domingo, abril 14, 2013

Produtividade em TI - O que realmente faz sentido


Acredito que todos nós tenhamos cases para lembrar, de projetos que implantaram ferramentas ou funcionalidades que, apesar de garantidas pelo fornecedor ou parceiro de tecnologia, trariam grandes ganhos e benefícios, ao final do projeto representaram apenas custo e esforço de implantação, não se enxergando os esperados benefícios constantes do escopo do projeto.
Se você lembrou de algum projeto em que atuou direta ou indiretamente, onde tenha ocorrido situação semelhante, não se desespere, você não está sozinho, infelizmente!
Nem sempre os benefícios esperados de um novo sistema, ou mesmo de alguma funcionalidade existente em um sistema que estamos implantando são relacionados adequadamente aos fluxos e processos internos que precisamos adequar ou desenhar, para que se consiga obter o máximo de retorno da funcionalidade em questão, nesta situação, o que normalmente ocorre é que ou se abandona a implantação ou mesmo se faz a implantação até ao final, para então descobrir que todo o esforço foi em vão, pois os fluxos internos dos negócios não foram desenhados para ficarem alinhados aos novos processos e sistemas. Fica aquela sensação de improdutividade ou mesmo de termos perdido nosso tempo, implantando algo que ao final, apenas aumenta nosso ciclo de atividade, não representado nenhum benefício real.
Ontem retornando de uma viagem internacional, vinha de uma experiência de produtividade grande durante a viagem, onde pudemos fazer a reserva, escolha de assentos e mesmo o check in de forma antecipada e pela internet, escolhendo para receber nosso bilhete de embarque pela internet, pela nuvem, no nosso celular ou mesmo tablet, tudo isso de forma automática e eficiente, poupando tempo e recurso dos usuários. A reserva do hotel também foi feita de maneira eletrônica, assim como as reservas de visitas e passeios que fizemos.
Qual não foi minha surpresa quando, de retorno ao Brasil, aproveitei desse embalo de interatividade e eficiência, e enquanto aguardava meus colegas passarem pela alfândega no Brasil, fiz meu check in de forma também eletrônica, pelo meu celular, escolhi assento e salvei meu bilhete de embarque em meu smart phone, para posterior embarque em Congonhas. No entanto quando fui embarcar, ouvi do agente da empresa que estava verificando nossos documentos: “ Esse sistema de embarque via mobile somente atrasa o embarque...”. Experiência frustrante não é mesmo?
A leitora de código de barras estava desligada, o profissional que deveria estar preparado e treinado para atuar no meu embarque não conhecia como deveria proceder, e ao final, olhando na tela de meu celular, praguejou mais uma vez contra a “turma de sistemas” de sua empresa, anotou o número de meu assento na palma de sua mão com caneta, me lançou um olhar ameaçador que me desencorajava a novamente ousar utilizar aquela “facilidade” que sua companhia me oferecia, e bufando finalmente disse: “boa viagem!”

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