quinta-feira, dezembro 27, 2007

PC invisível


Leio muito a respeito de futurologia, pois é uma área que me interessa muito e serve de base para meus textos, que normalmente fazem menção a esse tema. Foi numa dessas andanças que me deparei com um texto do senhor Jean Paul Jacob, cientista emérito da IBM na Califórnia – EUA e professor em Berkeley.
Em uma entrevista para o IDGnow (http://idgnow.uol.com.br/10anos/podcast/) Jean Paul afirmou que enxerga o fim dos PCs como os conhecemos até então, e decretou a era do PC invisível. Confesso que, em meio a uma discussão imensa sobre inclusão digital, ouvir falar do fim do PC me deixou no mínimo curioso. A idéia do PC invisível é aquela máquina que não vemos, mas que cada vez mais freqüenta nossas vidas, no painel de nossos carros, nas máquinas que estão em nossa casa (fornos de micro ondas, máquinas de lavar, DVD players e gravadores de DVD, TVs e etc.). Nessas situações torna-se cada vez mais comum a tecnologia que dizemos “embarcada”, pois está presente mas não pode ser dissociada do equipamento em si.
Se por um lado começa a crescer o PC invisível, por outro já se enxerga a diminuição da popularidade do PC como conhecemos hoje, ou seja, composto de CPU, teclado, mouse e monitor, isso em decorrência de que sua interface para comunicar-se conosco humanos, não é natural e sim através de teclado e mouse. O uso de teclado já está tão difundido (nunca pensei que com o PC ao invés de ser o fim dos cursos de datilografia, todos teriam que aprender como datilografar, ou melhor, digitar) que não costumamos pensar que isso não é nossa forma tradicional de comunicação, mas temos que admitir que seria muito mais confortável falar com a máquina do que ter que ficar digitando. Ao invés de estar digitando esse texto, eu poderia estar ditando-o e observando o efeito estético na tela, que já teria um software mais avançado do que os atualmente disponíveis, para ir fazendo as correções mais indicadas para que o texto fizesse sentido, pois normalmente não estruturamos tão bem o pensamento quando falamos, se comparado ao que fazemos quando escrevemos.
Outra previsão do cientista da IBM é que caminhamos inexoravelmente para a substituição do teclado e mouse, pela tela sensitiva (o Surface da Microsoft já é um exemplo disso), nesse dispositivo passaríamos a mão diretamente sobre uma grande tela e escolheríamos as ações (abertura de arquivos, escrita, desenhos, planilhas e navegação por exemplo) através do contato de nossas mãos com uma tela sensível ao toque. Para terem uma idéia disso basta assistir ao filme Minority Report do renomado Spielberg, onde nosso herói Tom Cruise pesquisa seus arquivos através de grandes painéis suspensos no ar, de forma virtual, aliás o senhor Jean Paul Jacob foi consultor de Steven Spielberg na construção dessa realidade virtual do futuro. Bom filme!

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