segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Googlezon




Em 2004 Robin Sloan e Matt Thompson criaram um documentário, denominado EPIC 2014 (http://epic.makingtihappen.co.uk/), onde previam, entre várias outras coisas, que o Google se juntaria a Amazon (http://www.amazon.com/ – maior livraria da Internet, que começou suas atividades em 1994, vendendo livros através da Internet, e que atualmente comercializa de tudo e entrega no mundo inteiro), e isso mudaria o rumo do mundo das notícias para sempre. O documentário é muito bem feito e vale a pena de se ver, pelas grandes sacadas e visão do que poderia acontecer, caso a previsão de fato ocorresse.
Mas que sentido faria essa fusão? Um site de busca e uma loja de venda de artigos pela Internet? Essa é uma visão incompleta dos dois portais, senão vejamos:
O Google na realidade é uma poderosa máquina de indexação de palavras que vasculha a Internet inteira e que de acordo com a relevância e importância das palavras, artigos, fotos e filmes, nos apresenta em forma de relação e em ordem decrescente de importância, resultados de buscas, facilitando-nos em muito a pesquisa na rede mundial de computadores. Também possui o Google News que é um portal que indexa notícias em portais no mundo inteiro e nos apresenta como uma versão digital e eletrônica de uma página que na realidade é uma mistura de todos os jornais e informativos de várias partes do mundo.
A Amazon por sua vez além da oferta e respectiva venda de artigos variados, ainda faz uma correlação entre os artigos comprados, verificando necessidades e afinidades entre os artigos, de forma que ao comprar determinado artigo nessa loja, ela nos apresenta outros artigos que possuem relação com o artigo comprado ou pesquisado, de forma a melhorar a experiência dos compradores em sua loja virtual. Ela também reconhece o seu cliente e lhe mostra sempre as últimas compras e eventuais novidades que tenham alguma relação com o que compramos ou pesquisamos preços.
As duas empresas unidas poderiam oferecer um portal de informações que analisasse o perfil de quem o acessa, e decidir quais informações são mais relevantes para aquele leitor especificamente, deixando a oferta da notícia de forma bruta para as mídias tradicionais como jornais, TV e rádio e passando a oferecer conteúdo personalizado, atendendo especificamente o interesse de cada um de seus usuários. Personalização total a baixo custo é uma ferramenta imbatível para um mercado competitivo como o mercado de informações!

9 comentários:

Bboni disse...

Edu@rdo na minha opinião o google não é mais só um buscador com o passar do tempo google sera tudo pois com o orkut, youtube, blogger entre outros se tem quase que o controle da internet..
pois os principais sites são google e o mesmo deixa de ser um buscador para ser uma fusão de sites..
por exemplo atualmente é quase que indispensavel a conta no google..


Grande abraço XT

Anônimo disse...

Bom dia Eduardo.

Gostei muito do texto.
O Google corre a cada dia para alcançar o patamar de "primeiro em tudo". Hoje já oferece diversos serviços e com certeza não para de pensar em muitos outros que virão a se juntar a grande à essa grande rede de tecnologias.
Oferecendo cada dia mais e mais serviços ele consegue reunir cada vez mais usuários. É interessante portanto que as empresas que desejam "embarcar" neste setor começem a pensar muito no diferencial.

Aproveitando o espaço, gostaria de convidá-lo a ler minha matéria sobre o Zymaps (buscador local com serviço de mapas integrado) que se encontra no site Linha de Código (http://www.linhadecodigo.com.br/Noticia.aspx?id=688).

Obrigada pela atenção e mais uma vez parabéns pelas postagens.

Abraços,

Fernanda Resende

Bboni disse...

Eduardo você poderia fazer um artigo sobre os jovens e a tecnologia, afinal tecnologia é o tema do seu blog.

Grande abraço XT

Edu@rdo Rabboni disse...

Obrigado pelos comentários XT. Gosto muito de relacionar tecnologia e o tema jovens, até porque são os jovens que têm a menor resistência em utilizar as mais novas tecnologias, e deles depende o futuro de vários aplicativos e facilidades que experimentamos de forma incipiente no momento. Tenha certeza que achará outros artigos com esse tema.
Quanto ao Google, de fato é assombroso a força dessa empresa, que já possui mais de dez mil funcionários, teve receitas de quase dez bilhões de dólares no ano passado, com lucro líquido em torno de dez por cento (1 bilhão de dólares....muita grana né?). Abraços e sinta-se sempre em casa no MundoConectado.

Edu@rdo Rabboni disse...

Obrigado pelo comentário Fernanda. Uma das coisas que mais me empolga nesse mercado de tecnologias de internet, é a forma como ele se re-inventa de forma autônoma. Enquanto em vários outros mercados existe a preocupação de ser ultrapassado pelo adversário, no mercado de internet o próprio desenvolvedor busca ultrapassar suas últimas inovações, e isso é o que faz toda a diferença quando o tema é inovação. Abraços e sinta-se em casa no MundoConectado.

@JoseAdolfo disse...

Olá Rabboni.
Vim me conectar ao mundo tec!
Faz um tempão que não passo por aqui.
Achei muito interessante este post sobre Google e Amazon. É incrível como Google lucrar desta maneira com seu pouco tempo de empresa. Seu ramo não tem tanta regulamentação assim, e o pessoal jovens da empresa gosta de arriscar.

abrs.
www.joseadolfo.com.br

Edu@rdo Rabboni disse...

Adolfo, obrigado pela visita e comentário. Apesar da não regulamentação, todas as empresas do mundo vêem no Google o seu Porto Seguro, buscando alcançar o mesmo patamar, ou seja a concorrência é brava, talvez daí advenha tanta inovação. Basta lembrar que uma das cabeças mais privilegiadas do mundo net, o criador da Wikipedia já anunciou que ultrapassará o Google com seu famoso Wikia Search. Como ele conta com a vantagem de possuir milhares de colaboradores virtuais que trabalham de graça, em regime de software livre, isso sem dúvida pode ser um diferencial na busca pela diferenciação e inovação e custos. Promete ser uma boa briga, abraços.

Unknown disse...

Edu, hoje a Amazon se posiciona como um dos grandes concorrentes do Google em um novíssimo negócio, que são os "computing clouds". A Microsoft ficou muito pra trás e está tentando correr atrás do prejuízo nessa área (além da parte de Internet, é um dos motivos para comprar o Yahoo).

Os "computing clouds" são grandes datacenters globais para vender aplicações Web. Eles oferecem uma escala de computação simplesmente inimaginável para nós, meros mortais. Eles cuidam de tudo: redundância, backup, replicação, etc. O "Googleplex" é o exemplo mais famoso. Mas por incrível que pareça, o líder de mercado de "hosting" de aplicações Web hoje é a Amazon. Ela percebeu que a sua plataforma de sistemas poderia ser melhor aproveitada e começou a vender hospedagem de aplicações. veja bem: não é co-location, não é hosting de servidor, é hosting de aplicação. É o jeito mais fácil de montar um site de alto tráfego, como um "Flickr" ou coisa do tipo. "Pay as you go", eles cuidam de tudo.

Nos anos 50, o presidente da IBM teria dito que o mundo só precisava de uns cinco computadores. Ano passado o CTO da SUN lembrou da frase... e disse que ele estava certo. Em poucos anos teremos uns poucos players globais de computação, e o Google e a Amazon saíram na frente. Quem serão os outros?

Edu@rdo Rabboni disse...

Carlos a liderança do Google é inquestionável (estamos falando de nada menos que 1 bi US $ de lucro líquido no último trimestre), por outro lado, mesmo "sobrando" dinheiro, eles no modelo que possuem investem muito também, ao passo que o modelo pretendido e em implantação pela Wikia conta com a vantagem de HW mais baratos e programadores de graça, independente da qualidade da programação, é muito mais interessante de se conhecer, nem que seja como modelo cultural de desenvolvimento, pelo menos para mim é algo fantástico, milhares de contribuidores, trabalhando de graça, com qualidade, pelo simples prazer de contribuir. Sabemos do desafio do Wikia search para concorrer com o Google, mas temos que admitir que o modelo é no mínimo curioso...Sinta-se em casa no MundoConectado.