sábado, maio 05, 2007

Games como coisa séria


Foi-se o tempo em que games eram coisas de crianças. Sob vários aspectos, a cada dia que passa, os games (escrevo em inglês por ser a forma mais comumente divulgada) passam a fazer parte das conversas de negócios e da grade de formação de estrategistas e de empresários. Sejam nos negócios bilionários de desenvolvimento e distribuição de games de entretenimento, seja nas discussões das áreas de RH de cada empresa, sobre as formas alternativas de capacitação de talentos, onde os jogos empresariais ganham cada vez mais espaço, ou mesmo na escola, onde buscamos preparar cada vez melhor nossos filhos, nossas promessas para o futuro. Neste campo também temos descoberto que os games têm um importante papel a desempenhar.
Lembro-me que nos meus tempos de adolescência paulistana, o assunto game era relacionado a fliperamas, lugares nem sempre bem freqüentados, como o são atualmente as LanHouses (casas que se especializam em entregar infra-estrutra e jogos online para que as pessoas se divirtam). Onde a maior parte das máquinas era eletro-mecânicas, com problemas de manutenção eternos (sempre tinham algumas quebradas) e com grandes limitações de experiência do usuário, pois o som era deficiente, jogava-se normalmente em pé, as máquinas tinham qualidade de imagem duvidosa e além do mais éramos importunados o tempo todo com as benditas fichas, que acabavam e que tínhamos que inserir nas máquinas.
Atualmente a tecnologia gráfica de jogos online ou de console avançou muito, melhorando a sensação do jogador durante o uso.
Por outro lado, consultorias especializadas em treinamento, estão percebendo o potencial de jogos empresariais, que tendem a passar o conteúdo necessário à formação e preparação de determinados profissionais, de forma lúdica e prazerosa. E as escolas e centros de treinamento, também têm percebido que alunos podem simular situações de estratégias, negociação, relacionamento em vários idiomas e inclusive testar sua resiliência em situações onde, por vezes, estão muito bem em determinada fase, e logo em seguida perdem tudo e têm que recomeçar do zero novamente, em função de alguma batalha mal sucedida.
Então falando sério, ou não, seja encarando os games como oportunidade de negócio, ou se divertindo com seus filhos no chão da sala ou junto ao computador, vamos aos games!

2 comentários:

Anônimo disse...

Edu, a minha percepção é que o mercado brasileiro de jogos está passando por uma transformação muito importante, semana passada estive conversando com duas universidades e percebo o interesse de se criar cursos ligados a jogos on-line, acredito que o Brasil poderá ser uma base de desenvolvimento de jogos no mercado ocidental, e um ponto interessante é quando estive na Coréia em 2006, um executivo de uma empresa de games relatou exatamente o que estamos vivendo neste momento.
Um abraço e parabéns pelo blog.

Edu@rdo Rabboni disse...

Obrigado pelo comentãrio Flãvio, também acredito que o Brasil tenha potencial para ser um expoente na América Latina e eventualmente no mundo na área de desenvolvimento e programação de games. Sabemos que algumas cidades possuem polos diferenciados de computação gráfica e de ciências da computação, é o caso da USP em São Paulo, do Cesar no Recife, da UFRJ no Rio, e etc.
Acredito que com o aumento da demanda de games em nosso mercado, naturalmente ocorrerá também o desenvolvimento da ind~ustria nacional. Espero que isso ocorra rápido, para dar tempo de meu filho se dedicar a essa profissão, que por enquanto é o seu sonho :-)
Abraço