quarta-feira, agosto 30, 2006

m-payment

O telefone celular pode ser utilizado para pagamento de contas, é o que chamamos de m-payment (pagamento móvel). Já tivemos várias iniciativas no Brasil, utilizando o conceito de pagamentos através do aparelho celular. Em nossa empresa tivemos inclusive a primeira operação bem sucedida no País, de aquisição de refrigerantes em máquinas, através de pagamentos transacionados pelo celular do usuário. Digo bem sucedida porque a operação era simples, segura, não apresentava problemas e tinha uma quantidade grande de usuários.
A dúvida que fica é se o mercado está adequadamente preparado para essa inovação. Podemos analisar essa questão do ponto de vista tecnológico, e neste quesito acredito que existem formas suficientemente seguras e práticas para que se efetuem pagamentos através do celular, pois utilizamos chaves de segurança (códigos que garantem que a transação é segura e efetuada pelo dono do celular) que tornam essa operação mais segura do que pagar a conta do restaurante com seu cartão de crédito entregando-o ao final do jantar na mão do garçon. Também podemos utilizar sistemas de pagamento através de códigos de barras ou textos curtos (SMS), onde uma instituição bancária ou de crédito valida a operação, e devolve ao estabelecimento que está recebendo o pagamento, a informação de que a operação não é fraudulenta, e que o usuário possui fundos para efetuar determinada compra.
Também não temos problemas quanto à penetração desta tecnologia no mercado, pois a quantidade de usuários móveis no Brasil, já ultrapassou a quantidade de usuários bancários (mais de 90 milhões de usuários), o que por si só, já representaria uma quantidade mais que adequada para justificar novos usos dessa tecnologia.
Por parte do mercado financeiro e comércio, não creio também que existam maiores problemas, pois essa forma de pagamento seria apenas mais um canal para oferta de produtos de pagamento instantâneo ou de venda a crédito, e com diferenciais ainda em relação à operação com cartão, relativos a custo e segurança.
Então resta analisarmos do ponto de vista do usuário, ou seja, os usuários de Telefonia Móvel no Brasil, estariam dispostos a lançar mão desta inovação? Essa forma de pagamento, em vários mercados no mundo inteiro, já é bastante popular, mostrando-nos que é possível a sua utilização em larga escala. Vi inclusive uma pesquisa no Japão, onde perguntavam aos entrevistados o que eles nunca deixavam de levar consigo, e o maior índice se deu exatamente com o aparelho celular, não a carteira ou os documentos.
Assim acompanharemos essa evolução, que até certo ponto é cultural, de uso de novos meios de pagamento através do celular aqui no Brasil. O que precisamos buscar é maior conveniência, segurança e simplicidade, para que a experiência dos usuários seja bem sucedida.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Smartphones

Com a onda de recebermos nossos e-mails através do celular, começamos a ouvir falar com maior freqüência dos smartphones.
São chamados de smartphones, ou telefones inteligentes, exatamente porque possuem algumas características superiores às de um telefone celular convencional.
Por acessarem e-mails e também a Internet, normalmente possuem uma tela um pouco maior que as encontradas nos aparelhos celulares, sendo que vários possuem também um mini teclado acoplado. Não são confortáveis obviamente para fazermos uso de Internet, como fazemos em nossos lares e escritórios, pois a interface não é adequada para longas conexões, as letras são pequenas e as velocidades disponíveis, na sua grande maioria, são inferiores às disponibilizadas pelas tecnologias de banda larga, existente da rede telefônica, por outro lado, têm a imensa vantagem de poderem acessar a Internet de qualquer lugar, pois são portáteis. Além do acesso a web, permitem uma infinidade de facilidades, entre elas o acesso a e-mails, uma memória que já ultrapassa 2 Gbytes (ou seja, uma memória grande o suficiente para guardar algo em torno de 400 músicas, ou centenas de fotos ou mais de três horas de filmes com resolução muito boa). Como esses celulares possuem sistemas operacionais semelhantes aos encontrados em nossos computadores pessoais, ainda permitem que utilizemos os aplicativos mais comuns da Microsoft como Excell, Word e Power-point, sem falar nos jogos disponíveis, acesso a agenda do dia e de contatos, alem de uma enorme quantidade de aplicativos, disponíveis na Internet, e que podem ser “baixados” pela Internet para o celular como planilha de gastos financeiros, planilhas de conversão monetária, tabela de horário mundial, catálogo de produtos, catálogos de clientes e também funcionam como gravadores de voz, de vídeo e de música.
Mas se ele possui tantas facilidades, deve ser grande e pesado, dirão vocês! Que nada, na realidade para as pessoas que já estavam acostumadas a fazerem uso de organizadores pessoais, como Palms e PDAs, a substituição por um smartphone é vantajosa, pois temos as mesmas funcionalidades, porém com custo e peso bem abaixo que a soma de produtos (celular + organizador pessoal, ou agenda eletrônica), sem falar que com a utilização cada vez mais popular de fones de ouvido com tecnologia sem fio (do tipo Bluetooth), não importa tanto o tamanho do celular, pois normalmente ele fica na bolsa, e o usuário anda somente com o fone de ouvido, que é muito mais prático e leve que um aparelho celular convencional. Mas cuidado para não adquirirem um modelo que tenha restrição à utilização em outras operadoras.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Quais facilidades buscamos como usuários?

Recentemente participei de uma discussão sobre as facilidades disponíveis na área de telecomunicações e informática, e as facilidades efetivamente requeridas pelos usuários.
Dizia-se, “de que adianta termos tanta funcionalidade, se nem sequer utilizamos dez por cento delas?”.
Ora acredito que não devamos confundir sermos simples com sermos simplórios! Assim podemos ter uma infinidade de facilidades, suportadas por aplicativos amigáveis, que sejam utilizáveis de forma simples e naturais e principalmente, que dispensem o uso de manuais, para sua plena utilização.
Lembro-me ainda do primeiro aparelho celular que adquiri, tela verde, bateria pesada que durava quase um dia, se eu não falasse muito, e que precisava ter o manual lido, se quiséssemos fazer uma ligação ou gravar um nome e telefone na memória. Atualmente os manuais são acessórios aos quais recorremos somente em último caso, e somente se não tivermos nenhuma criança em casa, pois é engraçado como parece que eles já nasceram com todos os manuais decorados, pois mexem em tudo.
Agora os celulares possuem uma tecnologia que se chama OTA (over the air) onde é possível enviarmos configurações e atualizações através de sinais de rádio, não necessitando que o usuário entenda de configurações avançadas ou perca seu tempo atualizando o seu aparelho, a operadora tem condições de fazer isso automaticamente para ele.
Vejam o exemplo das versões mais atualizadas do sistema operacional mais utilizado no mundo, o Windows da Microsoft, ele vem recebendo mais e mais inovações anualmente, ficando cada vez mais completo e com maiores facilidades, por outro lado, nunca a sua utilização foi tão amigável. O sistema operacional se atualiza automaticamente, faz as verificações de segurança, avisa da ocorrência de eventos que comprometam a segurança da máquina, e enviam avisos a Microsoft sobre falhas encontradas, como forma de tratá-las deixando o produto mais robusto e imune à falhas. Veja que tudo isso ocorre automaticamente, praticamente sem intervenção do usuário, e sem que tenhamos que telefonar para um serviço de atendimento ao usuário.
É desse mundo que estamos falando, e sobreviverão as empresas e fornecedores que melhor entenderem esse jogo, e oferecerem soluções simples, e não simplórias, a seus clientes.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Onde agregamos valor?

Tive um problema com um produto que adquiri através de um portal tradicional de venda na Internet. Após a aquisição de um Play Station Portátil para meu filho, por um descuido, ele caiu no chão e trincou a tela de cristal líquido. Por ser um equipamento importado, não consegui repará-lo na rede de assistência técnica da Sony, na cidade em que moro. Entrando em contato com o portal onde adquiri o produto, me enviaram um kit de devolução (pela Internet), fui a uma agência do correio, coloquei o produto dentro de uma caixa e colei a etiqueta existente no kit, e depois de trinta dias, recebi um e-mail informando que o produto não tinha conserto, e que estavam me dando o crédito no valor da compra inicial, para que eu adquirisse novamente o mesmo produto, ou qualquer outro existente no portal que fosse de meu interesse. Solução simples rápida e funcional!
Fico pensando sobre o futuro das lojas tradicionais, onde entramos e raramente somos recebidos com bom humor pelo vendedor, e não raro deixamos de encontrar o que estávamos procurando. Acredito que estejam fadadas à extinção! Sim, pois o único valor que agregam é a disponibilidade imediata (em alguns casos) do produto que procuramos. Por outro lado isso tem um custo, que normalmente é repassado ao preço final, sendo que normalmente pela Internet, adquirirmos o que queremos pagando em dez ou doze vezes sem acréscimo, o que não é comum de acharmos em qualquer loja.
O valor que uma loja virtual agrega então ao processo de venda, é a garantia de acharmos o que queremos, pois temos ao alcance de nossas mãos centenas de lojas virtuais para vasculhar, também percebemos uma chance maior de economia, pois como os custos de uma loja virtual são menores, normalmente os preços praticados também o são, sem falar que ainda contamos com uma série de portais que fazem o papel de buscar os melhores preços para nós. Tudo isso somado a facilidade de recebermos em nossa casa o que queremos, sem termos que enfrentar estacionamentos e vendedores que não entendem o que queremos.Então será o fim das lojas tradicionais? Claro que não! Aquelas que se diferenciam pelo bom atendimento, pelo conhecimento traduzido na forma como esclarecem nossas dúvidas a respeito de um produto ou outro, pela capacidade de entender nossos problemas e necessidades, propondo soluções e produtos que nos auxiliem, certamente terão seus negócios expandidos. Ou seja, valorizaremos não o fato da loja ser real ou virtual, mas a maneira como somos atendidos em nossas diversas necessidades. E obviamente somente sobreviverão aquelas empresas que de fato agregarem valor para seus clientes.

domingo, agosto 06, 2006

Discurso para uma turma de engenheiros recém-formados da FEI

Discurso que fiz como Patrono da última turma de engenheiros formados na FEI (onde também me formei em 89). Mostra como encaro e considero o uso da tecnologia:


Boa noite

Meus cumprimentos aos colegas formandos da turma de dezembro de 2005 do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana Padre Sabóia de Medeiros, prezados amigos e familiares, queridos e saudosos mestres,

Peço-lhes desculpa por estar lendo o que tenho a falar, mas esse recurso me ajuda a driblar a emoção, que certamente dificultaria-me as palavras nesse momento.

Muito me honra ter sido escolhido patrono desta brilhante turma, que chega agora a um momento de vitória e consagração de expectativas, de ver cumprida uma das etapas mais importantes de suas vidas acadê-micas, junto de uma das mais conceituadas instituições de ensino desse país,

Reconhecendo a responsabilidade que essa escolha me traz, gostaria de comentar alguns pontos, onde minha experiência possa, de alguma forma, contribuir para o sucesso de suas carreiras;

Apesar da quantidade crescente de profissionais que são apresentados ao mercado todos os anos, continuamos vivenciando a realidade de que várias vagas no mercado, são difíceis de serem preenchidas.


Deixando de lado a qualidade do ensino, pois entendo que fazemos parte de uma minoria que teve acesso a uma qualidade diferenciada de formação, como a que recebemos na FEI, o que falta para fechar essa equação?

Entendo que o conhecimento, uso de tecnologia e de técnicas administrativas são fundamentais, mas não são essenciais.

Essencial é o uso que fazemos desse conhecimento. Essencial é o resultado que esse conhecimento traz para a sociedade, essencial é o tanto que conseguimos melhorar a vida das pessoas, através da aplicação de conhecimento e tecnologias. Assim não se entreguem à sedução da tecnologia pela tecnologia.

O que vem diferenciando os profissionais no atual mercado de trabalho, ano a ano, é a sua capacidade de liderar equipes, mesmo em momentos incertos e nebulosos, sua capacidade de traduzir o presente, às vezes incompreensível aos olhos de muitos, de forma que possamos utilizar essa informação para traçar planos que nos ajudem a atravessar crises, pois estejam certos, elas virão.

Quando saí da FEI em 1989, a China era apenas um país imenso do outro lado do mundo, sem ação efetiva sobre a economia do Brasil na maioria dos mercados em que atuamos, a Internet no Brasil era restrita a uma parcela irrisória da população, a planta de telecomunicações era aproximadamente um quarto da atual, que já ultrapassa 140 milhões de linhas, ainda falávamos em duas Alemanhas, Bin Laden estava em treinamento militar, patrocinado pelos Estados Unidos e a inflação no Brasil alcançava o pico de 80% ao mês.

Citei apenas meia-dúzia de mudanças no panorama mundial e local, que podemos reconhecer como rupturas, que afetaram imensamente o mercado de trabalho, no qual agora vocês ingressam com vontade, apenas para reforçar a importância de trabalharmos com foco em visão estratégica e visão de futuro, e sem realçar em demasia o modo como as coisas sempre foram feitas ou as tendências históricas, haja vista que as mudanças mais profundas, são de difícil previsibilidade, e sermos agentes de mudanças também é essencial.

Deve se olhar atentamente para a formação que se recebe na faculdade, e valorizar entre uma infinidade de informações que são passadas a respeito de equações, comportamentos físicos e químicos, mecânica, termodinâmica, eletricidade, desenho, e uma série de outras cadeiras técnicas, valorizando também a vivência entre colegas e mestres, as inúmeras superações de dificuldades que passaram nesses cinco anos, a forma como se prepararam para ultrapassar os desafios que lhes foram apresentados, a solidariedade presente nos grupos de estudo, para com aqueles que, por diversos motivos, apresentaram maiores dificuldades na compreensão da matéria, a maneira como festejaram as vitórias, e até o aprendizado que se obteve com os eventuais resultados aquém do esperado neste mesmo período. Ou seja, o que levamos desse período em que investimos durante cinco anos em nossa formação, é um misto de conhecimento técnico e humano, e não existe possibilidade de dizer qual deles é mais importante.

Confiem nos conceitos simples da vida, não compliquem sua vida profissional com palavras, siglas e termos desnecessariamente técnicos.

Nas entrevistas futuras, não digam o que imaginam que o entrevistador eventualmente queira ouvir, e sim aquilo em que vocês de fato acreditam, se isso não melhorar as suas chances de serem contratados, pelo menos os fará pessoas mais felizes;

Preocupem-se pessoal e profissionalmente com o meio-ambiente, ele é o legado que deixaremos para nossos descendentes;

Lembrem-se que atualmente, a responsabilidade social das empresas é algo que aparece inclusive no balanço das mesmas. Existem empresas que publicam inclusive um Balanço Social, onde são destacadas todas as ações praticadas na área de responsabilidade social e de contribuição a cidadania.

Em um País em que a impunidade foi comemorada na semana passada com dancinhas ridículas no Plenário da Câmara, cumpre-nos a responsabilidade de criar e propagar uma Nação mais ética, séria e comprometida com o futuro, através de nossa atuação profissional.

Sejam empreendedores. Dentro ou fora de organizações vale muito nossa capacidade de construir algo, com base nas nossas crenças, valores e objetivos pessoais.

E como disse Paulo Freire, é hora de esperança, mas não esperança do verbo esperar e sim do verbo esperançar. Esperança que se consagra, assim como a formatura de vocês, através de esforços concretos em ações que acreditamos e pelas quais agimos e construímos algo, e disso, nós engenheiros FEIANOS entendemos muito bem!

Muito obrigado!

Música na internet

A eterna briga entre gravadoras e os sites, programas e portais que disponibilizam músicas normalmente é referente ao risco de se disponibilizar algum conteúdo musical em meios sobre os quais não incidam nenhum tipo de controle ou limitante, estimulando assim que ouvintes se divirtam com músicas, sem no entanto pagarem absolutamente nada por esse privilégio. É o que chamamos normalmente de pirataria digital!
Será que já não enfrentamos dilema semelhante quando da disseminação dos gravadores que utilizavam fitas magnéticas? Que atire a primeira pedra quem, com mais de trinta anos, não tenha se divertido fazendo gravações e mixagens em aparelhos que chamávamos três-em-um (vitrola, rádio e toca-fitas) das músicas e conjuntos que mais nos atraíam, para que depois, despreocupadamente ouvíssemos em nossos toca-fitas automotivos, ou mesmo tocássemos nos bailinhos que tanto nos encantavam.
Bem existem diferenças básicas sim, que justifiquem a preocupação das gravadoras, e são em essência duas: primeiramente com relação a qualidade, pois enquanto nas gravações utilizando fitas magnéticas, mesmo que gravássemos utilizando fitas de cromo ou ferro-cromo, ainda assim, a cada gravação que fizéssemos perdíamos um pouco de qualidade, impedindo assim que houvesse gravação sobre gravação sobre gravação... Outro ponto importante é que a forma que disseminávamos nossas gravações, restringia-se a um ou outro amigo mais próximo, a quem presenteávamos com aquela fita ou gravação.
Já quando pensamos em gravações digitais (seja as que armazenamos em nossos computadores, tocadores de MP3, ou mesmo copiamos para nossos CDs) não existe limitação do número de execuções em detrimento da qualidade da gravação e a sua replicação dá-se em questão de segundos, para milhares e até milhões de pessoas. Ou seja existe sim um risco do mercado convencional de CDs vir a sofrer maiores abalos do que o que já sofre.
A parte boa disso tudo? É que podemos a partir de agora escolher as músicas que compraremos, e não mais os discos. Também não somos limitados a ouvir a quantidade de músicas que as gravadores nos impõem, e sim temos liberdade para colocar discografias inteiras em um único CD. Isso sem falar que a melhor forma de disponibilizarmos milhões de cópias simultaneamente é disponibilizando esse conteúdo, devidamente digitalizado, através da própria Internet, mas lembrem-se: sempre de forma legal!

Onde veremos nossos programas no futuro?

Em um momento que assistimos a discussão do novo padrão de TV digital (americano x europeu x japonês) questiono-me se nós telespectadores, estamos realmente prontos para o que vem por aí, do ponto de vista de conteúdos exibidos na telinha (ultimamente já não é mais telinha, face à quantidade de TVs que vêm sendo vendidas, em especial pelo momento pré-copa do mundo que vivemos)

Acredito que devamos fazer uma análise mais ampla a esse respeito, pois estaríamos assistindo nossos programas nos aparelhos televisores porque o escolhemos ou porquê nunca tivemos outra possibilidade alternativa?

Mas o que podemos esperar? Ver televisão, sem a televisão? É isso mesmo!

E o estranho da frase vem do fato de ser tão comum assistirmos a nossos programas preferidos nesse equipamento que, ver TV já virou sinônimo de ver jornais, novelas, filmes, propagandas, desenhos programas de auditório e uma infinidade de conteúdos que já chegam a nossas casas através desse equipamento.

Mas se é tão comum, o quê mais podemos esperar? Ora existe uma infinidade de possibilidades para termos acesso a diversos conteúdos, desde geladeiras que já vem com TV acopladas a suas portas, até relógios, celulares e obviamente a Internet.

Mas provavelmente alguns de vocês se perguntarão: E o conforto de assistirmos sentados em um bom sofá, em um tamanho adequado de tela, no aconchego de nossa sala, embalado por um som excelente garantido pelos equipamentos de home theatre atuais? Essa preocupação somente faz sentido para alguns formatos de conteúdo, que de fato são mais adequados para esse ambiente, por outro lado, existem uma infinidade de conteúdos, que poderiam perfeitamente serem transmitidos e assistidos em um meio alternativo. Em uma viagem por exemplo, o tamanho de uma tela de celular pode não ser tão incômoda, principalmente se ela significar ver os gols do time de nosso coração, que de outra forma não teríamos acesso até chegarmos a uma TV convencional!

Em situações emergenciais, como as verificadas em catástrofes ao redor do mundo (ainda bem que o Brasil na maioria das vezes está imune a uma série de catástrofes naturais), nesses casos quantas vezes não ficamos aflitos até termos acesso a uma TV para sabermos o que está ocorrendo? Sem falar que por vezes, ao acharmos um TV, não está passando o que precisamos ver. Não seria interessante, nesse caso, termos acesso a um canal de informações, via Internet ou celular, onde pudéssemos saber das últimas notícias, 24 horas por dia?

Poderíamos nos inscrever em alguns canais de notícias por exemplo, e indicarmos quando gostaríamos de ser informados sobre algumas informações, no momento em que ocorressem. Por exemplo advogados que estivessem seguindo a processos, engenheiros que estivessem interessados em processos públicos de licitação, acompanhamento dos nossos times queridos, resultados de campeonatos e olimpíadas, acompanhamento de votações, enfim uma lista sem fim de eventos que poderiam perfeitamente serem enviados a nossos celulares por short message, ou aquelas mensagens que recebemos diariamente, informando que a notícia que nos interessa já encontra-se disponível. Poderíamos então visualizá-la através do celular, da Internet, ou mesmo através da TV de nossa casa, a vantagem nesse caso é o que chamamos de tecnologia push, ou seja somos avisados de que o que queremos ver, já se encontra disponível.

O novo padrão de TV digital também permitirá esses serviços avançados, juntamente a uma série de outros, como guia de programação online, possibilidade de fazermos compras do que está sendo apresentado na TV, através de comandos no controle remoto, onde receberíamos depois em nossas casas o artigo que “clicamos” ao ver o pragrama (comprar o sapato que determinado ator está usando na novela por exemplo), também teremos a possibilidade de acesso a internet pela TV. Todas são possibilidades avançadas de novos serviços, mas que encontram utilização adequada considerando-se o tamanho do aparelho de TV, não possibilitando a portabilidade por exemplo, que é comum termos quando pensamos em aparelhos celulares, que cabem em nossas palmas da mão.

Então não acredito em tecnologia que venha a substituir totalmente outra, mas creio que teremos uma convivência amistosa entre diversas tecnologias, possibilitando que mais uma vez, o usuário seja o grande beneficiado, pois poderá escolher onde verá suas últimas notícias, como seu partido se saiu nas últimas eleições e mesmo qual foi o placar do último jogo do Timão!

O indivíduo hiper-conectado

Outro dia, ouvia em um programa de rádio americano (que aliás eu acesso pela Internet), a importância que a Internet tinha nesses tempos e, que na opinião do comentarista, não se podia mais viver sem ela. Aquela afirmação me incomodou um pouco, ora somos seres humanos e esse relacionamento nosso com algo artificial ser chamado de vital me pareceu no mínimo exagerado, pensei cá com meus botões: nós brasileiros não somos assim...,mas esse pensamento não me abandonou rapidamente, será que não somos mesmo assim?

Hoje o site americano de relacionamento social (Orkut –www.orkut.com) possui a maioria de seus usuários brasileiros(vejam só vocês!), o Brasil também possui a maior quantidade de transações bancárias via Internet do mundo, também possuímos um tempo de navegação (quantidade de tempo que o usuário fica conectado na Internet) maior que o usuário americano, também estivemos entre os primeiros a exigir que a entrega da declaração de imposto de renda se desse totalmente via Internet. Isso para não mencionar os resultados de eleições, que no Brasil temos em duas ou três horas após o término da votação, ao passo que em outros países do primeio mundo levam-se dias para chegarem ao término da apuração. É parece que somos um pouco assim, seria isso ruim?

Ora a substituição do contato humano pelas informatização pura e simples, não é o objetivo buscado por nossa sociedade, estou certo disso, por outro lado sabemos das vantangens intrínsecas que a tecnologia pode, e via de regra trás para o nosso dia-a-dia. Foi-se o tempo em que buscávamos em lojas de discos (alguém lembra-se dos discos de vinil?) aquelas últimas paradas ou lançamentos, e éramos obrigados a levar, junto com as músicas que queríamos, uma série de outras músicas que compunham o disco, atualmente todos os distribuidores e gravadores disponibilizam músicas individuais pela Internet, compro somente a música que eu gosto e monto o disco que eu quiser, na forma como eu quiser.

Esqueceu-se de quem lhe disse sobre determinada receita de picanha no forno na última festa? Ou então não teve a oportunidade de anotá-la? Basta entrar na Internet, e algum site de busca lhe mostrará uma centena de receitas das melhores maneiras de se preparar uma picanha ao forno.

E assim adquirimos automóveis, livros, DVDs, eletrodomésticos, empregos, etc (há até os que acham a cara metade ...), pela Internet, através de programas específicos, onde informamos o que procuramos e o programa nos traz uma pesquisa mostrando os melhores preços para aquele artigo específico, e ainda faz um ranking dos referidos fornecedores, relacionando-os a prazo de entrega, custo de frete e tradição no negócio, o pagamento mais seguro para isso é o cartão de crédito que, apesar de não possuir a melhor segurança do mundo, ainda assim tem o reconhecimento das administradoras de cartão do mundo todo, que sua utilização na internet ainda é mais segura do que quando pagamos nosso restaurante de final de semana e nosso cartão é levado, sabe-se lá para onde, pelo garçon.
Nem começamos ainda a explorar as potencialidades da Internet para a educação, mas dez entre dez educadores do mundo inteiro, reconhecem o potencial da Internet, como agente de universalização do conhecimento para toda a sociedade. Vemos estarrecidos como programas complexos, e por vezes em idiomas diferentes do nosso, são facilmente manipulados por crianças e adolescentes, sem medo de cometerem alguma gafe que desconfigure o computador ou mesmo de chegar a algum caminho que danifique algo no computador. Muito pelo contrário, parece que a Internet e sua linguagem foram feitos para os jovens, tamanho é a naturalidade com que essa interação ocorre.
É claro que o bom bate-papo acompanhado do cafezinho nos dias de semana e da cervejinha aos finais de semana nunca acabará. O ser humano é social por natureza e sempre buscará todas as maneiras de manter-se em contato com o maior número de amigos e pessoas com quem tenha afinidade possível. Então não se trata da tecnologia substituir o contato humano, muito menos subverter o relacionamento tão especial para nós. Não se trata de se colocar ou o desenvolvimento natural da humanidade ou o desenvolvimento calcado no indivíduo hiper-conectado. Não temos essa limitação, então não se trata de termos isso OU aquilo e sim termos isso E aquilo.

Novas fontes de informações

Encontra-se em discussão atualmente no mundo inteiro, uma nova forma de obter-se informações de forma online, ou seja, por meio da Internet.
Se você tivesse que escolher entre três opções, qual seria a mais interessante: Um dicionário que contivesse 435.000 verbetes e custasse R$ 170,00, um segundo dicionário que contivesse mais de 600.000 verbetes e custasse algo em torno de R$ 360,00 ou um dicionário que possuísse mais de um milhão e duzentos mil verbetes, estivesse disponível em mais de 90 idiomas, estivesse sendo revisto e atualizado o tempo todo e que fosse gratuito? Pois é, nos dois primeiros exemplos citamos dicionários convencionais e tradicionais, que podem ser adquiridos em qualquer boa livraria do País e no último caso citamos a Wikipedia, um dos maiores fenômenos da Internet, representada por um dicionário disponível na Internet (www.wikipedia.org) que além de receber milhares de correções diariamente, ainda possibilita que qualquer pessoa que acessar o programa, ainda possa escrever qualquer definição que quiser, ou mesmo criar qualquer palavra que lhe der na telha, de forma gratuita, ou se preferir e descobrir que determinado idioma não se encontra disponível, ainda iniciar uma tradução do mesmo dicionário em um novo idioma!
Esse programa é o que temos de mais expressivo em exemplo de software colaborativo, quer dizer, aquele software ou programa que pode ser atualizado por qualquer pessoa, de forma livre e simultânea na Internet.
Mas se todos podem escrever o que quiser, qual a utilidade da wikipedia? Vocês desconfiarão sobre a confiabilidade dela, haja vista que não existe censura prévia sobre o conteúdo e o que é escrito, assim qualquer pessoa poderia entrar nesse programa e definir que Ronaldo Gaúcho foi um filósofo grego do século VII, e sabem o que é mais interessante? Mais de 90% do que ali se encontra está correto. As pessoas que se dedicam a contribuir com esse software pesquisam e colocam, na sua grande maioria, definições corretas sobre vários assuntos.Nesse sentido, um grande valor é gerado: a necessidade de se pensar muito a respeito do que se lê, analisar criticamente e não ir acreditando em tudo que se encontra pela frente. Como em tudo o que lemos sempre existe uma certa parcialidade de quem escreveu, que acaba por se somar à nossa própria interpretação, acabo por acreditar que a Wikipedia não tenha nada de ruim, ainda colaborando de forma decisiva para o desenvolvimento de nosso espírito crítico.

Os limites de comunicação de nossos filhos

Como pais e educadores, temos acompanhado a evolução da educação e dos costumes a que nossos filhos ficam expostos. Muitas coisas mudaram desde que saímos da nossa adolescência. Brincávamos sempre na rua, jogávamos bola, polícia e ladrão, clubes de bairro, figurinhas, bicicleta, carrinho de rolimã – minha infância em São Paulo não deve ter sido diferente da de vocês. E hoje, as crianças podem brincar nas ruas? Podem jogar bola na rua (que rua?), figurinhas são auto-adesivas e não servem para “bater” somente para serem coladas nos álbuns, e também não existem figurinhas carimbadas, as brincadeiras de rua foram pouco a pouco sendo substituídas por brincadeiras dentro de casa, tudo em nome da segurança.
Quando entramos no quarto de nossos filhos eles estão com o computador ligado, com várias janelas abertas, demonstrando que estão fazendo várias atividades simultaneamente (escrevendo no orkut, conversando com várias pessoas nos sistemas de conversação online como messengers, olhando o boletim da escola, vendo um site de seu grupo de música preferido, etc, etc) também invariavelmente estão com o livro aberto, a TV ligada e talvez algum CD rodando ao fundo no computador mesmo.
E quando perguntamos o que estão fazendo, a resposta é uma só: “Estou estudando!”
E acredito que estejam mesmo estudando. Não da forma como sempre fizemos, pois enxergam o mundo de uma forma muito diferente da nossa, percebem muito mais características do mundo que os cerca dentro daquele ambiente cheio de informações simultâneas, do que nos era possibilitado há trinta ou quarenta anos.
Para as crianças de hoje em dia, existe uma lista sem fim de possibilidades de comunicação, se comunicam através de uma linguagem quase própria, pois abreviam, usam figuras de linguagem onomatopéicas, e desenhos para demonstrarem o que estão sentindo naquele momento, mas o que é mais importante, se comunicam intensamente, não importa se o interlocutor está do outro lado da rua, ou se está do outro lado do mundo, vale tudo. Experimentam a sensação de falar com alguém de algum lugar do mundo, quando estão disputando uma batalha nos games online, e têm essa comunicação facilitada pela necessidade do objetivo comum, pois ambas crianças têm o mesmo objetivo por estarem no mesmo clã, por quererem dominar o mesmo inimigo.
Observo divertido meu filho falando com pessoas do mundo inteiro, e lembro-me que com a mesma idade, aprendia inglês na escola e ficava pensando para que serviria o idioma, pois nunca havia saído do Brasil e nada me dizia que o faria em um curto prazo.
Essa é a realidade a que nossos filhos são submetidos diariamente, nós entendemos até certo ponto, mas não fazemos parte da mesma geração, o que nos dificulta enxergar onde isso vai parar, o que mais me intriga é imaginar como será a educação, quando essa geração dos nossos filhos, estiver na idade de ensinar. Espero estar lá para acompanhar!

Nossos filhos e os vídeo-games

Muito se tem falado a respeito do desenvolvimento de crianças e o efeito que os jogos eletrônicos, ou mais comumente chamados vídeo-games, trazem sobre elas. Como todos sabemos, nesses tempos atuais, nossas crianças são apresentadas muito cedo a uma série de experiências, nem sempre adequadas ao seu desenvolvimento ou capacidade de compreensão, seriam então os vídeo-games mais um vilão dentre a série de episódios que têm potencial negativo sobre o desenvolvimento de crianças?

Quero defender a tese de isso não acontece. Muito pelo contrário, temos vários exemplos positivos de como um programa de computador com objetivo de entretenimento pode ser benéfico ao desenvolvimento cognitivo e até cultural da criança. Acompanho de perto, até onde meu raciocínio de adulto permite, como meu filho de 12 anos brinca e se diverte com jogos eletrônicos, e verifico que através deles, ele tem se interessado por aprender inglês, haja vista que a maioria dos jogos, atualmente são interativos pela Internet, e fornecem a capacidade do jogador se comunicar com pessoas do mundo todo, estabelecendo estratégias e se preparando para desafios que são os objetivos finais de cada jogo. E aprende também que deve se preparar para desafios, verificar seus pontos fracos e fortalecê-los, a importância de ter um time forte e unido para chegar a um objetivo comum, o quanto é importante que todos no mesmo time sejam bons para que se ganhe uma batalha, e não apenas o brilhantismo de alguns, garantem o resultado final favorável.

Mas e a preocupação com a violência representada por tantos jogos de guerra ou outros jogos baseados na capacidade do jogador aniquilar a maior quantidade de inimigos no menor tempo possível? Bem, é claro que sempre teremos escolhas entre as opções que fazemos diariamente, e algumas delas, podem nos levar a uma exposição inadequada à violência. Por outro lado a violência não entra em nossas casas apenas através dos jogos de comutador, basta ligarmos a televisão para acompanharmos seqüestros, assaltos a mão-armada, execução de inimigos extremistas de países rivais, analisarmos as primeiras páginas de vários jornais, lermos as revistas que nos chegam semanalmente, ouvirmos as notícias do rádio, assistirmos a uma partida de futebol, onde as torcidas guerreiam nas arquibancadas e até fora dos estádios, através de brigas sem sentido e explosões de violência que ferem nosso bom senso. Isso sem falar da violência a que todas as crianças estão sujeitas, sempre que ignoramos suas opiniões, que professores mal preparados lhes impingem idéias sem o devido cuidado para que entendam o contexto do que estão aprendendo, ou mesmo a violência representada por uma resposta ou comentário mal-humorado que fazemos frente a um questionamento da criança que por vezes é impertinente, mas que quase sempre representa uma dúvida legítima.

Não concordo que canja de galinha e cautela não façam mal a ninguém, muito pelo contrário tenho visto ótimas oportunidades por vezes serem desperdiçadas, frente a um excesso de cautela ou indecisão. Quanto ao efeito de uma super-alimentação baseada unicamente em canja de galinha, não acredito que existam estudos profundos sobre o tema, mas sou levado a crer que igualmente não deve ser lá tão saudável. Está claro que qualquer coisa em excesso é prejudicial a nossa saúde e bem estar físico e psicológico, assim preocupa-me o fato de tantas crianças que vão gradativamente tendo suas infâncias assistidas por programas de televisão, vídeo-games, internet, ou apenas jogos de futebol n a rua, em substituição a um sólido referencial adulto para a edificação de seu caráter e a um leque de atividades diversificadas, que permitisse o melhor desenvolvimento social, físico, cultural e cognitivo possível.

Cada vez mais nossos filhos estão sendo cerceados de usufruírem de um espaço público comunitário que lhes possibilitasse o maior convívio possível com outras crianças, e as brincadeiras que tantas vezes praticamos em nossas infâncias, e que nos ensinaram tantas coisas. Tudo isso em nome de uma propalada segurança, que somos forçados a procurar, dentro de nossas casas, entre muros altos ou no interior cercado de condomínio ou edifícios resguardados do ambiente externo, através de cercas eletrificadas, muros altos, alarmes e o que é pior, câmeras que a tudo monitoram o tempo todo.

Não é isso que queremos para nossos filhos, queremos sim que eles desenvolvam todo o tipo de atividade possível, para que tenham as experiências necessárias ao seu desenvolvimento, e tenho visto que um equilíbrio de bons programas de TV ou filmes, a companhia de autores reconhecidos pela facilidade de se comunicarem com o público jovem de maneira adequada, bons jogos de computador baseados na habilidade de estratégia e necessidade de interação com crianças de outros países, esportes e boas conversas operam milagres em nossas crianças. Todos temos preferências pessoais e nem todas as atividades necessárias são possíveis sem um certo esforço nossa, pois várias delas dependem de que levemos nossos filhos a praticarem, requerem por vezes nosso acompanhamento, para vermos se as atividades não representam perigo de relacionamento, pois a Internet abre possibilidades que devem ser supervisionadas para evitar-se eventos desagradáveis, ou seja, exigem um determinado compromisso de nosso tempo, caso contrário podemos ter eventuais desequilíbrios que levariam a excessos, esses sim prejudiciais ao desenvolvimento das crianças.

Nesse sentido acredito que nosso desafio seja aproveitarmos ao máximo o curto espaço de tempo com nossos filhos, tentando entender o que fazem nessas maquininhas e computadores, o que lêem, o que assistem na TV, quem são seus amigos na escola, na vizinhança e no clube e, na medida do possível, sempre lhes apresentar programas e alternativas saudáveis para seu desenvolvimento como cidadão.

Estamos no modelo de mídia digital correto?

Atualmente questionamos fortemente a pirataria e condenamos legalmente quem faz e quem adquire cópias ilegais de CDs de músicas e DVDs de filmes ou shows, será que conhecemos todos os ingredientes dessa salada? Será que todos os pontos importantes nessa disputa nos são colocados para que façamos o melhor juízo?
Não tenho o objetivo de fazer uma abordagem técnica ou jurídica sobre o tema, até porque me falta conhecimento para tal, mas gostaria de fazer uma abordagem do ponto de vista do usuário, que ao que parece, é quem menos entende porque tem que pagar tão caro por um produto, e que aparentemente a maior parte do valor pago não vai para o artista que cedeu os direitos das músicas, mas para a gravadora e a distribuidora, que elaboraram o disco e o distribuíram para o mercado.
Essa análise de valor é necessária, até para entendermos quem de fato se beneficia e quem é mais prejudicado com a pirataria. Parece que são a gravadoras e não os artistas, pois esses recebem uma parcela menor dos rendimentos de seus discos. Analisando por esse ângulo, quando adquirimos um CD na loja, à exceção dos impostos, estamos remunerando quase que exclusivamente a gravadora e menos aos cantores e bandas. Então o maior valor não estaria na arte que tanto nos encanta, mas na atividade técnica da gravação, e da gestão de logística que faz o CD chegar a nossas mãos.
Lembrando que em um CD nem sempre todas as músicas nos interessam igualmente e que pouco valor atribuímos ao disco material, e sim à música propriamente dita que ouviremos, não interessando se vem em uma caixa de plástico, ou numa caixa de papelão, em um ou em dois CDs.
Colocando todos esses ingredientes em uma lupa, fica fácil entender o sucesso do iTunes, sistema de música digital, lançado pela Apple, que vende música a música, diretamente aos ouvintes, sem ter a necessidade de entregar fisicamente a música, ou seja o que é entregue é um arquivo com a música e não um disco físico e real, que pode quebrar, riscar ou entortar se ficar ao sol. Um arquivo por outro lado é eterno, pode ser armazenado com segurança, ter cópias de segurança e ser ouvido pelo resto de nossas vidas.Estou certo que estaremos vivendo de agora em diante, um aumento do mercado legal, de venda de músicas através de sites na Internet especializados, e tenho a expectativa que no futuro existirão infra-estrutras que possibilitem aos artistas disponibilizarem suas músicas para que sejam vendidas e distribuídas diretamente aos ouvintes, resultando em uma maior receita para os autores e um valor menor de aquisição para que continuemos curtindo nossas bandas e artistas preferidos.

Internet sem fio

Sempre ouvimos falar em estarmos conectados “o tempo todo em qualquer lugar”. Antes que os guardiões da privacidade se voltem contra mim, alegando o inferno que nossa vida se tornaria caso isso ocorresse de forma ampla, geral e irrestrita, deixe-me explicar:

Atualmente temos acesso a internet em nossas residências através de linhas discadas, através dos modens convencionais que acessam a internet a velocidades que vão até algo em torno de 56 kbps/s (quilo bits por segundos) o que nos permite visualizar uma página carregada de informações e sons, em um tempo ao redor de 30 segundos. Também temos disponível em nossas residências a tecnologia de acesso a Internet por banda larga, onde as velocidades começam em 128 kbps e podem chegar a até 2 Mbps/s, onde as informações que necessitamos ver na Internet, são apresentadas quase que instantaneamente, ao clicarmos o botão de nossos mouses.

Também podemos acessar a Internet através de tecnologia celular móvel, através das conexões de dados de nossos celulares. Nesse caso, apesar da grande praticidade de uso, pois temos acesso a uma infinidade de informação em qualquer lugar que tenha cobertura celular, temos a desvantagem do formato da tela de nossos celulares o que acaba por limitar um pouco o uso que pode ser feito através desse meio, sem falar que as velocidades de acesso que os aparelhos celulares de segunda geração chegam, aproximam-se das velocidades de um modem linha discada, algo em torno de 50 kbps, o que também não é uma velocidade ideal para alguns tipos de acessos que precisamos, em especial aqueles que demandam informações multimídia como imagem, som e animação em geral.

Então a tecnologia que veio para permitir o acesso a Internet banda larga sem fio é o Wi-Fi ( que significa wireless fidelity ou fidelidade sem fios). Nessa tecnologia os acessos à internet em Banda Larga (as conexões WiFi alcançam a até 11 Mbps/s) são disponibilizados através de antenas que ficam em lugares públicos ou privados, dentro ou fora de estabelecimentos, e que colocam no ar a possibilidade de acessarmos a Internet através de Lap-Tops ou PDA (tipo palms por exemplo) em velocidade equivalente a banda larga.

Com essa tecnologia, podemos acessar nossos e-mails ou páginas pessoais e acessos empresariais, de qualquer lugar como cobertura Wi-Fi, quando estivermos em viagens e dispusermos de um plano de acesso a Internet em Banda Larga WiFi, como o disponibilizado pela CTBC. No nosso caso já são mais de 600 pontos de cobertura, espalhados por várias cidades do Brasil (todas as principais capitais do País), em pontos de interesse público como hotéis, aeroportos, restaurantes, Shopping Centers, cafés e etc.


Normalmente os usuários de Wi-Fi não contratam esses serviços pensando em utilizá-lo nas cidades onde residem, pois nesses casos já possuem acesso a Internet de seus trabalhos ou residências, mas contratam principalmente para poderem acessar a Internet quando estiverem em viagem. Essa tecnologia torna-se uma vantagem extremamente interessante para aquele profissional que precisa estar informado de tudo que está acontecendo no mundo, ou mesmo precisa de conexão à sua empresa enquanto viaja, nesse caso se enquadram os representantes comerciais, que ao invés de viajarem com pastas e catálogos, podem a partir de agora viajar com um computador portátil, o tempo todo atualizado com seus e-mails, listas de preços e propostas técnico-comerciais.

Além dos acessos públicos que comentamos anteriormente, também existe a possibilidade de acessarmos nossa rede particular ou de nossas empresas através da mesma tecnologia Wi-Fi. Para tanto devemos adquirir o modem com essa tecnologia que pode ser ligado diretamente a nossas redes privadas ou residenciais de banda larga. Nesse caso a cobertura das antenas é praticamente somente indoor, ou seja, dentro de nossos escritórios ou residências.

Atualmente quase todos os Lap-Tops ou Notebooks adquiridos no mercado brasileiro já permitem a conexão WiFi sem a necessidade de aquisição de nenhuma placa ou modem adicional, pois possuem a tecnologia de acesso Centrino© , que é um microprocessador e antena, internos aos computadores, que em área de cobertura WiFi, permitem imediatamente a conexão à Internet.

Não se trata portanto de perdermos nossa privacidade, podendo ser acessados o tempo todo e em qualquer lugar, através da tríade tecnológica (celular, banda larga e WiFi) mas sim de podermos, quando e somente quando nos interessar, ter acesso às informações que nos forem relevantes, sem enxergarmos os limitantes geográficos que temos atualmente, ou mesmo termos que nos deslocar até os escritórios e lan houses, para acessarmos nossos e-mails. Até porque, sempre nos restará a possibilidade de desligarmos nossos aparelhos para não sermos importunados.

Os internautas brasileiros

Li em um relatório do Ibope/Netratings, que nós, internautas brasileiros, batemos o recorde de tempo médio de acesso residencial mensal na Internet. O relatório aponta que os brasileiros ficam em média 19 horas e 24 minutos por mês, conectados na Internet. Somos superados apenas pelos internautas franceses, que ficam 4 minutos a mais do que nós durante o mês todo.
Esse fato serve para mostrar o quanto o brasileiro é adepto da utilização de inovações tecnológicas, mesmo sendo comparando com várias nações do mundo inteiro. Vale a pena lembrar que a Internet despontou em terras brasileiras muito depois de aparecer nos EUA, e em vários países da Europa, isso denota o quanto foi rápida a adesão brasileira a essa tecnologia de comunicação.
E temos exemplos em várias áreas, não somente a Internet, onde atestamos a adesão do brasileiro a inovações, como por exemplo, o sistema de declaração de Imposto de Renda, onde vários CPFs e CGCs são checados automaticamente, assim que as declarações são entregues, na década passada isso levava meses.
Também temos um ótimo exemplo no sistema eleitoral brasileiro, onde podemos nos orgulhar de possuir um dos mais avançados, seguros e integrados sistemas de todo o mundo. Assim que a última urna eletrônica é encerrada, imediatamente começamos as apurações, que no momento dão-se em horas e não mais em dias como no passado.
E de forma semelhante, também temos evoluído nossas transações bancárias, que cada vez mais rapidamente, têm migrado para a Internet, débito automático e entregas de talonário via correio, ou impressão automática em máquinas disponíveis 24 horas por dia.
Assim foi com a tecnologia do carro a álcool, com os carros movidos a gás, a tecnologia flex combustível, e mais recentemente a tecnologia que permite que um automóvel ande com gás, álcool ou gasolina.
Entendo que essas características do brasileiro fazem do Brasil um lugar ideal para trabalharmos a inovação. Lugar onde o histórico tem seu lugar assegurado, mas onde não é proibido inovar, muito pelo contrário, gostamos das inovações, e as utilizamos assim que são disponibilizadas, sem medo.
A leitura que faço é de otimismo, pois sabemos que das inovações que nos acometem no dia-a-dia é que advirá uma melhor qualidade de vida, um melhor nível de remuneração, maior longevidade e proximidade com nossos entes queridos.
Sendo assim, espero que desenvolvamos a inteligência necessária para podermos separar as inovações com real poder de alavancar melhores condições de vida, daquelas que meramente fazem algo desinteressante de forma nova, ou seja, nada agregam às nossas vidas.

Como usamos os Blogs?

Já escrevi anteriormente sobre Blogs, que são os diários publicados na Internet, escritos por pessoas no mundo inteiro. Ao todo são criados 80.000 Blogs no mundo inteiro. Além de podermos publicar o que quisermos nos Blogs, ainda é possível colhermos comentários a respeito do que escrevemos. Li que uma pesquisa na Europa, conduzida em mais de 30 países, onde foram entrevistados mais de 500 profissionais de relações públicas, concluiu que quase a metade deles estava se preparando para lançar um Blog. Isso significa que várias empresas já se preparam para divulgarem informações sobre seus produtos, tendências de mercado e principalmente colherem comentários, sugestões e críticas a respeito de seus produtos através de Blogs publicados na Internet. Isso é possível pois esse recurso é como um caderno de anotações, onde todos podem ler o que todos escreveram e também podem comentar a respeito, colocando ali as suas percepções. E não é só isso, também é possível fazer-se propagandas e anúncios institucionais através desse mesmo recurso, assim quando algum internauta digitar a palavra automóvel em um sistema de busca na Internet, como o Katatudo ou Google por exemplo, verá os Blogs ordenados seqüencialmente por relevância e eventualmente destacados, caso os proprietários do Blog tenham contratado o que se chama de link patrocinado, equivaleria a se fazer propaganda em uma revista gratuitamente, pagando-se apenas pelos leitores que lessem sua propaganda. Para aqueles que somente folheassem a revista, nada seria cobrado do anunciante. Fantástico não? Uma mídia interativa, onde podemos colher comentários de nossos clientes, e com uma efetividade diferenciada, o que mais podemos desejar? Pois acreditem que na mesma pesquisa, li que vários profissionais ainda relutam em criarem seus Blogs em função da dificuldade de controlarem (isso mesmo, eu escrevi controlarem) o que os visitantes escreverão nas suas páginas. Controlar, ou melhor, censurar o que nossos clientes escrevem nas páginas de um Blog comercial, seria equivalente a encomendarmos uma pesquisa de opinião, de um instituto sério, e depois pedirmos para somente recebermos os comentários que nos favorecessem, deixando de fora aqueles comentários que dissessem algo contrário a nossa empresa, em outras palavras, seria desprezar as informações com potencial de melhorarmos nossos produtos e serviços!
É, acredito que juntamente com a evolução tecnológica que temos vivido, também deveremos ver uma grande evolução do uso que fazemos das tecnologias que se encontram a nosso dispor.

A Geoweb

Estava lendo o último relatório “Previsão de Dez Anos” do IFTF (Institut For The Future), onde está prevista a existência da Geoweb, que seria uma infra-estrutura em Internet, globalizada, aberta e acessível, organizada por localização geográfica (situação sanitária, criminalidade, índice de desmatamento, emissão de poluentes, etc)

A tomar-se pela reputação do IFTF, instituto de estudos dedicados ao futuro, fundado em 1968 em Palo Alto na Califórnia, essa previsão, assim como tantas outras já proferidas pelo mesmo instituto, se realizará certamente.

Tenho acompanhado algumas iniciativas dentro da Internet, que apontam claramente para a criação de uma referência geográfica dentro da rede mundial de computadores, a Internet, dentre elas:

- A criação do Google Earth, onde temos um programa que fornece através de coordenadas precisas, imagens de satélite, onde partindo de uma imagem do continente Americano, por exemplo, podemos em sucessivas aproximações, chegarmos a enxergar o telhado de nossa residência;

- Vários sistemas de localização de veículos que já se utilizam da Internet, para que os usuários consigam acompanhar, em mapas georeferenciados, onde determinados veículos se encontram;

- Serviços semelhantes de localização, podem ser utilizados nos aparelhos celulares de uso pessoal, inibindo o seqüestro pessoal, com base em softwares que permitem a localização de seus usuários através da Internet;

- Também já existem softwares que analisam nosso interesse em pesquisas na Internet e, quando permitimos, nos propõem produtos e serviços,que tenham afinidade com o tipo de navegação que fazemos costumeiramente na Internet, e também com análise de proximidade (pode ser analisado o CEP por exemplo), assim nos são apresentadas ofertas, que tenham a ver com nossos interesses e que poderiam ser adquiridas em endereços próximos de nossa residência;

- As listas telefônicas há muito aparecem também na versão eletrônica em Internet, de forma que podemos pesquisar sobre o endereço ou nome que pretendemos procurar, sabermos imediatamente o número telefônico dessa referência, e através de mapa disponível no site, até sabermos como chegar até esse endereço;

Além dessas aplicações existentes na nossa atualidade, que de certa forma confirmam a predição do IFTF, o que mais podemos imaginar de aplicação da Geoweb?

Podemos imaginar um mapa que nos mostrasse de forma atualizada, os locais com maior percentual de queima de matéria orgânica, e conseqüente liberação de CO2 de forma precisa, e através de aproximações georeferenciadas, poderíamos chegar até ao endereço da fonte poluidora.

Quando fizéssemos downloads de programas e softwares através da Internet a rede poderia analisar automaticamente a localização de nossa máquina e a localização do servidor mais próximo e com melhor performance na Internet, que permitisse o menor tempo de download possível. Atualmente somos apresentados a uma lista de servidores e temos que escolher dentre eles, qual se nos apresenta com maior confiabilidade. Pergunto, com base em que fazemos a escolha desses sites, ou países, para recebermos o software que pretendemos “baixar” da Internet? Não seria melhor que rede analisasse as possibilidades para nós, e já oferecesse uma relação dos servidores, já classificados com as melhores condições de nos oferecer qualidade de transmissão?

Ao ouvirmos nossas rádios pela Internet, não poderíamos ser apresentados automaticamente às rádios existentes na nossa cidade de forma prioritária?

De forma semelhante, essas referências geográficas acompanhariam nossas buscas por drogarias, escolas de línguas, açougues, mecânicas, etc e etc, sempre mostrando com destaque aqueles produtos ou serviços que se encontrassem mais próximos de onde moramos, ou de onde indicássemos como endereço de interesse.

Bem, depois de analisarmos as possibilidades de exploração utilitária da Internet, devemos pensar em um dos maiores entraves do ponto de vista de desenvolvimento econômico e social, como conseguirmos diminuir a exclusão digital de boa parte de nossas comunidades? Pois de nada adianta termos disponibilidade de serviços avançados e com reconhecido potencial de melhorar resultados comerciais e mesmo intelectuais de quem utiliza a Internet, se ela não estiver ao alcance de todos.

E quando pensamos na disponibilidade da rede, não podemos pensar apenas na disponibilidade física, pois essa há tempos vem sendo equacionada e oferecida por diversos provedores de acesso. Nesse caso falo da disponibilidade intelectual, ou seja conhecimento para, em estando em contato com essa tecnologia, tirar o melhor proveito da mesma. Saber fazer a pergunta certa para chegar a melhor resposta da Internet.

Nesse campo da inclusão digital, existe muito espaço para ser desenvolvido em nossas comunidades, e atitudes que possuam real potencial de alavancar resultados na área de inclusão digital, devem ser perseguidos por fornecedores de infra-estrutura, governo, setores da educação formal, organizações e institutos com caráter educacional, de forma a tornar real e includente, um tecnologia que tem tudo para facilitar nossa vida e melhorar nossa produtividade e nossa qualidade de vida.

Mas afinal o que é convergência digital?

Tanto falamos sobre esse tema, ora imaginando um futuro distante, ora imaginando um futuro que já bate à nossa porta, então cabe a pergunta: Mas afinal o que é convergência digital?
Podemos falar em convergência digital desde que nosso aparelho celular começou a ganhar algumas funcionalidades (não sei se se lembram, mas no passado aparelho celular servia apenas para falar). Depois vieram as funções de agenda no nosso celular, e se tornou tão prático que até abandonamos o hábito de decorar números telefônicos, porque as pessoas para quem ligamos habitualmente estão todas listadas em nossas agendas no celular. Logo a seguir foram as mensagens instantâneas, câmeras fotográficas, depois os tocadores de mp3, depois os filmes, vi em uma feira tecnológica no ano passado que até bafômetro já se encontra disponível no aparelho celular (vai ter convergência digital lá na China...aliás na Coréia).
Hoje já é muito difícil imaginar algum uso digital, que não esteja já incorporado ao celular, ou então em vias de ser integrado. Não se usa mais carregar vários apetrechos e dentre eles o celular. Já há quem substituiu o relógio de pulso pelo celular, posso citar a mim como exemplo, que uso o celular para receber meus e-mails onde estiver, tirar e enviar minhas fotos, guardar minhas músicas preferidas, utilizo o aparelho celular como despertador, uso como agenda eletrônica, sincronizada à agenda de minha secretária, ou seja tiro o máximo de proveito dessa maquininha, como forma de melhorar meu dia-a-dia.
E isso é apenas o começo de uma utilização muito mais intensa do que a que fazemos hoje, pois já se faz pagamentos através do celular, o que torna várias transações comerciais mais seguras, haja vista que são gravadas, criptografadas e não exigem que se ande com dinheiro no bolso, apenas o bom e já não tão velho celular. Os celulares também já são utilizados para localização de carros e até de pessoas, através de softwares que fazem o rastreamento de cada aparelho e a respectiva localização georeferenciada. Também já presenciei exames de eletrocardiogramas simplificados serem transmitidos pelo celular, o que melhora a qualidade de vida de pessoas que necessitem de cuidados de cardiologista, mas que residam em regiões mais afastadas.
E se depois de ler essas funções todas você ficou meio estressado, pressionado pela tecnologia, nada melhor do que uma boa conversa com quem se gosta para se voltar ao normal, e se ele não estiver por perto, não se aperte, pegue seu celular e ligue para ele!

O que são Blogs e qual a sua importância?

Blogs nada mais são do que diários onde as pessoas escrevem o que querem, sobre qualquer tema que lhes pareça interessante, e deixam a opção de que outras pessoas acrescentem comentários sobre as idéias e opiniões ali expostas, tudo isso é disponibilizado através da Internet, assim um escritor (ou mais conhecido como bloggero) que resida no triângulo mineiro por exemplo, pode ter leitores de seu diário (ou Blog) em qualquer lugar do mundo, que tenha acesso a Internet.

Bom até aí tudo bem, se o Blog é como se fosse um diário, só que colocado na Internet, então que importância ele tem? Coisa de criança ou no máximo de adolescente, certo? Errado!

O funcionamento dele se dá como em um diário de adolescente, porém a sua capacidade de romper barreiras geográficas, ideológicas e até de mercado vem fazendo dele um instrumento poderosíssimo da opinião pública sobre praticamente tudo.

Assim achamos Blogs com receitas culinárias, comentários pessoais ou críticas a respeito de shows ou de filmes, opiniões sobre tecnologias, política, assim como páginas pessoais propriamente ditas, que narram o dia-a-dia de pessoas normais, como eu e você. Tudo isso com a grande vantagem que não existe censura nos temas, nem interesse outro, que não o de expressar-se como melhor convier ao blogguero, pois não existe Blog comercial. Atualmente existem milhões e milhões de Blogs em português e bilhões em idioma inglês. Tansitar através desse oceano de conteúdo somente é possível através dos buscadores, ou seja, ferramentas de Internet que possibilitam que achemos de tudo, desde uma bicicleta para nossos filhos a um livro ou disco raro que procuramos a tanto tempo.

Existe um interesse comercial nos Blogs, cada vez maior, pois empresários e profissionais de marketing têm reconhecido nessa mídia um importante aliado para mapear a opinião de seus clientes. Gasta-se milhões de reais em pesquisas e mais pesquisas de campo, que buscam basicamente saber a opinião de clientes a respeito de vários fatores como por exemplo, se gostaram ou não de determinado lançamento, se determinado produto tem sido adequadamente aceito no uso diário, opiniões relativas a designs de vários produtos, de carros a eletrodomésticos, enfim uma série de questionamentos que, com a utilização de um filtro adequado, podem ser retiradas da Internet, buscando-se em Blogs.

É nesse ambiente que os consumidores expressam-se sem receio de retalhações, de não serem compreendidos, ou então de serem capturados pelos chatos que fazem pesquisa pelo telemarketing, que sempre lhe tomam mais tempo do que o inicialmente prometido. Assim escrevem livremente se gostaram ou não de cada produto que lhes passa pela frente, muitas vezes inclusive recomendando para o público alguns produtos, pela sua qualidade ou facilidade de uso, bem como denegrindo a imagem de empresas e marcas, quer seja pelo mal atendimento, quer seja pelo mal desempenho ou mesmo pela promessa não cumprida depois da aquisição.

Existem no mundo consultorias especializadas em pesquisas pela Internet à procura de Blogs e opiniões relativas a algum produto do mercado. E essas consultorias emitem arrazoados que compilam milhares de opiniões de leitores, por vezes classificados por faixa etária, nível de escolaridade, faixa de renda familiar, que demonstram como as empresas podem melhorar a performance de seus produtos no mercado, de forma a agradarem mais a seus clientes.

Será que no futuro próximo os Blogs serão explorados comercialmente? Acredito que sim, já temos vários no mundo que possuem milhões de leitores, ou seja, mais que vários jornais, nesse caso uma mídia que consiga estratificar adequadamente seus mais de um milhão de leitores, pode perfeitamente ser utilizada para propaganda, e por que não dizer, para comércio, desde que o produto ou serviço anunciado tenha familiaridade com o tema do blog (pescarias, automobilismo, informática, por exemplo).

O Blog também tem sido utilizado como forma de levantarmos opiniões preliminares sobre serviços e produtos. Companhias do setor automobilístico têm lançado Blogs com informações a respeito de seus últimos veículos e deixado espaço para que os leitores teçam comentários a respeito das impressões causadas pelo produto.

É claro que não se pode, nem é recomendável, tomar profundas decisões baseados única e exclusivamente no material colhido através desse meio, pois pelo descompromisso e casualidade dos textos, podemos incorrer em erros sérios, porém podemos tranqüilamente confirmar aspectos da opinião popular, testar conceitos e entendimentos a respeito de campanhas, lançando mão do Blog que além de muito barato, ainda permite a facilidadede acompanharmos os comentários e acessos no mundo inteiro de forma centralizada e ao mesmo tempo em que são feitos (online).

E você já possui seu Blog? Não? Então cuidado, pode ser que seu concorrente já esteja se utilizando dele para ter mais informações a respeito do mesmo mercado em que você atua!

sexta-feira, agosto 04, 2006

A tecnologia e nossos relacionamentos

Estariam as novas tecnologias empregadas em comunicações empobrecendo nossos relacionamentos humanos?

A pergunta é pertinente pois nunca vivemos período na história da humanidade com maior quantidade de inovações e revoluções tecnológicas do que o vivenciado nessas últimas décadas. Basta lembrar que várias das tecnologias utilizadas em nosso dia-a-dia não freqüentavam nossos lares se olharmos uns dez anos atrás. Assim é com o computador pessoal, que nos trouxe a Internet e os e-mails, os aparelhos de dvds, as câmeras fotográficas digitais, os aparelhos celulares, inclusive os tão comuns atualmente, que tiram fotos, tocam músicas, fazem filmes e “até” podem ser utilizados para comunicação

Gostaria de concentrar-me especificamente nas tecnologias utilizadas para comunicação entre pessoas, essas merecem um estudo a luz da preocupação de estarem ou não substituindo outras formas de comunicação humana de contato direto, causando por assim dizer, um certo segregacionismo dos homens na atualidade

Trabalhamos frente a computadores que paulatinamente, foram substituindo nosso bloco de notas, depois nosso formulário de CIs (comunicados internos e/ou memorandos), nossas agendas pessoais, o álbum de fotos de nossas famílias e mais recentemente, vemos que o computador vem substituindo inclusive alguns contatos feitos pelo telefone ou mesmo pessoais.

Então a análise é: Estaria o homem preferindo a comunicação eletrônica, impessoal e fria à comunicação direta, olho no olho? Não creio que seja essa a verdade. Os seres humanos sempre procuraram meios e invenções que tivessem potencial de facilitar suas vidas, que pudessem alavancar e potencializar sua eficiência. Sempre que iniciamos o uso de alguma nova tecnologia existe o período natural de aprendizado e de adaptação à mesma, nesse período podemos inclusive incorrer no risco de utilizá-la inadequadamente em sua freqüência, mais isso faz parte do processo de aprendizado. Nossos filhos costumam dar mais atenção aos brinquedos novos que aos velhos, é assim também com inovações tecnológicas na sociedade, mas essa fase é passageira.

Notamos que telefones recém adquiridos, possuem uso mais intenso, mais seria dar demasiada importância ao fato, dizer que em função desse uso inicial mais intenso, ele teria potencial para substituir, ou mesmo afetar os relacionamentos humanos.

A mesma coisa acontece, no meu entendimento, com as comunicações eletrônicas. É claro que, como temos uma enorme facilidade de atingir uma infinidade de pessoas com um simples click, ficamos um pouco expostos aos incômodos SPAMs (aqueles e-mails não se sabe de quem, que invadem nossas caixinhas de entrada, sem que tenhamos solicitado, oferecendo produtos que nunca pensamos em utilizar na vida), mas mesmo assim reconhecemos o imenso potencial que esse meio de comunicação traz a nossas vidas, no momento que socializa a comunicação instantânea, para qualquer lugar do mundo a custo praticamente nulo, permitindo ainda que arquivos sejam anexados (documentos escaneados, fotos, textos, planilhas e apresentações).

Vivemos então um momento onde praticamente temos alguma forma de contato sempre a mão, seja através de nossos computadores, dos computadores instalados em centros comunitários de acesso a internet, dos computadores existentes nas famosas LAN HOUSES (que são aqueles lugares que nossos filhos gostam tanto de freqüentar, onde experimentam verdadeiros desafios de jogos comunitários e interconectados a pessoas do mundo todo) ou através de aparelhos celulares, onde experimentamos além da tradicional forma de contato através da voz, também as mensagens curtas, muito úteis para recebermos e passarmos pequenos e rápidos recados.

Às vezes temos um sentimento por vezes conflitante, ao mesmo tempo que aceitamos a importância e a segurança de estarmos com algum tipo de comunicação ao alcance de nossos dedos, também sentimos uma certa invasão de privacidade. Esse desconforto pode ser gerenciado facilmente através novamente das facilidades que existem em todos os dispositivos que utilizamos, como por exemplo utilizarmos a secretária eletrônica para deixarmos nossos recados, ou mesmo para recuperar algumas informações, que por algum motivo não nos foi possível receber no momento do envio. Também vale lembrar que o e-mail é uma forma instantânea de enviarmos informações, mas pode ser lido a qualquer hora do dia e em qualquer lugar. Podemos dessa forma escolher determinada hora do dia, para colocarmos nossos contatos em dia, organizando-nos de forma a estarmos sempre atualizados, sem que nos tornemos escravos das tecnologias.
Afinal de contas, somos seres sociáveis, que precisam de contato uns com os outros, mas que além da necessidade, sentimos verdadeiro prazer nessa troca de informações e experiências com nossos familiares, amigos e conhecidos, e esse prazer vivenciado por um contato ao vivo, nunca será substituído por tecnologia de vídeo, áudio ou mesmo texto, essas sempre serão complemento e suporte apenas, mas os atores principais dessa comunicação sempre serão o bate-papo descontraído, de preferência acompanhado de um bom café e pãozinho de queijo!

A era do conhecimento

Presenciamos recentemente, durante a transmissão dos jogos da copa do mundo, que entre os anúncios de campo, constava o de uma empresa “ponto.com”, ou seja, um portal de Internet, o Yahoo! (escreve-se com a exclamação juntamente ao nome da empresa).
Ora, mas o que é exatamente um portal Internet? É onde o usuário tem acesso a seus e-mails, recebe as informações dos jornais que escolheu antecipadamente, no formato que mais lhe convém, ouve suas músicas prediletas, faz compras, se diverte através de jogos e entretenimentos diversos, vê seus vídeos prediletos, e mesmo programas de televisão, tem acesso a sua lista de contatos ou agenda, através da qual é possível conversar com as pessoas através de Voz sobre Internet, salas de bate-papo, ou messengers, que são sistemas de troca de mensagens entre usuários pré-determinados. Enfim é como o nome diz, apenas (apenas?) um portal, ou um meio, através do qual se tem acesso a uma infinidade de informações e atividades.
Já vivemos a época da habilidade manual, onde o que interessava era que aprendêssemos uma profissão que nos possibilitasse produzirmos algo em escala artesanal para gerarmos riqueza com a sua comercialização, depois passamos à era da industrialização, onde o homem passou a operar máquinas, nesse momento o importante era a quantidade, depois tivemos a era da qualidade, onde fazer bem era tão ou mais importante, do que fazer muito. Atualmente vivemos na era da informação, do conhecimento, onde a informação é abundante e o importante é o que fazemos com ela, ou a eficiência que conseguimos obter, através dos recursos que nos são disponibilizados, daí a importância de um portal, que organiza e traduz o que é importante para o uso que pretendemos fazer das informações disponíveis.
Nessa era, o físico (máquinas, equipamentos, materiais) é apenas suporte, buscamos a agregação de valor, a diferenciação, fazer diferente com os mesmos insumos, nunca o conhecimento foi tão valorizado. Nesse sentido conseguimos entender porque algumas empresas têm como ativos principais, sua criatividade e capacidade de inovação, o poder de sua marca e por vezes valem no mercado, tanto ou mais que empresas tradicionais, que estão presentes no mercado há décadas. Há meu ver não há nada de errado nisso, estamos sim vivendo em uma era que valoriza o conhecimento, mais do que os ativos fixos de uma empresa. Então celebremos, pois nos preparamos muito para esse momento. Se esse não for seu caso, o que você está fazendo para mudar essa situação?

quarta-feira, agosto 02, 2006

A memória nossa de cada dia

Em minha última viagem à Coréia do Sul, percebi que várias lojas comercializavam umas caixinhas, do tamanho de um estabilizador de voltagem, desses que usamos para ligar nossos computadores, e que pelas especificações, tratavam-se de espaço em disco, ou melhor dizendo memórias capazes de armazenar milhares e milhares de informações. Sua capacidade de armazenamento começava em 1 Terabyte (o que equivale 1.000 Gigabytes), estranhei esse fato, pois os computadores que atualmente adquirimos, já vem com uma memória de algo em torno de 80 Gigabytes, então porque comprar uma memória adicional, e porque essa memória ficaria fora do computador?
Conversando com um vendedor, extremamente competente e compreensivo com o meu desconhecimento tecnológico, tudo ficou claro e começou a fazer sentido.
Tratava-se da memória da casa e não do computador. A essa caixinha conecta-se a TV a cabo, pois ela tinha capacidade de gravar dias de programação para que depois fossem assistidas convenientemente pelos usuários, também têm capacidade de receber milhões de fotos que depois ficam disponíveis para o resto da vida, em uma mídia adequada a reprodução, ampliação, envio para impressão (cada vez mais rara) e mesmo para projeção em telão, nessa caixa também se guardam as informações pessoais como provas dos filhos, formulários de restituição de imposto de renda, certificados e diplomas, enfim, todo e qualquer documento eletrônico, pode ser armazenado adequada e seguramente nesse dispositivo, além dos documentos naturalmente trabalhados em nossos computadores.
Parece-me um dispositivo extremamente útil nos dias atuais e vejo que sua utilidade será cada vez maior, pois se multiplicam os dispositivos existentes em nossas casas que têm capacidade de trabalhar com informações eletrônicas, supondo uma conexão sem fios nessa memória centralizada, podemos imaginar chegar em casa e descarregar as fotos de nosso celular ou de nossas máquinas fotográficas digitais na memória da casa, assim como as receitas (que estariam organizadas desde a época de nossas avós...), fotos e filminhos produzidos durante a infância de nossos filhos, os livros eletrônicos e músicas, adquiridos ao longo de nossa vida toda, estarão em dispositivos como esse, sem risco de perderem-se e ainda com qualidade suficiente para serem guardados pela eternidade.