quarta-feira, março 05, 2008

Vídeo no celular


Muito se comenta sobre a baixa qualidade dos vídeos divulgados no YouTube e que portanto o conteúdo lá disponível, nunca competiria com o conteúdo existente nas TVs, de qualidade muito superior.
Acho errada essa nossa tendência de sempre querermos comparar coisas em termos exclusivistas, ou temos uma coisa OU outra, e normalmente colocamos essas opções em situação de confronto, como se estivessem competindo para ver quem ganha.
Na realidade entendo que a mudança nunca se dá de forma tão radical, e normalmente para novos formatos surgem novas mídias e novos usos. De meu lado divirto-me muito com vários vídeos e com conteúdo interessante na internet, mas confesso que ao ver alguns vídeos do YouTube no celular de meu filho fiquei impressionado com a qualidade da imagem, pois a tela é ideal para permitir uma visualização de boa definição, sendo que o formato de vídeos de curta duração também é adequado ao conforto de quem assiste a um vídeo em uma tela de três ou quatro polegadas.
Além de se tratar de conteúdo aberto e livre, sem nenhum tipo de censura ou processo de massificação (assiste quem acha interessante) ainda existe o apelo forte de podermos influenciar no que outras pessoas vêem, ou mesmo fazermos uploads de vídeos a partir de nossos próprios aparelhos celulares. Apesar de menor que a tela de um computador, o celular também é ideal para visualizarmos mapas e localizações de endereços, pois normalmente quando estamos perdidos temos sempre à mão nosso celular e nem sempre um computador.
O potencial de disseminação de conteúdo através do celular é fantástico, pois já temos mais de dois bilhões de celulares no mundo e caminhamos em no máximo dois ou três anos para os três bilhões, e mesmo que nem todos tenham tela com formato a permitir a visualização de vídeos, vemos que rapidamente essa tecnologia e formato vêm se popularizando.
É claro que não veremos ninguém assistindo a um longa metragem no seu celular, mas acredito que é uma ótima mídia para vídeo clips, trailers de filmes ou notícias, podendo inclusive servir como canal de venda de conteúdo convencional, ou seja poderíamos assistir gratuitamente a trailers de filmes que teriam a seguir a opção de aquisição através de modalidades como mobile-payment ou mesmo via cartão de credito para que fossem entregues em nossas casas ou mesmo recebêssemos o arquivo do filme via internet...mas aí já é tema para outro texto!

5 comentários:

Anônimo disse...
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@JoseAdolfo disse...

Outra idéia é receber o trailer sempre que passar perto do cinema. Será um teaser porreta!

Flávio Oliveira disse...

Concordo com você Raboni. Isso reforça a minha teoria de que a convergência não existe nos negócios. Antigamente tínhamos apenas as tv’s abertas, hoje temos tv a cabo, tv web, tv via celular e futuramente vídeos on demand. Pense nos computadores; notebooks, PCs, mainframes, handhelds, etc. Nenhum deles acabou com o outro. Todos coexistem. Por isso reforço: O MUNDO DOS NEGÓCIOS É DIVERGENTE.

Edu@rdo Rabboni disse...

Obrigado pelo comentário Adolfo.
Vi um teaser como esse funcionando em Barcelona, através de Bluetooth, ou seja não precisaram de LBS (Location Based Station) para terem à mão um ótimo chamariz para quem passasse na frente do cinema, o celular avisava que próximo dalí estava passando um bom filme, que poderia obviamente ter seu trailer baixado pelo celular. A gente chega lá! Temos um empresa no Brasil fazendo um ótimo trabalho (Open do Brasil) com intereatividade através do celular, tendo entre seus clientes inclusive empresas do ramo cinematográfico, resta os usuários começarem a valorizar esse tipo de mídia. Abraços e sinta-se em casa no MundoConectado!

Edu@rdo Rabboni disse...

Valeu pelo comentário Flávio, o que acontece é uma questão natural, em um primeiro momento, no lançamento da nova mídia, mas normalmente depois de algum tempo as coisas se acomodam, com raras exceções (como foi o caso das enciclopédias que cederam quase que totalmente lugar à internet). Por coincidência ouvia o Podcast da Bia Kunze nesse fim de semana, onde ela lembrava que no lançamento do rádio e depois da TV haviam os mesmos questionamentos que hoje fazemos do uso dos PCs, se as inovações não prejudicariam o convívio das pessoas e não acabariam com o meio existente anteriormente...e o que se observou foi uma convivência pacífica entre eles. Abraços e volte sempre.