domingo, agosto 06, 2006

Os internautas brasileiros

Li em um relatório do Ibope/Netratings, que nós, internautas brasileiros, batemos o recorde de tempo médio de acesso residencial mensal na Internet. O relatório aponta que os brasileiros ficam em média 19 horas e 24 minutos por mês, conectados na Internet. Somos superados apenas pelos internautas franceses, que ficam 4 minutos a mais do que nós durante o mês todo.
Esse fato serve para mostrar o quanto o brasileiro é adepto da utilização de inovações tecnológicas, mesmo sendo comparando com várias nações do mundo inteiro. Vale a pena lembrar que a Internet despontou em terras brasileiras muito depois de aparecer nos EUA, e em vários países da Europa, isso denota o quanto foi rápida a adesão brasileira a essa tecnologia de comunicação.
E temos exemplos em várias áreas, não somente a Internet, onde atestamos a adesão do brasileiro a inovações, como por exemplo, o sistema de declaração de Imposto de Renda, onde vários CPFs e CGCs são checados automaticamente, assim que as declarações são entregues, na década passada isso levava meses.
Também temos um ótimo exemplo no sistema eleitoral brasileiro, onde podemos nos orgulhar de possuir um dos mais avançados, seguros e integrados sistemas de todo o mundo. Assim que a última urna eletrônica é encerrada, imediatamente começamos as apurações, que no momento dão-se em horas e não mais em dias como no passado.
E de forma semelhante, também temos evoluído nossas transações bancárias, que cada vez mais rapidamente, têm migrado para a Internet, débito automático e entregas de talonário via correio, ou impressão automática em máquinas disponíveis 24 horas por dia.
Assim foi com a tecnologia do carro a álcool, com os carros movidos a gás, a tecnologia flex combustível, e mais recentemente a tecnologia que permite que um automóvel ande com gás, álcool ou gasolina.
Entendo que essas características do brasileiro fazem do Brasil um lugar ideal para trabalharmos a inovação. Lugar onde o histórico tem seu lugar assegurado, mas onde não é proibido inovar, muito pelo contrário, gostamos das inovações, e as utilizamos assim que são disponibilizadas, sem medo.
A leitura que faço é de otimismo, pois sabemos que das inovações que nos acometem no dia-a-dia é que advirá uma melhor qualidade de vida, um melhor nível de remuneração, maior longevidade e proximidade com nossos entes queridos.
Sendo assim, espero que desenvolvamos a inteligência necessária para podermos separar as inovações com real poder de alavancar melhores condições de vida, daquelas que meramente fazem algo desinteressante de forma nova, ou seja, nada agregam às nossas vidas.

2 comentários:

Anônimo disse...

As grandes fontes de inovações reais estão na pesquisa acadêmica, nas universidades públicas espalhadas pelo Brasil. O problema é que grande parte dos pesquisadores que estão na chefia de departmentos e liderando projetos com vultosos investimentos não correspondem ao perfil do internauta brasileiro e muitas vezes estão defasados em infra-estrutura para suportar a velocidade do mundo.

Edu@rdo Rabboni disse...

Ricardo estamos fazendo uma aproximação de algumas universidades, para que possamos trabalhar alguns conceitos e produtos inovadores, de forma conjunta. Montamos inclusive uma incubadora para possibilitar que idéias possam passar para o mundo concreto, sem necessitarem de investimentos pesados por parte de quem as teve, mas concordo que temos ainda um grande caminho a percorrer.

Abraços