As predições erradas, proferidas por personalidades de peso na indústria, são famosas pelos erros retumbantes que colecionam, nesse sentido tivemos as célebres afirmações de que o cinema falado não atrairia ninguém e que as pessoas continuariam preferindo o cinema mudo, também tivemos a afirmação que não havia mercado para mais que uma centena de computadores pessoais, pois ninguém almejaria ter um PC em casa, houve até quem afirmasse que a Internet era uma moda passageira. Normalmente essas afirmações advêm de líderes de segmentos afetados pela novidade, é como se fosse uma ode contrária à inovação, enxergando uma possibilidade de dar mais alguns anos para negócios que começam a naufragar, ao invés de re-inventar esses mesmos negócios de forma radicalmente nova.
Agora é a vez da propaganda. Na semana passada vimos uma propaganda nas páginas da revista Veja dizendo que a mídia tradicional vai “bem obrigado” e que enganam-se os que pensam o contrário. A leitura que faço é que quando começamos a ver esses sinais explícitos de reação, o que ocorre é exatamente o contrário, na realidade existe uma crença que os meios de divulgação (ou mídia) estão mudando rapidamente, e que ninguém está muito certo do que deve ser feito, o que incomoda sobremaneira os líderes atuais desse mercado.
A consultoria Accenture divulgou resultado de pesquisa nessa semana, realizada com 70 presidentes de empresas, onde concluem que os anúncios em TV aberta e a cabo, que hoje representam 45% do investimento em propaganda, devem cair dramaticamente nos próximos anos. A Internet deverá atingir até 2011 o montante de US$ 44 bilhões em verbas de propaganda, mais da metade do total investido em todas as mídias atuais.
A aposta da consultoria é que a banda larga deverá ser o carro chefe da propaganda digital (22%) seguida de perto pela publicidade via Internet (21%) e celulares (11%). Esse último veículo é até o momento totalmente desconhecido no campo da publicidade, mas sabemos que temos o dobro de aparelhos celulares no Brasil (110 milhões) do que televisores (50 milhões).
E sabem porque está acontecendo essa revolução? Pelo simples fato de que o consumidor está mudando! Os adolescentes de hoje dedicam mais tempo a Internet do que a televisão, então continuar investindo nos meios tradicionais de mídia é remar contra a corrente.
Agora é a vez da propaganda. Na semana passada vimos uma propaganda nas páginas da revista Veja dizendo que a mídia tradicional vai “bem obrigado” e que enganam-se os que pensam o contrário. A leitura que faço é que quando começamos a ver esses sinais explícitos de reação, o que ocorre é exatamente o contrário, na realidade existe uma crença que os meios de divulgação (ou mídia) estão mudando rapidamente, e que ninguém está muito certo do que deve ser feito, o que incomoda sobremaneira os líderes atuais desse mercado.
A consultoria Accenture divulgou resultado de pesquisa nessa semana, realizada com 70 presidentes de empresas, onde concluem que os anúncios em TV aberta e a cabo, que hoje representam 45% do investimento em propaganda, devem cair dramaticamente nos próximos anos. A Internet deverá atingir até 2011 o montante de US$ 44 bilhões em verbas de propaganda, mais da metade do total investido em todas as mídias atuais.
A aposta da consultoria é que a banda larga deverá ser o carro chefe da propaganda digital (22%) seguida de perto pela publicidade via Internet (21%) e celulares (11%). Esse último veículo é até o momento totalmente desconhecido no campo da publicidade, mas sabemos que temos o dobro de aparelhos celulares no Brasil (110 milhões) do que televisores (50 milhões).
E sabem porque está acontecendo essa revolução? Pelo simples fato de que o consumidor está mudando! Os adolescentes de hoje dedicam mais tempo a Internet do que a televisão, então continuar investindo nos meios tradicionais de mídia é remar contra a corrente.
7 comentários:
Rabboni,
O conteúdo que encontrei neste artigo me interessou bastante, por isso resolvi propôr uma reflexão. A pouco tempo me informei pela internet que o mercado de propaganda via celular estaria crescendo na China. De acordo com o jornal People's Daily, estimava-se uma movimentação acima de 50 milhões de dolares neste mercado para o ano de 2008. Empresas como BMW e LENOVO estariam explorando mais esta oportunidade que ao meu ver, pode ser bastante rentável. Pelo celular, um objeto de uso particular, as empresas poderiam direcionar suas propagandas, visando o público alvo de seus produtos, discriminando-o pelo sexo, idade, poder de compra e vários outros aspectos que constituem um consumidor. Conforme lido no seu artigo, existem hoje no Brasil cerca de 110 milhões de aparelhos celulares, mais que o dobro de televisores. Sendo assim, por que em tempos de video-chamadas, video-streaming e imagens de alta resolução, a propaganda via celular é tão pouco explorada?
Obrigado!
João Pedro Fabbri
O anúncio da entrada do Google no mercado de software para celulares tem tudo a ver com a demanda por anúncios. O Google tem conseguido um faturamento absolutamente fantástico, somente com anúncios via Web. A Microsoft também está obcecada com este "novo" mercado, e está investindo pesado, comprando empresas e investindo em empresas promissoras como o Facebook.
O mais interessante do modelo do Google (e também do Facebook, agora com participação da Microsoft) é que eles se concentraram em produzir ferramentas que facilitam a vida tanto de quem anuncia como de quem oferece espaço para anúncios. Para quem é profissional de marketing, a facilidade de medir os resultados serve para eliminar o medo do desconhecido. Por isso tem dado tão certo.
Sobre comentãrio do João Pedro a respeito dos anúncios para celulares, acho que há aspectos culturais em jogo. Para quem usa o celular primariamente para conversar, não sei se os anúncios funcionariam tão bem. Não conheço os serviços de celulares em outros países, mas suspeito que o padrão de uso seja diferente, o que pode facilitar o direcionamento dos anúncios.
João obrigado pelo comentário. Seria muita pretensão minha sequer imaginar que eu soubesse essa respota, mas tenho uma opinião pelo menos, acho que ninguém acertou a mão ainda. Existe um grande temor da propaganda celular virar uma praga, ou ser reconhecida pelo usuário como intrusiva ou popularmente conhecida como Spam. Nesse caso estão se desenvolvendo algumas alternativas conhecidas como opt in, onde o usuário aceitasse receber propagandas. Mas para tanto, temos primeiro que pensar o que iremos anunciar, pois ninguém optará por receber propaganda em seu celular se o conteúdo não lhe convier ou estiver intimamente ligado ao seu perfil, caso contrário seria apenas perda de tempo, não agregando nenhum valor ao usuário, concorda?
Carlos o que mais me fascina é que as ferramentas são feitas para serem auto-compreendidas, ou seja dispensam manuais (os manuais foram uma invenção maléfica do século passado...). Por outro lado, o que me assusta é que não estou certo de que nossa sociedade esteja totalmente preparada para não mais frequentar lojas (dispensando assim os lojistas e vendedores reais), não mais utilizarem-se de agências de propaganda, redatores, editoras, gravadoras, distribuidores etc, etc. Em que pese o benefício da cobertura e baixo custo que porporcionam, existe o desemprego que causam no curto prazo...e dai já viu né? corremos o risco de termos que voltar a caçar nosso jantar.... abraços!
Rabboni,
Eu acredito que para a prática de marketing móvel obter sucesso deve haver uma quebra dos paradigmas.
As emissoras lançam dezenas de propagandas em suas programações, muita gente odeia, mas se acostumaram com a idéia de terem que esperar alguns minutos para retornarem o programa.
É claro que ninguém deve esperar uma propaganda para falar ao celular, mas acredito que existem várias maneiras de se contruir o marketing móvel sem torná-lo intrusivo.
Na minha opinião, quem ousar se aventurar nessa prática, poderá colher os frutos futuramente.
Obrigado!
João Pedro Fabbri
Rener e Albino
Rabboni,
“Um novo modelo de propaganda”
A Convergência Digital provocada pelos avanços tecnológicos, pela forma com que vemos e agimos no mundo, vem mudando drasticamente a mídia de uma forma geral. A propaganda está intimamente no meio dessas mudanças. Não se pode prever ao certo quais serão os rumos que ela tomará neste contexto e quem serão os grandes Players neste novo mundo, apesar disto vale fazermos um pequena reflexão sobre este interessante assunto.
Há alguns dias atrás, eu e amigo estávamos conversando sobre os Posts do seu blog e, ambos ficamos muito interessados neste assunto. E começamos ali mesmo em sala de aula a discutir quais seriam os novos rumos da propaganda. A conversa se prolongou e, tivemos que continuá-la em outras oportunidades utilizando outros meios como o MSN, e-mail etc., o que a meu ver encaixa muito bem num Post anterior, no qual você diz que “importa a conversa e não o meio”, então nos parece bem claro que você tinha razão.
Este é um assunto bastante amplo, podendo ser abordado sobre várias ópticas. Porém, gostaríamos de discorrer inicialmente sobre a mudança das redes de comunicações para IP e o aumento das redes de telecom – wireless, cabo, ADSL, internet etc.– tudo isso faz com que haja uma proliferação entre outras coisas dos sites de relacionamento, entre eles podemos citar o MySpace, Orkut, Gaia, Second Life etc.
A pergunta que cabe aqui é se as empresas estão conseguindo aproveitar bem estas comunidades virtuais, ou seja, estão aproveitando o nicho que elas oferecem? E mais será que realmente compensa investir neste tipo de propaganda? Parece bem claro que a resposta para a primeira pergunta é não, apesar de várias iniciativas de alguns grandes agentes, este potencial não é bem aproveitado. O Second Life puxa a fila nos investimentos nestas comunidades, porém, uma notícia recente publica pela “Forbes” mostrou que num período de sete dias apenas 30 mil pessoas logaram no Second Life, num universo de sete milhões de usuários é número bastante inexpressivo. O que fez com que empresas como a Coca-Cola se perguntasse se realmente compensava investir para um público tão pequeno.
Vendo por este prisma podemos ser precipitados e dizer que não compensa investir nestas comunidades, mas se analisarmos mais friamente vemos comunidades como o Orkut, no qual vários usuários declaram amor e ódio a várias marcas em suas comunidades como por exemplo “eu amo tênis Nike”, isto representa um nicho muito mal explorado e com grande potencial de investimento de baixo custo e de alto retorno devido a fidelização ainda maior de clientes.
Mudando um pouco de assunto, porque não falar do mobile marketing, que vem crescendo cada dia mais no país, segundo dados publicados recentemente pela Abemd (Associação Brasileira de Marketing Direto), os segmentos de CRM, database marketing e marketing direto terão um crescimento de 27% entre 2005 e 2006, representando um total de três bilhões de reais. Existem várias iniciativas no Brasil para aproveitar este mercado, porém, para que não aconteça como as campanhas que usavam e-mails e, propagavam spams, está sendo criada uma associação no Brasil seguindo a MMA (Mobile Marketing Association), uma agência global que regula os códigos de conduta para este tipo de propaganda, com o objetivo também de regular o marketing direto no Brasil.
Temos várias vantagens neste tipo de propaganda, como por exemplo o cliente poder, lê-las quando e onde bem desejar, tendo assim um marketing bastante personalizado, somente para constar a Fiat recentemente no Brasil fez o lançamento de um novo modelo inicialmente via celular, sendo utilizado nas duas primeiras semanas de divulgação. Diante de todos esses dados vemos que as possibilidades são imensas, e olha que nem esgotamos os assuntos a respeito do tema. Só gostaríamos de agradecer por este Post que levantou várias discussões, reflexões e leitura sobre o tema, obrigado mesmo. Caso você tenha mais informações sobre o tema gostaríamos que você as compartilhasse conosco. Mas uma vez muito obrigado.
Obrigado pelo comentário Rener e Albino. O que estamos abordando aqui, deixa muito claro o tanto que ainda temos por percorrer. Estamos longe de dominar as novas mídias e como nos relacionar adequadamente com as mesmas. Viemos de um tempo onde algo era lançado, e víamos se funcionava ou não. Agora é diferente, pois algo é lançado e antes que vejamos se de fato deu certo, já é modificado, copiado, melhorado, adequado e quando estamos quase acostumados com aquela facilidade ou novidade, percebemos que existem mais uma série de novidades semelhantes começando o ciclo novamente... O que fica claro nessa era do conhecimento e da informação, é que nunca se aprendeu tanto na história como estamos experimentando nesse momento, sintam-se sempre pertencentes ao MundoConectado.
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