terça-feira, novembro 27, 2007

no e-mail day


Várias empresas adotam o casual day na sexta-feira, dia em que todos os funcionários deixam o terno e a gravata em casa, e vão trabalhar em roupas mais casuais. De forma semelhante, algumas empresas vem atualmente adotando o no e-mail day, que é o dia da semana onde o e-mail é evitado e todos os problemas do dia são resolvidos pessoalmente pelos funcionários da empresa.
Confesso que, apesar da tentação de adotar tal prática semanal, sempre acabo deixando para a semana que vem, receando os efeitos nefastos que um dia sem e-mail possa causar em minha vida profissional.
Bem essa foi a situação até a última segunda-feira, onde por problemas em nosso sistema de correio corporativo, ficamos sem e-mail praticamente o dia todo. A princípio o dia parecia que seria um caos, pois ninguém se lembrava de suas agendas, principalmente em uma segunda-feira que sucede um bom e merecido final de semana, onde as atividades do dia-a-dia corporativo ficam mais distantes. Mas não é que sobrevivemos?
É claro que houve vários impactos na operação da empresa, pois várias situações oficiais são suportadas por documentos enviados através desse meio, mas por outro lado, todos aqueles correios não tão importantes, que costumam lotar nossa caixa de correio, não vieram e, portanto não precisaram ser lidos e sumariamente descartados, o que sempre merece um tempo considerável de nosso dia.
Também não houve aquela frustração de, ao chegar a um final de dia repleto de reuniões, sentar frente a seu micro-computador e observar estarrecido a quantidade de e-mails recebidos ao longo do dia. Isso para não citar os e-mails com arquivos enormes anexados.
E é interessante de se observar que, apesar dos tropeços causados pela falta de agenda de todos os funcionários da empresa nesse dia, conseguimos resolver ou encaminhar todos os problemas que pretendíamos. Sabe aquela vontade de enviar um correio eletrônico para sugerir que alguém atentasse para determinado problema? Pois bem, ao invés de fazermos isso, fomos obrigados a telefonar ou mesmo nos dirigirmos à mesa desse colega e apresentar-lhe o problema, e apesar da sensação de perda de produtividade pela falta da ferramenta, ao final do dia notamos que o dia foi muito produtivo...

2 comentários:

Pai da Princesa disse...

Olá Eduardo...

Apesar do e-mail ser uma ferramenta muitíssimo útil tanto na vida pessoal quanto profissional, seu uso "indiscriminado" torna-se um verdadeiro problema. Pesquisas realizadas em todo mundo mostram que gastamos boa parte de nosso dia consultando nossa caixa de entrada. E-mail à priori importante se perde dentre inúmeros com importância irrelevante, ou então, com vários enviados por nossos "amigos" contendo apresentações intermináveis ou aquelas correntes.

Acredito que seria interessante ocorrer um “no e-mail day”, mas parcial, não para deixar de usar o e-mail, mas a principio buscar uma conversa pessoal, onde aspectos importantes poderão ser discutidos neste breve momento e ter um contato maior com nosso colega de trabalho não deixando assim essas conversas apenas para as confraternizações.

Buscar o uso mais racional dos e-mails é um fator de suma importância para a produtividade do andamento do trabalho na empresa e também na vida pessoal de todos, pois assim teremos menos tempo dedicado para as apresentações de Powerpoint e muito mais para destinarmos à nossa vida profissional, cultural e familiar.

Edu@rdo Rabboni disse...

Obrigado pelo comentário Marcelo. Acho que a questão da chatice que é recebermos e-mails sem conteúdo, ou com conteúdo que não solicitamos ou não queríamos receber, está além da mídia propriamente dita. O problema é a capacidade de elaborarmos conteúdo de qualidade, em qualquer mídia que seja. Equivale a termos várias conversas diárias com algumas pessoas e pensarmos em quantas dessas conversas falamos ou abordamos algo que de fato valha a pena. Como na conversa téte-à-téte temos a opção de escolhermos com quem vamos conversar, isso não acontece, ao passo que nos e-mails algumas pessoas não chegam a pensar se o que pretendem nos enviar de fato servirá para alguma coisa, e simplesmente enviam-nos despreocupadamente um monte de lixo. Então sejamos seletivos, e sempre pensemos se o que tencionamos enviar para alguém, de fato lhe servirá para alguma coisa. Sinta-se em casa no MundoConectado.