Um amigo enviou-me um artigo do David Brooks, colunista do New York Times, que falava sobre a mente terceirizada, ou seja, sobre as tarefas corriqueiras às quais costumávamos nos dedicar, e que agora deixamos por conta de nossos acessórios tecnológicos, como calculadoras, GPS, agendas do celular, computadores e outros tantos equipamentos que povoam nosso dia a dia.
De forma divertida ele narra uma grande dependência do GPS instalado no seu carro, recorrendo a esse equipamento para ir a qualquer destino, chegando a errar propositadamente o caminho, apenas para ver as novas opções que lhe são dadas pelo sistema.
De forma análoga, nós também já não recorremos mais à nossa agenda de telefones, que ficava sobre o móvel, ao lado do aparelho telefônico, por vários motivos: primeiro porque a quantidade de telefones que temos que anotar aumentou em muito, lembrem-se que há dez anos atrás o Brasil não possuía mais que trinta milhões de telefones e hoje possui mais de cento e cinqüenta milhões, outro motivo que nos inibe a anotarmos os números em uma agenda escrita é a freqüência com que se muda de número telefônico, o que no passado era impensável, no máximo colocávamos um “oito” ou um “sete” à frente do número antigo, que já pertencia a família por mais de trinta anos e por fim, mas não menos importante, não telefonamos mais em pé, ao lado do telefone fixo, fazemos isso cada vez mais com mobilidade, em qualquer lugar que estivermos, o que nos leva a termos uma agenda móvel, que é a própria agenda do nosso celular, que já contém além dos telefones, também as datas de aniversários e endereços de e-mail.
Trata-se de aumentarmos em muito nossa dependência com as inovações tecnológicas? Sem dúvida que sim, mas acho que é por um bom motivo, pois deixamos tarefas menores para serem executadas por nossos assessores tecnológicos e dedicamo-nos ao mais nobre, que é viver nossa vida da melhor maneira possível, sem termos que levar conosco a preocupação de lembrarmos um quilo de endereços, datas, telefones e mais uma série de informações que não agregam nada além da própria informação em si.
De forma divertida ele narra uma grande dependência do GPS instalado no seu carro, recorrendo a esse equipamento para ir a qualquer destino, chegando a errar propositadamente o caminho, apenas para ver as novas opções que lhe são dadas pelo sistema.
De forma análoga, nós também já não recorremos mais à nossa agenda de telefones, que ficava sobre o móvel, ao lado do aparelho telefônico, por vários motivos: primeiro porque a quantidade de telefones que temos que anotar aumentou em muito, lembrem-se que há dez anos atrás o Brasil não possuía mais que trinta milhões de telefones e hoje possui mais de cento e cinqüenta milhões, outro motivo que nos inibe a anotarmos os números em uma agenda escrita é a freqüência com que se muda de número telefônico, o que no passado era impensável, no máximo colocávamos um “oito” ou um “sete” à frente do número antigo, que já pertencia a família por mais de trinta anos e por fim, mas não menos importante, não telefonamos mais em pé, ao lado do telefone fixo, fazemos isso cada vez mais com mobilidade, em qualquer lugar que estivermos, o que nos leva a termos uma agenda móvel, que é a própria agenda do nosso celular, que já contém além dos telefones, também as datas de aniversários e endereços de e-mail.
Trata-se de aumentarmos em muito nossa dependência com as inovações tecnológicas? Sem dúvida que sim, mas acho que é por um bom motivo, pois deixamos tarefas menores para serem executadas por nossos assessores tecnológicos e dedicamo-nos ao mais nobre, que é viver nossa vida da melhor maneira possível, sem termos que levar conosco a preocupação de lembrarmos um quilo de endereços, datas, telefones e mais uma série de informações que não agregam nada além da própria informação em si.
4 comentários:
Tenho um livro em casa, muito interessante, algo como "The Forgotten Arts". O autor é um senhor britânico que explica diversas artes esquecidas - como fazer facas, barris, curtir couro, fazer sabão, conservar alimentos, etc - tudo sem eletricidade. Ele é um saudosista incorrigível, e a única coisa que ele poupa da vida moderna é o aspirador de pó, que segundo ele "nos livrou das pulgas".
A gente pode achar o exemplo meio exagerado mas sem querer cai na mesma. Não seria melhor se nossos filhos pudessem fazer prova pesquisando no Google? Afinal, a capacidade de localizar informação rapidamente, e mais ainda, de julgar a qualidade da informação localizada, poderá ser mais importante para suas carreiras do que o conhecimento em si.
O fato é que a dependência da tecnologia só tem aumentado. No dia a dia isso já é normal - eu pessoalmente prefiro comprar comida do que caçar meu almoço. A preocupação que fica é que é cada vez mais complicado para "dar boot" na humanidade, por assim dizer. Se o mundo "explodisse" hoje e sobrassem só algumas pessoas, como elas fariam para "reiniciar" a humanidade?
Querido irmão
acho que a tecnologia que veio para nos ajudar continua cumprindo o seu papel, uns observam dependência onde outros conquistam a liberdade. Não tenho dúvidas quanto as facilidades, o problema é que os dependentes não sabem o que fazer com o tempo livre, aí pinta as neuras...
beijos Xandão
Se o mundo explodisse, acho que as pessoas procurariam um PC conectado à internet, e colocariam um anúncio buscando um parceiro para repovoarem a Terra. Quanto a caçar o jantar, bem nunca vi boi maturado, e nem sei onde fica a Picanha, então como isso poderia ser bom? Viva a tecnologia!!!
Obrigado pelo comentário Carlos :-)
Tem razão Alexandre, é muito bom faltar tempo para fazermos coisas boas, significa que temos idéias legais que precisam de alguma forma ser efetivadas, quando esse naipe de idéias perece, normalmente a mente padece.
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