quinta-feira, novembro 30, 2006

Comércio Eletrônico

Soubemos do recente interesse das empresas Americanas.com e Submarino de juntarem suas operações. Tratam-se da maior e da segunda maior empresas de comércio eletrônico (e-commerce) do Brasil, que juntas faturarão mais de dois bilhões de reais por ano. E o mais interessante é que suas operações têm pouco mais de seis anos. Mesmo sabendo que no caso das Lojas Americanas já existia a loja convencional como base para a operação, a forma de administração de custos e de logística de uma operação de venda eletrônica é muito diferente de uma loja tradicional.
Comparando o ritmo de crescimento do comércio de varejo tradicional, conseguimos observar que o comércio eletrônico vem crescendo a taxas mais altas. Isso é fruto da expansão da Internet banda larga e da penetração de computadores nos nosso lares, bem como de uma mudança de hábito da nossa população, que vai pouco a pouco experimentando novas formas de compra, e se acostumando com o conforto e economia de poder escolher antecipadamente o que se vai comprar, tendo todas as informações à disposição, ao alcance de um simples “clique” e, depois de definido o bem que se pretende adquirir, basta acessar um site de comparação de preços, como o Buscapé por exemplo (www.buscape.com.br) e temos em instantes, o lugar mais seguro e em que a mercadoria que pretendemos comprar apresenta-se com o menor preço. É difícil concorrer assim não?
Existe certamente espaço para todos que queiram prestar um bom serviço, seja com o modelo baseado no relacionamento e diferenciação, seja no modelo baseado na diversificação ou então no modelo baseado em preços.E a tão procurada segurança, será que teremos a mesma segurança em nossas compras eletrônicas que temos quando fazemos nossas compras em lojas físicas? Nesse quesito, o comércio eletrônico é imbatível, pois permite que paguemos somente após recebermos em nossas casas, permite ainda que em caso de desistirmos da compra, façamos a devolução do bem e que não tenhamos que pagar nada a mais por isso, isso sem falar as inúmeras formas de pagamento e parcelamento através de cartões de crédito, que sem dúvida possuem uma transação bem mais segura de forma eletrônica pela Internet, do que quando o utilizamos em lojas e restaurantes, e que ficam passando de mão em mão, até que assinemos o recibo da transação, autorizando a operação. Então, vamos às compras de natal, pela Internet é claro!

8 comentários:

Anônimo disse...

E, até pouco tempo atrás a Internet era uma brincadeira. Hoje, empresas como Google e Intel são as que mais crescem no mundo, inclusive como boa opção de papel na bolsa. PC’s com preços acessíveis (quem sabe o Governo não contribui um pouco para fechar essa conta...) e acesso a rede mundial cada vez mais barato através de várias (e novas) tecnologias. Ontem tínhamos polícia nas ruas e segurança patrimonial em casa, amanhã teremos “policiais” em nossos PC’s e em nossa rede. Afinal, todo mundo quer segurança!!

Edu@rdo Rabboni disse...

É por aí mesmo Theyson, a tecnologia vai mudando as possibilidades e vai gerando novas oportunidades e rupturas. A internet, dentre as rupturas, está entre as que mais influenciaram a nossa vida, e dela decorrem várias consequências, como as que você comenta referente a opções de investimento (isso não existia há dez anos atrás) e segurança (muito menos), abraços e sinta-se em casa no Mundo Conectado!

Unknown disse...

Uma curiosidade absolutamente tangencial... conheci o Pedro Donda, que foi o mentor da Americanas.com, muito antes de se pensar em Internet. Ele era gerente da agência do Citibank em BH, eu era um mero programador contratado. O Pedro Donda queria fazer home banking... em 1986! Naquela época, com modens de 1200/75 (aqueles do VideoTexto) e com PCs XT rodando dBase II, ele já vislumbrava o crescimento do comércio eletrônico. O Pedro já não está na Americanas há muito tempo, mas conseguiu com essa iniciativa escrever o nome no rol dos pioneiros da Internet brasileira.

Lembrei do episódio, que volta e meio me vem à cabeça, porque ele ilustra bem o que é ter uma visão clara do futuro. Empresas que se posicionaram bem hoje estão colhendo os frutos. Muitas outras ficaram pelo caminho, em um processo de concorrência darwiniano. É importante saber dar o passo certo. Qual será o próximo? Já tive oportunidade de conversar sobre isso com você, Edu; acho que a próxima onda será a identidade digital, que permitirá otimizar nossa experiência online, tornando-a mais prática e segura. Hoje em dia, ainda se valoriza muito o anonimato digital, mas cada vez mais, as vantagens de ter uma identidade digital reconhecida se tornarão maiores, e quem estiver melhor posicionado colherá os frutos, porque se tornará o ponto de concentração natural em torno do qual os usuários vão gravitar.

Edu@rdo Rabboni disse...

Carlitos, obrigado pelo comentário.
É muito difícil dizer qual a bola da vez...concordo contigo que não podermos identificar univocamente quem está do outro lado da net é um problema, principalmente para internet Banking ou e-commerce em geral. Por outro lado, temo muito pela privacidade. Já temos nossa casa monitorada, nossas crianças são monitoradas e agora algumas andam com localizadores pendurados no pescoço, nossos carros são monitorados, e a cada vez mais, ou em nome da segurança ou da praticidade, vamos entrando mais e mais na era da transparência digital. Como será viver assim? Abraços e sinta-se sempre em casa no MundoConectado.

Carol Terra disse...

Há um artigo bem interessante no site IDG Now sobre o tema. Confiram: http://idgnow.uol.com.br/mercado/b2u/idgcoluna.2006-11-24.9098367937.

Edu@rdo Rabboni disse...

Carol concordo com algumas observações do Steleo Tolda, até porque é inegável sua posição como player no e-commerce do Brasil (Apesar que por ser presidente do mercadolivre.com, ele meio que concorre com o pessoal das lojas virtuais e/ou fomais...). Mar algo que ele nÃo disse, e que faz todo o sentido para a junção das operações do Submarino e Americanas é a complementaridade dos perfis de vendas e dos clientes. Isso porque o ticket médio de venda do Submarino é muito mais baixo que o da Americanas, ou seja Submarino vende mais itens, porém de valor menor (muito CDs, DVD e livro) ao passo que Americanas vende menos itens, porém mais linha-branca e eletroeletrônicos, com maior valor. Obrigado pela dica, e sinta-se em casa no MundoConectado.

FERNANDO FLAVIO disse...

É Rabboni sem dúvida o comércio eletrônico em dez anos de existência já cresceu bastante e crescerá muito mais. Vê-se lojas como Americanas, Submarino e Shoptime , que dominam 60% do comercio eletrônico no Brasil, disponibilizarem quase tudo para o cliente. Existe também uma forte comentário de que a Amazon.com invada o mercado brasileiro já de olho no Submarino. A previsão de vendas somente para este final de ano pelo comércio eletrônico será de 1 bilhão no Brasil, empresas do setor acreditam que as vendas terão um aumento de 45% a mais em relação ao ano passado. A facilidade, a comodidade e o preço para adquirir o produto é sem dúvida o grande atrativo do cliente. Às vezes encontramos preços de produtos da mesma loja em que o vendedor lhe repassa um valor mais alto do que o preço pela internet, incrível mas acontece. Diante de tanta facilidade desse comércio, ainda observa-se uma grande resistência por parte de vários consumidores, existem aqueles que não confiam nos serviços on-line e preferem ir até as lojas para conferir de perto o produto. Eu ultimamente tenho comprado praticamente tudo pela internet, e de dois anos pra cá comecei a fazer compras no ebay.com (o mercado livre americano), já comprei produtos de vários paises por um preço excelente, pois aqui no Brasil o produto fica até 5 vezes mais caro. O único “incomodo” e o tempo de espera que em média demora 20 dias, mas vale a pena.

Edu@rdo Rabboni disse...

Acho que é uma questão de propósito Fernando, quando pensamos em comprar algo, o que nos move? Obtermos o que pretendemos pelo melhor preço e prazo? ou então pesquisarmos a respeito, vermos o produto, convencermo-nos de que de fato é aquele produto que queremos? No primeiro caso, não tenho dúvida que a internet é mais forte concorrente do mercado, já no segundo caso, onde temos que verificar nossas decisões, pode ser que a boa e velha loja seja a melhor opção. Até que esse cenário esteja totalmente claro, vamos vivenciando experiências nos dois mundos, no real e no virtual. Abraço e obrigado pelo comentário.