domingo, janeiro 18, 2009

Porque sempre divulgamos as piores notícias?


Porque será que várias pessoas ao verem um copo com água pela metade percebem apenas o tanto que falta de água? É como se procurássemos por notícias ruins para alimentar nossa porção pessimista que nos cobra ao menos uma má notícia diária...
O interesse pelas más notícias acaba alimentando uma cadeia que tende a se reforçar sempre que outras más notícias são divulgadas, é o que chamamos de ciclo vicioso, que quanto mais se desenvolve pior fica a situação.
Ao que tudo indica, a mídia vem dando enfoque exatamente naquelas notícias que queremos ver divulgadas, não fosse assim não veríamos sempre um destaque maior nas demissões que são anunciadas pelas empresas do que nas expansões e aberturas de novas fábricas, que têm ocorrido em maior escala, haja vista que o mundo econômico está em expansão, em que pese o momento em que nos encontramos.
Essa semana li que o mercado de PCs teve seu pior desempenho desde 2002, apresentando um crescimento de apenas (notem o apenas) 1,1 pontos percentuais no último trimestre de 2008, segundo dados do Gartner Group. Ora não se trata de ser otimista, mas eu encararia a mesma notícia de maneira diferente, pois se por um lado temos a companhia do fantasma da crise, que todos dizem deverá afetar o mercado de consumo, por outro temos uma indústria que, mesmo frente a esse cenário, consegue ainda crescer mais de um ponto percentual no trimestre, motivo de comemoração portanto!
E o que é mais interessante, é que mesmo quando as notícias são boas, parece que buscamos o seu lado negro. Assim foi divulgado pela FGV, ITData e Abinee (Associação Brasileira da Indústria elétrica e eletrônica) que fecharemos 2008 com vendas no mercado de PCs variando entre 12 e 13 milhões de unidades, recorde em performance absoluto, frente a anos anteriores, na mesma nota destaca-se também o aspecto muito positivo da inclusão digital provocada por essa invasão de PCs no mercado, e logo depois o alerta: mercado fácil para invasões de máquinas e propagação de vírus e outras pragas cibernéticas. Pois bem, é como se ao termos que divulgar uma notícia boa, imediatamente tivéssemos o estímulo para buscar o lado ruim da mesma notícia, caso contrário a mesma não teria aceitação perante os leitores. Qual o nosso papel nessa história toda? E você, já divulgou sua BOA notícia hoje?

3 comentários:

@JoseAdolfo disse...

Ao receber a edição n° 556 da revista Época ontem em casa, a primeira página que abrir, foi um anúncio do Instituto para Desenvolvimento do Varejo, criado pela agência Escala.

Com uma frase[bb] acima LEVANTE A CABEÇA E OLHE PARA FRENTE e abaixo uma Fábula.

Era uma vez um homem que vivia na beira de uma estrada vendendo cachorro - quente. Ele não tinha rádio, TV e nem lia jornais. Se preocupava em produzir e vender bons cachorros - quentes.

Ele também sabia divulgar como ninguém o seu produto; colocava cartazes pela estrada, oferecia em voz alta e o povo comprava.

Usava o melhor pão e a melhor salsicha. O negócio, como não podia ser diferente, prosperava. Tanto que ele conseguiu mandou o seu filho estudar na melhor faculdade do país.

Um dia, seu filho já formado voltou pra casa e falou ao pai:
- Pai vc não ouve rádio, não vê TV, não lê jornais? A situação é critica. O País vai quebrar.

Depois de ouvir isso, o homem pensou: “Meu filho estudou fora, le jornais, vê TV. Deve ter razão.”

E,com medo, procurou um fornecedor mais barato para o pão e as salsichas. Para economizar parou de fazer seus cartazes de propaganda. Abatido pela noticia, ja não oferecia o seu produto em voz alta.

As vendas é claro, despecaram até o negócio quebrar.

Então o pai, muito triste falou para o filho:
- Vc esta certo meu filho, estamos no pior momento de todos os tempos.

PARA NÃO REPETIR ESSA HISTÓRIA, DECIDIMOS NÃO TEMER O FUTURO. EM VEZ DISSO, VAMOS ENFRENTAR O MOMENTO ATUAL COM CORAGEM E CRIATIVIDADE. SÓ COM VONTADE, FORÇA E DETERMINAÇÃO É QUE PODEREMOS SUPERAR ESTA FASE. TEMOS FÉ NA GRANDEZA DESTE PAÍS E DETERMINAÇÃO É QUE PODEREMOS SUPERAR ESTA FASE.

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Edu@rdo Rabboni disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Edu@rdo Rabboni disse...

Obrigado pelo comentário e mais ainda pela dica, farei uma palestra em uma convenção de vendas ao final do mês e pretendo finalizar com essa fábula, que é excelente para mostrar o quanto podemos ser perversos conosco mesmo, basta que nos descuidemos um pouco...
E parabéns pelo que vem desenvolvendo em seu Blog, está muito bom :-)