Já tinha comentado sobre os modelos comerciais e financeiros que utilizamos para valorizar uma empresa, e citei como exemplo o YouTube, que não gera receita nenhuma e ainda investia mais de US$ 500.000,00 por mês na manutenção e ampliação de sua infra-estrutura, e que mesmo assim tinha uma valorização superior a um bilhão de dólares, pois bem com a finalização da venda do YouTube para a Google nessa semana por nada menos que 1,6 Bilhões de dólares fica comprovado que uma empresa vale mesmo muito mais que sua capacidade de geração de caixa, ou mesmo seu faturamento.
Estaríamos vivendo então uma nova bolha da Internet, época em que todas as empresas com faturamento menor que despesas e custos valiam uma fortuna? A resposta é não! Então de onde vem o valor de um programa de vídeos amadores, onde mais de 100.000 vídeos são postados diariamente?
Estamos vivendo um momento em que o conteúdo gerado pelo próprio usuário tem um valor incrível, pois cada vez mais, é esse conteúdo que gera interesse e gera audiência, seja ele conteúdo de vídeo, de texto (Blogs e páginas pessoais), de áudio (podcastings) ou mesmo conteúdos pessoais (é o caso dos sites de relacionamento). Com isso o poder está migrando das grandes corporações das comunicações (jornais, televisão e rádios) para os usuários que colaboram e criam o seu próprio conteúdo. Algumas empresas da era da Internet já perceberam isso, e vem daí a valorização atingida nessa semana pelo YouTube. Não se discute aqui a qualidade da imagem, o tempo de duração da transmissão, se o vídeo é dublado ou legendado, e mesmo se nele trabalha alguém conhecido, em contra-partida se tem a sensação de poder assistir o que quiser, quando quiser, e quantas vezes quiser, e mais, caso o conteúdo lhe pareça de gosto duvidoso ou possua caráter ofensivo, ainda pode-se denunciá-lo e o mesmo é rapidamente retirado do ar, ou seja, a censura é feita diretamente pelo usuário, nada mais democrático! Se eu não gosto de determinada forma de escrita ou redação, não visito mais aquela página, pois iguais a ela existem milhões, se não concordo com determinada notícia ou artigo, escrevo e me comunico diretamente com quem a escreveu, cada vez mais vemos mídias convencionais publicando mídias novas e alternativas, assim temos programas de rádio que são divulgados também em podcasting, programas de TV que são divulgados também através de vídeo na Internet, jornais e revistas que publicam simultaneamente seu conteúdo em Papel e na Internet. Enfim estamos vivendo em uma época onde quem manda é o leitor ou ouvinte, que bom!
Estaríamos vivendo então uma nova bolha da Internet, época em que todas as empresas com faturamento menor que despesas e custos valiam uma fortuna? A resposta é não! Então de onde vem o valor de um programa de vídeos amadores, onde mais de 100.000 vídeos são postados diariamente?
Estamos vivendo um momento em que o conteúdo gerado pelo próprio usuário tem um valor incrível, pois cada vez mais, é esse conteúdo que gera interesse e gera audiência, seja ele conteúdo de vídeo, de texto (Blogs e páginas pessoais), de áudio (podcastings) ou mesmo conteúdos pessoais (é o caso dos sites de relacionamento). Com isso o poder está migrando das grandes corporações das comunicações (jornais, televisão e rádios) para os usuários que colaboram e criam o seu próprio conteúdo. Algumas empresas da era da Internet já perceberam isso, e vem daí a valorização atingida nessa semana pelo YouTube. Não se discute aqui a qualidade da imagem, o tempo de duração da transmissão, se o vídeo é dublado ou legendado, e mesmo se nele trabalha alguém conhecido, em contra-partida se tem a sensação de poder assistir o que quiser, quando quiser, e quantas vezes quiser, e mais, caso o conteúdo lhe pareça de gosto duvidoso ou possua caráter ofensivo, ainda pode-se denunciá-lo e o mesmo é rapidamente retirado do ar, ou seja, a censura é feita diretamente pelo usuário, nada mais democrático! Se eu não gosto de determinada forma de escrita ou redação, não visito mais aquela página, pois iguais a ela existem milhões, se não concordo com determinada notícia ou artigo, escrevo e me comunico diretamente com quem a escreveu, cada vez mais vemos mídias convencionais publicando mídias novas e alternativas, assim temos programas de rádio que são divulgados também em podcasting, programas de TV que são divulgados também através de vídeo na Internet, jornais e revistas que publicam simultaneamente seu conteúdo em Papel e na Internet. Enfim estamos vivendo em uma época onde quem manda é o leitor ou ouvinte, que bom!
5 comentários:
Prezado Eduardo
A negociação entre Google e You Tube mostra que a vontade do usuário gera sim mais valor que qualquer modelo de apuração financeira possa prever ou identificar.
Este valor só pode ser medido pelo que você muito bem define como a vontade do usuário em acessar determinado conteúdo. Não acredito também que estejamos vivendo uma nova bolha da internet, mas sim, uma nova bolha da personalização no sentido mais profundo, onde as pessoas se identificam com o conteúdo postado por outras pessoas que têm os mesmos hábitos ou gostos que estas.
Isto gera sem dúvida uma base de dados que pode abreviar caminho para as empresas interessadas em se manter no chamado "Foco do cliente". Ao analisar estes hábitos, fica mais barato direcionar ações mercadológicas voltadas a este ou aquele público sem demandar grandes custos em pesquisa.
Um abraço.
Márcio Arruda
Obrigado pelo comentário Márcio, também penso como você, o maior valor está na preferência ou vontade do usuário, que atualmente tem muitas opções (ainda bem), e pode optar pelo que mais lhe atrair.
E como dizem os franceses, viva a diferença!
Um abraço
Edu... já faz um tempo que tenho investido um tempo estudando ou pensando no resultado dos vários modelos de colaboração que tem surgido.
Estes modelos parecem ter surgido com o objetivo de educação, aprendizado e produção e agora entram muito forte no entretenimento.
O que me deixa bastante confuso é que quando este tipo de conteúdo, gratuito e do controle do usuário passa a ter um grande valor, existe um outro que é produzido e vendido que deixa de ter valor (TV, Jornal, etc). E o que acontece daqui para frente? O antigo morre ou eles coexistem? Ou o pelo menos, o antigo perde a maior parte do seu poder. E se isso acontece, estamos em uma situação onde não há o consumo deste serviço, mas somente colaboração? E o que acontece com a geração de receita? Passamos a ter relações mais baseadas da troca e colaboração do que na produção, compra e venda...? O que acontece com os modelos de negócio?
Mas voltando ao poder do cliente (ou usuário melhor dizendo), essa é uma verdade inquestionável e acredito que será por mais e mais tempo. E se pararmos para pensar, acredito que é uma tendência da própria natureza humana, a medida que nossa consciência evolui.
Grande abraço!
Carulla, entendo que um modelo dificilmente substituirá ao outro definitivamente (pago x gratuito) mas certamente o modificará bastante. O que temos que ter em mente é se no momento temos o modelo correto, ou seja, pagamos por tudo porque queremos, ou porque não temos opção? Certamente muito têm necessidades específicas, e provavelmente optarão por modelos pagos, por outro lado, vários usuário possuem necessidade diferentes e podem perfeitamente conviver com um modelo onde a remuneração não se dá por pagamento direto, mas por pagamento através de mídia (como o caso da TV), para esses usuários, o sistema de oferta de conteúdo tem que mudar, senão será fortemente abalado. Não podemos entender que o objetivo do Google é fornecer aplicativos de colaboração de forma gratuita apenas porque é bom para o usuário, fazem isso porque precisam de audiência (é a mesma boa e velha estratégia da Globo!), só que ao invés de investirem em novelas (que também são conteúdo, com custos altíssimos de produção e que são disponibilizadas gratuitamente em canais abertos) investem em softwares de colaboração. Ou seja até aqui nada de novo, o que mudou foi a forma de relacionar-se com o mercado. Agora gostaria de ter muito mais respostas às suas perguntas do que tenho no momento, mas a grande questão é, esse modelo funcionará em larga escala? Existe espaço para muito outros provedores?
Abraços e obrigado pelo comentário, como sempre, sinta-se em casa nesse Blog!
(Luiz Ricardo, postado por e-mail:)
Olá Eduardo, como comentei logo ao fim da entrevista, ser repórter é fazer
>
>um MBA por dia. Lendo seu texto sobre a compra do youTube pela Google, mes
>
>fez pensar em como o homem faz negócios da mesma maneira que fazia no pós
>revolução industrial.
>
>Compra-se empresas pela sua capacidade de relacionamento com pessoas, sua
>influência e seu prestígio. Mesmo que esta não gere um centavo de lucro.
>Mas
>a pergunta continua: pq alguem compraria uma empresa que não gera lucro?
>Especulo que seja pq ainda fazemos negócios comos nossos pais e avós.
>
>No mundo dos negócios, o YouTube não tem valor monetário, mesmo que muitos
>
>ainda se esforcem para se apoderar dele e "ver no que dá" num futuro
>próximo. No entanto, acredito que o YouTube está aí para provar que existe
>
>um novo e gigantesco meio de nos relacionarmos sem que isso
>necessariamente
>custe algo ou pertença a alguma S.A.
>
>YouTube é entretenimento e está nas mãos de quem tem internet. Seu
>conteúdo
>é gerado de forma espontânea e sem fins lucrativos. Ponto final. Vivemos
>numa sociedade viciada em lucro e quando um site se torna popular, é
>eminente a lucratividade. Essa é a Lógica do capitalismo. Pois bem, mas o
>YouTube não é nem nunca será lucrativo. Portanto, o que justifica um
>aporte
>de capital dessa magnitude é a visão unilateral e viciada de que algo
>assim,
>tão popular, gere lucro.
>
>Talvez o YouTube garanta lucratividade ou popularidade ou ainda, valorize
>a
>imagem desta ou daquela empresa. Mas o próprio YouTube é incapaz de formar
>
>opinião ou gerar algum dipo de receita. Ele é apenas uma ferramenta, tão
>eficiente e inócua quanto o seu browser...creio eu.
>
>Acredito também que tudo seja apenas uma especulação...como nos moldes da
>especulação imobiliária. "garanta já seu terreno ou fique fora..."
>
>Bem, estas são apenas reflexões de um leigo observador
>
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