Lendo o livro fantástico “O Poder
dos Modelos Replicáveis” de Chris Zook e James Allen da Bain Company,
deparei-me com a dica: É preferível a melhoria contínua e o planejamento em
oposição à hesitação seguida de corrida ansiosa para a compensação do tempo
perdido. Parece óbvio não é mesmo? Tão óbvio que é difícil de ser seguido...
Que atire a primeira pedra quem,
que na liderança da implantação de um projeto de TI, não tenha tido que lidar
com a ansiedade de equipes que, após meses de discussão e de “n” tentativas de
viabilizar um produto ou projeto, pretenda tirar todo o atraso incorrido na
implantação, sugerindo inclusive atividades em paralelo, encurtamento de fases
do projeto, testes unitários em paralelo aos integrados ou pior teste em
produção...
Fico imaginando que se o projeto
de criação do mundo fosse feito através das práticas comuns na lida de TI, levaríamos
de segunda à sexta-feira para determinar o escopo do que gostaríamos de
implantar, ao sábado faríamos algumas reuniões para entender detalhadamente o
escopo, que até o final do dia mudaria algumas vezes...pequenas mudanças a bem
da verdade e na manhã de domingo começaríamos a pressionar o pessoal de
codificação para terminar tudo até o final do dia, afinal de contas todas as
empresas fazem o mundo em sete dias, não é possível que a nossa TI leve mais do
que isso....mas e o escopo que só fechou no sábado à noite?.....veja bem, todos
sabiam desde o início o que era para ser feito....vocês poderiam ter adiantado
algo....Ah, esqueci de especificar isso mas não deve impactar muito ....eu
acho.....mas o desenvolvimento deve levar em consideração a integração com todo
o legado, de forma transparente.......mas que legado? Estamos criando o mundo
agora?!? Isso para não falar do tempo de contratação, treinamento, operação
assistida, etc etc..
Quando começamos a pensar em um
projeto, desde o primeiro momento, é fundamental termos em mente, o tempo todo,
as fases necessárias à sua implantação, e de que tempo precisaremos para que
essas fases se desenvolvam. Sempre pensamos no tempo total para implantar uma
ideia, mas nem sempre temos a mesma criticidade no olhar para separar o joio do
trigo, sendo honestos na constatação que por vezes o tempo necessário a
viabilização e/ou formatação de uma ideia é desproporcionalmente maior do que o
tempo realmente necessário para a sua construção e implementação.
Essa realidade lhe soa familiar?
Então mãos à obra, vamos mudar esse cenário para o ano de 2014. Nunca ouviu ou
viu situação semelhante? Parabéns, e me diga uma coisa, como é mesmo a vida ai
em Marte?
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