domingo, abril 01, 2007

Convergência Fixo-Móvel


Acostumamo-nos a utilizar o telefone celular para ligar para um outro telefone celular, mesmo estando com um telefone fixo ao alcance de nossas mãos, e de forma análoga, as vezes olhamos na agenda de nosso aparelho celular, para então utilizarmos o telefone fixo. Por que fazemos isso? Porque fazer chamadas cruzadas (de fixo para celular ou de celular para fixo) custa mais caro. Esse cenário está mudando com o que chamamos de convergência Fixo-Móvel ou do inglês FMC (Fixed and Mobile Convergence, http://www.fixedmobileconvergence.net/).
Essa nova tecnologia nos permite utilizar nosso aparelho celular, independentemente de ligarmos para fixo ou para outro celular, e termos a certeza de estarmos pagando a melhor tarifa possível, e de forma análoga, ligarmos de nosso telefone fixo para um celular ou para outro fixo, deixando por conta da tecnologia a análise de sua ligação e a escolha do melhor número para receber a tarifação, fixa ou celular, pagando assim os preços mais adequados.
No mundo inteiro, as ligações entre redes distintas são mais caras, por exemplo, quando utilizamos nosso telefone fixo para fazer uma ligação para algum amigo ou parente no seu número celular, pagaremos mais caro por essa ligação do que se estivéssemos utilizando a telefonia celular diretamente. Isso porque estamos utilizando duas redes, a rede da telefonia fixa, de onde partiu a chamada e a rede da telefonia, e para remunerar as duas redes, a chamada acaba ficando mais cara.
Com a FMC, existe um dispositivo na rede, que analisa a origem e o destino das chamadas, e escolhe qual é a melhor tarifa a ser aplicada, porque não existe nada mais desagradável do que ficar se preocupando com a escolha da melhor maneira de utilizar seu telefone, pensando se estamos ligando para fixo ou para celular e então decidir sobre como faremos a ligação.
O principal objetivo da convergência é tornar a vida de quem utiliza a telefonia mais simples e mais fácil. Na seqüência serão desenvolvidos planos de tarifas que consigam colocar o cliente, no momento da chamada, no melhor plano possível, e também fazer a acomodação ao final do mês, analisando o total de chamadas de cada cliente, no plano que mais se adapte ao seu consumo. Ao invés de possuir um plano de 200 minutos o tempo todo, será possível ficar em um plano de 200 minutos nesse mês, aumentar o consumo no mês seguinte, reduzir no próximo e por aí vai, sempre tendo a certeza de estarmos no plano, automaticamente, que melhor nos atende do ponto de vista de perfil de uso e de tarifa, sem precisarmos nos preocupar.
Essa é a principal utilidade das inovações, tornar o nosso dia-a-dia mais simples e melhor de se viver.

4 comentários:

Flávio Oliveira disse...

Será que realmente aconteceu a convergência fixo-móvel nesse seu exemplo? No meu ponto de vista o que aconteceu foi uma ótima Conveniência (que também vende). Convergência não seria termos apenas um aparelho com apenas um plano?

Edu@rdo Rabboni disse...

Obrigado pelo comentário Flávio. O mais interessante da internet, em especial dos Blogs, é que as pessoas podem convergir para idéias comuns (uma ou mais idéias que fluem para uma única, como no caso da FMC) ou divergirem (afastarem-se ainda mais das idéias originais) e ainda com a participação de outras pessoas, fantástico não? Entendi seu ponto de vista, acho que do ponto de vista de plano tarifário, poderia existir a convergência inclusive sem a facilidade arquitetada pelo conceito FMC, ou seja, poderíamos ter uma utilização móvel e uma outra utilização fixa, em que ambas fossem tarifadas pelo mesmo método (minutos por exemplo) e com a mesma tarifa, teríamos aí uma convergência tarifária, já o conceito pregado pelo FMC lança mão do conceito de convergência de uso, o que fizemos foi seguir esse conceito, pois convergimos o uso, e melhoramos a forma, pois desenvolvemos o conceito do FMC, tornando o home gateway virtual. Poderíamos também ter uma convergência de uso e de tarifa, como você disse, mas para isso precisaríamos de condições de custo, senão iguais, pelo menos semelhantes, o que sabemos não ser possível a médio prazo. Sinta-se em casa no MundoConectado. E por falar em conectado, estou te respondendo a esse comentário de Paris, abraços.

Anônimo disse...

Rabboni,

A FMC (Fixed-Mobile Convergence) tem como definição a integração das redes (fixa e móvel) e serviços associados, com o propósito de criar uma única rede de comunicação. Esta convergência proveria serviços de voz, vídeo e dados em uma única plataforma convergente. Estudos sobre a possibilidade de convergência na Europa, relatam que a plataforma convergente ofereceria taxas entre 10 e 100 vezes superiores às do sistema UMTS (3G). Este estudo faz parte do escopo do projeto IST OBSN (Open Broadband Access Networks) que tem como significado em português: Redes Abertas de Acesso à Banda Larga, patrocinado pela Comunidade Européia. O consórcio OBAN conta com 14 parceiros, dentre eles Universidades, indústrias, operadoras de telefonia e também uma entidade de regulamentação de telecomunicações.
A FMC traria benefícios, não só aos usuários, mas também às operadoras, que disponibilizariam de uma facilidade significativa quanto ao desenvolvimento e oferta de novos serviços. Aos usuários, seria interessante, pelo fato de contarem com os mesmos serviços da telefonia fixa e móvel, independente do dispositivo usado. Sem dúvida uma praticidade sem preço.
Propondo mais uma reflexão sobre o assunto, qual sua opinião quanto ao futuro da telefonia, visto que a convergência das redes traria também como conseqüência a convergência dos dispositivos (aparelhos) usados.
A FMC poderia trazer fim à existência de dispositivos atualmente conhecidos, como celulares e telefones convencionais, assinando uma nova página na história da telefonia?

Edu@rdo Rabboni disse...

Obrigado pelo comentário e mais ainda pela pertinência do questionamento.
Acho que vivemos em um mundo que a utilização dos "aparelhinho" que nos cercam no dia-a-dia, dá-se mais porque sempre foi assim, do que por uma escolha do usuário propriamente dita. Ou seja, nao tenho dúvidas de que a convergência, em qualquer equipamento, é algo que veio para ficar. Basta buscarmos a forma adequada de comunicar isso ao nosso cliente, pois acredito que esse seja o maior desafio.