Nessa semana recebemos duas notícias interessantes na mídia especializada, primeiro que a Microsoft abrirá parte de seu código fonte, como forma de mostrar-se menos perigosa aos olhos dos organismos anti-trust norte americanos. Como se trata de uma estratégia de defesa, talvez não impacte muito nos seus números de crescimento de mercado, ao contrário do que está fazendo o Yahoo, que escolheu a mesma ação (abertura de código fonte) como uma estratégia para desenvolver-se mais rápido, me parece mais acertado!
A segunda notícia que lí, mostra que o Google está participando de um consórcio que investirá 300 Milhões de dólares no lançamento de um cabo submarino de fibras ópticas, que interligará os EUA ao Japão através do Pacífico. A capacidade final de trnsporte suplantará 7 Tbps e reduzirá o custo de banda IP com um dos maiores focos de tráfego mundial, a Ásia. Esse fato aliado à estratégia de participar no leilão de frequências no EUA mostra definitivamente que o Google começa a posicionar-se também no segmento de infra-estrutura de telecomunicações, deixando de ser apenas over the top player, o que pode impactar consideravelmente o perfil dos participantes do segmento, concordam?
5 comentários:
Edu, duas correções e uma adição:
1) A preocupação da Microsoft não é com a Justiça dos EUA mas com a união Européia, que aplicou em última instância uma multa bilionária contra a empresa, por essa ter dificultado a interoperabilidade com os seus produtos.
2) O Google começou os investimentos em fibra há alguns anos, quando o mercado de telecom americano estava no fundo do poço. Eles compraram fibras ociosas de operadoras falidas, das sobras da "bolha". Já é uma estratégica antiga. Eles também são a principal defensora da "neutralidade da rede" nos EUA, contrapondo-se à pressão das operadoras de telecom.
E agora a adição:
3) A Microsoft agora está sendo acuada na briga pelo padrão de formato de documentos Office. Essa briga é essencial para as pretensões estratégicas da Microsoft. O grande monopólio hoje não é do Window, mas do Office. Qual empresa sobrevive sem arquivos DOC ou XLS? Só que agora o ISO está padronizando o ODX, com suporte de empresas como a IBM, Sun, Google, etc. A Microsoft ficou sozinha do outro lado, com o Open XML. A questão é simples - se a Microsoft tiver que adotar um formato de documento aberto, ela perde mercado com o Office, pois vão surgir alternativas de mercado. A briga está feia, a Microsoft está literalmente comprando países de terceiro mundo para votar por ela nos organismos internacionais, vamos ver que bicho dá.
Olá Rabboni,segue um vídeo sobre algumas estatísticas levantadas sobre tecnologia. Um video realmente muito interessante.
Abraços!
http://www.youtube.com/watch?v=eYxUrpxyWDA
Se você quiser, pode ir até o meu blog:
http://mistertube.globolog.com.br
Obrigado pelo comentário Carlos. Analisando o passado da Microsoft nem sei mais de onde vem o chumbo, ela acumula processos na Ásia, Europa e em todos os Estados Norte Americanos. A diferença é que a briga com a UE é longa (http://br.reuters.com/article/internetNews/idBRN272492420080227).
De qualquer forma é flagrante a diferença da ação, que é o que eu queria ressaltar no texto, onde algumas empresas utilizam-se de abertura de programas como forma de competir mais eficazmente, outras o fazem como forma de driblar tribunais e se precaverem contra organismos antitrustes....situação triste essa não é mesmo? Com relação ao Google, acho que vale a máxima, se não pode com eles, junte-se a eles, mesmo que seja comprando meios de transmissão, ainda sob o escudo de ser o principal defensor da net neutrality e "vamo que vamo"...abraços
Tolstoy obrigado pelo comentário. De fato várias comparações abordadas nesse vídeo nunca haviam me passado pela cabeça, muito interessante. Abraços.
Com ctz as novidades do google já estão no ritmo das inovações de linguagem. Só que tem dinheiro sombrando e infra estrutura é um investmento com enorme retorno a grande prazo?
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