domingo, agosto 06, 2006

Onde veremos nossos programas no futuro?

Em um momento que assistimos a discussão do novo padrão de TV digital (americano x europeu x japonês) questiono-me se nós telespectadores, estamos realmente prontos para o que vem por aí, do ponto de vista de conteúdos exibidos na telinha (ultimamente já não é mais telinha, face à quantidade de TVs que vêm sendo vendidas, em especial pelo momento pré-copa do mundo que vivemos)

Acredito que devamos fazer uma análise mais ampla a esse respeito, pois estaríamos assistindo nossos programas nos aparelhos televisores porque o escolhemos ou porquê nunca tivemos outra possibilidade alternativa?

Mas o que podemos esperar? Ver televisão, sem a televisão? É isso mesmo!

E o estranho da frase vem do fato de ser tão comum assistirmos a nossos programas preferidos nesse equipamento que, ver TV já virou sinônimo de ver jornais, novelas, filmes, propagandas, desenhos programas de auditório e uma infinidade de conteúdos que já chegam a nossas casas através desse equipamento.

Mas se é tão comum, o quê mais podemos esperar? Ora existe uma infinidade de possibilidades para termos acesso a diversos conteúdos, desde geladeiras que já vem com TV acopladas a suas portas, até relógios, celulares e obviamente a Internet.

Mas provavelmente alguns de vocês se perguntarão: E o conforto de assistirmos sentados em um bom sofá, em um tamanho adequado de tela, no aconchego de nossa sala, embalado por um som excelente garantido pelos equipamentos de home theatre atuais? Essa preocupação somente faz sentido para alguns formatos de conteúdo, que de fato são mais adequados para esse ambiente, por outro lado, existem uma infinidade de conteúdos, que poderiam perfeitamente serem transmitidos e assistidos em um meio alternativo. Em uma viagem por exemplo, o tamanho de uma tela de celular pode não ser tão incômoda, principalmente se ela significar ver os gols do time de nosso coração, que de outra forma não teríamos acesso até chegarmos a uma TV convencional!

Em situações emergenciais, como as verificadas em catástrofes ao redor do mundo (ainda bem que o Brasil na maioria das vezes está imune a uma série de catástrofes naturais), nesses casos quantas vezes não ficamos aflitos até termos acesso a uma TV para sabermos o que está ocorrendo? Sem falar que por vezes, ao acharmos um TV, não está passando o que precisamos ver. Não seria interessante, nesse caso, termos acesso a um canal de informações, via Internet ou celular, onde pudéssemos saber das últimas notícias, 24 horas por dia?

Poderíamos nos inscrever em alguns canais de notícias por exemplo, e indicarmos quando gostaríamos de ser informados sobre algumas informações, no momento em que ocorressem. Por exemplo advogados que estivessem seguindo a processos, engenheiros que estivessem interessados em processos públicos de licitação, acompanhamento dos nossos times queridos, resultados de campeonatos e olimpíadas, acompanhamento de votações, enfim uma lista sem fim de eventos que poderiam perfeitamente serem enviados a nossos celulares por short message, ou aquelas mensagens que recebemos diariamente, informando que a notícia que nos interessa já encontra-se disponível. Poderíamos então visualizá-la através do celular, da Internet, ou mesmo através da TV de nossa casa, a vantagem nesse caso é o que chamamos de tecnologia push, ou seja somos avisados de que o que queremos ver, já se encontra disponível.

O novo padrão de TV digital também permitirá esses serviços avançados, juntamente a uma série de outros, como guia de programação online, possibilidade de fazermos compras do que está sendo apresentado na TV, através de comandos no controle remoto, onde receberíamos depois em nossas casas o artigo que “clicamos” ao ver o pragrama (comprar o sapato que determinado ator está usando na novela por exemplo), também teremos a possibilidade de acesso a internet pela TV. Todas são possibilidades avançadas de novos serviços, mas que encontram utilização adequada considerando-se o tamanho do aparelho de TV, não possibilitando a portabilidade por exemplo, que é comum termos quando pensamos em aparelhos celulares, que cabem em nossas palmas da mão.

Então não acredito em tecnologia que venha a substituir totalmente outra, mas creio que teremos uma convivência amistosa entre diversas tecnologias, possibilitando que mais uma vez, o usuário seja o grande beneficiado, pois poderá escolher onde verá suas últimas notícias, como seu partido se saiu nas últimas eleições e mesmo qual foi o placar do último jogo do Timão!

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