008, e que já possui investimentos superiores a 500 milhões de dólares e operação em vários países do terceiro mundo.
-Energia eólica, trata-se de um investimento em parceira, que pretende investir até 5 billhões de dólares e que prevê a geração e transporte subaquático de energia eólica nos Estados Unidos. Um terço dos investimentos foi feito pelo Google, enquanto a empresa americana de energia, Good Energies, detém participação igual. A parte restante foi dividida entre outras companhias.
-Carro elétrico, doação da fundação Google.org de 200 mil dólares para a fundação Calcars.org que desenvolve veículo elétrico híbrido, e já possui modelos experimentais rodando nas ruas de Palo Alto, Califórnia.
Esses exemplos mostram o resultado de uma política orientada para a inovação, que não só direciona os investimentos do próprio Google, como também influencia o investimento dos Googlers (funcionários), que muitas vezes assumem o papel de “Anjos” como são chamados os investidores em negócios de risco, que já investiram em negócios tão distintos e inovadores como o Twitter, a Tesla Motors e mais recentemente a Tapulous aplicativos de redes sociais para o Iphone.
Temos aqui um bom exemplo de empresa que acredita e investe em inovação!

terça-feira, outubro 12, 2010

I want my bumper


Escrevi sobre os problemas que os Iphone 4 apresentaram quando manuseados inadequadamente, obrigando a Apple a escolher entre um recall milionário, distribuir fitas adesivas que impedissem o contato das mãos com a antenas dos Iphone, ou então distribuírem capinhas para serem usadas nos Iphones o que, além de proteger os aparelhos, também os isolavam das mãos dos inescrupulosos usuários, que insistiam em manusear os aparelhos como melhor lhes aprouvesse (que audácia desses donos de aparelhos hein? Imaginar que poderiam segurar seus aparelhos do jeito que quisessem...).

A Apple além de não corrigir o problema, ainda suspendeu a ação de distribuição das referidas capinhas (ou bumpers como são conhecidas no mundo todo). Aqui em nosso país, por exemplo, não existe opção nem do bumper e nem de um aparelho que não tenha esse defeito, de forma que os “applemaníacos” terão que se acostumar mesmo a manusear os aparelhos de “ladinho”.

Isso causou a ira de vários usuários, que chegaram a ponto de criar um site requerendo oficialmente da Apple a solução deste problema, trata-se do site www.iwantmybumper.com.

Eu, de minha parte, esperava mais da empresa da maçã, mas como ainda não li o livro “a cabeça de Steve Jobs” não consigo entender essa reação de uma empresa que se diz voltada para seu público, se alguém tiver alguma dica me diga por favor!

domingo, setembro 26, 2010

Novos modelos de negócio


Vendo a lista divulgada recentemente na Forbes, descobri que Mark Zuckerberg (um dos fundadores do Facebook) está entre as 40 pessoas mais ricas dos Estados Unidos, com uma fortuna em torno de 7 bilhões de dólares, já tendo passado personalidades importante do mundo da tecnologia, como Steve Jobs por exemplo, o lendário fundador da Apple.
Como um negócio baseado em redes sociais, que a rigor quando foram idealizadas não geravam um único centavo de receita, apenas custos e investimentos, conseguem ser tão ou mais lucrativos que negócios sólidos e de sucesso como a Apple?
São as características do que chamamos da era do conhecimento, onde o conhecimento e a inovação aplicados aos negócios valem mais do que fábricas e maquinaria pesada.
O negócio de conteúdo na internet apenas iniciou sua jornada. Se fosse um jogo de futebol de noventa minutos, certamente não teríamos nem entrado em campo, face ao espaço que ainda temos por desenvolver, mas já vemos modelos interessantes e rentáveis de negócios na área de conteúdo na internet, conhecidos como OTT (Over The Top) uma vez que rentabilizam ganhos sobre investimentos que não lhes pertencem, neste caso as redes de banda larga que transportam seus conteúdos gratuitamente.
Recentemente tomei conhecimento de um site que funciona como uma rede social de escritores e leitores, trocando informações sobre boas dicas de leitura, mas com uma grande diferença, através deste site um autor (conhecido ou não) pode enviar seus textos para que sejam publicados de maneira virtual ou impressos em livros tradicionais e vendidos através deste site, que faz as vezes de editora, revendendo os livros para estes autores e depositando em suas contas correntes o valor resultante das vendas, trata-se do Bookess.
Também conhecemos o Kmisetas, site especializado em fabricar camisetas de acordo com as estampas e figuras enviadas pelos compradores, você diz como quer suas camisetas e elas são enviadas a sua residência em até 24 horas. Isso para não falar da Zazzle, que além de permitir que você crie suas camisetas personalizadas com as estampas que quiser, ainda as coloca a venda, revertendo parte dos ganhos para os criadores da estampa.
Quando estava na faculdade de Engenharia Industrial, o grande sonho de todo estudante de engenharia era abrir uma empresa ou trabalhar em uma empresa grande e sólida, onde pudesse se desenvolver ao longo de sua carreira profissional, atualmente já não é tão fácil aconselhar nossos filhos sobre que caminho profissional seguir. O ponto positivo é que com toda essa inovação a economia vem crescendo e, o que é o principal, permitindo que boas idéias cresçam e se desenvolvam!

domingo, setembro 19, 2010

Always in Beta tem limites?


A Expressão Always in Beta (sempre em teste) é antiga e significa um momento de ruptura no mundo da tecnologia. Marca o momento em que a velocidade da inovação é maior que o tempo necessário para que determinadas tecnologias e produtos sejam devidamente testadas e corrigidas antes de seu efetivo lançamento. É uma expressão que começou a ser utilizada para sistemas operacionais e softwares em geral, e que tinha inclusive respaldo do mercado, que preferia receber um produto com alguns bugs a ficar eternamente esperando pela depuração total de novas versões de software. Assim tornaram-se rotinas as novas versões ou softpacks da Microsoft, que além de algumas facilidades, serviam mesmo era para corrigir falhas e fragilidades nas versões atuais de seus produtos.
Acredito que esse conceito, apesar de largamente utilizado, está extrapolando seu campo de atuação. Imagine adquirir um aparelho celular com exclusividade, pagar US$ 300 (no Brasil custa o equivalente a R$ 2.000,00), pegar fila para ser um dos primeiros a possuir um Iphone 4, e descobrir logo que começar a utilizá-lo, que ele falha em uma de suas funcionalidades básicas: recepção!
Pior que isso, só escutar do presidente da empresa que o aparelho funciona bem, basta que os usuários aprendam como segurá-lo, já que a falha é provocada quando a mão obstrui a antena do iPhone 4. Uma forma de corrigir que foi inclusive citada pelo próprio presidente em entrevista coletiva, seria colocar fita adesiva sobre o ponto em que ocorre o referido problema. Entre fazer um Recall milionário ou remediar, a empresa da maçã optou pela segunda opção, distribuindo para os proprietários do iPhone 4 uma capinha que fazia as vezes da fita adesiva, e portanto isolava o ponto sensível à falhas de recepção, das mãos de seus usuários.
Equivaleria a adquirir um automóvel caro, e depois de descobrir que seus freios tem alguma falha que impede que o carro pare em segurança, receber da fábrica um tipo de calçado com salto mais alto, que compensasse a falha nos freios, fazendo com que pisássemos com mais força no pedal de freio, fantástico não?
Ainda bem que o iPhone 4 é quadradinho, diferente de todas as tendências atuais de linhas arredondadas, senão seria mais difícil resolver o problema das “capinhas” de recepção :-( .

sábado, agosto 14, 2010

Revendo conceitos...


Em 1999 tive a oportunidade de trabalhar em um projeto experimental de web TV. Tratava-se de um dispositivo que conectado à rede de TV a cabo fornecia acesso à internet para usuários que não possuíssem Computador Pessoal em suas residências ou que quisessem mais um ponto de acesso em seus lares. Tecnicamente funcionou bem, cumprindo razoavelmente bem sua função, mas acabamos por não lançar o produto pois verificamos que a sua utilização não era confortável, os teclados sem fio eram pouco confiáveis, falhando o tempo todo, a resolução das TVs de tubo não era adequada para uma navegação confortável e os aplicativos usuais da web naquele momento, não faziam muito sentido de serem acessados na sala. Imaginem-se nos intervalos das novelas, abrindo seus e-mails na sala, com toda a família ao redor dando palpite sobre como responder a determinado e-mail, haja falta de privacidade!
Ao final a utilização de equipamentos de web TV restringiu-se a algumas poucas operadoras de cabo ao redor do mundo e de um ou outro hotel que disponibilizava esse serviço para seus hóspedes, serviço muito carro por sinal. Pensei naquele momento que nunca instalaria um PC em minha sala.
Mais de dez anos se passaram, e na semana passada instalei um PC, integrado ao Home Theater, and guess what, estamos nos divertindo muito desde então. Sabem o que mudou? Tudo!
Agora as TVs são de alta resolução, permitindo conexão via HDMI, oferecendo uma resolução impecável. Já não precisamos do PC para acessar nossos e-mails, eles são acessados através de Ipods, Iphones, Androids, Smartphones e/ou Note ou NetBooks. Os aplicativos na web evoluíram muito, e temos à nossa disposição ótimas opções de música ou filmes online. O acesso através da Banda Larga evoluiu muito, assim como o conteúdo disponível para download. Se antes assistir filmes ou streamming de vídeo na internet era passatempo de Nerd, atualmente ele disputa a audiência com o conteúdo normal das TV abertas e por assinatura, pelo menos na minha casa.
Os games também evoluíram muito, e a experiência é muito melhorada quando jogados em telas grandes e com melhores recursos de áudio, como os de um Home Theater.
O Google, que já havia lançado o Google TV, comunicou que está em teste uma nova funcionalidade que detecta a qualidade de sua tela e automaticamente adapta o conteúdo para uma melhor experiência, basta recostar-se na sua poltrona que o software lhe proporcionará a melhor visualização, aliás por conta disso o nome dessa funcionalidade é lean back.
Mister Google, bem vindo a minha sala!

sábado, julho 24, 2010

Home Media Center


Já havia escrito sobre a convergência digital através do aparelho celular, que atualmente é um equipamento que converge diversas mídias e ainda possui o benefício da portabilidade, pois pelo seu tamanho reduzido, pode ser levado para qualquer lugar, junto com uma infinidade de aplicativos e facilidades, um verdadeiro canivete suíço eletrônico.
Também já havia escrito sobre as memórias de grande capacidade, que vem cumprindo papel interessante nos lares da Coréia do Sul, onde a família armazena suas fotos, suas músicas, seus filmes, seus livros eletrônicos, notas escolares e documentos eletrônicos em geral. Essa memória é do tamanho de um estabilizador de tensão de PCs, chama-se memória NAS e foi promovida a sair do escritório, ganhando lugar de honra nas salas, ao lado dos aparelhos de TV, pois acabam assumindo o lugar de Home Media Center desses lares.
Nunca pensei no entanto, que minha experiência com um verdadeiro Home Media Center se daria através de um console de vídeo game. Meu filho interligou um X BOX 360 com um MP3 player, o ZUNE da Microsoft, ambos com 120 Giga de memória, e o resultado foi um verdadeiro centro de entretenimento na sala. Utililzando conexão HDMI entre X Box e a TV conseguimos uma qualidade de vídeo excelente, nesta conexão o Zune funciona como memória NAS auxiliar, e apesar de ter apenas 120 Giga de memória, consegue fornecer dezenas de filme em qualidade HD, ou mesmo acesso a milhares de músicas, que através da conexão da TV a um Home Theater fornecem uma qualidade de áudio impressionante.
Os controles e acessos ao arquivo de mídia são facilitados pelo uso do joystick do X Box, que permite acesso amigável e confortável a todas as mídias disponíveis, além de acesso obviamente aos jogos instalados nos dois equipamentos.
Podemos acessar o X Box Media Center através do LapTop que se conecta a ele via Wi Fi, o que além de permitir navegação na internet, ainda agrega outros 500 Giga de capacidade de memória.
Juntando todos esses aparatos, temos acesso a fotos, filmes, músicas, vídeo clips armazenados ou assistir via streamimg, além dos jogos disponíveis no console via discos Blu-ray ou mesmo armazenados no disco interno do X Box.
E pensar que tudo isso começou com o antigo TeleJogo...

sexta-feira, julho 02, 2010

Tudo tem limite, inclusive a tecnologia!



Este Blog surgiu de minha familiaridade com temas ligados à tecnologia e a seu emprego em nosso cotidiano, buscando sempre uma abordagem inovadora e ao mesmo tempo divertida do cenário tecnológico que nos cerca.


Tendo estas duas palavras em mente: tecnologia e cotidiano, não há quem não faça a relação com o que temos assistido nesta última copa do mundo, onde bilhões de pessoas têm assistido a erros memoráveis de juízes e bandeirinhas, que são totalmente explicitados graças às tecnologias avançadas das novas câmeras digitais e do uso de computadores que analisam em tempo real a situação de cada jogador e as condições do vento, da velocidade da bola, da distância até o gol e mais uma infinidade de condições, que por vezes nem são colocadas à nossa disposição, mas que fazem parte de relatórios que são compilados e depois analisados à exaustão por técnicos a procura de pontos de melhoria em seus times e de pontos fracos nos times adversários.


O mundo inteiro assistiu a declaração irritada do mexicano Nestor de La Torre, diretor geral da federação mexicana de futebol, após a eliminação de seu país no jogo contra a Argentina que estreou o placar com um gol irregular marcado por Tevez. Ao final do jogo La Torre teria dito que a tecnologia deveria servir para tirar essas dúvidas e servir como “tira-teima” para esses casos.


Em que pese toda a facilitação que a tecnologia nos proporciona, tenho que discordar de nosso amigo mexicano. Acredito que a beleza e a magia do futebol estejam exatamente na mistura de habilidade, malícia e capacitação física dos jogadores, que são temperadas com certa dose de incerteza e até sorte. Como em todos estes elementos encontramos as habilidades e talentos envolvidos, o resultado não é certo, sempre há espaço para que ocorram as chamadas “zebras” ou que resultados inesperados ocorram como, por exemplo, o erro de um juiz, de um bandeirinha, ou mesmo dos jogadores, que obviamente acabará por influir no resultado do jogo. O problema é quando essas incertezas e zebras acontecem exatamente contra nós, como aconteceu hoje no jogo contra a Holanda...

terça-feira, junho 15, 2010

Mudança de Hábito


No meu tempo de colégio, uma das coisas que mais tirava meninas do sério era a ameaça de divulgação do que estava escrito em seus diários, alguns eram inclusive vendidos com um cadeado na capa, de forma que somente pessoas autorizadas poderiam ter acesso a seu conteúdo. Se naquela época alguém propagasse que diários online virariam febre, e que quanto mais pessoas os lessem, melhor, certamente recomendaríamos uma consulta médica ao pobre coitado. Pois não só os Blogs se tornaram muito populares, como os microblogs, que foram criados sem nem mesmo sabermos para quê, seguiram o mesmo caminho.
E o uso dos Blogs e microblogs não se restringiu obviamente aos adolescentes, sendo no momento uma importante ferramenta de comunicação de empresas com o público em geral, de artistas com seus fãs, de ONGs com seus simpatizantes (apesar que usos estranhos continuem sendo populares: ouvi numa entrevista com o Paulo Lima que o William Bonner escolhia a cor de suas gravatas através de enquetes do Twitter :-P ).
Lembram-se do famoso “Fale com o Presidente”, do mais famoso ainda, Comandante Rolim? Lembro-me que eram distribuídos formulários para que escrevêssemos e que seriam então remetidos para o presidente. Dá para acreditar que seriam de fato respondidos pelo presidente? E quanto tempo isso demoraria? Imaginem a mesma iniciativa e mente criativa de nosso comandante, em época de Twitters e Blogs como agora, seria um show! Hoje provavelmente esse canal receberia o nome de "Reclame com o Presidente", pois já não percebemos mais o tapete vermelho, a sala diferenciada com piano bar, e principalmente o presidente em pé, na sala de embarque desejando Boa viagem!

domingo, maio 30, 2010

Riscos da tecnologia


Nesta semana, uma notícia circulou o mundo a respeito de um cientista inglês que eventualmente teria sido infectado por um vírus “informático”, as versões da notícia que encontrei na internet são confusas e não deixam muito claro o que realmente aconteceu, mas o sensacionalismo rendeu muitos spams.
Também foi divulgado que pesquisadores do J. Craig Venter Institute pela primeira vez obtiveram como resultado de pesquisas a criação de vida através de material 100% sintético.
Em que pese nossas necessidades de novas curas para várias doenças e mesmo a nossa necessidade premente por mais alimentos, temos que nos preocupar com o processo em que esses estudos são realizados, pois nem sempre todas as questões de segurança estão sob controle e não está totalmente afastado o risco de criarmos um super vírus ou super bactéria através de nossos experimentos.
O termo “engenharia genética” nos leva a acreditar que, como em todas as disciplinas da engenharia, tratamos com termos exatos, onde não reside dúvida ou espaço para interpretação dúbia, mas não é bem assim. Em experimentos de genética a regra é dar errado, dependendo do experimento são necessários centenas de erros para obtermos um acerto, como exemplo, podemos citar os casos de clonagem.
Para que se possa introduzir modificações no genoma, são utilizados vetores que trazem a informação desejada e normalmente utilizam-se de vírus para que se “enganem” a estrutura original, para que ela permita a “absorção” da nova carcterística, através deste exemplo, fica fácil de imaginar o risco de uma estrutura modificada desta forma fugir de controle e criar uma super praga ou super vírus.
Me ative apenas aos quesitos técnicos da questão, sem levantar a discussão sobre os quesitos morais e éticos, que dariam espaço para mais páginas e páginas de discussão, pois se por um lado a busca da cura de várias doenças é um fim nobre para a pesquisa, talvez patentear a descoberta e visar única e exclusivamente o lucro não seja assim tão nobre...
E por enquanto temos apenas que alertar, pois essas ameaças se realizam apenas em Hollywood nos filme do tipo Resident Evil...tomara que continuem assim!

quarta-feira, maio 26, 2010

A nova Muralha da China


Quando falamos da Grande Muralha da China, nos vem à memória a imensa construção Chinesa de mais de dois mil anos e extensão total acima dos oito mil quilômetros, e que alguns acreditam poder ser avistada da lua (esses alguns que acreditam nunca foram a Lua, pois na realidade ela não poderia mesmo ser avistada a essa distância...). Mas estamos neste post nos referindo à outra muralha, também conhecida como The Great Wall Proxy, ou grande Firewall da China, que censura todo e qualquer texto que possa referir-se de forma indesejada contra o partido ou contra o governo (que em última instância lá é a mesma coisa). Apesar do potencial econômico apresentado por esse país continente, ainda persistem por lá práticas de censura à livre expressão e não é todo tipo de acesso que é permitido aos internautas chineses. O Google por diversas vezes teve de suspender ou adequar suas operações para poder continuar operando naquele mercado.
Pois nesta semana foi a vez do Paquistão bloquear o acesso dos internautas de seu país ao conteúdo do YouTube, FaceBook e Google (o que sobrou para os paquistaneses acessarem?).
Quero crer que sejam atitudes isoladas, pois caso contrário teríamos que admitir que estamos regredindo ao invés de tornarmos o mundo cada vez mais acessível, cada vez mais conectado, estaríamos criando feudos ou guetos isolados de culturas e informações externas.
É como se estes países não se preocupassem com o que são ou o que pensam a seu respeito, desde que não fosse divulgado ou permanecesse em segredo...como se isso fosse possível:-P

terça-feira, maio 18, 2010

Inovação


Muito se fala em inovação e várias empresas colocam em seu credo alguma visão voltada para inovação. Elas estão certas ao fazer isso, pois é a melhor forma de estarem preparadas para o futuro, ou melhor, é a melhor forma de criar o futuro.
Dentre as iniciativas de inovação que se conhece, temos que destacar o modelo da 3M, reconhecida globalmente como case de inovação, empresa que coloca em seu planejamento estratégico e no objetivo de seus executivos que 20% de seu faturamento anual virá de produtos inovadores (que não existiam no seu portfólio no ano anterior).
Visitando a home Page da 3M, temos a impressão de estarmos diante de um laboratório de inovação aplicada, pois todos os estímulos são em prol da inovação. Baseam-se na metodologia Scamper (Substituir, Combinar, Adaptar, Modificar, Pesquisar, Eliminar e Reorganizar).
É fácil colocarmos em nossa missão estratégica alguns planos voltados para a inovação, transformá-los em realidade é bem mais complexo, pois está intimamente ligado com a cultura da empresa e mesmo com a capacidade das pessoas que executam suas atividades do dia a dia de lidarem com o novo o tempo todo. Você já não se deparou com o questionamento sobre porque inovar se o que estamos fazendo está dando certo alguma vez na vida? Pois então, essa é uma receita de como não se deve agir, pois é uma iniciativa (aliás acho que é uma acabativa...) que não favorece o novo.
Voltando ao site da 3M, notamos que existem documentos para downloads, cases de sucesso, links para empresas parceiras, técnicas de inovação, seminários de inovação e mesmo estudos de outras empresas que souberam inovar. É claro que nem todas as organizações precisam ter o eixo de inovação tão acentuado como a 3M, mas nem por isso precisamos estar amarrados com uma bola de ferro ao pé, onde se lê “aqui nada se muda, já que está dando certo, permaneceremos assim”. Pelo contrário, devemos estar o tempo todo antenados com o que está acontecendo no cenário global e principalmente entender o que está dando certo e que tem potencial de ser aplicado a nossas organizações.

domingo, maio 09, 2010

A tecnologia como aliada da sustentabilidade


Analisando a velocidade com que a tecnologia vem transformando alguns de nossos atuais utensílios em peças de museu, temos que nos perguntar qual seria o impacto para o ambiente global caso passássemos a trocar de Televisão na metade do tempo que costumávamos fazer no passado, o mesmo valendo para nosso aparelho de som, para nosso DVD e assim por diante.
A TV de tubo, apesar dos avanços das novas tecnologias (Plasma, LCD, OLED e até 3D) continua sendo vendida, mas minha geração já coleciona algumas peças que podem ir para o museu, cito entre elas, o bom e velho três em um, que toda residência classe média possuía (toca discos, rádio e toca fitas), o vídeo cassete, o vídeo laser (este teve vida tão curta que poucas famílias chegaram a adquirir), o próprio toca disco do tipo LP (Long Play), o CD player que vimos nascer e que praticamente está morto, devido ao avanço das tecnologias de compactação, como o MP3, e mesmo o DVD, mais recente, que já se prepara para a sua disputa com o Blu Ray.
Se adicionarmos à intensa velocidade com que as tecnologias evoluem o fato de que o lixo eletrônico é um problema que impacta nossa sociedade globalmente e que temos ainda o desafio de incluir mais da metade da população mundial, teremos aí um grande problema para solucionar.
Teremos que buscar a solução na própria tecnologia. Acredito que no futuro não fará sentido mais termos dispositivos distintos para cada uso que fizermos, haverão processadores em nossas residências, com grande capacidade de processamento, memórias adicionais externas, que possam ser aumentadas de forma modular e conexões por fibras óticas ou wireless, mas de altíssima velocidade, de forma que não seja necessário trocarmos os dispositivos a cada vez que surgirem novos usos, bastando aumentar a velocidade de transmissão ou de armazenamento.
Espero ter o privilégio de presenciar mais esta evolução.

quarta-feira, abril 21, 2010

Cidadania


No nosso dia a dia deparamo-nos com diversos flagrantes de desrespeito a cidadania, e por vezes nos lugares e situações mais inusitados. Freqüentemente ao levar meus filhos à escola vejo pais e mães que estacionam em fila dupla ou até tripla para poderem deixar seus filhos exatamente em frente ao portão e não precisarem andar alguns metros, caso tivessem que estacionar adequadamente seus carros, paradoxal essa situação não? Pois se levamos nossos filhos a escola é de se supor que quiséssemos que fossem educados, mas acabamos ensinando a não serem bons cidadãos.
E os maus exemplos infelizmente não param por aí, observem a quantidade de carros que trafegam acintosamente em velocidade inadequada em ruas que possuem escolas, inclusive nos horários de entrada e saída de crianças, alguns chegam ao absurdo de após deixarem seus filhos seguros na escola, saírem acelerando como se estivessem atrasados para algum compromisso, ou como se somente a segurança de seus filhos merecesse sua atenção.
E a lista de desrespeito a cidadania é extensa, são exemplos de carros estacionados em vagas exclusivas para portadores de necessidades especiais, aguardando o semáforo abrir enquanto mantém seus veículos sobre a faixa de pedestre, pessoas sentadas em assentos reservados a idosos e que não levantam quando pessoas nestas condições entram nos coletivos, pessoas que furam a fila tanto em bancos e supermercados como em seus veículos, enquanto aguardamos para entrar em alguma avenida e alguém ultrapassa a vários veículos pela direita e entra na frente de todos achando a atitude mais normal do mundo, e assim como essas, existem uma infinidade de outras atitudes dignas de serem punidas ou no mínimo utilizadas como exemplos para que mostrássemos a nossas crianças como NÃO se deve agir.
Pois bem, estava pensando a esse respeito outro dia, enquanto esperava o semáforo abrir e observava a quantidade de escolares que tinham que desviar dos vários veículos estacionados sobre a faixa de pedestres, acredito que essas atitudes sejam estimuladas face à uma completa incapacidade dos órgãos oficiais de fiscalizarem a maioria das situações, e até porque existe mesmo uma sensação de impunidade, somada a um anonimato, que acaba estimulando esses atos. Será que se tivéssemos o hábito de reclamar com esses cidadãos (cidadãos?) eles não diminuiriam seus atos de desrespeito? Se a cada vez que víssemos alguém estacionado sobre a calçada ou em fila dupla ou tripla, tirássemos uma foto com nosso celular e enviássemos para um portal, que publicasse esse registros de desrespeito a cidadania?
Que tal disponibilizar um portal que pudesse explicitar esses diversos exemplos contra a cidadania em nossas cidades?

domingo, abril 11, 2010

Novo sucesso da empresa da maçã



Quando o iPad foi anunciado por Jobs no ano passado, houve críticas de todos os lados, mas a principal era de que o produto não seria nem um iMac e nem um iPhone, e que portanto desagradaria a gregos e troianos, pois não seria compacto o suficiente para permitir ser carregado para todo o lado e não permitiria também o conforto de utilização que um iMac possibilita. Pois bem, a prática correspondeu à teoria, criticar ao Mago da Apple pode não ser um bom negócio, o lançamento do iMac foi um sucesso, vendeu 300 mil unidades no primeiro dia, e já existem comprometimentos de fábricas até o natal e uma estratégia de distribuição Global traçada e em contínuo processo de revisão, haja vista a dificuldade de atender ao desejo do consumidor em possuir o tablet em questão.
Mas o que saiu diferente da previsão dos críticos? Em minha opinião, sempre se pensa nos aspectos racionais e técnicos de determinados produtos, e suas escolhas pelo público não se dão somente baseados nesses quesitos, ousaria dizer inclusive que essa nem é a maior parte da preocupação dos usuários. O aspecto inovação, design, desejo, atualidade pesam imensamente, e nesse campo não tem para ninguém, Jobs nada de braçada.
A emoção envolvida na decisão de adquirir um tablet certamente não encontra amparo nas decisões racionais de utilização, preço, tecnologia, rede de assistência técnica e mais uma imensidão de pontos que, apesar de importantes, apenas serão utilizados para respaldar a decisão tomada, que é a de adquirir uma maquininha dessas.
É claro que nós, profissionais de tecnologia, temos que levar em consideração todos os pontos técnicos e racionais, enquanto planejamos o lançamento de determinados produtos, mas é imprescindível uma visão compartilhada e de conjunto com as áreas mais ligadas aos aspectos emocionais, como marketing e comunicação, pois só assim conseguiremos nos aproximar um pouco mais do que de fato passa pela cabeça do público que se relaciona com os produtos que desenvolvemos.
Ainda bem que a vida é dessa maneira, senão seria no mínimo previsível, e por conseguinte, muito chata de ser vivida.

sábado, março 27, 2010

O stress vem de onde mesmo...?


Já virou lugar comum reclamar do stress e não raro o associamos a essa vida corrida que temos levado, colocando ainda a culpa na tecnologia que acaba nos assolando com toneladas de e-mails, mensagens, celulares que nos interrompem o tempo todo e câmeras que invadem a privacidade das pessoas, mas será que esse de fato é a raiz do stress que nos persegue? Tenho minhas dúvidas.
Costumo fazer hidroginástica bem cedo no clube, normalmente por volta das sete e quinze da manhã já tomei banho e no caminho para o estacionamento encontro com várias pessoas, já testei cumprimentar a todas, mesmo as que não conheço, ofereço um radiante “bom dia”, sabem o que acontece? Quando chego a receber um cumprimento em retorno, normalmente é tímido, em geral as pessoas estranham serem cumprimentadas por quem não conhecem.
A caminho da empresa, venho escapando de motoristas e motoqueiros que insistem em nos ultrapassar pela direita, esquerda, quase passando por cima de nossos carros, mesmo que o trânsito esteja parado alguns metros a frente.
Se paro em um posto para abastecer o carro, é comum presenciar uma discussão por qualquer pequeno motivo, demora no troco, demora para abastecer, a bomba que demora muito para encher o tanque, ou qualquer outro motivo sem importância, mas que basta para transformar o momento em uma guerra.
Vejam que nessas situações, nem chegamos a empresa ainda, ou seja sequer começamos a trabalhar, e já presenciamos várias formas de violência ou no mínimo de indiferença. E ainda assim culpamos a pobre da tecnologia pelo nosso stress.
Já pensou entrar em um hospital e ser operado com a mesma tecnologia disponível nos anos 60? Ou então dirigir no trânsito caótico de nossos dias sem contar com freios ABS, ar condicionado, direção hidráulica? Já imaginou como seria nossa vida na empresa se não tivéssemos e-mail? Ou então sem o aparelho celular ou a internet, você consegue imaginar sua produtividade sem esses brinquedinhos? Eu não!
Acredito que o stress esteja muito mais nas pessoas, dentro de suas cabeças, do que nas ferramentas que usamos diariamente. Experimente começar seu dia falando um BOM DIA ao primeiro que lhe cruzar o caminho, e não desista se não acontecer nada, se persistirmos poderemos obter um clima mais gostoso para conviver e, quem sabe, até com um pouco menos de stress!

domingo, março 14, 2010

Falando de memória, de tamanho e de peso...


A Toshiba desenvolveu protótipo de memória SSD (Solid State Device) com capacidade de 1 Terabyte, em parceria com a Universidade de Keio em Tókio. Mas o que isso significa? A indústria vem seguidamente perseguindo menores tamanhos de componentes com maiores capacidades de armazenamento e de processamento, até ai nada de novo.
O que se destaca nesta notícia é que estamos entrando em uma capacidade de armazenamento que já viabiliza a disponibilização de microcomputadores com memórias de estado sólido, aposentando os atuais discos rígidos ou winchesters. Com isso ganharíamos velocidade (a velocidade de acesso de uma memória do tipo SSD pode chegar a 250 MB/s), ganharíamos duração de bateria (as memórias do tipo SSD por não terem dispositivos móveis consomem bem menos bateria) e o mais importante, economizaríamos MUITO espaço, pois as memórias SSDs tem dimensão semelhante a de um selo postal e espessura da ordem de 2 milímetros.
Imaginem só o potencial dessa memória, que consegue armazenar 1 terabyte em espaço tão reduzido. Seria o sonho de pais que, como eu, preocupam-se com o tamanho e o peso das mochilas de seus filhos, com a utilização de uma tecnologia semelhante ao SSD as crianças poderiam levar apenas um cartão para a escola, onde estaria toda sua tarefa, seu histórico (desde que entrou na escola), notas de provas, trabalhos, livros e exercícios, prontuário médico e mais uma infinidade de informações e conteúdo. A criança poderia utilizar um netbook para manusear seu cartão de memória, ou então simplesmente inseri-lo nos PCs da escola.
Apesar do preço do dispositivo de memória e mesmo o preço de um netbook, acredito que seria viável, pois deixaríamos de adquirir livros e cadernos que, além de aliviar o impacto ambiental, também aliviariam a pressão sobre as costas de nossas crianças que são obrigadas a levar diariamente de cinco a dez quilos de material dentro de suas mochilas.
Será que estarei lá, quando finalmente a mochila de nossas crianças ficar mais leve ou mesmo deixar de ser necessária? É uma questão tecnológica ou de bom senso?

sábado, março 06, 2010

Quando a tecnologia não funciona


Li que o ex-presidente da IBM, Louis Gerstner, ao assumir a Big Blue em 2002 durante as apresentações que os então Vice-presidentes lhe faziam para mostrar como a empresa estava indo, em determinado momento pediu que desligassem o Power-point, e que passassem a apenas conversar. E se isso lhe acontecesse em meio a uma apresentação, você estaria preparado para “apenas conversar”?
Em uma reunião por vídeo conferência que fizemos nesta semana que passou, tivemos um problema de configuração, e no momento de iniciarmos a referida reunião o equipamento não funcionou. Nesse momento, olhares entre desesperados e acometidos de verdadeiro terror, pairam no ambiente, procurando ou por uma solução ou por alma caridosa que se disponha a resolver o problema, mas qual o quê, a menos que tenhamos um adolescente em um raio de alguns metros, essa solução pode demorar horas.
E olha que esses problemas não são exclusividade de nossas vidas, pois até o próprio pai do Windows, Mr Gates, recebeu tela azul na palestra de apresentação do Windows 98, na frente de milhares de pessoas, e teve que assumir ali mesmo, que às vezes a informática nos faz pagar alguns micos, e neste caso era quase um orangotango!
A saída é mesmo estruturar apresentações e reuniões na cabeça ou no papel mesmo, deixando as pirotecnias do Power point como último recurso, e de preferência usado com parcimônia, pois ninguém merece apresentação que mais parece demo de facilidades do Power point, tamanha a quantidade de efeitos que, por vezes, somos obrigados a assistir.
Sempre alimentei o sonho de ministrar uma palestra com uso mínimo, ou mesmo sem a utilização do Power Point, e não é que tempos atrás tive a oportunidade de comparecer a uma palestra do filósofo e educador Mário Sérgio Cortella, e para meu deleite, ela a proferiu sem se utilizar sequer de projetor de slides. Nessa situação, o máximo que poderia dar errado é com o microfone, e nesse caso, haja garganta!
E você, como se sairia se no início de uma apresentação fosse informado que teria que prosseguir sem a utilização do projetor multimídia ou de computadores, estaria preparado?

domingo, fevereiro 28, 2010

TeleFênix


Temos ouvido com certa freqüência e insistência a intenção de retorno da Telebrás.
Independentemente do apelo nacionalista barato, um dos argumentos apresentados é que a volta da Telebrás seria utilizada para o aumento da penetração da banda larga para a população como um todo, por meio de ofertas subsidiadas ou mesmo efeito regulador sobre as atuais operadoras de telecomunicações que operam no país.
A Coréia do Sul possui a maior penetração em banda larga do mundo, e esse fato é um dos alicerces de um sistema educacional que foi o responsável pela mudança cultural, política e social ocorrida neste país, que o transformou totalmente e fez com que alçasse vôo e ocupasse lugar entre as nações desenvolvidas e com economia vigorosa e estabilizada.
A penetração da banda larga na Coréia tem servido de inspiração aos defensores da volta da Telebrás, como sendo uma necessidade para o Brasil, através do aumento do acesso ao mundo da internet e das informações, também conseguir um desenvolvimento maior e mais rápido do que o apresentado nas últimas décadas.
Relacionar o aumento do desenvolvimento de um país ao acréscimo de lares com acesso a internet Banda Larga tudo bem. Utilizar a Coréia do Sul como modelo, tudo bem também, até porque o modelo educacional utilizado por este país foi totalmente embasado no modelo desenvolvido por um educador brasileiro, Paulo Freire, que não atraiu muita simpatia para suas teorias educacionais aqui no Brasil, por conta de suas idealizações políticas, mas que teve seu trabalho reconhecido pela Coréia do Sul, que em visita ao Brasil, deslumbrou-se pela sua teoria. O problema está, na minha opinião, em termos que conviver com a volta da Telebrás para garantir esse processo, isso já é demais!
Afora o risco de virar mais um pesado órgão governamental a ser sustentado por um já combalido orçamento, pergunto-me se não seria mais interessante ficarmos com as entidades que já temos nesse cenário, e criar condições sadias para que as necessidades nacionais fossem atendidas pela infra-estrutura existente no país, sem a necessidade de criação de outras empresas e órgãos governamentais.
Que tal reduzirmos a incidência tributária sobre a banda larga? Trata-se da mais cara tributação de serviço no mundo, e que encontra equivalência apenas em bebidas alcoólicas e cigarros aqui no Brasil. E que tal utilizarmos os fundos setoriais? O Fust foi criado para que houvesse reinvestimento nos setores que o suportam e arrecada mais de R$ 1 Bilhão ao ano, mas que infelizmente tem sido utilizado para outros fins. Ao invés disso, preferem reviver a TeleFênix... :-(

domingo, fevereiro 07, 2010

A tecnologia e os médicos engenheiros


Minha esposa submeteu-se a uma cirurgia de Excimer Laser, para correção de presbiopia e astigmatismo. Ela ficou uns 40 minutos no centro cirúrgico, mas a cirurgia propriamente dita não levou mais que dois ou três minutos. E nesse tempo todo, o papel do cirurgião foi apoiar sua cabeça na máquina, para que o computador fizesse todo o procedimento operatório. Nesse tipo de cirurgia, não há intervenção humana.
Na empresa em que trabalho já transmitimos cirurgias cardíacas que estavam se realizando em um centro cirúrgico de Uberlândia para a Universidade de São Paulo para um grupo de residentes e para o Instituto do Coração, onde o doutor Adid Jatene orientava e acompanhava a cirurgia, estando a mais de 600 quilômetros do centro cirúrgico. Já existe tecnologia disponível para, além de podermos transmitir a cirurgia, também permitir que o cirurgião atue de forma remota e teleassistida, possibilitando que um especialista tenha disponibilidade de operar no mundo todo, sem sair de seu consultório.
Comecei minha atuação profissional de engenheiro, trabalhando em uma empresa que também atuava na área de medicina, e lembro-me de vários relatos de engenheiros que salvaram vidas, ao instalar ou operar equipamentos fundamentais em procedimentos operatórios ou mesmo nos centros de terapia intensivas. Nestes momentos, o médico se afastava e dava espaço para que os engenheiros e técnicos fizessem sua parte, salvando vidas.
Não quero com esse texto tirar a responsabilidade ou a importância da classe médica, muito pelo contrário, entendo que de nada adiantaria a tecnologia se não houvesse conhecimento médico a altura de utilizá-la. Mas acho importante ressaltar que a forma de fazermos medicina vem mudando também. É fácil lembrar do uso e evolução da tecnologia nas telecomunicações, na internet e nas transmissões por fibra óptica, mas na área médica a evolução é tremenda. A tecnologia vem nos acompanhando em cada momento de nossas vidas. No último post que fiz, recebi um comentário com um link que dá uma pequena idéia do que pode ser nossa interação com a tecnologia na área da saúde, este futuro já bate à nossas portas. Espero que neste momento, não precisemos teclar "ctrl+alt+del" durante um procedimento operatório para destravar uma máquina ou o sistema operacional de algum computador que esteja nos assistindo...

sábado, janeiro 30, 2010

Celular faz mal a saúde II, o retorno


Esse tema é polêmico, e como envolve nossa saúde e o uso de tecnologia celular, que de tão popular já alcança a casa dos 4 bilhões de usuários no mundo todo, naturalmente sempre que comentada provoca comentários calientes e interesse geral. Já houve inclusive leitor que me mandasse meter-me com minha área de atuação, que obviamente não é a medicina. Mas serei imprudente o suficiente para abordar novamente este assunto, até porque temos novidades a esse respeito.
Cientistas da Flórida publicaram artigo neste mês, onde constatam que em uma população de cem ratos com predisposição para o mal de Alzheimer, após serem expostos por nove meses ao padrão de irradiação de ondas eletromagnéticas semelhantes ao do telefone móvel celular, todos os ratos continuavam sadios, nenhum desenvolveu sinais de demência e houve inclusive melhora na memória dos ratinhos.
Segundo o Dr. Gary Arendash, professor que dirigiu o estudo, alguns espécimes mais idosos tiveram inclusive sua condição de memória melhorada após o estudo.
É claro que o estudo ainda não é conclusivo para ter seus resultados aplicados também a seres humanos, por outro lado é importante ressaltar que estudos sérios vem sendo feitos neste sentido e que certamente muito em breve teremos dados concretos em que nos apoiar, para podermos usar mais tranquilamente nossos celulares. Até lá continuaremos ouvindo muita polêmica a esse respeito e se por acaso você receber uma ligação telefônica e do outro lado ninguém disser alô, não desligue, pode ser que você seja um dos felizardos a estar recebendo uma ligação telefônica de um dos cem ratinhos do Dr. Arendash, e provavelmente ele estará discando seu número de memória, não precisando olhar na agenda :-P

terça-feira, janeiro 26, 2010

Tecnologia no deserto?




Cheguei neste final de semana da viagem que fiz de moto para o deserto do Atacama. Tinha intenção de manter-me afastado dos temas do dia-a-dia, até porque tratava-se de uma viagem de férias, mas como fazer isso com relação à tecnologia? Atualmente o melhor termo para classificar a tecnologia é UBIQÜIDADE. Sim porque ela está em todo lugar o tempo todo.
Fizemos as reservas em todos os hotéis pela internet, com todo o conforto de poder visualizar os hotéis, bem como comparar preços.
Acessamos dezenas de Blogs para nos informar a respeito da viagem, colhendo dicas de viagem, tipo de roupa a utilizar durante a viagem, temperaturas que enfrentaríamos, lugares para comer e para visitar, imagine acessar a essa quantidade de informações há alguns anos atrás sem a internet!
Em todos os hotéis tive acesso livre ao Wi-Fi, que me permitiu utilizar minha conta de VoIP Azzu no meu N95, falando livremente com o Brasil e com meu filho nos EUA, pagando alguns poucos centavos por minuto.
Todas nossas rotas, destinos, postos de combustíveis e hotéis foram programados nos aparelhos de GPS que equipavam as motos, deixando a viagem mais segura e previsível.
As condições do tempo também foram todas acompanhadas através da internet, de forma que sabíamos em todos os trechos se pegaríamos chuva ou sol bem como que temperaturas enfrentaríamos.
Passamos pelo povoado de Machuca que fica situado em uma montanha no meio do deserto, onde seus 40 habitantes obtêm toda sua energia através de painéis solares.
O maior exemplo de tecnologia estava exatamente no lugar mais ermo, no deserto entre a cidade e o cume da subcordilheira Andina, vimos as instalações do projeto ALMA (Atacama Large Millimeter Array) gigantesco telescópio composto de mais de sessenta antenas parabólicas de doze metros, projeto que até sua plena operação em 2012 terá recebido investimentos superiores a 1 Bi US$, sendo classificado como o maior telescópio com essa característica no mundo.
Agora uma das maiores demonstrações do avanço tecnológico veio mesmo da Gendarmeria Argentina na cidade de Posadas, que utiliza radares tão avançados, que são impossíveis de serem vistos, assim fomos multados por excesso de velocidade por radares que de tão avançados pareciam inexistentes, ia me esquecendo, as multas podiam ser pagas na hora para os guardas e em reais, deve ser a globalização!

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Férias


Pessoal, semana que vem saio para minhas merecidas férias, onde a única tecnologia a que terei acesso será a de minha moto (ignição eletrônica, sondas lâmbda e injeção mapeada para fazer frente a diferentes tipos de gasolina e às altitudes com menos oxigênio que imporão misturas mais pobres para o motor), tecnologia celular (VoIP para falar com os familiares e amigos que não me acompanharem na viagem e câmera digital para tirar fotos que servirão de recordação da viagem) além da tecnologia do GPS que guiará a mim e a mais quatro amigos em uma viagem de moto até o deserto do Atacama no Chile.

Nos encontramos na volta, saludos a todos!

domingo, janeiro 03, 2010

Feliz Ano Novo!


Primeiro post do ano :-)
E finalmente iniciou o ano de 2010!
Apesar das expectativas nefastas da crise, até que nos saímos bem, o País cresceu, houve demissões, mas em menor número do que se supunha, e tivemos vários setores da economia que terminaram o ano em franca expansão, nada mal para esse aninho de 2009 não é mesmo?
E as promessas de ano novo? Novos e miraculosos regimes para se começar, programas de ginástica, academia ou caminhadas, parar de fumar (alguém ainda faz isso?), e também é momento de lembrarmos um pouco do passado. Pois foi fazendo uma pequena retrospectiva que me lembrei que, dez anos atrás, o mundo inteiro esperava, que o BUG do Milênio fizesse com que perdêssemos milhões de dólares por conta das incontáveis paralisações que provocaria em vários sistemas mundo afora: sistemas bancários, sistemas de telecomunicações, sistemas de segurança e etc, etc.
Que coisa! Cheguei a fazer parte do comitê que, por parte das Telecomunicações, discutiu em Brasília e elaborou minucioso plano, preparando-nos para o ecatombe. Passamos aquele réveillon em um QG, analisando todos os sistemas de telecomunicações da empresa em que trabalho, e nada aconteceu (ainda bem)! Em compensação, no resto do Brasil, também nada aconteceu, e no mundo todo...também nada aconteceu. Que competência em traçar planos de contingência hein?
Será que todos planos elaborados e postos em prática foram extremamente perfeitos, ou de fato nos assustamos mais do que devíamos, talvez por um alarme falso?
De onde será que vem esse prazer em divulgarmos as notícias ruins? Aquelas com potencial para causarem grande estrago na vida das pessoas? Lembro-me de alguns amigos (alguns até que freqüentam este Blog vez por outra) que diziam: “Bug do Milênio? Besteira, história para boi dormir...”.
Bem fizemos o que tínhamos que fazer, o que a sociedade que usufrui dos serviços que prestamos esperava que fizéssemos, e até o que vários bancos e investidores exigiram, para que não se perdesse o mínimo de governança corporativa, que poderia levar a uma quebradeira geral no mercado.
Qual será a próxima potencial catástrofe a que teremos que nos submeter no futuro? Será que virá ainda em 2010? Xô Satanás! Pé de pato mangaló três vezes...